Trabalho (Seminário) sobre potencialidades dos Lençóis Maranhenses - Geografia Física do MA PDF

Title Trabalho (Seminário) sobre potencialidades dos Lençóis Maranhenses - Geografia Física do MA
Course Geografia Física Do Maranhão
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Trabalho para obtenção parcial de nota....


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA CURSO DE GEOGRAFIA GEOGRAFIA FÍSICA DO MARANHÃO Docente: Discentes: Potencialidades dos aspectos físicos da microrregião dos Lençóis Maranhenses

1. INTRODUÇÃO A microrregião dos Lençóis Maranhenses, localizada na mesorregião norte do estado do Maranhão, é definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, e também considerada pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos – IMESC como região de planejamento, compreendido pelos municípios de Humberto de Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão, Barreirinhas, Paulino Neves e Tutóia. Na região também se encontra o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, criado pelo Decreto Nº 86.060, de 02 de junho de 1981, a Área de Proteção Ambiental - APA da Foz do Rio Preguiças, Pequenos Lençóis e Região Lagunar, criada pelo decreto estadual nº 11.899/91 e a APA do Delta do Parnaíba, criada pelo decreto – s/n de 29 de agosto de 1996, cujo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio é o órgão gestor. A microrregião apresenta uma rica potencialidade no que se refere a seus aspectos ambientais, tornando-se diferenciada das demais microrregiões, sendo considerado um sítio geológico único no Brasil, devido a sua natureza e extensão, apresenta belezas cênicas e uma rica biodiversidade, as caraterísticas desta microrregião contribuem para a grande potencialidade dos seus aspectos ambientais. Tais potencialidades foram abordadas no trabalho enfocando as características físicas da referida microrregião. 2. METODOLOGIA Paro desenvolvimento deste trabalho foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico correspondente aos aspectos físicos, que auxiliaram nas reflexões para definir as potencialidades, da microrregião dos Lençóis Maranhenses, além da seleção de mapas e figuras para que as equipe pudesse ter noção da

aplicabilidade as temáticas abordadas e, por fim, a elaboração do texto final que resultou na elaboração do trabalho.

3. POTENCIALIDADES DOS ASPECTOS FÍSICOS 3.1.

Geologia Segundo Santos (2008), geologicamente, os Lençóis Maranhenses situam-se na

Bacia Cretácea de Barreirinhas, a qual genericamente localiza-se na porção nordeste do estado do Maranhão entre a baía de São José e o delta do Parnaíba. A Bacia sedimentar de Barreirinhas é resultante da deposição de sedimentos ou de metamorfismos das rochas sedimentares e metamórficas, e são datadas da Era Paleozóica, correspondente ao período Cambriano, constitui um ambiente deposicional que está associado à desembocadura do rio Preguiças(FEITOSA e TROVÃO, 2006). Ainda em concordância com os mesmos autores, as formações geológicas na região dos Lençóis Maranhenses são compostas por: Areias finas;Arenito e Leitos de Argila;Arenitos, Argilitos e Calcários Margoso. E as principais potencialidades geológicas são: Calcário e Ilmenita. Dentre as principais formações geológicas da estrutura sedimentar A Formação Pirabas (Cretáceo Superior/Terciário) corresponde a um pacote de rochas, com 3500m de espessura, formado por conglomerados, arenito continental e marinho, folhelhos e calcários marinhos que se desenvolve por toda a bacia, capeando os sedimentos Cretáceos. Além disso, os sedimentos quaternários da Formação Açuí, constituídos pelas areias quartzosas, recobrem praticamente toda a bacia de Barreirinhas. Segundo (PAMPLONA apud SANTOS 2008). De acordo com estudos realizados por Veiga Júnior (2000) as coberturas quartenárias (1-pleistocênicas e 2- holocênicas) encontradas nos Lençóis Maranhenses são subdivididas em:  Depósitos de Cordões Litorâneos (QPcl) e Depósitos Eólicos Continentais (QPe);  Depósitos de Mangues (QHM); Depósitos Marinhos Litorâneos (QHml); Depósitos Eólicos Litorâneos (QHe); Depósitos Flúvio-Marinhos (QHfm) e Depósitos Aluvionares e Coluvionares (QHa).

3.2.

Geomorfologia A planície costeira do Maranhão, situada na Microrregião dos Lençóis

Maranhenses a oeste da desembocadura do rio Preguiças, apresenta um dos maiores registros de campo de dunas costeiros desenvolvidos ao longo do quaternário, conforme Gonçalves (1998) e Ab’Sabber (2000). Na resolução do CONAMA n° 303/2002, as dunas são definidas como unidade geomorfológica de constituição predominantemente arenosa, com aparência de cômoro ou colina, produzida pela ação dos ventos, situada no litoral ou no interior do continente, podendo estar recoberta, ou não, por vegetação. Quando recobertas por vegetação são classificadas como dunas fixas. Os Lençóis Maranhenses são o maior campo de dunas da América do Sul, com uma área de 1.500 quilômetros quadrados onde podem ser encontradas, dunas fixadas pela vegetação da restinga, manguezais e lagoas permanentes sendo que dois terços do parque são mesmo cobertos por dunas de areia livre, que num dia de vento forte podem se deslocar até 10 centímetros. O litoral oriental do estado do Maranhão abriga um dos maiores registros de dunas costeiras desenvolvidas ao longo do Quaternário, onde são reconhecidas gerações de dunas fósseis fixadas pela vegetação e dunas atuais, relativamente próximas à linha de costa, que em alguns locais estão avançando sobre as mais antigas (Souza, 2008). A gênese do campo de dunas livres e fixas, segundo o MMA (1996), Muehe (1998), MMA/IBAMA (2003) e Santos et al. (2005) está intimamente relacionada à seleção dos sedimentos devido à retrogradação dos depósitos sedimentares da Formação Barreiras e consequente alargamento da plataforma continental, devido às transgressões marinhas ocorridas desde o Pleistoceno associadas ao aporte de sedimentos fluviais oriundos dos principais rios, a exemplo do Parnaíba e Preguiças. Dunas livres que ocupam a maior da área do parque nacional dos lençóis maranhenses. As feições eólicas são individualizada cinco conjuntos de feições eólicas denominados de dunas livres representadas pelas formas: 

Dunas barcanas

Formam-se sobre a superfície praial (pós-praia) e, gradativamente vão sendo deslocadas para o interior dos campos de dunas pela ação de ventos unidirecionais (NE),

aumentando suas dimensões com o sucessivo acúmulo de areia proveniente da forma em lençol. 

Dunas transversais de crista sinuosa e reta

Correspondem às feições dominantes, distribuindo-se desde o pós-praia até os limites interiores dos campos de dunas, já as dunas de crista reta Localizadas, principalmente, nas laterais e limites interiores do maior campo de dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, correspondem às dunas de maior altura de crista e menor taxa de deslocamento anual. 

Dunas Semi-Fixas

As dunas associadas à vegetação constituem um padrão característico da região. As áreas, próximas às desembocaduras dos rios, apresentam dunas vegetadas com características distintas das existentes nas regiões afastadas dessas zonas de interação. Assim, as dunas “livres” associadas à vegetação, próximo a desembocaduras dos rios, são classificadas em: campos de “nebkhas” e dunas de sombra (shadow dunes). 

Fixas

As dunas fixas correspondem às formas eólicas vegetadas e mais antigas do que as dunas livres, ocupando maior parte da planície costeira; representam, aproximadamente, 70% dos depósitos eólicos. Em termo de distribuição espacial, estão localizadas ao sul dos campos de dunas livres que gradativamente vão avançando e recobrindo os campos de dunas fixas. Com as seguintes feições:  Parabólicas,cadeias: parabólicas e dunas transversais; lençóis de areia; esteiras de dunas e feições de erosão “blow out”. 

Dunas parabólicas: essas feições eólicas fazem parte de um conjunto de dunas controladas, aparentemente, mais pela presença de vegetação e umidade do que pela força e direção do vento, em concordância à afirmativa de McKEE (1979)



Dunas transversais

Considerando-se que essas feições transversais representam as formas mais interiorizadas da área, consequentemente mais antigas do que todas as formas já descritas, acredita-se que suas dimensões originais são muito próximas e até maiores.

3.3.

Hidrografia A hidrografia da microrregião é caracterizada pela presença de baías, rios,

córregos, lagoas e lagunas, sendo as baías de São José, Tubarões e de Tutóia com relação dos rios da microrregião os que merecem maior destaque são os seguintes rios:Periá Grande, Negro, Preguiças, Cangatá, Barro Duro e Parnaíba. 

Rio Parnaíba

A região hidrográfica desta bacia abrange uma área de, aproximadamente, 334 mil km², Situado a leste da área de estudo, além de separar os estados do Maranhão e o Piauí, representa de acordo com vários autores (BRASIL, 1973, GONCALVES, 1997, SANTOS et al., 2005) uma das principais fontes de sedimentos para a região dos Lençóis Maranhenses. 

Rio Preguiças

O rio preguiças nasce no sul do município de Santa Quitéria do Maranhão com o nome de Palmira (RABELO, 1992), corre de sudeste para noroeste mudando em seguida para a direção norte/sul até alcançar a sede do município de Barreirinhas onde começa a apresentar trechos meândricos. É responsável pela drenagem de quase todo território do município recebendo forte influência das marés, no baixo curso. É, portanto uma área vulnerável à especulação imobiliária e ao crescimento predatório. Dessa forma, em respeito à realidade dos recursos naturais levantados ao longo das margens do rio e adjacências, foram criadas regiões de conservação ambiental e de interesse turístico com restrições, recomendações de usos e ocupações definidas em lei (Gmarques 2003). A cidade apresentou um processo de crescimento urbano acelerado e desordenado a partir de 2004, relacionado diretamente com políticas voltadas para o desenvolvimento do turismo na área, o que ocasionou uma ocupação das APP’s nas proximidades do rio na faixa urbana do município, sendo que a resolução CONAMA 303 que delimita as áreas de APPs, as ocupações deveriam ser realizadas a partir de 100 metros de distância da margem do rio.

Em Tutóia os principais rios nascem no interior do município e deságuam no Oceano Atlântico. Para as pessoas e para a economia local, os rios têm grande importância: além de fornecerem água para a população ribeirinha, contribuem para a fertilidade do solo, são fontes de alimento e via de acesso no transporte de pessoas e mercadorias. Os principais rios de Tutóia são Barro Duro e Bom Gosto, são navegáveis até a foz e recebem influência de maré. O rio Barro Duro nasce no povoado de Buritizinho e passa pelos povoados de Pequizeiro, Boa Hora, Surrão, Cocal, Belágua, Curralinho, São Bento, Santa Rosa dos Tomás, Barro Duro e deságua no Oceano Atlântico. A Lagoinha é É um balneário turístico, situada numa área de planície, com boa profundidade. É carregado pelas águas pluviais durante o inverno e escoa suas águas para a lagoa Tiririca, que por sua vez despeja suas águas na lagoa Taboquinha, próxima do Oceano Atlântico. Em suas margens é comum a pratica da agricultura e também a pescaria 

Rio grande

Sua nascente está situada próximo à localidade denominada de Estiva, a cerca de 94m de altitude, onde recebe o nome de rio Alegre. A partir da confluência deste com o rio das Pedras, recebe o nome de rio Grande e segue em direção NE, percorrendo uma extensão de 72km, até o lago de Santo Amaro. Outra característica hidrográfica da área é a presença de lagoas interdunares s que são alimentadas apenas pelas águas das chuvas, de forma direta e, indiretamente, através do lençol freático, desenvolvendo fauna e flora provenientes do acúmulo de água. Essas lagoas, em sua grande maioria, secam durante o período de estiagem em conseqüência da evapotranspiração e da percolação. Lago de Santo Amaro Lago Santo Amaro, por ser um dos mais caudalosos da região de santo amaro. As lagoas apresentam diferentes formas, tamanhos e profundidades e são formadas a partir das águas das precipitações pluviométricas e do afloramento do lençol freático. Todavia, no período de estiagem, quando o nível do lençol freático baixa, apenas as lagoas mais profundas permanecem no local destacando se as Lagoas Betânia, Esperança e Cassó, esta última lagoa encontra-se a 80 metros acima do nível relativo do mar, situada na

borda do ecótono cerrado-dunas costeiras da porção nordeste do Maranhão, distando, aproximadamente, 100 km da costa, na província morfológica dos Lençóis.

3.4.

Clima Algumas fontes classificam de forma diferente o clima da região que compreende

à microrregião dos Lençóis Maranhenses e, muito embora os índices pluviométricos sejam levados bastante em conta, há algumas incoerências. O NUGEO/LABMET(2002, apud Souza, 2007), de acordo com a classificação de Thornthwaite (1948), classifica o clima nessa região como:Úmido B1(B1WA’a’) e Sub-Úmido C2(C2WA’a’), já o clima apresentado pelo IMESC classifica em: Tropical zona Equatorial, quente – média >18º C em todos os meses, Semi-Árido 6 meses secos, e Tropical Zona Equatorial, quente – média > 18 º C em todos os meses, Semi-Úmido 4 e 5 meses secos. Conforme o NUGEO/LABMET (2002, apud Souza, 2007), a região tem precipitações pluviométricas anuais superiores a 1.300 a 1.500 mm³ anuais, no período chuvoso, há elevada umidade do ar, e temperaturas próximas dos 30º C. Para a COOSPAT (2010) Em relação a porcentagem da umidade do ar, a médias anuais variam entre 76 e 82%, e a temperatura em torno de 26°C, com temperatura razoavelmente quente. Cabe aqui uma discussão quanto ao emprego do termo Semi-árido para a microrregião dos Lençóis Maranhenses. No Brasil, a Lei nº 7.827, de 27 de dezembro de 1989, estabelece como Semi-árido regiões com precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 mm, o que está muito distante da realidade desta microrregião do Maranhão, que possui índices anuais superiores a 1300 mm. Mais recente, foi lançado a Portaria Interministerial nº 6, de 29 de março de 2004, na qual os incisos que apresentam as características do semi-árido ainda consideram a que deve haver precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 mm, porém adiciona também o Índice de Aridez e Déficit hídrico, que muito embora a pesquisa não tenha realizado pesquisas considerado essas últimas variáveis, os indícios até aqui são que a microrregião do Lençóis Maranhenses não faz parte do semi-árido brasileiro. Em publicação sobre o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, localizado na mesorregião dos Lençóis Maranhenses, Feitosa (2016) destaca a sazonalidade pluvial, divide a entre Lençóis Úmidos e Lençóis Secos, justamente sobre o período chuvoso e de estiagem.

Segundo o mesmo autor, os Lençóis Úmidos, são marcados por um sistema de lagoas de águas pluviais durante o período chuvoso, entre os meses de janeiro e junho e os Lençóis Secos, que é resultado da deficiência hídrica por ocasião do período de estiagem, mas rigoroso de setembro e dezembro. Outra característica climática importante nesta microrregião é o vento, principal agente modelador, a ação deste elemento é bem mais perceptível na paisagem dos lençóis maranhenses, a qual está sujeita à massa de ar equatorial marítima e convergência dos ventos alísios de nordeste e sudeste (Santos, 2008). Os Ventos nas áreas costeiras são responsáveis pela produção das ondas e importante agente na dinâmica sedimentar das praias, além de principal responsável pela troca de areias entre as praias e as dunas. Essa característica resulta em uma paisagem que atrai turistas do mundo inteiro pela sua beleza, e, mais recente, a atenção de praticantes de esportes, como kytesurf. Segundo o Atlas do Potencial eólico Brasileiro publicado pelo Ministério das Minas e Energia em 2001, conforma os ventos a nordeste, inclusive na área de estudo, sendo dos mais fortes registrados no trimestre de setembro a novembro, portanto grande potencial de energia eólica (SANTOS, 2008). Um grande exemplo do potencial eólico utilizado é a implantação do parque eólico no município de Paulino Neves, localizado na microrregião dos Lençóis Maranhenses. As principais potencialidades são: a comercialização de produtos não madeireiros, como castanha de cajú, butiti, murici; o turismo, principalmente no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, com uma beleza cênica e belas lagoas interdunares, estas últimas mais presentes no período chuvoso do primeiro semestre, este potencial é responsável por grande parte do desenvolvimento econômico da região, principalmente de Barreirinhas, que conta com maior estrutura turística, mas é também um potencial para as outros municípios da microrregião;Energia Eólica, como foi o exemplo do parque eólico no município de Paulino Neves.

3.5.

Vegetação O estado do Maranhão apresenta pequenas diversidades de tipos fitofisionômicos,

destacando-se as áreas de floresta ombrófila densa e aberta, cerrado, manguezal, campos inundáveis, dunas e restingas.

A paisagem vegetal natural característica da região dos Lençóis Maranhenses é composta por vegetações de dunas e restingas, além de vegetação aluviais, cerrado, manguezal e áreas de floresta ombrófila densa e aberta, esta última evidenciada pela presença do babaçu na região. O cerrado, apresenta-se com porte e densidade variados de acordo com o padrão de umidade. Pode ser dividido em cerradinho, cerrado e cerradão, de acordo com o porte e a densidade dos arbustos e árvores. Dentre as espécies mais comuns, destacam-se: faveira, pequi e barbatimão. O manguezal é caracterizado pela presença de espécies arbustivas arbóreas. Dentre as principais espécies de mangues existentes sobre a planície flúvio-marinha do delta do Parnaíba (divisa MA/PI), estuário do rio Itapecuru, baías de São José, Tubarão, Tutóia, Melancieira, Caju e das desembocaduras dos grandes e pequenos rios tem-se: o mangue vermelho, Rhizophoramangle L.; Rhizophora racemosa G.F.W. Meyer; mangue siriba, Avicenniagerminans (L) Stearn e o mangue branco, Laguncularia racemosa (L). Embora a área de ocorrência de manguezais no litoral oriental maranhense seja bastante inferior se comparada ao litoral ocidental, este ecossistema, por apresentar as condições ideais para o desenvolvimento de inúmeros organismos (peixes, camarões, caranguejos, dentre outros) propicia uma importante fonte de renda e alimento às populações locais. As comunidades de vegetação aluviais existentes na microrregião ocorrem ao longo dos rios e lagos mais interiorizados e das várzeas. Entre as espécies de palmáceos mais encontrados, de acordo com o MMA/IBAMA (2003) e Santos (2007), destacam-se: o buriti Mauritia flexuosa Mart.; carnaúba, Coperniciacerifera Mart. e juçara, Euterpe oleracea Mart. Cabe destacar ainda as espécies de ampla ocorrência no Parque dos Lençóis Maranhenses e em sua área de entorno, tem-se: mirim, Humiriabalsamifera; murici, Byrsonimasp;

jatobá,

Hymenaeaparvifolia;

guajiru,

ChrysobalanusIcaco;

cajuíAnacardiummicrocarpum, L; caju, Anacardiumoccidentale, L; puçá, Mouriricearensis; janaúba, Himathantusarticulatus, azeitona, Ourateaspruceana; maçaranduba, Manilkarasp; dentre outras (MMA/IBAMA, 2003). No que se refere a vegetação de dunas e restingas, entre as espécies mais comuns encontram-se: o capim-da-areia (Panicumracemosum), o capotiraguá (Iresineportulacoides) que se desenvolvem nas áreas banhadas pela água do mar, o alecrim-da-praia (Hybanthusipecacunha),

pimenteira

(Cardiacurassanica),

capim

paratuá

(Spartinaalternifolia),

campainha-braca

(Ipomeaacetosaefolia),

acariçoba

(Hidrocotyleumbellata), carrapicho-da-praia ou espinho-de-roseta (Acicarphaspathuslata), cardo-da-prais Cereuspernambucencis), comandaiba (Sophora tomentosa), grama-da-praia (Sporobolusvirginicus), feijão-da-praia (Canavaliaobtusifolia) (Atlas do Estado do Maranhão, 1984). Convém destacar, que a cobertura vegetal no Parque dos Lençóis Maranhenses tem juntamente com a hidrografia, uma importância fundamental, no tocante a redução da taxa de migração das dunas móveis, em determinados se...


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