Resumo e crítica livro - Um Toc Na Cuca PDF

Title Resumo e crítica livro - Um Toc Na Cuca
Course Redação Publicitária
Institution Universidade Federal de Mato Grosso
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Resumo e crítica do livro Um "toc" na cuca de Roger Von Oech....


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

RESUMO E CRÍTICA DO LIVRO: UM “TOC” NA CUCA - ROGER VON OECH

RESUMO Existem dois passos para ser uma pessoa mais criativa: O primeiro é a mudança; uma vez que quase nunca é possível resolver os problemas de hoje com as soluções de ontem. O segundo passo é o quanto pode ser divertido. Pensar “fora da caixinha” é mais prazeroso do que seguir o que é pré-determinado. A verdadeira chave para atingir um pensamento criativo, está no que você faz com o conhecimento que tem; ele supõe uma atitude, uma perspectiva que leva a novas ideias e a manipular o conhecimento e a experiência. Mudando a perspectiva, jogando com conhecimento e com experiência podemos transformar o corriqueiro em extraordinário e o inusitado em lugar comum. “Descobrir consiste em olhar para o que todo mundo está vendo e pensar uma coisa diferente”. Precisamos ser capazes de desaprender o que sabemos, pois sem a capacidade de esquecer temporariamente o que sabemos, a cabeça fica atravancada com respostas prontas e não sai do caminho usual para ir em novas direções. E às vezes só um “toc” na cuca pode nos despertar e nos afastar das premissas que nos mantêm pensando “mais do mesmo”. Por que não pensamos em coisas diferentes com mais frequência? Uma das razões para isso, é que não é preciso ser criativo para fazer boa parte que fazemos uma vez que para resolver problemas corriqueiros, não há necessidade de ser criativo. Porém há dez bloqueios mentais que são danos para o pensamento: Inconscientemente somos condicionados a procurar “a resposta certa”, pois nosso sistema educacional ensina as pessoas a isso, indicando o que é adequado ou não como maneira de ordenar e compreender o mundo. Porém a vida é ambígua e nela existem muitas respostas certas - e todas dependendo do que está procurando. O hábito de procurar a resposta certa pode acarretar sérias consequências para a nossa maneira de pensar e de enfrentar problemas. Por exemplo, se você só tem uma ideia não tem com que compará-la não sabe reconhecer vantagens e fragilidades, de modo que como pôs o filósofo francês Emile Chartier: “nada é mais perigoso do que uma ideia quando ela é a única que você tem.” Para pensar melhor, precisamos de diferentes pontos de vista; por isso é tão importante mudar as perguntas para sondar um problema de modo a buscar a segunda resposta certa. Julgar uma ideia por “isso não tem lógica”, pode impedir a execução de uma ideia. Boa parte da nossa da educação objetiva eliminar o pensamento difuso. Pode-se dizer que o pensamento difuso é como uma lâmpada fluorescente, espalhada, não tão intensa, mas atinge um campo maior; já o pensamento concreto é como a luz de um spot brilhante, clara e intensa só que seu foco é limitado. Utiliza-se o pensamento difuso para criar, na fase

germinativa, onde as ideias são geradas e manipuladas, e o concreto na fase prática, onde as ideias são analisadas, avaliadas e executadas. Uma maneira altamente eficaz de fazer com que as ideias complexas fiquem fáceis de entender é o uso de metáforas. Metáforas nos ajudam a compreender uma ideia, recorrendo à outra ideia, já que a chave do pensamento metafórico é a similaridade. Se você está tentando criar novas ideias o “siga as normas” pode deixar de ser um valor e se transformar em um bloqueio mental, uma vez que nosso sistema de criação e ensino é baseado em construir e seguir padrões. Uma estratégia eficaz de pensamento criativo consiste exatamente em desafiar as normas e deixar de pensar apenas nas coisas como elas são, pois o pensamento criativo não é só construtivo, e destrutivo também. É preciso quebrar um padrão para descobrir outro; ser flexível e receptivo à mudança é fundamental. Perguntar “e se” é um modo fácil de fazer a imaginar deslanchar; é uma forma de nos libertarmos dos preconceitos profundamente enraizados que temos a respeito de tudo. A verdadeira chave da pergunta “e se” é se dar a liberdade de sondar o possível e o impossível e arriscar até o impraticável em busca de ideias, afinal neste caso, o único limite é a imaginação. Caso a prática do “e se” não seja suficiente, pode-se fazer uso dos pontos de apoio, que instigam ideias a surgir de outras ideias. Eles não existem para serem postos em prática, mas sim para fazer o pensamento deslanchar, e fazer uso deles, é uma maneira de deixar de lado praticidade e seguir o caminho do criativo, já que o mundo é feito por pessoas práticas que sabem ouvir sua imaginação e construir a partir de ideias encontradas. Situações sérias e que exigem em que uma mensagem pode gerar comunicação, é essencial que se “evite ambiguidades”. Porém, a capacidade de entrar a ambiguidade é importante para se pensar em algo diferente. Procurar todos os contextos possíveis, sejam eles literais ou metafóricos, ajuda a criar novas ideias. Ter uma fonte que ambiguidade que nos estimule a ver mais lado de uma mesma coisa/situação é um valioso recurso, afinal, a geração de ideias não é acidental como quase todo mundo acredita; é possível melhorar a média de ideias criativas através de impulsos e motivações. Baseado no princípio de que “é proibido errar”, desde a infância aprendemos que as respostas certas são boas e as erradas são ruins, por consequência, quase todo mundo acha que o sucesso e insucesso são opostos, quando, na verdade são consequências do mesmo processo. A energia que gera boas ideias criativas também resulta em equívocos. Não cometer erros faz com que se prive de muitas experiências instrutivas e que poderiam servir de ponto de apoio para ideias futuras. Talvez pelo fato de que a sobrevivência do dia-a-dia exija que realizemos milhares de tarefas sem errar, não assumimos muitos riscos, e consequentemente, minamos seriamente nossos esforços para gerar novas ideias. Por exemplo, a história das descobertas está repleta de erros e ideias falhas que foram usadas como ponto de apoio para ideias novas. Colombo pensou estar indo para as Índias quando chegou ao Brasil. Thomas Edison errou 1800 vezes até conseguir construir uma lâmpada. É como diria Yas: “Se você quer os acertos, esteja preparado para os erros”. Erros também servem para nos mostrar quando se deve mudar de rumo. O feedback negativo, por exemplo, nos mostra que o rumo que estamos seguindo não funciona e que precisamos de outra direção. Aprendemos por tentativa e erro e não por tentativa e acerto, porque os erros são, no mínimo, um sinal de que estamos saindo do caminho padrão, do tradicional, e indo em busca do novo, experimentando outros caminhos. A necessidade pode ser a mãe da invenção, mas o divertimento certamente é o pai dela, uma vez que ter uma atitude brincalhona é fundamental para o pensamento criativo.

Portanto, é preciso deixar de lado o conceito de que “brincar é falta de seriedade”, uma vez que ao não nos preocuparmos com as regras, baixamos as defesas e rompemos bloqueios. É por isso que um ambiente de trabalho divertido é muito mais produtivo do que o ambiente rotineiro, e pessoas que se divertem no trabalho produzem mais ideias. A alegria é um sentimento contagiante e todos trabalham com mais afinco. Com o avanço das tecnologias e a quantidade de informações às quais temos acesso, especializações se tornaram fundamentais para administrar informações. Porém é importante não entrarmos na tendência de “isso não é da minha área”, pois para o pensamentos criativo ela pode ser perigosa. Adotando tal atitude, podemos não só delimitar os problemas e soluções a uma área muito restrita como também cessar a busca por informações. Uma parte importante do conhecimento criativo: reconhecer a ideia básica em uma situação e aplicá-la em outra. Em boa parte das vezes, a solução para um problema específico, pode ser encontrada em um outro problema de outra área ou de um contexto geral. As melhores ideias vêm de se ultrapassar as fronteiras que separam as diversas disciplinas e buscar ideias e questões em outros campos. Nada fará um campo de trabalho estagnar mais rapidamente do que bloquear ideias que vem de fora. “Não seja bobo”, todos estamos sujeitos à pressões do grupo. Se prestarmos atenção ao nosso próprio comportamento, veremos que somos levados a nos adaptar e agir como o grupo o tempo todo. É chamado de “pensamento grupal” o ato de nos interessarmos em manter a aprovação dos outros mais do que tentamos inovar. Ser “bobo” é rir do problema, encará-lo e examinar por outros lados. Na Idade Média, o bobo da corte era alguém que tinha permissão para ridicularizar tudo a fim de ajudar o rei a tomar decisões, e se proteger do pensamento grupal, funcionando como um “toc” na cuca. Ideias bobas podem sacudir a mente de uma pessoa tanto quanto um balde de água fria para acordar alguém. Brincar de bobo é uma excelente maneira de gerar ideias, pois uma ideia boba pode servir como o ponto de apoio para uma coisa prática e criativa. Uma importante diferença entre as pessoas criativas e as que dizem “eu não sou criativo”, é que pessoas criativas se acham criativas, enquanto as outras pensam que não criativas, e por consequência, deixam ideias passarem. Pessoas criativas prestam atenção às suas menores ideias. Embora sem saber ao certo no que essa ideia irá resultar, elas sabem que uma pequena ideia pode resultar em uma grande descoberta e acreditam ser capazes de fazer acontecer. Pessoas que se dizem “não criativas” se reprimem por pensarem que criatividade é algo exclusivo de figuras como Beethoven, Einstein e Shakespeare, e esquecem que eles também não tiverem suas grandes ideias sem mais nem menos, muito pelo contrário. Se quiser ser mais criativo, acredite no valor de suas ideias e tenha persistência para continuar construindo algo a partir dela. No mundo dos negócios, há o exemplo da profecia auto-realizada. Um fenômeno no qual a pessoa acredita ser verdade algo que não é e age com base nessa crença. A própria noção de confiança empresarial é baseada nela. Por exemplo, se um empresário acha que o mercado está saudável, investe nele mesmo que não esteja. Isso aumenta o grau de confiança das outras pessoas e logo o mercado se torna saudável. Para ser criativo é preciso dar um “toc” na própria cuca, ou seja, correr riscos e violar algumas normas de vez em quando, procurar mais de uma resposta certa, caçar ideias fora da sua área de atuação. Faz parte também tolerar ambiguidades, ser bobo uma hora ou outra e sempre formular perguntas “e se”, a fim de chegar na segunda resposta.

CRÍTICA — UM “TOC” NA CUCA - ROGER VON OECH “Como ser mais criativo?”, é uma pergunta que sempre esteve no meu subconsciente desde que me entendo por gente. Sempre gostei muito de escrever, seja pequenas crônicas ou textos para mim mesma como uma forma de desabafar, e, mesmo gostando, às vezes me sinto um tanto bloqueada, então, durante a leitura do livro, pude me ver em diversas situações. Um “toc” na cuca é um livro que através de crônicas e exercícios, expõe 10 bloqueios mentais que impedem as pessoas de serem inovadoras e de expandirem suas ideias. No Bloqueio mental nº 2: “isso não tem lógica”, por exemplo, pude perceber muito do que pratico ao muitas vezes ter uma ideia, mas muitas vezes sequer chegar a deixá-la se expandir em minha mente por pensar que ela é louca demais ou não condiz com a realidade, tolhendo assim, o que poderia ser uma ideia promissora ou pelo menos, um ponto de apoio para alguma outra. Trazendo para a área da publicidade, é possível assimilar o pensamento difuso ao brainstorm, onde temos um espaço para lançar ideias sem que elas sejam julgadas. Treinar o pensamento para que inconscientemente não bloqueemos pensamentos que podem gerar ideias, faz com que o processo germinativo flua e assim enriqueça o brainstorm. Só então na fase do julgamento e depois na prática é que pode-se permitir julgar se a ideia de fato não condiz ou não tem lógica para ser usada no problema em questão. Na leitura do Bloqueio Mental nº 8: “isso não é da minha área” , onde o tema é sobre como as pessoas muitas vezes ficam condicionadas a olhar apenas para a própria área de atuação, esquecendo que outras áreas podem conter temas e assuntos que podem ser úteis em demais áreas. Caçar ideias em outras áreas e em outros mercados pode ser a chave para descobrir um nicho que não tenha sido explorado ainda, deixando margem para um novo produto entrar no mercado, por exemplo. Como citado no texto, indo a um ferro velho, podemos ver o destino final de objetos que um dia já foram objetos de desejo. A sessão dos anúncio de classificados pode oferecer boas ideias das necessidades do mercado. Por fim, como citado no início, o Bloqueio Mental nº 10: “Eu não sou criativo”, foi um dos que mais gostei, juntamente com o nº 1 “A resposta certa”, o nº 6 “é proibido errar”. Como abordado no texto, constatação de que a diferença entre pessoas criativas e pessoas menos criativas se dá apenas pelo fato de que as criativas se acham criativas, enquanto as outras pensam que não criativas, foi literalmente um “toc” na cuca para mim. Após a leitura do livro, fica a lição de que não se auto julgar demais e nem deixar as ideias sem lógica ou aquelas por menores que sejam, passar, pode ser a chave para ser mais criativo....


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