Title | Toxinas Fúngicas E Alergias |
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Author | Beatriz Pereira Silva |
Course | Imunologia e Imunopatologia |
Institution | Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri |
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Anotações de palestras e tutorias de Imunologia...
TOXINAS FÚNGICAS E ALERGIAS Além das infecções micóticas, existem dois outros tipos de doenças fúngicas: (1) micotoxicoses, causadas pela ingestão de toxinas e (2) alergias a esporos fúngicos. As micotoxicoses mais conhecidas ocorrem após a ingestão de cogumelos do gênero Amanita. Esses fungos produzem cinco toxinas conhecidas, e duas delas – amanitina e faloidina – estão entre as hepatotoxinas mais potentes. A toxicidade da amanitina é baseada em sua capacidade de inibir a RNA-polimerase celular, inibindo a síntese do mRNA. Outra micotoxicose, o ergotismo, é causada pelo fungo filamentoso Claviceps purpura, o qual infecta grãos e produz alcaloides (p. ex., ergotamina e dietilamida do ácido lisérgico [LSD]) que causam fortes efeitos vasculares e neurológicos. Outras toxinas ingeridas, as aflatoxinas, são derivadas de cumarina produzidas por Aspergillus flavus, que causam danos ao fígado e tumores em animais, além de serem suspeitas de causar carcinoma hepático em humanos. Aflatoxinas são ingeridas com grãos industrializados, bem como com amendoins, e metabolizadas pelo fígado em epóxido, o qual representa um potente agente carcinogênico. A aflatoxina B1 induz uma mutação no gene supressor de tumor p53, levando à perda da proteína p53 e, consequentemente, perda do controle de crescimento dos hepatócitos. Alergias causadas por esporos de fungos, principalmente esporos de Aspergillus, são manifestadas principalmente por uma reação asmática (rápida broncoconstrição mediada por IgE), eosinofilia e formação de pápula e rubor no teste de reação cutânea. Esses sinais clínicos são causados pela resposta de hipersensibilidade imediata aos esporos fúngicos....