Resumo dos capítulos I e II da obra A Condição Humana de Hannah PDF

Title Resumo dos capítulos I e II da obra A Condição Humana de Hannah
Course Filosofia
Institution Universidade Estadual de Goiás
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Resumo detalhado dos capítulos I e II da obra A Condição Humana de Hannah...


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Resumo dos capítulos I e II da obra A Condição Humana de Hannah Em seu respectivo livro A condição humana, Hannah Arendt tenta buscar compreender a natureza da sociedade e sua evolução, com a finalidade, precipuamente, de pesquisar as origens da alienação no mundo contemporâneo. Para o Hannah, o trabalho seria a chave para explicar a artificialidade da existência humana, e seria o produtor de todo um mundo de coisas artificiais. Condena as relações de trabalho, considerando a preocupação de que o homem se tornou muito mais o que faz e produz do que realmente é, sua própria natureza. Este resumo busca compreender como a vida pública hoje, na opinião de Hannah Arendt, influencia a própria natureza humana, para censurá-la, impedindo o homem de se criar, se reinventar. A CONDIÇÃO HUMANA A autora usa a expressão vita activa para se referir às atividades humanas fundamentais que seriam o labor, trabalho e ação. Esse labor corresponderia ao processo biológico do corpo, que assim seriam as necessidades vitais, ou seja, a necessidade de produzir aquilo que necessita para se alimentar, sobreviver. Tal condição seria a própria vida. Quanto ao trabalho, essa atividade é o objetivo da maioria das críticas da autora, pois para ela corresponde à artificialidade da existência humana. A obra seria uma espécie de produtora de coisas artificiais, ao contrário do ambiente natural. Quando se trata de ação, esta seria a única atividade sem a necessidade de interferência de coisas ou matéria, exercida diretamente entre os homens. Seria uma necessidade viver em sociedade. Arendt também aponta que os homens são seres condicionais, ou seja, as coisas com as quais os homens entram em contato tornamse uma condição de sua existência, tornando a existência humana impossível sem as coisas. Deve-se enfatizar que a condição humana não é a mesma que a humana, pois as capacidades humanas correspondentes à condição humana não são semelhantes à natureza humana, pois sem elas tal natureza deixaria de ser humana. A partir daí, Arendt caracteriza a existência de dois tipos de homens: animal laborans e homo faber. O animal laborans representa necessidades biológicas, ou seja, trabalhar apenas para sua subsistência, possuindo uma condição natural necessária, ou seja, produzindo de acordo com sua necessidade de proteger não

apenas sua vida, mas a vida de uma espécie inteira. O Homo faber, por outro lado, seria a transformação do trabalhador em homem de manufatura, baseado em uma cultura, uma técnica, que determina como o homem deve ser, como deve agir. A autora também fornece informações sobre o erro de interpretação e a equação das esferas política e social que se exacerbam na concepção moderna de sociedade. Para compreender a diferença entre os dois conceitos, enfatiza a importância de se compreender, entre outras coisas, a separação entre as esferas pública e privada e entre a polis e a esfera familiar. No que se refere ao âmbito da polis e da família, os homens viviam juntos por conta de suas necessidades e necessidades, ou seja, era a necessidade que predominava em todas as atividades domésticas. Nele, o homem alimentava a família e a mulher cuidava do dinheiro, necessidade que diferencia, por exemplo, o homo laborans do homo faber, com vida ativa em casa, ao contrário do que ocorre na sociedade atual. Em contraste com a esfera da polis, que era a esfera da liberdade. A política não pode ser vista apenas como um meio de proteger a sociedade. Ser livre não significa estar sujeito às necessidades ou ordens do outro. Assim, ao contrário da interpretação moderna de que as esferas social e política seriam iguais, o fato é que a política é apenas uma função da sociedade. AS ESFERAS PÚBLICA E PRIVADA A autora lembra que nos tempos antigos, quem vivia uma vida exclusivamente privada não era inteiramente humano. Vida privada era sinônimo de privação, isso significava que o homem se privava de suas maiores habilidades, já que a natureza do homem é política. Nos tempos modernos, a medida em que a sociedade se configura como extensão da família, o poder de um único homem que é o patrono da família e o governante da sociedade, dá vida pública que antes era considerada vida política, vai dando lugar para a vida social. Para o Hannah, quanto maior a população de uma dada sociedade, mais social o político ocupa na esfera pública, facilitando o surgimento do despotismo, seja ele pessoal, seja do governo majoritário, como se houvesse apenas uma opinião ou um único interesse. A sociedade, envolvida em seu cotidiano, acaba aceitando essa situação com tranquilidade. Na sociedade moderna, o trabalho está ganhando importância pública e o homem manifesta sua animalidade em vez de sua humanidade. A ascensão das

esferas sociais reduziu muito a capacidade humana de agir e falar. O público desaparece. Em relação ao público, o autor apresenta dois fenômenos relacionados ao conceito de público. Um é o fato de o público ser revelado, visto e ouvido por todos. O outro é o termo público que significa o próprio mundo, a quantidade de tudo que o homem produz e que é comum a todos e que estabelece uma relação entre as pessoas ou as separa. Hannah Arendt diz que o que é mais difícil de sustentar na sociedade não é o número de pessoas que a criam, mas também o fato de que o mundo de hoje perdeu o poder de mantê-los juntos ou de mantê-los juntos separe-os ela. A autora lembra que muitas vezes antes de nós os homens entraram no reino em busca de algo próprio que durasse mais do que suas vidas. Hoje falta preocupação com a imortalidade, talvez um grande sinal do desaparecimento do público. A vida pública é importante porque ser visto e ouvido por todos permite diferentes pontos de vista, e só quando as coisas podem ser vistas de diferentes ângulos, sem perder sua identidade, é que a realidade é ver de forma confiável. Em relação à esfera privada, Arendt destaca a natureza da privação que existe nesta área. O homem está privado da presença dos outros e é como se não existisse, porque os outros não o conhecem. A natureza privada da esfera privada perdeu sua intensidade com o advento do Cristianismo, que pregava que as pessoas deveriam cuidar de seus próprios assuntos e que a política era um fardo aceito por alguns para o bem de outros. Arendt, por sua vez, vê que a riqueza privada se tornou condição de inclusão na vida pública na história recente, pois a riqueza é vista como uma garantia de que as pessoas não se importam com suas próprias necessidades e os de suas famílias e famílias. Você é livre para participar de atividades políticas. A importância da esfera privada reside no fato de que, sem vida na esfera privada, o homem não poderia ter lugar na vida pública. De maneira geral, parece que a autora incita a todos a refletir sobre o cenário político atual e o modelo de democracia vivido, que não inclui a vida daquela época em suas relações. Como podemos ver, com o advento do cristianismo e do social, a linha que separa a vida pública da privada tornou-se cada vez mais tênue, como eles. A vida pública e privada está desaparecendo.

Com a ascensão do social, as pessoas têm se ocupado mais em responder ao que a sociedade espera delas do que em uma vida ativa compartilhando a vida pública e as decisões políticas....


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