Resumo Livro - A Arte de se Comunicar - Capítulo II - Por Thich Nhat Hanh PDF

Title Resumo Livro - A Arte de se Comunicar - Capítulo II - Por Thich Nhat Hanh
Author Filipe Assis
Course Filosofia Da Comunicação
Institution Universidade Estadual da Paraíba
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Resumo do Capítulo II - Livro: A Arte de Se comunicar, por Thich Nhat Hanh...


Description

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS I CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE JORNALISMO

Eugênia Teles – Filosofia da Comunicação Filipe Gabriel de Assis

Resumo do Capítulo II – Livro: A Arte de se Comunicar, por Thich Nhat Hanh.

Campina Grande – Paraíba 2019

Comunicando-se consigo

Para que possamos preencher um eventual vácuo dentro de nós, recorremos às conexões com outras pessoas. Embora que estejamos em um macro ambiente onde todos vivem nele, ao mesmo tempo estamos sós. Se você acreditar que é capaz de compartilhar sentimentos, conectar-se com os demais, a solidão pode desaparecer e ela não será mais um sofrimento visível em nossa época. Quando você está conectado em redes sociais, com tecnologias, você realmente compartilha algum tipo de conectividade com alguém? Realmente essa conexão, te tira da solidão? Compartilhar atualizações e visualizar seus e-mails pode te acrescentar algo e você pode acrescentar para o outro, com isso você, hipoteticamente, pode aliviar sua solidão. Alimentar-se das mídias sociais, telefonemas e tecnologia num contexto geral, não irá te preencher de coisas boas, não irá te alimentar de amor, que não sabemos como fomentar para nós mesmos. Portanto, não irá retirar você da solidão, como também, isso não irá melhorar sua comunicação. Ter um celular para manter contato com todos, é nítido na humanidade hoje em dia, no entanto, não ter um celular não te deixa desconectado do mundo, pelo contrário, pode te conectar de fato com o mundo e você pode ter mais tempo pra você e para outros. Mesmo que você esteja se “comunicando” através do celular, se o conteúdo do seu discurso não for genuíno, essa comunicação não será válida. Temos uma mente complexa e rica de sabedoria, mas acreditamos na força da tecnologia como meio de comunicação. Nossa mente não pode está bloqueada com essas ideias, não existe equipamento que possa colaborar com a comunicação, caso assim a mente esteja.

Conectando-se internamente

Temos muito tempo para muita coisa, mas pouco tempo para comunicar com nós. Sendo assim, como poderemos saber o que está acontecendo com a gente? Pode haver desequilíbrio interno e não sabemos, devido a essa falta de contato interno. Dito isto, não temos capacidade, portanto, de comunicar-se, também, com outras pessoas. Comunicar com pessoas através da tecnologia é uma utopia. Andamos por pessoas, coisas, lugares, estamos vivos em determinados ambientes, mas não temos ciências de tais coisas devido à falta de nos encontrarmos internamente.

Sentar, pensar e conversar consigo você deixa de lado o estado que sua mente lhe impõe: perdido. Você só precisa sentar e conversar consigo e isso te dará uma consciência plena do que acontece no agora com você. Sentar, inspirar e expirar te proporcionará uma comunicação com você que nenhum equipamento tecnológico fará e, assim, poderá saber como você está sobre seus sentimentos, percepções, emoção.

Propósito digital

Há momentos em que nos sentimos inseguros e podemos chegar à conclusão de que, tudo o que falamos, o receptor pode eventualmente não entender, dentro de um ato comunicativo, e, dessa forma, pode se considerar que o emissor, ao tentar a fala, sinta-se duvidoso quanto ao seu discurso. Recomenda-se que o que se pode fazer é enviar um email ou uma carta. No entanto, esses dois últimos devem está dotados de muita compreensão e compaixão, isso permite que se gerasse um alimento, o emissor e receptor podem partilhar desse alimento. Tudo o que você escreve pode nutrir o receptor de elementos escritos positivos, munidos de compaixão e compreensão. A pratica da escrita é bom para a saúde, você nutre o outro com um conjuntos de ideias que irá alimentar não só você, como o receptor, e isso pode remover o seu medo e o do outro, tal como a raiva. Está automatizado em uma macroestrutura, denominado cidade, pode nos deixar com pressa, ao ponto, exemplo, enviar um e-mail. Podemos, sem generalizações, enviar um texto, pode acontecer de nem percebermos o conteúdo, se contém compreensão, harmonia. Ao clicar em “enviar”, não percebemos que o que foi enviado, poderia conter um texto mais inspirador, harmonioso, com mais inspiração e expiração. Tomar tais medidas também, como, ao atender o telefone, antes de apertar o “enviar”. Desse modo, poderíamos ter uma “macroestrutura” mais compassiva. Considere todos os elementos mencionados como o real propósito digital, deixando de lado a demasiada conectividade e “comunicações” em tempo real, não desconsiderando sua utilidade enquanto um recurso tecnológico necessário.

Voltando para casa

Praticar a atenção consciente é voltar para casa, estar seguro, a solidão desaparece. Sentir-se aquecido, confortável e seguro, é sinal de que você está em casa. Quando ficamos fora de casa muito tempo, a casa é negligenciada.

Mas nem todo caminho é extenso, pois a casa fica em nós. Sentar e olhar pra você mesmo, estar em conformidade com seu reflexo, pode te mostrar o que está em desordem, e poder concertar, é aceitar tudo o que o universo propôs para nós, as coisas são assim. Ao voltar para casa, está atento, e está expirando, inspirando.

Comunicando-se com a respiração

Sua respiração é o caminho. Quando você aprende a respirar, aprenderá a caminhar, como sentar, comer, trabalhar e com plena atenção. Inspirando você volta pra si mesmo, ao expirar sai todas as tensões. “O caminho para dentro é o caminho para fora”. Ao focar na arte de inspirar e expirar, ela nos torna mais liberto. Ao apontar nossos olhos em nossa respiração, podemos libertar todas as preocupações ou medos sobre o futuro. Ao focar na respiração ao longo do dia, você pode perceber o que está sentindo naquele momento, desfrute as vinte e quatro horas em respirar e inspirar, antes de qualquer atitude. Ao estar sobrecarregada de medo, raiva e arrependimento, você não está livre, e não convém saber sua classe social, seus aspectos notórios quanto ao financeiro, é jus para todos. Abortar qualquer tipo de sofrimento, insegurança e medo, encontraremos o verdadeiro caminho, a verdadeira estrada para a harmonia. A natureza da felicidade está na liberdade e é uma coisa que existe e é preciosa, é um alcance para uma consciência equilibrada.

Não pensar e não falar

Deixe seu telefone de lado ao ir a um evento, comunique-se com quem está presente e guarde o celular no bolso. Você precisa absorver parcialmente o que está sendo falado naquele ambiente e interagir pessoalmente, deixa o virtual de lado um pouco. O mesmo acontece com você, internamente. Comunique-se mais com você, preste mais atenção em você e para isso necessita não pensar nem falar, apenas adentrar da sua mais pura consciência, onde você não se encaixa dentro dos parâmetros do que é real. É absorver e interagir com nossa introspectividade. Observando que não pensar é uma prática interessante, o mesmo se faz para o pensar e falar, que também é produtivo. No entanto, ao pensar que estamos inseguros, ao lembrar-se de aspectos do passado e que irá presumir em você percepções equivocadas, fazendo você se preocupar com o que vão pensar.

Ao focar sua atenção na plenitude, nos permite escutar as dores, os medos internos e não podemos fingir que não escutou e fugir, mas voltar e cuidar desses sofrimentos. Ao você perceber que você pode saber caminhar, inspirar e expirar, não será tomado pela dor muito menos do medo. Gerará energia que virá de sua atenção e cuidar dos sofrimentos.

Volte

Se escutar é dar espaço a tranquilidade do não pensar e do não falar. Não cubra o desagradável, volte e corrija, cuide dos seus sofrimentos e dores, esteja perto de ti mesmo e transforme-se. Volte para casa e escute-se, caso não ouça você mesmo, caso não se comunique com você mesmo, como irá comunicar-se com outrem? A prática e voltar constantemente a falar com ti mesmo, escutar o sofrimento, cuidar dele, da sua mente e obter a felicidade, a fim de trazer o alivio.

Comunicando-se com o corpo

Ao dar pausa para sentar tranquilamente, você terá a plena atenção e ela será mais forte, terá mais êxito, embora que por poucos instantes. Há que ter tempo para sentar e tranquilizar-se. Está impaciente é sinal que você pode sentar e pensar no que irá fazer, que é, de fato, pensar. Sente-se e conseguirá expirar, inspirar. Sente também em momentos de paz, a fim de manter a prática. Ao sentar, você está trazendo sua mente de volta para casa e para o corpo, dessa forma, você consegue reunir seu corpo e sua mente, uma feliz conexão. Passar muito tempo no computador permite que você esqueça-se das prioridades do seu corpo, que poderá acarretar em eventuais dores, desconfortos, tenso. A essência necessária está no seu corpo, cuide bem dele, conecte-se.

Leve a si mesmo para caminhar

Caminhar é juntar, também, corpo e mente. Permite a comunicação com algo externo que te alimenta e cura: a terra. Seu corpo são seus pés, respiração, pulmões, e quando você pisa com firmeza no chão da terra, você conecta-se com corpo, está em casa.

A cada passo te leva para casa, tornando fácil sua conectividade consigo, com corpo e mente e ela é real. Não há necessidade de um equipamento que te estabelecer uma quantidade de amigos, de informar quantos passos correu nos seus exercícios postados diariamente ou quantas calorias queimaram. Foque na respiração, na caminhada, nos seus passos e saiba onde está pisando, os movimentos pelos quais seus pés estão tocando. A liberdade é saber onde você está pisando. Pra que aplicativo, quando você mesmo sabe para onde pode ir?

Caminhar na terra cura nossa alienação

Nós vivemos, muitas vezes, isolados, conseguimos ficar sós. Estamos separados de nós mesmos e da terra. Sempre, diariamente, esquecemos que possuímos corpo e a começar a praticar a respiração atenta, começamos a perceber o que nos cerca, e a escutar o nosso corpo, olhando profundamente para nós. A terra é uma realidade estabelecida, cheia de vida e realidade, não como costumeiramente adotamos o pensamento de que ela seja apenas um “meio ambiente” ou um tipo de matéria que compões o chão. Ao estar só, podemos esquecer a magnitude que é conectar-se com a terra. Coloque atenção nos seus passos e você irá se proporcionar de uma conexão avassaladora com a terra e com seu corpo.

Conectando-nos com nosso sofrimento

Ao respirar atentamente e se escutar, você conecta-se com seu corpo e torna-se mais consciente de sentimentos que até então ignorava. Ao fazer isso, você permite que seus sofrimentos comuniquem-se conosco e tem deixado que nós soubéssemos que ele esteja por ali; você gasta energia ao ignorá-lo. Caso comece a respirar atentamente, perceberás os sentimentos de solidão, tristeza, ansiedade e eles podem vir à tona, devido a nós estarmos ignorando-os. Adotar o medo não é recomendável, mas reconhecer que você possui e encará-los, e optar pela prática da inspiração e respiração.

O sofrimento dos nossos ancestrais

Tudo o que possuímos inclusive nosso sofrimento, contém o sofrimentos de nossos parentes e ancestrais. A fim de transformar seus sofrimentos, os nossos ancestrais poderiam ter tentado a prática da plena atenção. Ao entendermos o sofrimento, estaremos curando nós e os nossos ancestrais, assim como nossos pais.

Escutando profundamente

A quantidade de sofrimentos dentro de nós e à nossa volta pode ser avassaladora. Normalmente não gostamos de estar em contato com ele porque achamos desagradável. O mercado nos abastece com tudo o que podemos imaginar para nos ajudar a fugir de nós mesmos. Consumimos todos esses produtos para ignorar a acobertar o sofrimento dentro de nós. Porém, há uma maneira de entrar em contato com o sofrimento sem sermos engolidos. Tentamos ignorá-lo, mas o sofrimento é útil, precisamos do sofrimento. Voltar para casa e se escutar propicia o nascimento da compaixão e do amor. Se nos permitirmos o tempo necessário para escutar profundamente o nosso sofrimento, seremos capazes de entendê-lo.

Amar a si mesmo é a base da compaixão

Temos a tendência a pensar que já sabemos de tudo nesse mundo e que entendemos muitos os nossos semelhantes que amamos, mas eventualmente isso pode não ser verdade. Como poderemos entender o sofrimento dos demais, se não entendemos o nosso? Não deveríamos ter tanta certeza de que compreendemos tudo sobre o outro. “Realmente eu me entendo?”, faça sempre essa pergunta. Auto compreensão é crucial para entender outra pessoa; amor próprio é crucial para amar os outros. Quando você tiver compreendido seu sofrimento, você vai sofrer menos e será capaz de compreender o sofrimento de outra pessoa com muito mais facilidade. Voltar para casa, para nós mesmos, para entender nosso sofrimento e suas raízes, é um dos passos. Quando tivermos entendido o nosso sofrimento e a maneira como ele se formou, estaremos em uma posição onde seremos capazes de nos comunicar com os outros de tal maneira que eles também passarão a sofrer menos....


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