Resumo fosfato de zinco e óxido de zinco PDF

Preview

Summary

Materiais odontológicos...

Description

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DEPARTAMENTO DE CLÍNICA ODONTOLÓGICA MATERIAIS ODONTOLÓGICOS Sarah Ianê Carvalho Bahiana Turma P05 Prof. Msc. Ceres Mendonça Fontes

Fosfato de Zinco e Óxido de Zinco: Composição e manipulação

Os cimentos odontológicos possuem uma série de funções; segundo CAMPOS et al. (1999) prestam-se como agentes de cimentação para restaurações e coroas metálico-fundidas, além de serem isolantes térmicos, elétricos e químicos para o dente em questão. Entre os cimentos utilizados na odontologia, pode-se destacar o Cimento de Fosfato de Zinco como “o mais antigo dos agentes cimentantes” (ANUSAVICE, 2005). Composto de Óxido de Zinco (90%) e Óxido de Magnésio (10%), sintetizados em altíssimas temperaturas que darão origem a um bloco e, posteriormente, a um pó fino. Os componentes do líquido são: ácido fosfórico, água, fosfato de alumínio e, em alguns casos, fosfato de zinco. “Quando o pó é misturado ao líquido, o ácido fosfórico ataca a superfície das partículas e libera íons de zinco para o líquido. O alumínio, que forma um complexo com o ácido fosfórico, reage com o zinco formando um gel de aluminiofosfato de zinco sobre a superfície da porção remanescente das partículas. Desta forma, o cimento que já tomou presa é uma estrutura formada por núcleos constituídos de partículas de óxido de zinco que não reagiram, embebidas em uma matriz coesiva e amorfa de aluminiofosfato de zinco” (ANUSAVICE, 2005). A manipulação do Cimento de Fosfato de Zinco obedece a cinco critérios, sendo o primeiro deles o de que não é necessário o uso de dispositivos para medir o pó e o líquido, já que a necessidade clínica guiará as necessidades de aumento ou redução do nível de pó ou líquido para maior ou menor viscosidade e maior ou menor tempo de presa. O segundo critério é o

de que a placa de manipulação deve ser resfriada para aumentar o tempo de presa e de trabalho, já que, quando resfriada a placa, o cimento de fosfato de zinco se torna mais fluido permitindo a incorporação máxima de pó. O terceiro é o critério no qual o pó deve ser dividido em várias porções pequenas, iniciando-se a mistura pela primeira porção espatulada vigorosamente por 15 – 20s antes de incorporar o incremento seguinte. No quarto critério a prótese deve ser assentada imediatamente após a manipulação, antes que a formação de matriz ocorra. A prótese deve ser mantida sob pressão até a cimentação ser completa, e o campo deve ser mantido seco durante todo o processo de cimentação. O quinto critério de manipulação é o da remoção de excesso de cimento após a presa e a aplicação de uma camada de verniz ou cobertura impermeável sobre a margem, com a finalidade de possibilitar tempo para maturação do cimento antes do contato do mesmo com os fluidos orais. Segundo Anusavice, os cimentos de Óxido de Zinco e Eugenol normalmente são dispensados na forma de pó de óxido de zinco e uma pasta com eugenol, ou na forma de duas pastas. Seu pH é de 7 no momento da aplicação, o que o faz um dos materiais dentários menos irritantes. Seus principais ingredientes são óxido de zinco e eugenol. Mecanismo de presa é a hidrólise do Óxido de zinco em Hidróxido de zinco, e sua posterior reação com o eugenol, portanto a água acelera o tempo de presa. Sua manipulação é feita com a espatulação de três medidas do pó de óxido de zinco, para duas gotas de eugenol sobre uma placa de vidro. Separando o pó em porções de ½ e ¼ , e formando um cimento similar a uma massa. Sua formulação IRM é composta de óxido de zinco e polimetacrilato de metila, além de eugenol e ácido acético. Serve para restaurações provisórias de longa espera (até dois anos) e é recomendada para atendimentos emergenciais de forramento de cavidades em odontopediatria e geriatria, devido a seus efeitos sedativos e bactericidas, propiciando o controle da cárie. Sua manipulação é a mesma utilizada para o cimento de óxido de zinco P.A. Ainda segundo Anusavice, a formulação de Óxido de Zinco-Eugenol modificada a despeito de utilizar eugenol, utiliza ácido etoxibenzóico (EBA). Sua reação de presa é uma reação de saponificação. Tal formulação inibe a sensação de queimação, provocada pelo eugenol, no paciente. A manipulação

de sua pasta é feita sobre um papel não-absorvente, ou ainda sobre a placa de vidro, onde se espatula as pastas contidas nas duas bisnagas do produto até obter uma pasta homogênea. Cada tipo de cimento odontológico, portanto, terá suas indicações específicas de acordo com as suas propriedades e especificidades. Cabe ao Cirurgião-Dentista as levar em consideração, a fim de selecionar o mais adequado para o tipo de restauração ou cimentação a ser realizada.

REFERÊNCIAS CAMPOS, T. N.; MORI, M.; HENMI, A. T.; SAITO, T. Infiltração marginal de agentes cimentantes em coroas metálicas fundidas. Rev Odontol Univ São Paulo, v.13, n.4, p.357-362, out./dez. 1999. Phillips materiais dentários. Kenneth J. ANUSAVICE, Chiayi SHEN, H. Ralph RAWLS; tradução Roberto Braga ... [et al.]. – 11. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2005...