Resumo e análise crítica do Filme: Uma liçao de vida PDF

Title Resumo e análise crítica do Filme: Uma liçao de vida
Course Psicologia da Saude
Institution Centro Universitário de Belo Horizonte
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Summary

Análise Psicológica do Filme uma lição de via, solicitado para a disciplina de Psicologia Hospitalar, ministrada no UNIBH pela professora Karima Fernanda Rosa Simao Martins....


Description

Atividade sobre o filme “Uma lição de vida”

Perspectiva da narrativa na Psicologia Hospitalar O filme “Wit, uma lição de vida” retrata a perspectiva de finitude da vida, onde a morte é o fio condutor da história e, é evidenciado no decorrer da trama, o impacto psicológico do diagnóstico de uma grave doença como o câncer, retratando a realidade que se vive nos hospitais, assim como o contato imparcial dos profissionais com os pacientes. O filme evidencia um momento anterior à rotina hospitalar e posterior, na condição de um paciente hospitalizado. Após descoberta do câncer, a protagonista (Vivian), representada na história como uma professora universitária, foi submetida em internação, à uma série de exames com novas drogas, rígida observação e longos períodos internada. Sofrendo muito devido aos efeitos colaterais da doença e da medicalização, sem amigos para compartilhar seus momentos de dor, estava sozinha tendo sua companhia limitada às visitas médicas e aos estudantes que lhe entrevistavam sobre os seus sintomas. Conforme o passar do tempo, os efeitos colaterais traziam mais dor e sofrimento, e Vivian, sem forças veio a óbito. A mensagem que se pode extrair do filme “Wit, uma lição de vida” é uma forma de visão um pouco mais profunda sobre a realidade em que se vive dentro dos hospitais. O enredo evoca a quebra de paradigma frente a pessoa que se depara com sensibilidade humana, em que a professora foi colocada diante de uma situação extrema para perceber que não se pode viver sozinha. Durante o filme é possível se observar como Vivian retrata o conflito e a angústia sobre a revelação do seu diagnóstico de câncer metastático nos ovários em quatro estágios, com isso também é retratada a relação sobre como as instituições hospitalares que são mostradas, apresentam dificuldade de se trabalhar a comunicação dos médicos para com os pacientes. Já na primeira cena é possível perceber como a paciente será tratada durante todo seu período de leito. O médico fala com uma linguagem pautada em termos médicos rapidamente sobre seu diagnóstico, assim como será seu tratamento com remédios experimentais, bem como algumas possíveis consequências ou possíveis efeitos colaterais e, diz que este tratamento será muito agressivo e que ela terá que sair do trabalho, pede que assine um termo de consentimento já que participará de um ensaio clínico, o qual também não há discussão e lhe causa grande sofrimento posteriormente e, por fim, como meio de agradecê-la pela participação nos estudos, afirma que ela estará contribuindo para o conhecimento. Em todo o trajeto de adoecimento da personagem, a professora Vivian, vive sua realidade a partir de uma visão biomédica, que desconsidera todo o discurso do doente sobre sua própria doença, sendo os estudos e o tratamento biológico mais forte do que o controle da dor e o manejo para redução do sofrimento psicológico da paciente. Além disso, percebe-se a importância da comunicação simples, aberta e honesta com a paciente, pois ela é tratada como objeto de estudo e não como uma paciente

que deve ser tratada com respeito, empatia, compreensão e consideração, sendo essa comunicação essencial para a saúde desse paciente. Há também, uma distorção de informação quando o tratamento deixa de ser discutido com a paciente e quando os médicos alegam que o tumor de Vivian está sendo reduzido pelos medicamentos, pois houve também uma metástase - termo referente à multiplicação de células cancerígenas em outras partes do corpo - que eles não haviam citado pra ela. Outro exemplo que denota a questão da negligencia é quando o seu médico, em uma conversa com a protagonista sobre o que diria para uma paciente que estivesse apreensiva, com medo, ele responde “do quê?”. Este momento é possível perceber como o médico só se mostra insensível à toda a questão. Durante a internação de Vivian, somente uma pessoa é capaz de desenvolver um método de cuidado adequado e humano. Susan, enfermeira, é a única a ver uma pessoa para além da paciente grave. Sente e percebe a solidão, o desamparo e as consequências do processo de regressão e revisão da vida, pelo qual passa Vivian. Apesar da temática da morte, o filme trata de uma história de vida. O processo de adoecimento, bem como o de hospitalização, é um fator de difícil aceitação para o sujeito. Portanto, o trabalho do Psicólogo, neste momento deve se direcionar a realizar a pauta através da urgência subjetiva, minimizando sentimentos de ansiedade, sintomas depressivos, conflitos, desamparo, angustia, possibilidade da morte, perdas e outros, com vista a “resgatar” o sujeito de seus aspectos psicológicos que promovem o sofrimento diante do adoecimento. Em vários momentos do filme nos deparamos como a necessidade de um profissional de psicologia no campo hospitalar para lidar com as questões psicológicas da equipe médica e paciente diante do avanço da doença. O psicólogo acompanharia a paciente em todo o processo da sua doença, ajudando na sua compreensão do que vai acontecer em sua vida. Devido à condição de adoecimento, o estado do ser humano quando hospitalizado é de fragilidade física e psicológica, por isso a prática da psicologia hospitalar requer uma compreensão global, mais abrangente acerca do homem e do seu modo de existir. Por ser parte de uma equipe multiprofissional em cuidados paliativos a Psicologia hospitalar contribui em diversas atividades, não se limitando ao paciente em fase final de vida, mas incluindo a família, como da unidade de cuidados, mesmo que estes tenham que ser observados em sua especificidade....


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