Resumo CrÍtico LÍnguistica Aplicada – Ensino DE LÍnguas E ComunicaÇÃo DE JOSÉ Carlos PAES DE Almeida Filho CapÍtulos 1 E 2 PDF

Title Resumo CrÍtico LÍnguistica Aplicada – Ensino DE LÍnguas E ComunicaÇÃo DE JOSÉ Carlos PAES DE Almeida Filho CapÍtulos 1 E 2
Author Silmara Santos
Course Linguística Aplicada
Institution Universidade Federal do Pará
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Universidade Federal do Pará Campus Universitário de Bragança (Núcleo de Capanema) Faculdade de Letras Curso de Licenciatura em Letras – Hab. em Língua Portuguesa Disciplina: Introdução à Linguística Aplicada Docente: Ubiratan Pinheiro Júnior Discente: Silmara dos S. da Silva Matrícula: 201216740004

RESUMO CRÍTICO: “LÍNGUISTICA APLICADA – ENSINO DE LÍNGUAS E COMUNICAÇÃO” DE JOSÉ CARLOS PAES DE ALMEIDA FILHO (CAPÍTULOS 1 E 2).

Capanema - PA 2016

ALMEIDA Filho, José Carlos Paes de. Linguística Aplicada – Ensino de Línguas e Comunicação. Pontes Editores e Arte Língua, 3ª ed.– Campinas, São Paulo 2009.

Na obra, intitulada “Linguística Aplicada – Ensino de Línguas e comunicação”, Almeida Filho trata nos dois primeiros capítulos, da Linguística Aplicada e das questões que giram em torno de seu uso como aplicação de Linguística e ensino de línguas (cap. 1), assim como as maneiras de compreensão de LA (cap. 2). No primeiro capítulo, o autor introduz ao leitor um panorama resumido acerca da origem e do processo de desenvolvimento da LA que teve seu conceito ligado ao “ensino de línguas nos Estados Unidos durante e após a II Guerra Mundial” (p. 11), evoluindo ao status de ensino científico das línguas no contexto pós guerra, adquirindo força através das pesquisas e produções teóricas desenvolvidas principalmente nos Estados Unidos e Inglaterra, logo após, no Brasil. O tópico “Aplicação de Linguística e Linguística Aplicada ” aborda inicialmente o processo de expansão da LA no cerne de outras ciências como Psicologia, Sociologia e Linguística, estando seu significado sempre atrelado ao ensino de línguas, entendia–se por aplicação de Linguística a prática de se ensinar línguas, inclusive estrangeiras segundo o autor. É importante ressaltar porém, que isso gerou uma contribuição positiva no que tange ao surgimento de pesquisas que proporcionaram novas descobertas para a área de ensino aprendizagem de línguas. A partir da segunda metade dos anos 80, a LA começa a ser vista de forma mais abrangente por alguns estudiosos que se encarregam de abordar a interdisciplinaridade dessa que até então era classificada como sub-área da Linguística em suas investigações. Ao final da década de 90, LA passa a ser situada como “uma área científica com metodologia e objetos de estudo próprios (e não inter ou trans-disciplinar por natureza)” (p. 15), ficando estabelecido assim, que LA não mais se conceitua como simplesmente “aplicação de Linguística”, sendo identificada agora como a “área de estudos voltada para a pesquisa sobre questões de linguagem colocadas na prática social” (p. 16). O autor discute no tópico “Cenários de aprendizagem de línguas” alguns pontos relacionados às pesquisas que a LA executa na área de ensino aprendizagem de línguas como as múltiplas variáveis que influenciam nos processos de aprendizagem de uma língua, dentre as quais destacam-se: as intrínsecas à pessoa (afetivas, físicas e sóciocognitivas) e as extrínsecas, que podem ser (material didático, técnicas e recurso do

método, tempo disponível para o estudo etc.). Tais variáveis se combinam entre si possibilitando resultados de aquisição diversos. O autor propõe ainda uma observação muito pertinente que é a importância de se pensar os processos que envolvem a aquisição de uma língua, ele afirma que há falta de reflexão por parte da maioria acerca de tal processo, e isso se aplica tanto para a língua materna quanto para línguas estrangeiras. Além disso, o texto traz a problematização dos métodos de ensino de LE empregados, assim como os conteúdos pautados em modelos fixos e arbitrários dos livros didáticos que frequentemente tem norteado professores nas práticas de ensino da LE. Os modelos de aquisição da segunda língua propostos por Krashen (1982) são mencionados pelo autor como sugestão à um cenário de aprendizagem real, em que se coaduna dentre outras, a hipótese do filtro afetivo: “configurações específicas de motivações, fatores de personalidade e atitudes de identificação ou rejeição da cultura que aninha a língua-alvo” (p. 20). Há hoje muitas pesquisas sendo desenvolvidas dentro da LA que englobam novas possibilidades de abordagem para o ensino de LE, porém a produção dessas pesquisas ainda é escassa no Brasil. O segundo capítulo, traz ao leitor algumas definições em torno da LA como ciência aplicada, assim como as maneiras de compreendê-la. Levando-se em conta que há ainda muita dificuldade em se depreender o real significado de LA, o autor se dispõe a elencar os conhecimentos necessários para que se compreenda tal ciência. Os problemas ou questões de LA, são definidos como as diversas situações de uso da linguagem na prática social, os objetivos ou fins de LA, se caracterizam por procurar formular dados que auxiliem a compreensão dos diferentes usos da linguagem cotidiana ou cultural, é necessário também conhecer as generalizações e produtos da LA, aqui, o autor cita como um dos exemplos, a descrição de um nível mínimo de competência comunicativa para uma língua estrangeira, proposto por J. Van Ek e aplicado à reforma do sistema público de ensino de LE moderna na Iugoslávia. O autor salienta ainda que tais generalizações “acabam funcionando como instrumentos de prova dos produtos e recomendações, impondo padrões profissionais e, em última análise, normatizando a prática” (p.26). Ao tratar dos métodos de pesquisa em LA, o autor pondera a respeito da acepção que é feita entre Linguística e LA, assim como entre o Linguista e o Linguista Aplicado que ocorre principalmente nas faculdades e universidades. A pesquisa em LA é definida

aqui pela investigação dos usos da linguagem em seu contexto de ocorrência e dos fenômenos em ação. No apêndice é ilustrada uma ramificação que define o lugar da LA enquanto parte de um todo que compreende as Ciências Humanas e as Ciências da Linguagem, para em seguida serem levantados alguns questionamentos que poderão surgir ao se observar a ilustração, como por exemplo: “O que une (e define) as 4 grandes áreas de concentração/subáreas da LA?”, as respostas são dadas pelo próprio autor, assim como outras definições, além das já discutidas, para que o leitor compreenda e reflita de fato o que vem a ser e qual o real sentido para a existência da LA....


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