Resumo: embriologia;primeira semana, segunda, terceira e quarta. PDF

Title Resumo: embriologia;primeira semana, segunda, terceira e quarta.
Course Embriologia P
Institution Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Resumo completo.
- 1a semana do desenvolvimento, 2a, 3a e 4a. ...


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Universidade Federal do Rio de Janeiro. Matéria: Embriologia. Tema: Primeira semana, segunda semana e terceira do desenvolvimento embrionário. Nome: ___________________________________________________________________ Após a fecundação, diversas etapas ocorrem até que um novo ser seja formado. Logo após a formação do zigoto, ocorre uma etapa denominada de segmentação ou clivagem. Veja a seguir como ela ocorre: Inicialmente o ovo inicia uma série de divisões mitóticas, também chamadas de clivagens, que originam células que recebem o nome de blastômeros. Essas sucessivas mitoses ocorrem sem que aconteça a fase de crescimento do ciclo celular, sendo assim, não se observa um aumento do volume do embrião. A cada divisão, as células ficam, portanto, menores. A segmentação ocorre de acordo com a quantidade de vitelo presente em um ovo, por isso essa etapa do desenvolvimento embrionário varia de uma espécie para outra. Nos mamíferos, como os humanos, dizemos que a segmentação é do tipo holoblástica e igual. Na segmentação holoblástica igual ocorre a divisão em toda a extensão do zigoto, e as primeiras clivagens formam novas células de tamanho igual. Até o momento em que há apenas oito células, estas estão agrupadas frouxamente, ou seja, elas não estão formando uma aglomeração em íntimo contato. Somente após a terceira clivagem ocorre a união das células, que se mantêm em contato, mais externamente, graças às zonas de oclusão e, mais internamente, através de junções do tipo gap. Após algumas clivagens, temos uma mórula, um grupo maciço de células. Esse grupo de células recebe esse nome porque lembra uma amora, que é chamada de morus em latim. O tempo médio para que o zigoto chegue ao estágio de mórula com 16 células é de aproximadamente três dias. Quando alcança cerca de 16 células o concepto passa a se chamar mórula, nesse estágio ocorre um fenômeno chamado compactação que consiste nas células serem mantidas unidas por proteínas da família das E-caderinas e também pela zona pelúcida que impede que os blastômeros se percam durante as divisões e diferenciações que virão a seguir a zona pelúcida também tem importante função por impedir que o concepto seja rejeitado pelo organismo materno já que até então o concepto é um corpo estranho, e também esconde receptores de superfície impedindo assim que ocorra implantação prematura na tuba uterina, prevenindo assim a gravidez ectópica. As células sofrem modificações no citoesqueleto que permite-nos então identificar um pólo apical e um basal nas células ainda nota-se a presença de junções “GAP” e zonas de adesão entre as células com o intuito de aumentar a superfície de contato entre elas, e após cerca de 4 dias o concepto chega no corpo do útero aonde tem início a

primeira diferenciação. As células passam a expressar separadamente genes paternos e maternos, as que expressam genes paternos formarão o trofoblasto que seria como a “casca de um ovo” e as células que expressam genes maternos formarão o embrioblasto que seria como a gema dentro desta casca. O trofoblasto formará o cório que é a parte embrionária da placenta e o embrioblasto formará o embrião. Sabe-se que os genes não são expressos de maneiras iguais, isso chama-se imprint genético, o imprint materno parece “desligar” os genes que se envolvem na produção da placenta e o imprint paternos “desliga” os genes ligados a formação do embrião. Os blastômeros em suas divisões produzem pequenas quantidades de líquido o que da origem a uma pequena cavidade, após isso células do trofoblasto que possuem bombas de Na+/K+ e bombeiam íons para dentro dessa cavidade o que gera uma cavidade maior cheia de íons e água, já que esta entra por osmose, que se chama blastocele. Ainda por volta do quarto dia as células passam a produzir uma enzima chamada stripsina que degrada a zona pelúcida e então o concepto se encontra livre no corpo uterino, durante esse período a progesterona faz com que o endométrio sofra modificações e então suas microvilosidades apicais tornam-se menores, esses são os pinopódios, que absorvem água e fazem com que a cavidade uterina se torne virtual, isso permite que o concepto sofra nidação mais facilmente, é importante saber que o blastocisto deve sofrer nidação com o embrioblasto votado para o endométrio e não de forma contaria, se isso ocorrer teremos um fenômeno chamado “ovo cego” que consiste em uma placenta muito desenvolvida no entanto não temos embrião em formação pois as células do embrioblasto precisam de mias nutrientes e os que recebem não são suficientes para proporcionarem o desenvolvimento do embrião, anexarei um arquivo comentando sobre isso no final. Células do trofoblasto se ligam á células do endométrio e então células do trofoblasto se diferenciam em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, durante esse processo o organismo materno não rejeita o concepto pelo fato de leucócitos secretarem substâncias que impedem que o sistema imunitário materno ataque o blastocisto. A partir daí tem início a segunda semana de desenvolvimento embrionário. Segunda semana. Retomando da primeira semana, o concepto já estava começando a nidação e o trofoblasto se diferenciando em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto (lembrando que o sinciciotrofoblasto provém do citotrofoblasto), veremos primariamente a função destas estruturas e como elas auxiliam na nidação do concepto (a nidação tem fim apenas aqui na segunda semana). Algumas células do trofoblasto que estão em contato com o endométrio começam a corroer as células deste essas células são as células do sinciciotrofoblasto, as células restantes que estão envolvendo a blastocele e o embrioblasto são chamadas de células do citotrofoblasto. O citotrofoblasto tem grande atividade mitótica, sendo ele o responsável por produzir a parte embrionária da placenta, já o sinciciotrofoblasto tem como função primária a corrosão do endométrio para que ocorra a nidação do embrião pois esse não nida na superfície do endométrio mas sim em seu interior como veremos por figuras anexadas na galeria de imagens, o sinciciotrofoblasto também é responsável pela produção de β-HCG hormônio responsável por estimular o corpo lúteo na sua produção de progesterona (o β-HCG é o hormônio que é detectado nos exames de gravidez). Cerca de 8 dias após a fecundação o

embrioblasto se diferencia em epiblasto e hipoblasto, o epiblasto originará amnioblastos que serão responsáveis pela formação da cavidade amniótica e pela secreção de líquido amniótico, a blastocele muda de nome e passa a se chamar cavidade exocelômica e o hipoblasto passa a revestir essa cavidade formando a membrana de Heuser, a cavidade exocelômica mais a membrana de Heuser em conjunto constituem e saco vitelino primário. Entre o saco vitelino primário e o citotrofoblasto surge uma cavidade acelular que envolve o saco vitelino primário e a cavidade amniótica, esse espaço é denominado retículo extra-embrionário, esse retículo então passa a ser revestido por células mesenquimais que formam a mesoderme extraembrionária que possui uma parte somática que é a que reveste o trofoblasto e a cavidade amniótica e uma parte esplâncnica que é a que reveste o saco vitelínico. Essa mesoderme delimita pequenos espaços que cerca de 12 dias após a fecundação se juntam e formam a cavidade coriônica. Importante lembrar também que após 12 dias da fecundação o sinciciotrofoblasto já envolveu totalmente o concepto e este passa a se encontrar totalmente dentro do endométrio e estabelece uma primeira circulação útero placentária pois o sinciciotrofoblasto rompe alguns vasos maternos. Após isso células do hipoblasto formam uma cavidade menor dentro do saco vitelino primário, está formado o saco vitelino secundário ou definitivo. Há também nessa semana a criação do pedículo do embrião uma estrutura derivada da mesoderme extra-embrionária que formará o cordão umbilical. Ao final da segunda semana formam-se as vilosidades coriônicas primárias, constituídas de sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto que têm como função a nutrição do embrião. Uma parte do hipoblasto se espessa e dá origem a placa precordal que será a futura região oral do embrião. E assim tem início a terceira semana de desenvolvimento embrionário. Terceira Semana. Existem alguns acontecimentos que são característicos dessa semana, primeiramente os citarei e então discorreremos melhor sobre cada assunto. * Gastrulação: Formação das camadas germinativas * Neurulação: Formação do tubo neural * Desenvolvimento dos somitos * Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular * Desenvolvimento das vilosidades coriônicas Primeiramente vamos discutir um pouco sobre gastrulação, e entender como são formados os 3 folhetos embrionários. Gastrulação consiste na transformação da blástula em gástrula, é uma fase em que ocorre intensa migração celular através da linha primitiva, que é um conjunto de células do epiblasto (lembra-se daquele conjunto de células do embrioblasto que formou a cavidade amniótica?) que migram para um plano mediano posterior e avançam em rumo cefálico, essa linha primitiva possui um sulco chamado sulco primitivo através do qual as células migraram, e

também possui um nó chamado nó primitivo na parte cefálica do embrião, essa linha é importante pois regride de acordo com a formação da notocorda e também a partir desta podemos passar a denominar os eixos corporais. A formação dos três folhetos embrionários tem início com a migração de células do epiblasto que migram e intercalam-se com células do hipoblasto e então passam a constituir ENDODERME, após isso, células da fenda primitiva se põem entre a endoderme recém formada e uma camada mais exterior de células do epiblasto e passam a constituir a MESODERME que acabam por se conectar com a mesoderme extraembrionária, e por fim as células que permaneceram no epiblasto constituem a chamada ECTODERME. Importante ressaltar que defeitos nesse estágio de desenvolvimento podem causar resultados desastrosos, pois trata-se de um importante passo evolutivo do embrião. Após a formação dos 3 folhetos embrionários, tem início a neurulação, que é a transformação da gástrula em nêurula, estrutura que apresenta os primórdios do sistema nervoso. Primeiramente há a formação da notocorda, que é a precursora da coluna vertebral, ela se forma a partir de células da ectoderme que migram até alcançarem a placa pré-cordal (que dará origem a boca posteriormente) aonde se agrupam e formam a notocorda, a formação da notocorda induz a formação da placa neural que se dá da seguinte forma: células as ectoderme (aonde havia o sulco primitivo) se alargam dando origem à placa neural, essa por sua vez se invagina para dentro da mesoderme formando a goteira neural que possui em sua estrutura pregas, as células das pregas neurais possuem actina e miosina o que as aproxima até que se fundem dando origem ao tubo neural que é o precursor do SNC. Defeitos nessa fase de desenvolvimento podem ocasionar falha na formação da coluna vertebral e da abóbada craniana e do encéfalo. A partir daí a mesoderme então sofre diferenciações e diferentes denominações, a mesoderme que permanece ao lado do tubo neural é chamada de mesoderme paraxial que formará os somitos, a lateral a essa é chamada de mesoderme intermediária que dará origem ao sistema uro-genital, e a mais afastada do tubo neural é chamada de mesoderme lateral que dará origem a parede do corpo e derme, dividindo-se ainda na que está em contato com a ectoderme (somatopleura) e a que esta em contato com a endoderme (esplancnopleura). Então tem início a formação dos somitos, que se originam da mesoderme paraxial e ficam ao lado da notocorda, darão origem aos ossos, músculos e derme do dorso, o primeiro par se forma após 20 dias e após isso 3 novos pares se formam a cada 24 horas, baseando-se nisso se pode ter noção da idade do embrião pela contagem dos somitos. Agora falta comentar que na terceira semana de desenvolvimento se inicia o sistema vascular do embrião, que tem início a partir de células da endoderme que se diferenciam excitadas pelo fator FGF-2 que formam então pequenas ilhotas sanguíneas, estas ilhotas recebendo fatores de crescimento adequados, se diferenciam sendo que as mais internas formam células tronco sanguíneas e as mais periféricas formam células endoteliais. Assim tem fim a terceira semana e inicia-se a quarta semana de desenvolvimento embrionário....


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