Trabalho de HUmberto III - Qual a diferença entre Professor e Educador PDF

Title Trabalho de HUmberto III - Qual a diferença entre Professor e Educador
Author Paloma Fernanda
Course Fundamentos Filosóficos, Históricos e Sociológicos da Educação
Institution Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Summary

Resenhas e resumos de textos da disciplina de Fundamentos da Educação....


Description

Qual a diferença entre Professor e Educador?

Professor em sua definição lexical pode ser entendido como o indivíduo que professa alguma crença ou ainda aquele que ministra aulas em uma escola. Já a definição de Educador pode ser entendida como aquele que educa e ensina valores, não necessariamente em uma escola ou universidade, mas aquele que educa na vida. Contudo, a partir da visão do autor Rubem Alves no texto “Conversas com quem gosta de ensinar” pode-se perceber que a definição dessas palavras vai além do léxico. Ao iniciar o texto, o autor compara professores e educadores a duas árvores, os jequitibás e os eucaliptos, numa evidente analogia ao fato dessas duas árvores produzirem madeira, mas não se tratarem da mesma coisa. De mesmo modo que, o professor e o educador, posto que, em tese, possuem a mesma função, mas que são desempenhadas de diversas formas e sob diversos propósitos. Para Rubem Alves, de educadores para professores realiza-se um salto de pessoa para função, pois com o surgimento da corrente filosófica utilitarista, durante o século XVIII, uma função útil é denominada como a mais correta. Ou seja, um individuo passa a ser definido pela sua produção “útil”, sua função. Além disso, o utilitarismo pode ser visto na contemporaneidade pois, ainda sim, o professor é o funcionário de um mundo dominado pelo Estado, em que sua excelência é julgada a partir dos interesses do sistema. O professor não possui identidade, apenas uma função a ser desempenhada. Para o escritor, educador não é profissão ou função, é vocação e paixão. O educador está envolvido e comprometido com a formação social do estudante. É o mediador da relação ensino-aprendizagem e vê o erro como uma parte do processo de aprendizagem, deste modo, busca formas de promover a transformação do estudante. Já o professor, em sua função, transmite o conhecimento, uma vez que esse profissional habita em um mundo onde o que importa é o crédito cultural adquirido pelo estudante em determinada disciplina. O professor vê o erro do aluno como apenas um erro e impõe seus ideais como o cento do conhecimento. Para o autor, educadores, ainda, podem ser comparados a antigas arvores que, em sua longa trajetória, adquiriram experiencia e ao encontrar com quem desejar ouvi-las contam sua história. O educador vive em um mundo onde a interioridade faz diferença, em que as pessoas são definidas pelas paixões, dessa forma, as práticas educativas se realizam como experiências da natureza teórico-vivencial. Ao entrar em sala de aula, não levam apenas o conteúdo a ser ensinado, levam suas vidas, seu jeito de ser, fazer, ler e compreender o mundo. A transição de pessoa para função pode ser entendida, também, pelo fato de que o professor só o é durante o período que está na escola já o educador é a todo o momento. A vocação da qual Rubem Alves fala é o poder que o educador tem de vislumbrar um estudante em todo e qualquer indivíduo que ele veja. O

professor sai de sua casa para mais um dia de aula na escola, no entanto, o educador está a todo momento envolvido no processo de ensino-aprendizagem seja durante sua rotina de preparação para mais um dia, seja no caminho que o levará a instituição de ensino a qual ele exerce sua vocação. Assim sendo, o educador está comprometido com a formação integral e social do ser humano, dessa forma é impossível imaginar um mundo sem educadores, pois o ser humano é um ser social em sua essência e necessita da compreensão do mundo em que vive....


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