10,7 Efolio Global Globalização, Cidadania e Identidades PDF

Title 10,7 Efolio Global Globalização, Cidadania e Identidades
Course Globalização Cidadania e Identidades
Institution Universidade Aberta
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UNIDADE CURRICULAR: Globalização, Cidadania e Identidades CÓDIGO: 41027 DOCENTE: Ana Paula Beja Horta e Maria Paula Oliveira A preencher pelo estudante NOME: N.º DE ESTUDANTE: CURSO: Licenciatura em Ciências Sociais DATA DE ENTREGA: 22 de junho de 2021 Nota – 10.7

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1. O sociólogo Boaventura Sousa Santos, refere que a construção do multiculturalismo emancipatório resulta, essencialmente, da transformação global contra-hegemónica, construindo desta forma regras, com inspiração democrática, para o reconhecimento mútuo entre diversas culturas e identidades, originando concomitantemente múltiplas formas de partilha e de identidades. Este paradigma orienta para uma edificação transidentitária e transcultural no mundo. Em que a globalização contra-hegemónica é determinada pelos sistemas de reação e resistência locais, apoiada pelo incentivo de economias de origem comunitária e local, de pequena escala que, mesmo dependentes de fatores externos são, tendencialmente autossustentáveis e diversificados. Assim é natural que, consequentemente, coexistam múltiplas formas identitárias tais como identidades duais, identidades híbridas, interidentidades e identidades transculturais. Na minha opinião o multiculturalismo traz consigo múltiplos desafios que, depois de superados, revelam-se enormemente enriquecedores para as sociedades. Conhecer melhor o mundo que nos rodeia, as nossas diferenças e as nossas semelhanças, faz com que cada indivíduo de uma sociedade seja mais tolerante e justo com os demais. Evidentemente que a quantidade e a qualidade de ações que visam a luta para a anulação de injustiças sociais, em todos os seus âmbitos são fundamentais para o reconhecimento de uma cidadania multicultural, apesar da globalização do capitalismo que tende a querer uniformizar as sociedades, eliminando as características das comunidades locais. O século que vivemos tem este desafio de trabalhar para se viver com a diferença e não contra ela. Só assim podemos respeitar a multiculturalidade e a diversidade da espécie humana.

2. Ao analisar a abordagem de Stephen Castles relativamente ao conceito de cidadania Estado nação-moderno, conclui-se facilmente que as contradições, potenciadas pelos processos de globalização, bem como das migrações internacionais, estiveram sempre presentes. Este autor enumera quatro das contradições que configuram a cidadania na atualidade, sendo elas: A exclusão e a inclusão: Os indivíduos devem ter as qualidades de cidadão de pleno direito, na sociedade onde se inserem. A realidade é que existe discriminação de cidadãos, que ficam divididos por categorias, visto que alguns possuem esses direitos e outros não. Cidadãos nacionais e Cidadãos não nacionais: Estas diferenças nos direitos são também notórias nas disparidades de direitos e deveres entre os cidadãos estrangeiros e os cidadãos nacionais de cada país. Motivo pelo qual originou o Página 2 de 4

aparecimento de movimentos raciais e extremistas.

A democracia deveria de

proporcionar as mesmas oportunidades e direitos para todos, mesmo que tenham origens diferentes. Cidadão ativo e cidadão passivo: Esta diferenciação prende-se com as políticas mais conservadores que ainda resistem e que não estabelecem condições económicas e sociais adequadas, para os mais desprotegidos. Consequentemente os cidadãos não são tratados igualitariamente e equitativamente já que, em alguns Estados-nação o cidadão passivo se quiser ter os seus direitos reconhecidos são obrigados a cumprir com deveres na sociedade onde se tentam integrar. Cidadão guerreiro e Cidadão soberano político: Esta última contradição apresentada está associada ao cumprimento, ou não, ao serviço militar obrigatório. Estando numa sociedade onde este serviço militar já não é obrigatório, o sufrágio universal não deve estar sujeito a essa condição para não se concretizar em um ataque ao civismo entre os cidadãos. 3. Stephen Castles, abordando as desigualdades de acesso aos direitos de cidadania na atualidade, demonstra que existem diversos modos para aceder aos direitos de cidadania em cada Estado-nação, denominando de Cidadania Hierárquica a este processo. Ao analisar a abordagem de Stephen Castles relativamente ao conceito de cidadania Estado nação-moderno, conclui-se facilmente que as contradições, potenciadas pelos processos de globalização, bem como das migrações internacionais, estiveram sempre presentes. Este autor enumera quatro das contradições que configuram a cidadania na atualidade, sendo elas: A exclusão e a inclusão: Os indivíduos devem ter as qualidades de cidadão de pleno direito, na sociedade onde se inserem. A realidade é que existe discriminação de cidadãos, que ficam divididos por categorias, visto que alguns possuem esses direitos e outros não. Cidadãos nacionais e Cidadãos não nacionais: Estas diferenças nos direitos são também notórias nas disparidades de direitos e deveres entre os cidadãos estrangeiros e os cidadãos nacionais de cada país. Motivo pelo qual originou o aparecimento de movimentos raciais e extremistas. A democracia deveria de proporcionar as mesmas oportunidades e direitos para todos, mesmo que tenham origens diferentes. Cidadão ativo e cidadão passivo: Esta diferenciação prende-se com as políticas mais conservadores que ainda resistem e que não estabelecem condições económicas e sociais adequadas, para os mais desprotegidos. Consequentemente os cidadãos não são tratados igualitariamente e equitativamente já que, em alguns Estados-nação o cidadão passivo se Página 3 de 4

quiser ter os seus direitos reconhecidos são obrigados a cumprir com deveres na sociedade onde se tentam integrar. Cidadão guerreiro e Cidadão soberano político: Esta última contradição apresentada está associada ao cumprimento, ou não, ao serviço militar obrigatório. Estando numa sociedade onde este serviço militar já não é obrigatório, o sufrágio universal não deve estar sujeito a essa condição para não se concretizar em um ataque ao civismo entre os cidadãos. O autor acrescenta que os povos indígenas permanecem um alvo discriminatório e de exclusão por parte da sociedade onde poderiam pertencer, bem como género e idade que são motivos para discriminações na sociedade, tanto na esfera profissional como na esfera pessoal. Os próprios Estados possuem hierarquias distintas. Por exemplo, um cidadão inglês terá maior probabilidade de integração noutra sociedade que um etíope, já que o desenvolvimento do país estabelece uma hierarquia que é prejudicial para quem está na base da pirâmide. Corroborando com o autor, considero que a globalização é um processo impossível de regredir. No entanto haverá caminhos mais benéficos e inclusivos para uma governança global, que seja justa para todos. O caminho da cidadania transnacional deve ser trilhado, abraçando os três elementos que o constituem. Primeiro com a introdução de métodos mais inclusivos e eficazes na participação dos cidadãos do Estado-nação onde se insere, em segundo lugar as tomadas de decisão relevantes não devem ser tomadas apenas pelas grandes instituições económicas, que apenas protegem os mais ricos, mas devem também ser tomadas pelos mais pobres que não têm representação nestas decisões. Por fim as instituições mundiais deviam ter mandatos democráticos e de interesses mais representativos para todos, para reforçar a legitimidade de tomadas de decisão. Assim a hierarquização da cidadania seria mais facilmente substituída pela cidadania transnacional e a globalização seria mais igualitária por toda a nossa civilização.

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