Teoria de Virginia Henderson Enfermagem PDF

Title Teoria de Virginia Henderson Enfermagem
Author Elisergio Brito
Course História da Amazonia III
Institution Universidade Federal do Pará
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Summary

o trabalho consiste na analise clinica de crianças e adolescentes...


Description

Teoria de Virginia HendersonENFERMAGEM Virginia Henderson nasceu em 1897, em Kansas City, e o interesse pela enfermagem surgiu durante a Primeira Guerra Mundial, pois desejava prestar atendimento os feridos e enfermos de guerra. Formou-se em 1921, na Escola do Exército, concluindo seus estudos e mestrado em 1926. Ministrou cursos com enfoque na Enfermagem Clínica, na área analítica, de 1930 a 1948, sendo indicada como pesquisadora na Universidade de Yale, em 1953.

Sua obra trouxe grande influência e impacto à enfermagem da época, em todo o mundo, com a publicação de The nature of nursing, em 1966, e Basic principles of nursing care, em 1960, traduzidas em várias línguas. Em 1991 escreveu sua obra mais recente, intitulada The nature of nursing – Reflections after 25 years. Os principais questionamentos que inspiraram sua obra foram:

- Qual é a prática da enfermagem?

- Que funções específicas desempenham?

- Quais as atividades exclusivas do enfermeiro?

Henderson defendia a tese de que uma ocupação que afeta a vida humana, como a enfermagem, deve ter suas funções esquematizadas e suas ideias são fortemente influenciadas pela prática profissional e pelo ensino profissional que sempre fizeram parte de sua vida como enfermeira.

Sua filosofia profissional era a de aprender fazendo, desempenho rápido, competência técnica e domínio bem-sucedido dos procedimentos de enfermagem. O enfoque sobre doença, diagnóstico e tratamento na instrução da enfermagem a deixava descontente e incentivava sua luta para mudança desta abordagem.

Enquanto estudante preocupava-se com a ausência de um modelo apropriado para o atendimento de enfermagem e não se conformava com uma prática distante da teoria, como na psiquiatria, pela falta de entendimento sobre o papel do enfermeiro na saúde mental.

Sua experiência na pediatria foi mais bem-sucedida, devido ao enfoque centrado no paciente, na continuidade do cuidado e naquele baseado na atenção e no carinho, embora não houvesse nada ligado à família, desconsiderando-se a importância do envolvimento desta no processo do cuidado e do autocuidado.

Sua experiência no atendimento de enfermagem comunitária lhe trouxe a fase mais positiva de sua formação, pois lhe permitiu identificar falhas no processo do cuidar, no qual o cuidado extrainstituição era desconsiderado e levou-a a identificar-se com a enfermagem não hospitalar, que lastimava e recusava-se a aceitar.

Posteriormente, como professora de graduação, reconheceu a necessidade de maiores conhecimentos e esclarecimentos sobre as funções da enfermagem, levando-a a aprender sobre as ciências e humanidades relevantes para a matéria, desenvolvendo uma abordagem inquisitória e analítica em sua personalidade.

Como professora desenvolveu várias ideias sobre enfermagem, com conceitos centrados no paciente, no método do problema de enfermagem, em substituição ao modelo médico, na experiência de campo, no atendimento e acompanhamento familiar e no atendimento à enfermagem crônica. Estabeleceu clínicas de enfermagem e incentivou o cuidado multidisciplinar ordenado.

Na revisão de um livro escrito com Berta Harmer, enfermeira canadense, reconheceu a necessidade de definição das funções do enfermeiro (HARMER & HENDERSON, 1939; SAFIER, 1977), desenvolvendo uma escrita sólida e definitiva da descrição do cuidar.

Preocupou-se com a regulamentação profissional em muitos estados, acreditando que esta definição proporcionaria os parâmetros para os princípios e a prática da enfermagem e garantiria o atendimento profissional adequado e isento de consequências aos pacientes, devido ao despreparo e desqualificação profissional até então observados.

Sua atuação interferiu, inclusive, na própria ANA (American Nurse´s Association), que considerando as declarações oficiais inespecíficas e insatisfatórias, acabou provocando uma modificação da definição anterior para:

A prática da enfermagem profissional significa a atuação para compensação de qualquer ato, na observação, no cuidado e no aconselhamento dos doentes, feridos ou inválidos; na manutenção da saúde ou prevenção da doença de outros; na supervisão e no ensino de outros profissionais ou na administração de medicamentos e tratamento conforme prescritos por um médico ou dentista habilitado; exigindo julgamento especializado substancial e habilidade baseados no conhecimento e na aplicação dos princípios das ciências biológicas, físicas e sociais. O mencionado não deve considerar a inclusão de atos de diagnóstico ou de prescrição de medidas terapêuticas ou corretivas. (AMERICAN NURSE’S ASSOCIATION).

Mesmo assim, Henderson, considerando insatisfatória a definição da ANA, publicou a sua primeira definição em 1855, que dizia:

A enfermagem, basicamente, é o auxílio ao indivíduo (em boas condições ou enfermo) na realização daquelas atividades que favorecem a saúde ou a sua recuperação (ou morte tranquila), que ele faria sozinho, caso tivesse a força, a vontade e o conhecimento necessários. É, da mesma forma, singular contribuição da enfermagem a de auxiliar a pessoa a tornar-se independente desse auxílio o mais breve possível. (HENDERSON, 1855).

Henderson propõe 14 componentes do atendimento básico da enfermagem para enriquecer sua definição:

- Respirar normalmente;

- Comer e beber adequadamente;

- Eliminar resíduos orgânicos;

- Movimentar-se e manter posturas desejáveis;

- Dormir e descansar;

- Selecionar roupas adequadas – vestir-se e despir-se;

- Manter a temperatura corporal dentro da variação normal, adaptando a roupa e modificando o ambiente;

- Manter o corpo limpo e bem arrumado, proteger a pele;

- Evitar os perigos ambientais e evitar ferir os outros;

- Comunicar-se com os outros, expressando emoções, necessidades, medos ou opiniões;

- Adorar de acordo com a própria fé;

- Trabalhar de forma a ter uma sensação de realização;

- Participar de variadas formas de recreação;

- Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que leva ao desenvolvimento e à saúde normais e usar os serviços de saúde disponíveis....


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