Tornar-se pessoa - Carl Rogers PDF

Title Tornar-se pessoa - Carl Rogers
Author Tainá Dias
Course Fundamentos das Abordagens Humanistas
Institution Universidade do Estado de Minas Gerais
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Summary

Tornar-se pessoa - Carl Rogers...


Description

Tornar-se pessoa - Carl Rogers Rogers lança uma nova abordagem psicológica no meio do século XX, a abordagem centrada na pessoa. Esta, tem como principais proposições a empatia e a consideração positiva incondicional por parte do terapeuta, acreditando que a medida que essas condições forem dadas aos clientes, estes poderão descobrir dentro de si mesmos a capacidade de utilizar aquela relação para crescer, mudar e se desenvolverem pessoalmente. Ele acredita que o terapeuta, ao apresentar a realidade genuína que está nele, proporciona ao cliente, a possibilidade de entrar nesse processo de procurar pela realidade em si com êxito. Neste sentido, “a autoconsciência e a presença humana do terapeuta é mais importante do que o treinamento técnico do mesmo”. A premissa central de Rogers é a de que as pessoas são inerentemente plenas de recursos. “Descobri que é quando posso aceitar uma outra pessoa, o que significa especificamente aceitar os sentimentos, as atitudes e as crenças que ela tem como elementos reais e vitais que a constituem, que posso ajudá-la a tornar-se pessoa: e julgo que há nisso um grande valor. Poderá ser difícil comunicar a próxima descoberta que fiz. Consiste nisto: quanto mais aberto estou às realidades em mim e nos outros, menos me vejo procurando, a todo custo, remediar as coisas. Quanto mais tento ouvir-me e estar atento ao que experimento no meu íntimo, quanto mais procuro ampliar essa mesma atitude de escuta para os outros, maior respeito sinto pelos complexos processos da vida. É esta a razão por que me Sinto cada vez menos inclinado a remediar as coisas a todo custo, a estabelecer objetivos, modelar as pessoas, manipulá-las e impeli-las no caminho que eu gostaria que seguissem. Sinto-me muito mais feliz simplesmente por ser eu mesmo e deixar os outros serem eles mesmos.” p.25 Neste fragmento, podemos perceber a maneira como Rogers acredita na potencialidade positiva de seu método, que utiliza prioritariamente da busca pela essência do eu. Assim, o processo de tornar-se pessoa, consiste em estar aberto à mudanças, às experiências, às possibilidades; deixar-se ser transformado e transformar-se. Adquirir consciência e autoconhecimento, se aceitar também fazem parte do progresso. “Por isso considero que a lição mais fundamental para quem deseja estabelecer uma relação de ajuda de qualquer espécie é a de se mostrar sempre tal como é, transparente”. P. 61 - Rogers não acredita na possibilidade de vestir-se de algo que não é, então o terapeuta não poderia passar a sensação de aceitação para o cliente, caso não se aceite verdadeiramente.

No capítulo 3 específicamente, fala-se passo a passo do processo de atendimento psicológico

Quem passa por um processo terapêutico dessa abordagem, aprende a gostar mais de si A natureza humana é essencialmente positiva, não significa que é boa, mas sim que temos em nossa essência, condições de reagir e sair da situação, mudar o panorama. O que mais importa para Rogers não é o resultado do trabalho, mas o trabalho em si, o processo, este precisa ser fundamentado pelo respeito pelo outro, aceitação incondicional e aposta em suas capacidades de lidar com a vida. A natureza deste processo é a convicção no ser humano, entender que ele valhe a pena; a aposta é humanidade como um todo, não no indivíduo específico. Observações sobre o processo: Precisamos observar se algumas coisas estão acontecendo com o paciente para confirmar que o processo terapêutico está acontecendo: -

Aumento das analises penetrantes Maior maturidade nos comportamentos Atitudes mais positivas Maior aceitação de si Incorporação de experiências previamente negadas Observar o paciente sair da posição de vítima e de queixas para uma experienciação de si mesmos - empoderamento Experiência integral de uma relação afetiva - aceitação plena e livre dos sentimentos.

Diferente da transferência na psicanálise, aqui, a relação entre paciente e terapeuta não é unidirecional, é uma via de mão dupla, não é apenas o terapeuta que precisa de empatia, como o paciente também precisa ter empatia com o psicólogo, é uma relação dialética O terapeuta não faz cara de paisagem, ele demonstra para o paciente se ficou feliz, se está orgulhoso, se não gostou do que ele disse. “Se a gente desconstrói os modelos, ficamos conosco mesmos”....


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