Resumo do Livro: Reflexões sobre a alfabetização de Emília Ferreiro PDF

Title Resumo do Livro: Reflexões sobre a alfabetização de Emília Ferreiro
Course Prática Pedagógica
Institution Universidade Estadual de Goiás
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Resumo da obra de Emília Ferreiro Reflexões sobre a alfabetização...


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Resumo do Livro: Reflexões sobre a alfabetização de Emília Ferreiro

Referência: Resumo do Livro: Reflexões sobre a alfabetização (de Emília Ferreiro). Pedagogia ao Pé da Letra, 2013. Emília Ferreiro na sua obra 'Reflexões sobre a alfabetização”, analisa a alfabetização, fazendo-nos repensar a nossa prática escolar, que se baseia nas experiências vividas por ela e por outros coparticipantes. Em primeiro lugar, o autor aborda a representação da linguagem e do processo de alfabetização, destaca a importância dos dois polos do processo ensinoaprendizagem (quem ensina e quem aprende) e destaca um terceiro ponto que deve ser levado em consideração: o tipo de objeto de conhecimento, que inclui essa aprendizagem. Após analisá-la, o autor afirma que a escrita pode ser vista como um sistema de representação da linguagem, ou como um código gráfico de transcrição de unidades sonoras, no qual faz algumas reflexões sobre em que consiste essa diferença, e o faz codificando ambas os elementos que as relações dizem já estão predeterminados e quando você cria uma representação, nem os elementos nem os relacionamentos são predeterminados. O autor afirma ainda que se a escrita é concebida como um sistema de representação, então sua aprendizagem passa a ser a aquisição de um novo objeto de conhecimento, ou seja, a aprendizagem conceitual, mas se a escrita é concebida como um código de transcrição, seu aprendizado se torna concreto, como a aquisição de uma técnica. Posteriormente, a autora aborda as ideias das crianças sobre o sistema de escrita, onde esclarece a importância das produções espontâneas em que podem ser descritas como rabiscos. Segundo o autor, a criança não aprende a se submeter ao ensino sistemático, mas a toda a produção desenvolvida por ela, que pode representar um documento muito precioso que deve ser interpretado para ser avaliado, não só o gráfico, mas também ver aspectos construtivos destacados. Também sugere que a distinção entre desenho e escrita é fundamental, uma vez que se está no reino do ícone ao desenhar; isso é importante para reproduzir a forma do objeto. Portanto, ao escrever, quando está fora do ícone, as formas dos gráficos não reproduzem as

formas dos objetos. Segundo ela, em determinado momento as crianças dedicam um grande esforço intelectual à construção de várias formas entre os objetos, inicialmente diferenças entrefigurais que consistem em dar sentido a um texto escrito. Esses critérios são expressos pelo eixo quantitativo, onde a escrita recebe pelo menos três letras para dizer algo ser interpretado. O próximo passo é caracterizado pela busca de distinções entre fontes para dizer 'coisas diferentes', e assim começa a difícil e laboriosa busca por um caminho de diferenciação multifuncional. Pensando nisso, as crianças exploram critérios que ora permitem variações no eixo quantitativo, variando o número de letras de um personagem para outro e ora no eixo qualitativo, variando o repertório de letras e até mesmo seu posicionamento sem alterar a soma. Passando por esse processo, a criança começa a descobrir que partes da escrita (suas letras) podem corresponder a outras partes da palavra escrita (sílabas). Começa então o período silábico, onde permite obter um critério geral para regular as variações no número de letras a escrever, atingindo o período silábico-alfabético, que marca a transcrição entre futuras construções. Nesse período a criança descobre que uma letra não é suficiente para representar uma sílaba e que a identidade do som não garante a identidade das letras ou a identidade das letras com a dos sons. Emília Ferreiro fala a seguir sobre a polêmica em torno dos métodos usados no processo de alfabetização: analítico, sintético, fonético versus global, e especifica que nenhuma dessas discussões levou em consideração as ideias das crianças sobre o sistema de escrita. Os métodos oferecem nada mais do que sugestões, sugestões. Afirma ainda que o método não pode criar conhecimento e que as práticas pedagógicas e neutras não se apoiam de forma alguma para conceituar o processo de aprendizagem e o sujeito dessa aprendizagem. Três principais dificuldades a serem superadas: a visão que um adulto educado tem do sistema de escrita, a confusão entre desenhar e escrever letras, e a redução do conhecimento do leitor ao conhecimento das letras e seu valor convencional. Uma vez identificadas essas dificuldades conceituais iniciais, é possível analisar a prática de sala de aula em vários termos metodológicos. Depois de destacar cada um desses elementos, ele conclui que uma nova metodologia não resolve os problemas, mas que as práticas de introdução da linguagem escrita precisam ser reanalisadas para descobrir os pressupostos subjacentes. A seguir, a autora fala sobre a compreensão do sistema de escrita, onde afirma que a leitura e a escrita têm sido tradicionalmente vistas como objetos de ensino

sistemático, mas por meio da pesquisa a autora lança outro olhar. Para ela, as atividades de interpretação e produção da escrita começam antes da escolarização, a aprendizagem faz parte de um sistema de concepções previamente desenvolvido, e não pode ser reduzido a um conjunto de técnicas perceptivo-motoras. Ele afirma que a escrita não é um produto escolar, mas sim um objeto cultural, fruto do esforço coletivo da humanidade e que há um processo de aquisição da linguagem escrita que antecede e transcende limites da escola. Através dos dados recolhidos no âmbito da pesquisa, o autor cita alguns dados que determinam aspectos de toda esta evolução como a construção original da criança e onde desenvolve as suas próprias ideias sobre a escrita dos signos, ideias que não pode ser atribuído à influência do meio ambiente. Ele repete que no início a criança passa pelo conflito da distinção entre o que é figura e o que não é, após essa fase começa o trabalho cognitivo em relação a um segundo conjunto, que é o número, número mínimo de caracteres, critério que influencia decisivamente qualquer evolução O seguinte critério refere-se à variedade interna de caracteres, certo número de grafias convencionais não é suficiente para saber ler, e esses grafemas devem variar. Na sequência, fala sobre as informações específicas do adulto, onde esclarece que há uma série de concepções que não podem ser atribuídas a uma influência direta do ambiente, pelo contrário, há um conhecimento específico da linguagem que só pode ser adquirido através de outros informantes. (Leitores adultos ou crianças mais velhas), como, por exemplo, que é convencional escrever de cima para baixo, que usamos letras maiúsculas para nomes próprios e depois de pontos. Afirma-se também que, no caso dessa aprendizagem, dependendo da origem social das crianças, há maior variabilidade individual e maiores diferenças. O autor enfatiza que a escola pode ter um papel importante na aprendizagem, porém esse papel não deve ser o de dar inicialmente todas as chaves do sistema alfabético, mas sim de criar as condições para que a criança as descubra por si mesma. O professor, portanto, deve adequar seu ponto de vista ao da criança, estando sempre atento ao que deve ser levado em consideração, como, por exemplo, subestimar os saberes das crianças quando trabalham apenas com base na escrita, cópia e o som de grafemas que consideram móvel a produção da escrita. Emília Ferreiro também afirma que embora a escola seja uma instituição social de controle do processo de aprendizagem e, portanto, a aprendizagem deve ocorrer na escola, a criança nasce e constrói conhecimento. Porém, deve-se abandonar a ideia de que nossa forma de pensar é única, fazendo-

nos adotar o ponto de vista do sujeito em desenvolvimento. No caso da leitura e da escrita, a dificuldade em adotar o ponto de vista infantil era tão grande que ignorava suas produções escritas, recentemente considerados meros rabiscos. No entanto, há uma série de etapas ordenadas antes que a criança compreenda a natureza do sistema de escrita alfabética e cada etapa é caracterizada por esquemas conceituais específicos, cujo desenvolvimento e transformação são o foco principal do estudo. Emília Ferreiro destaca a preocupação com o desenvolvimento da leitura e da escrita e com os aspectos teóricos e práticos. Segundo ela, o analfabetismo continua sendo um problema grave hoje e cabe ao sistema ser mais sensível aos problemas das crianças e mais eficaz em resolvê-los se quisermos reverter essa situação. Também mostra sua atenção às crianças que tiveram oportunidades limitadas de estar cercadas de materiais de escrita e de serem seus usuários. Em seguida, o autor dá exemplos de crianças que foram submetidas ao processo de ensino-aprendizagem escrita, mostrando o progresso que ocorreu gradativamente ao longo do processo. Primeiro a menina escreve tudo com o mesmo grafema, repetindo várias vezes. Dois meses depois, percebeu-se um progresso, aprendeu a desenhar algumas letras, mudando os signos da escrita de palavras de forma mais convencional, embora faltasse correspondência entre grafemas separados e partitura sonora. Depois de mais dois meses, o progresso foi ainda maior, à medida que expandia seu repertório de letras, ele aprendeu que, para palavras diferentes, letras diferentes deveriam ser usadas. Perto do final do ano, ela foi capaz de escrever seu nome nos currículos. Concluiu-se então que esta criança estava construindo um sistema de escrita silábica, podendo relacionar o padrão sonoro da palavra: uma letra para cada sílaba. A segunda criança ingressou no ensino fundamental e sabia desenhar seis letras diferentes, usando esse repertório para distinguir palavras. Depois de dois meses, ele já havia apresentado um currículo. Depois de mais dois meses, essa criança já estava no período de transcrição conhecido como alfabeto silábico. O autor explica claramente que está escrita tem sido tradicionalmente vista como uma omissão de letras quando vista da perspectiva da escrita de um adulto. No entanto, do ponto de vista do assunto em questão, este tipo de escrita é considerado como "acréscimo de letras". No final do ano, porém, a criança havia escrito em ordem alfabética.

A seguir, Emília Ferreiro relata pesquisas feitas por ela, com o objetivo de descrever o aprendizado que ocorre em crianças reprovadas. Onde se destaca a evolução das produções escritas por eles realizadas. A pesquisa começou com 959 crianças e terminou com 886 dessas crianças que foram submetidas a entrevistas individuais. Em cada entrevista, foram oferecidas à criança quatro palavras de um determinado campo semântico, com variação sistemática no número de sílabas. Observou-se que 80% dessas crianças, no início do ano letivo, escreviam sem estabelecer correspondência entre o padrão sonoro da palavra e a representação escrita, ou seja, correspondência qualitativa/quantitativa. Assim, a autora continua sua análise da pesquisa realizada a partir de uma tabela que destaca os padrões de desenvolvimento pelos quais a criança passa, onde faz observações sobre os diferentes níveis de escrita, mostrando quantos por cento das crianças entrevistadas se enquadram em cada nível. Considerações finais Por fim, Emília Ferreiro fala sobre o polêmico tema "Deveríamos dar aula na Educação Infantil e não ler e escrever?" E ele explica que este é um problema ruim, já que a suposição em que ambas as posições antagônicas se baseiam está errada. A autora afirma que a questão foi levantada partindo do pressuposto de que os adultos decidem quando iniciar esse aprendizado e se for decidido que esse aprendizado não comece antes da primeira série, as salas passarão por um processo de limpeza, desde que todo o sistema não desaparece. Escreva. Dessa forma, o personagem que existe no meio social desaparece da sala de aula. Quando você decide iniciar este treinamento antes da primeira série, as salas de aula do jardim de infância são semelhantes às da primeira série, assumindo a mesma coisa em ambos os casos. O autor retoma a afirmação de que a criança, por exemplo, já aprende matemática antes de ir para a escola se decide ordenar objetos diferentes por meio de uma participação diferente no meio social. Com o sistema de escrita, porém, não poderia ser de outra forma, pois ele faz parte da realidade urbana e mantém contato desde muito jovem com fontes diversas como cartazes de rua, embalagens, livros, revistas etc., portanto, a criança não vai à escola sem conhecimento do sistema de leitura e escrita. Ele também diz que uma imaginação educacional é necessária para fornecer às crianças uma variedade de maneiras de interagir com a linguagem escrita. Concluindo, ele diz que é preciso entender que aprender a língua escrita é muito mais do que aprender um código de transcrição: é construir um sistema de representação....


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