Resumo expandido - Cap. 3 - Teorias da Comunicação - Conceitos, Escolas e Tendências PDF

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Resumo expandido do capítulo 3 do livro "eorias da Comunicação - Conceitos, Escolas e Tendências"....

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RESUMO EXPANDIDO Livro: Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências. CAPÍTULO 3: O OBJETO DA COMUNICAÇÃO/ A COMUNICAÇÃO COM O OBJETO

1. O QUE É COMUNICAÇÃO? Presente em 24h por dia, 365 dias por ano em nossa vida, é por meio da comunicação que nos relacionamos com o universo e com tudo o que há nele. Revistas, televisões, outdoors espalhados pela cidade, na política, no rádio, na internet, a comunicação é um fato absoluto em nosso dia-a-dia, seja no meio onde vivemos ou em trocas constantes de mensagens através dos celulares e aplicativos de mensagens. Porém os meios e veículos usados para transmitir informações levando assim à comunicação, sozinhos, não podem ser considerados como uma definição absoluta nem concreta quanto à comunicação, afinal, ao nos referirmos à televisão como um objeto da comunicação, por exemplo, além de toda a alta tecnologia e recursos para transmitir uma mensagem, há competências jornalistas, pesquisa e todo um processo de produção para que essa informação chegue até nós e só assim, se tornando um objeto de discussão e interação, possa se tornar efetivamente, comunicação. A expressividade e o desejo de interagir com o outro e com o meio, deram origem à comunicação, porém a designação “comunicação” é recente, datada a partir do século XX e aponta para algo além da prática e do objeto de comunicação em si, trazendo também um conceito, uma maneira de tornar as práticas e os meios usados para a comunicação, conhecidos e de falar sobre eles. 2. O OBJETO E O CONHECIMENTO O processo de conhecimento é um constante aprendizado. Desde o momento do nascimento até o fim da vida, estamos em constante processo de aprendizagem. Conhecer significa explorar, identificar o novo, mas também significa aprender com o que já foi explorado, com o que já existe, afinal, tanto é possível ver algo novo em algo já existente, como identificar referências ao velho em algo recém descoberto. Aprendemos a medida que interagimos com o meio, com os objetos de comunicação e experiências e também por meio de pesquisa e estudo - conhecimento científico, que busca ultrapassar os limites do senso comum através de pesquisas e análises mais profundas, sendo assim um ponto de partida para diversas reflexões ligadas à melhorias na qualidade de vida, por exemplo. 3. O SURGIMENTO E AS DIFICULDADES DA TEORIA A teoria ou teorias da comunicação são o resultado de inúmeros estudos sobre os meios de comunicação e a realidade comunicativa. Em nosso cotidiano adquirimos um grande estoque de experiências que juntamente com as pesquisas científicas, possibilitam uma maior compreensão da comunicação. A constante evolução dos meios de comunicação se dá em um ritmo tão grande que muitas vezes a reflexão acadêmica não consegue acompanhar, pois a reflexão e a prática possuem tempos distintos. Tais avanços são apenas atualizados anualmente, o que faz com que muitas vezes, a prática já esteja ultrapassada. Agravando ainda mais o quadro, manifestam-se também nos estudos da comunicação os modismos: conceitos e temáticas que

surgem ao longo dos anos, mas que não alcançam o aprofundamento necessário e terminam por incorporar conceitos que nem sempre são adequados. O surgimento de uma disciplina no espaço acadêmico não está ligado ao estudo dos objetos e meios de comunicação em si, mas sim a um objeto próprio e que busca aprofundar conhecimentos dentro dos inúmeros materiais e patrimônios sobre a comunicação existentes. 4. PRIMEIROS ESTUDOS DA COMUNICAÇÃO: BREVE PANORAMA HISTÓRICO Os estudos através das práticas e dos meios utilizados foram impulsionados pela necessidade de se comunicar melhor, aprimorando as práticas e criando novos meios de comunicação. O uso da palavra começou a ser exercitado pelos gregos há mais de dois mil anos atrás. Nas primeiras décadas dos século XX, identifica-se os primeiros trabalhos e o pioneirismo do alemão Otto Groth, com uma enciclopédia sobre o jornalismo, conhecida como “teoria do diário”. Nos Estados Unidos, a partir de 1930 começam as primeiras pesquisas focadas nos meios de comunicação e suas funções e efeitos, que marcam o nascimento da “teoria da comunicação” por quatro pesquisadores: Paul Lazarfeld, Harold Lasswell, Kurt Lewin e Carl Hovland - apontados como “pais fundadores” da pesquisa de comunicação. Após a crise de 29, os Estados Unidos se dedicaram a analisar, experimentar e aperfeiçoar a comunicação. Surgimento da A Escola de Chicago e a Escola de Palo Alto, que apenas recentemente foram incorporados à teoria da comunicação, pois não estavam de acordo com a problemática da época. O final dos anos 20 marcaram o surgimento da Teoria Crítica, ou Escola de Frankfurt, que se contrapõe à visão positiva americana e promove uma crítica à mercantilização da cultura e a manipulação ideológica que era operada pelos meios de comunicação. Na França, no final dos anos 30 é criado o Instituto Francês de Imprensa, onde Jacques Kayser inaugura a perspectiva das análises morfológicas dos jornais. Na Inglaterra, os estudos sobre os meios de comunicação surgem no Center of Contemporary Cultural Studies, da Universidade de Birmingham, que buscavam analisar a produção cultural e os meios de comunicação inseridos nas experiências do cotidiano. Já na América Latina, as primeiras investigações sobre comunicação surgem marcadas pela forte influência americana, e apenas na década de 70 que o pensamento crítico e anti-imperialista é difundido, desenvolvendo a “teoria da dependência” e a comunicação ou participativa. 5. AS DIVERSAS CORRENTES DE ESTUDO DA COMUNICAÇÃO Há 30 anos atrás, adotou-se uma primeira classificação que dividia e agrupava os estudos e correntes teóricas de acordo com dois grandes paradigmas: o paradigma da ordem, nomeando a chamada “pesquisa administrativa”, e o paradigma do conflito. Em alguns momentos, os estudos são organizados segundo uma disciplina: sociologia da comunicação, psicologia da comunicação, comunicação biológica, fundamentos filosóficos da comunicação. Os estudos também já foram agrupados segundo a filiação e correntes de pensamento: corrente funcionalista ou positivista, marxista, estruturalista; e também geograficamente: Escola Americana, Escola Francesa, Escola Latino-Americana, porém tal organização tinha o ponto negativo de criar uma falsa unificação que acaba por desconsiderar as tendências seguidas e estudadas. Outro agrupamento é o temático, que levava em consideração os diferentes elementos que compunham o processo comunicativo, estudando a produção/emissor, o receptor, técnica,

meio e suporte, e a mensagem; enquanto outras classificações seguem a formalização do processo da comunicação na sociedade de maneira tanto global como individual....