Trabalho Behavorismo - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO PERSONAGEM GRUG CROOD ATRAVÉS DA SELEÇÃO POR PDF

Title Trabalho Behavorismo - ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO PERSONAGEM GRUG CROOD ATRAVÉS DA SELEÇÃO POR
Author Luccas Montenegro
Course Teorias psicol i:behaviorismo
Institution Universidade de Fortaleza
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ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO PERSONAGEM GRUG CROOD ATRAVÉS DA SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIA ...


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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR CENTRO DE CIENCIAS DA SAUDE - CCS CURSO: PSICOLOGIA Disciplina: TEORIAS PSICOLOGICAS I: BEHAVIORISMO

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO PERSONAGEM GRUG CROOD ATRAVÉS DA SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIA Luccas Montenegro Barreto – 1812635

ABRIL/2018 FORTALEZA, CE

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DO PERSONAGEM GRUG CROOD ATRAVÉS DA SELEÇÃO POR CONSEQUÊNCIA

Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação na disciplina de Teorias Psicológicas I: Behaviorismo, à Professora: Isabelle Cacau.

ABRIL/2018 FORTALEZA, CE

Introdução Neste trabalho trataremos de examinar cinco comportamentos do personagem Grug Crood, do filme The Croods, através da visão Skinneriana de análise do comportamento. Skinner tem uma visão determinista, acreditando que nos comportamos em função de alguns aspectos, visando um objetivo. Esses aspectos são divididos em três níveis: filogenético, ontogenético e sociocultural. O nível filogenético diz respeito às características naturais e biológicas limitadoras do sujeito, já o nível ontogenético aborda como a história de vida de um determinado indivíduo influi na sua tomada de decisões e comportamentos, e, por fim, o nível das relações socioculturais aborda os costumes, a cultura e visão de mundo de um grupo social. É importante destacar que, apesar dos três níveis serem aqui apresentados separadamente, estes se inter-relacionam quando ocorre o comportamento. Em se tratando do personagem Crug, podemos dizer que ele é um homem das cavernas, patriarca da família dos Crood. Ele acredita que novas atitudes são caminho direto para novos perigos e riscos, portanto, vive uma vida extremamente cautelosa e mantêm a sua família “na linha” ao impor regras que devem ser seguidas por todos. Uma de suas principais características é a superproteção e a crença de que a força é melhor e mais útil que a curiosidade e a conquista de novos conhecimentos. Assim, decidimos examinar os seguintes comportamentos de Crug: 1) sempre voltar para a caverna 2) tratar os animais como comida ou ameaça 3) pisar nos espinhos descalço 4) achar que o fogo é um filhote de sol 5) tentar se defender dos macacos com sua força

Desenvolvimento 1. Voltar Sempre Para a Caverna No decorrer do filme Os Croods, Grug, em uma cena com sua filha Eep, é questionado por que ele não gosta de sair da caverna e também não a deixa ir. O patriarca a explica que sair da caverna é perigoso e que, antes, sempre que alguém saia ele se machucava ou era morto. Falando a respeito do nível filogenético, podemos perceber que o comportamento de sempre voltar para a caverna a noite se dava porque Grug e sua família não eram capazes de enxergar o que tinha ao seu redor se estivessem lá fora. A escuridão de fora remetia ao desconhecido, e o desconhecido era perigoso. Então iam para a caverna, pois lá, mesmo que também escuro, sabiam que estariam em segurança. Logo no início do filme, tomamos conhecimento que Grug evita passar muito tempo fora de sua caverna, pois aprenderam que as outras famílias que viviam por alí foram dizimadas por se arriscarem no mundo a fora, perto de animais selvagens, por exemplo. Grug aprendeu com os que vieram antes dele, com as suas experiências e com a sua história de vida, que voltar para caverna ao anoitecer e só sair dela para caçar era a forma mais certa de continuar vivo. Vemos aqui a interferência do nível ontogenético para a seleção do comportamento. Enfim, a visão de mundo adquirida por Grug, e que este passou para a sua família, é que o que está fora é incerteza e perigo, já o que está dentro da caverna traz paz. Foram construídos costumes de sair e voltar depressa para a caverna, de ter medo do novo. O grupo social que consiste em sua família aprendeu a lidar com esse modo de encarar a vida, seguindo normas e limites criados e tradições.

2. Tratar os Animais Como Comida ou Ameaça No princípio, Grug trata os animais ou como fonte de alimento ou ameaça, jamais como algo além disso. É fato que o ser humano necessita de comida para sobreviver, desse modo, Grug se utiliza de sua força e agilidade para enfrentar animais e conseguir obtê-la. Já se tratando da imagem do animal enquanto ameaça, é o sentimento

de medo, da necessidade de preservar a espécie, que leva Grug a agir cautelosamente. Podemos observar, portanto, o nível filogenético nessas situações. Observando ontogeneticamente, no contexto em que vive, Grug viu outras famílias serem exterminadas por animais, o fazendo criar uma imagem negativa destes, e, assim, construindo toda uma maneira de comportar-se para evitar que o mesmo ocorra com ele, com a criação de regras e autorregras. Já o sucesso na conquista do alimento, como o do ovo de um animal, e a descoberta da saciedade que este traz, o leva a continuar com essa outra atitude. Por fim, quando falamos de relação sociocultural e de visão do mundo, podemos dizer que Grug tem como foco de sua vida a proteção de si mesmo e de sua família, sendo o que está para fora deste círculo considerado perigoso e estranho - aqui incluímos os animais. Há o costume de manter-se distante, de que não se deve confiar. Assim, a ideia de um animal de estimação, por exemplo, não era somente impossível, mas impensável. 3. Pisar nos espinhos descalço Em certo momento do filme, o personagem Guy tenta fugir da família dos Croods passando facilmente por cima de espinhos usando seus sapatos como proteção. Porém Grug não consegue segui-lo porque não possui essa ferramenta. Depois de algum tempo Guy desiste de fugir, e, então, cria e mostra para o pai da família a função dos sapatos. É, portanto, sobre o comportamento de Grug nesta situação que vamos comentar, examinando como ele se adaptou a esta. Grug tenta correr por cima dos espinhos sem proteção alguma nos pés, ele sente muita dor e não avança. Para ele o “sentir dor” significa um sinal de alerta, pois sempre que esta sensação aparecia em sua vida, ele a relacionava com algo de que deveria fugir, evitar. Vemos, portanto, um regulador fisiológico, a dor, operando em sua vida no nivel filogenético. Quando Grug sente a dor dos espinhos ele simplesmente fica imóvel e não sabe como lidar com aquela situação. Ele, em sua história, nunca tinha se deparado com espinhos e nem mesmo conhecido a função de sapatos. Enxergamos aqui a influência do nível ontogenético em sua vida: por falta de maior conhecimento e experiência, Grug não sabe como lidar de outra maneira com a situação em que se encontra se não enfrentando os espinhos descalço.

No meio social que Grug nasceu e se desenvolveu, não existia sapatos. Os seus amigos, familiares e vizinhos nunca tinham falado sobre ou necessitado criá-los, pois o espaço em que viviam não demandava isso. Além disso, essa foi a primeira experiência que Grug teve de ter que passar por um caminho com espinhos. Em sua visão de mundo, os espinhos era algo estranho, desconhecido.

4. Achar que o Fogo é um Filhote de Sol Em uma determinada cena do filme, Eep sai da caverna por algo luminoso despertar sua curiosidade, depois de Eep perseguir a luz e conseguir encontrar de onde tal luz estava vindo, ela encontra um indivíduo chamado Guy, e ao decorrer da cena, Eep se impressiona ao ver o fogo, e achar que o fogo é um tipo de sol pequeno. Depois desse acontecimento, Grug (pai de Eep) acaba conhecendo o fogo também e associando-o a outro tipo de luz que ele já tinha visto anteriormente, no caso o sol, sendo que essa luz agora é vista em um tamanho bem menor. Para Grug, o único tipo de iluminação e calor percebidas por ele, eram advindas do sol, ou seja, ao ter tais percepções na presença do fogo, percepções essas que foram sentidas na presença do sol, podemos perceber assim, que a visão, no caso da iluminação e a temperatura, no caso do calor, mostram-se presentes no modo de operação do nível Filogenético. Em sua história de vida, Grug nunca tinha presenciado outro tipo de luz que não fosse o sol, ou seja, ao deparar-se com o fogo, ele acaba associando o fogo ao sol, ao fazer tal associação, Grug refere-se ao fogo chamando-o de filhote de sol. Torna-se importante associarmos tal aspecto ao nível Ontogenético pois Grug chamou o fogo de filhote de sol pois em sua experiência de vida, ele nunca tinha visto outra fonte de luz a não ser o próprio sol, justificando o fato de Grug denominar o fogo de filhote de sol, pelo fato do fogo ser menor que o sol, e assim relacionar sol e fogo como se fossem pai e filho. No meio em que Grug nasceu e se desenvolveu, ninguém tinha presenciado qualquer outra fonte de luz a não ser o sol, e não sabiam o que era fogo, ou seja, não sabiam como fazer esse fogo. Pelo fato de Grug e as pessoas a sua volta, no caso, o meio sociocultural, não ter tomado conhecimento do que era fogo, tornou-se facilmente

compreensível para ele, entender o fogo como um filhote de sol. 5. Tentar se defender dos macacos com sua força. Em certa ocasião no filme nós deparamos com uma cena, Grug depois de ter saído da caverna por conta de um enorme terremoto se ver em frente a um grupo de macacos selvagens , nesse ponto observaremos através dos três níveis de seleção como o personagem lidou com essa situação. Através da lente do nível filogenético podemos considerar a seguinte comportamento: quando Grug se encontra com os macacos ele tenta se comunicar com eles através de uma linguagem que nem ele mesmo entende, então os macacos, irritados, começam a agredir o personagem. Vemos então que ele responde da forma que seus reflexos lhe disponibilizam, começando a se defender e golpear da mesma maneira, sendo assim por meio de sua força conseguindo se adaptar a aquela situação apresentada. Durante toda sua vida Grug possuia regras para como lidar com animais, sempre que ele não conhecia uma espécie ele primeiramente tentava ver se aquela espécie era ou não perigosa, sendo que ele mesmo não gostava de animais. Ao se encontrar com o macaco a primeira ação que ele tem é a de tentar se comunicar com eles, mas depois que ele sofre uma agressão, ele responde da forma que sua história de vida o ensinou a lidar, com a força. Quando falamos sobre o convivência social , crenças e visão de mundo que o personagem possui , voltamos para o nível cultural. Nessa cena do filme observamos, que Grug nunca tinha tido contato com aquela espécie, então não sabia como lidar com a situação do momento. Talvez por achar o macaco um pouco parecido com ele, tenta alguma forma de comunicação, mas ao ser surpreendido por uma resposta inesperada, ele responde da mesma forma, com a violência, pois no meio que ele habitava a agressividade era normal, todos os seus conhecidos respondiam a ameaças dessa forma, pois aquilo era uma cultura do seu ciclo social.

Conclusão

Através desse trabalho pudemos observar a influência dos três níveis: filogenético, ontogenético e de relações socioculturais, para o conteúdo final de cinco dos comportamentos do personagem Grug Crood, do filme “Os Croods.” Pudemos perceber o quanto o seu aparato biológico, a sua história de vida e o meio cultural no qual no qual ele se encontra interferiram diretamente em seu modo de pensar e agir em situações bastante variadas.

Referências MOREIRA, M. B. Comportamento e Praticas Culturais. Brasília: Instituto Walden4, 2013. OS CROODS. Direção: Chris Sanders, Kirk DeMicco. Produção: Kristine Belson; Jane Hartwell. Estados Unidos: Dreamworks Animation, 2013. DVD...


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