Resumo DA AplicaÇÃo DE LinguÍstica À LinguÍstica Aplicada Indisciplinar– LUIZ Paulo DA Moita Lopes PDF

Title Resumo DA AplicaÇÃo DE LinguÍstica À LinguÍstica Aplicada Indisciplinar– LUIZ Paulo DA Moita Lopes
Author Silmara Santos
Course Linguística Aplicada
Institution Universidade Federal do Pará
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Universidade Federal do Pará Campus Universitário de Bragança (Núcleo de Capanema) Faculdade de Letras Curso de Licenciatura em Letras – Hab. em Língua Portuguesa Disciplina: Introdução à Linguística Aplicada Docente: Ubiratan Pinheiro Júnior Discente: Silmara dos S. da Silva Matrícula: 201216740004

RESUMO: “DA APLICAÇÃO DE LINGUÍSTICA À LINGUÍSTICA APLICADA INDISCIPLINAR” – LUIZ PAULO DA MOITA LOPES.

Capanema - PA 2016

Moita Lopes, L. P. Da Aplicação de Linguística à Linguística Aplicada Indisciplinar. In: .(Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, p. 11-24.

No capítulo intitulado “Da Aplicação de Linguística à Linguística Aplicada Indisciplinar”, Moita Lopes apresenta algumas reflexões acerca da Linguística Aplicada, partindo de suas origens, o autor inicia as discursões problematizando que, atualmente, os conceitos de LA sofreram transformações desde o seu surgimento até hoje. Moita Lopes segue explicando que a LA iniciou enfocando a área de ensinoaprendizagem de Línguas sendo tal área até hoje atrelada ao conceito de LA. Tudo se iniciou com o avanço da Linguística no século XX, a qual constitui-se como estudo cientifico de línguas estrangeiras. A partir daí, segundo o autor, decorrem duas compreensões para LA, ambas entendidas como aplicação de Linguística: por um lado, aplicava-se a Linguística à descrição de línguas, por outro, aplicava-se a Linguística ao ensino de línguas que eram estrangeiras. “Foi assim que de fato a LA começou” (p. 13). Na Inglaterra, a fundação do Departamento de Linguística Aplicada de Edinburgh em 1957, deu início ao estudo da LA no país. Lopes dá destaque para a obra “Introducing Applied Linguistics” de Pit Corder para exemplificar a concepção que se tinha acerca de LA nos anos 70 e início de 80. O autor coloca ainda que mesmo com o aparecimento da Linguística Transformacional, as concepções de LA como aplicação de Linguística continuou, mas já era contestada por Chomsky ainda na década de 60. Lopes denomina “primeira virada” a distinção que será feita entre LA e aplicação de Linguística ao final dos anos 1970 pelo linguista Widdiwson que questionará a vertente aplicacionista propondo que a LA fosse restrita aos contextos educacionais e que se criasse uma teoria Linguística para LA “que não fosse dependente da teoria linguística” (p. 15). O linguista vai além, propõe que LA medie a teoria Linguística e o ensino de línguas. A partir deste ponto, como nos afirma Lopes, tem início um novo campo de investigação em que outros tipos de conhecimento tornam-se relevantes na investigação do processo do ensino de Línguas, assim outras teorias e áreas são consideradas para a compreensão de tais processos. Muito do que se conheceu naquela época e se conhece hoje sobre LA, de acordo com o autor: “se restringe ao campo de ensino e aprendizagem de Inglês” (p. 16). Ele conta que muitos autores têm enfocado a influência colonialista que o inglês teve na Guerra Fria, e tem hoje no contexto da globalização, pois muitos linguistas aplicados tem

como modo de vida a venda de “suas teorias, seus livros e métodos de ensino de Inglês” (p. 17), visando apenas interesses mercantilistas e sobrepujando o verdadeiro papel da LA. Passando à “segunda grande virada”, temos a LA operando em contextos institucionais diferentes dos contextos escolares, passando a abranger o ensino de Língua materna, os letramentos, além de outras disciplinas do currículo, em contextos como a mídia, empresa, delegacia de polícia, clínica médica, etc. As teorias socioculturais de Vygotsky e Bakhtin foram essenciais nesse propósito, a partir dos anos 90 tais mudanças já se percebiam no Brasil. A abordagem interdisciplinar na LA é o caminho para se investigar dentro dessa área, problemas da prática de uso da linguagem não apenas na sala de aula, mas no meio social, onde se leva em conta a situacionalidade por meio do discurso/interação. Mais mudanças na LA são impulsionadas sobretudo pelas “mudanças tecnológicas, culturais, econômicas e históricas vivenciadas que iniciam um processo de ebulição nas Ciências Sociais e nas Humanidades” (p. 18) em fins do século XX e início do século XXI, deste ponto em diante, Lopes se refere ao que chama de “Linguística Aplicada Indisciplinar” que se estabelece como uma ciência que segundo a autora não se institui como disciplina, ela difere no modo de pensar dos padrões pré-estabelecidos que buscam compreender o mundo atual, ficando expressa a afirmação por parte do autor que outras áreas de conhecimento tornam-se muito mais essenciais na compreensão sobre linguagem do que somente o campo da linguística. Contudo, Lopes ressalta que não se deve tomar tais percepções como única construção existente para LA, pois neste campo não há um cânone a ser seguido, por isso se torna passível a ser repensado e reinventado. Para concluir, o autor responde as seguintes questões a fim de pontuar algumas características de uma LA indisciplinar: Quem é o sujeito da LA? Em que práticas discursivas tal sujeito é construído? O que é a produção de conhecimento? Como não separar política de pesquisa? Por que é crucial pensar a questão ética? e Qual é o desafio do trabalho indisciplinar? Sempre reafirmando a importância que a LA, mediante essa nova perspectiva, tem sobre as práticas sociais contemporâneas....


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