Etica a Nicomaco - Livro X - Resumo PDF

Title Etica a Nicomaco - Livro X - Resumo
Course Relações Internacionais
Institution Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Resumo e análise do "Ética a Nicomaco - Livro X",...


Description

Kevin Francisco da Silva Rocha Resumo do livro “Ética a Nicômaco – Livro X”

O livro inicia-se com uma discussão sobre o prazer. Aristóteles trabalha com duas distintas visões sobre: a primeira defende que o prazer é o bem e a segunda que é o mal. O autor acredita que muitos que defendem a segunda ideia o fazem com o objetivo de buscar um equilíbrio, e esse objetivo por si só já mostra que, na verdade, concordam com a primeira tese, já que confirmam que de fato desejam o prazer, mostrando, assim, uma contradição entre o seu discurso e a pratica. Então é apresentada a visão de Eudoxo, ele via o prazer como algo bom pois é o que todos os animais buscam por natureza, e ainda acrescenta que o fato da dor ser um objeto de aversão mostra que o oposto deve ser um objeto de preferência e o prazer é o próprio fim desejado de uma escolha. Além disso, mostrava que o prazer não é o bem, mas um bem, já que, quando acrescido de outro bem, torna-se mais digno. Aristóteles defende esses argumentos refutando o pensamento de que o homem não busca o bom, afirmando que o desejo dos seres inteligentes impede essa ideia e também o argumento de que o prazer é um mal, já que um mal se opõe ao outro, ele diz que o fato das pessoas desejarem o prazer contradiz com a ideia de que seja um mal. Aristóteles, então, argumenta contra a percepção de o prazer não ser um bem pois estes são determinados, visto que há outros bens que também não são totalmente possíveis de se determinar. Também desmente a afirmação de que o bem é perfeito, enquanto o prazer é um movimento e uma geração, já que o prazer é um objeto completo por si só e não é possível haver um prazer incompleto. Ele também afirma que o prazer não é somente um preenchimento de algo que falta, já que essa ideia vê o prazer meramente como algo corporal, sendo que existem muitos prazeres além do físico. Também destaca a diferença entre os prazeres positivos e os negativos, sendo que os negativos só são desejados por um grupo especifico, ressaltando que um prazer é desejável na medida em que provem de boas fontes. Posteriormente, trabalha-se com a ideia de que o prazer não é um movimento, visto que um movimento pode ter elementos que modificam ou inconcluem sua forma, enquanto o prazer é completo por si só. Logo após, ele afirma que o prazer poder completar uma atividade que envolva um sentido saudável com um objeto adequado. Então o autor explica que com o tempo perdemos o desejo por repetir a mesma atividade, por isso não sentimos prazer de forma eterna. Visto que cada atividade é completada pelo prazer que a acompanha, ao ponto que as atividades se diferem, é natural que se pense que os prazeres também, e, o fato de ao tentarmos realizar duas atividades ao mesmo tempo tendermos a focar na mais prazerosa expõe uma diferença entre intensidades dos prazeres também, essa intensidade pode ocorrer de forma que um prazer se torne uma dor. Ele também diz que as coisas mais prazerosas são as atividades do homem bom. Aristóteles, então busca discutir “em linhas gerais a natureza da felicidade”. A felicidade trata-se de uma atividade desejável em si própria, visto que a felicidade é autossuficiente. Ele completa recusando a afirmação de que as recreações agradáveis são da

natureza da felicidade, já que o exemplo para sustentar essa tese é o de que déspotas se entretém por este meio, e estes não representam os valores de um homem bom, logo, conclui que os homens bons e os homens ruins valorizam coisas diferentes, e, como a vida feliz é virtuosa, é impossível que seja possível alcança-la apenas por meios recreativas, já que uma vida assim de nada tem de virtuosa. Partindo do principio de que a felicidade é uma atividade que ocorre conforme a virtude, pode se concluir que ela estará de acordo com a mais alta delas. Aristóteles diz então que a atividade que segue essa virtude é a contemplação, ele afirma isso pois vê a razão e os objetos advindos dela como a melhor coisa existente e, também, por perceber essa atividade como a mais contínua e autossuficiente possível. Apesar disso, essa vida é inacessível ao homem por si só, já que a razão é relacionada ao divino, e depende do homem buscar esse lado imortal intrínseco em si mesmo. Porém, é possível alcançar a vida feliz também por outra espécie de virtude, já que essas complementam a condição humana, porém, estas necessitam do contato direto com o físico para serem completos. Ele ressalta que ainda assim que a contemplação é o único caminho para a felicidade perfeita, e para confirmar isso, realiza um exercício de imaginação em relação à atividade dos deuses, sua conclusão é a de que a única atividade aceitável de se imaginar é a de contemplação. Mesmo assim, o homem não pode realizar exclusivamente a contemplação e precisar suprir suas necessidades humanas. Por fim, Aristóteles afirma que é impossível introduzir esses valores trabalhados no livro a todas as pessoas apenas pela pura argumentação, já que muitas são movidas pela força e pelo medo e, assim, frisa a necessidade de se cultivar uma cultura de virtudes desde a juventude. Ele enxerga vital para o alcance desses objetivos a fixação de leis que o complementem....


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