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Title efolio B EOE
Course Estudos Literários Comparados
Institution Universidade Aberta
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efolio B EOE...


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UNIDADE CURRICULAR: CÓDIGO: DOCENTE: A preencher pelo estudante NOME: Tatiana Vicente Moura N.º DE ESTUDANTE: 1700691 CURSO: Estudos Artísticos DATA DE ENTREGA: 11 de dezembro de 2017

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TRABALHO / RESOLUÇÃO: Após a batalha em que os holandeses se libertam do domínio espanhol, houve uma grande modificação e este período ficou conhecido como “A época de ouro”. Isto devese às grandes influências vindas do exterior, principalmente pelos refugiados e às artes, que tiveram um grande impulso. Foi graças a esta modificação, que a Holanda se transformou no país mais rico do mundo e expandiram-se ao máximo o comércio, a ciência e as artes. Quanto às pinturas neerlandesas deste século de ouro (séc. XVII, entre 1584-1702), dominou a arte barroca. Tiveram como caraterística principal, a riqueza em detalhes e com uma técnica bastante apurada. Isto para tentar representar, tudo aquilo que os olhos humanos podem ver. Trata-se de um estilo muito próprio, que influenciou a Holanda, passando os artistas a usar nas suas obras, o naturalismo, a natureza morta, a arte da paisagem e a pintura de género. Os artistas mais importantes nesta época foram: Albert Eckhout, Frans Hals, Jan van Goyen, Rembrandt van Rijn, Jan Steen, Jacob van Ruisdael, Willem Kalf e Jan Veermer van Delft. As paisagens muitas delas, eram relacionadas com o mar, rios, grandes canais e o céu nomeadamente coberto de nuvens escuras, que tornam a atmosfera pesada. Como o quadro de Jacob van Ruisdael, “O mar tormentoso com veleiros”, óleo sobre tela, de 1668, que se encontra no museu Thyssen- Bornemisza, em Madrid. O homem e a natureza partilham o mesmo espaço. De vez em quando, vêem-se figuras humanas, mas passam-se quase despercebidas. Passa-se a utilizar os grandes contrastes, claro e escuro. Fazem-se jogos com a luz e o céu, que quase abraça o mar e vice-versa. Como no quadro de Jan Van Goyen “A tormenta”, de 1641, óleo sobre tela, que se encontra no museu de belas artes, em São Francisco. A natureza-morta, também surgiu nos países baixos e houve múltiplos estilos desta representação. Era vista como uma pintura decorativa. Os artistas ao realizarem este género de quadros, experienciavam certo tipo de problemas específicos, como por exemplo, os contrastes, as cores, as texturas e a reflexão da luz. Foi então que muitos

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pintores conseguiram provar que o tema das obras, era algo que não tinha tanta importância. Esta pintura caracteriza-se pela representação de seres inanimados, tais como: instrumentos musicais, livros, flores, taças de vidro, caveiras, etc… Como o quadro de Willem Kalf “Ainda na vida com uma jarra de porcelana chinesa”, óleo sobre tela, de 1669, que se encontra no museu Indianápolis, em Estados Unidos da América. A pintura de género, o retrato e outros retratos não religiosos tornam-se muito populares e a burguesia passou a ser glorificada. Os artistas passam a pintar para o colecionismo e também para o mercado livre. Mas a igreja passou a não apoiar estas obras, pois havia contrarreformismo, o que dominara as artes da europa católica. Rembrandt Van Rijn, foi um dos maiores pintores desta época, que ficou conhecido como “pintor de retratos”. Tem uma espantosa série de autorretratos que vão desde a sua juventude até à sua velhice. As suas obras foram marcantes, pela forma sincera como retratava, prestando atenção a cada detalhe realista do ser humano e a forma como usava os tons escuros de maneira a dar mais destaque ao contraste com cores vivas. Como no seu autorretrato de 1665-8, em óleo sobre madeira, que se encontra no museu de Kunsthistoriches, em Viena. A pintura de género, caracterizava-se por ser riquíssima e a técnica dava grande rigor aos detalhes. Tudo tinha aspeto semelhante à vida. As representações feitas pelos artistas, podiam ser realistas, imaginárias ou até mesmo embelezadas pela sua imaginação. Representava uma busca pela retratação do ambiente onde vivia o povo. Dedicavam-se em representar com o máximo realismo, sobre a perspetiva, as cores intensas dos objetos e a iluminação nos meios rurais e campestres. Como no quadro de Jan Steen “A festa de batizado”, óleo sobre tela, de 1664, que se encontra em Wallace Collection, em Londres. Jan Vermeer van Delft, foi o segundo pintor mais importante desta época. Foi ele quem mais utilizou a câmara obscura, como ferramenta para as suas obras e foi com ele que “a pintura de género perdeu o último de ilustração bem-humorada”1. Os seus quadros foram reconhecidos, por serem naturezas-mortas como seres humanos e pelo facto de 1 Segundo E.H Gombrich, em “A História da Arte”, Lisboa, Ed. Público, 2005. (Pág.433) Página 3 de 5

usar cores transparentes, composições inteligentes e o esplendido uso do contraste entre a luz e a sombra. Na maioria, os seus quadros retratam a vida doméstica, onde quase sempre utiliza uma ou duas figuras, com uma entrada de luz bem definida, através de uma combinação entre a luz e a sombra sobre os espaços, o seu reflexo nas cores intensas da decoração doméstica, ou nos vestidos das damas que se encontram nos quadros. Normalmente, elas estão sempre concentradas nos seus afazeres domésticos. Uma das maiores obras de Jan Veermer, foi “A leiteira”, é um quadro de óleo sobre tela, de 1660, que se encontra no Rijksmuseum, em Amsterdão. Foi um dos seus últimos trabalhos. Com esta grande pintura, conseguiu fazer de uma simples cena doméstica, um momento de beleza e explorando o naturalismo, conseguiu chegar ao realismo. Este quadro dá uma sensação de que a cena foi retratada com grande fidelidade, através da observação do pintor. Exprime claramente a beleza e o heroísmo, numa cena do diaa-dia. É representado por uma empregada de cozinha, camponesa, serena, que segura delicadamente uma jarra de leite. Esta encontra-se concentrada e dedicada à sua tarefa, que certamente, é diária, e fá-la com tranquilidade. A sua grande precisão na reprodução de texturas, cores e formas, fez com que o quadro tenha um aspeto realista e sublime. A suavização dos contornos, fez também, com que a pintura ficasse com o efeito de solidez e firmeza. O jogo de luz da janela, faz com que a cor do tecido realce. O tratamento de luz e sombra também revela a grande habilidade de Veermer: A luz que embate sobre a leiteira, destaca a sua pele pálida e faz com que os leitores dirijam o seu olhar para o leite que está a ser entornado, mas esta luz, faz também faz com que não se perceba bem a sua expressão. O pão que está na cesta, parece quase real, isto se for visto de longe. Pode-se ver com clareza os pequenos pontos feitos com tinta grossa, que Veermer utilizou. Para além dos objetos comuns representados, os azulejos com os cupidos, simbolizavam a sensualidade feminina, assim como o escalda-pés, que se encontra atrás da leiteira no chão. Este servia para aquecer as partes inferiores do corpo durante o inverno. Revela também o tipo de cozinha típica da época, que havia nas casas mais elaboradas. Existiam dois tipos de cozinha: uma servia para cozinhar diariamente, por isso era aquecida e outra fria para reserva de alimentos. Página 4 de 5

Bibliografia: H.W. JANSON, História da Arte, Lisboa, FCG, 4ª ed., 1989 E. GOMBRICH, A História da Arte, Lisboa, Ed. Público, 2005. SVETLANA ALPERS, A arte de descrever, tradução António de Pádua Danesi, Ed. Universidade de S. Paulo, 1999. https://artrianon.com/2017/08/18/obra-de-arte-da-semana-a-leiteira-de-vermeer/ https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Leiteira http://arteref.com/movimentos/pintura-genero-holandesa/ https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_de_Ouro_dos_Pa%C3%ADses_Baixos https://www.infoescola.com/historia/seculo-de-ouro-holandes/ https://www.infopedia.pt/$a-arte-dos-seculos-xvii-e-xviii https://www.youtube.com/watch?v=DqcSDyvkIlo https://www.youtube.com/watch?v=s5unpB4FFls https://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_de_g%C3%AAnero http://multiplosestilos.blogspot.pt/2010/04/natureza-morta.html http://knoow.net/arteseletras/pinteescult/johannes-vermeer/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Johannes_Vermeer https://www.ebiografia.com/johannes_vermeer/ http://noticias.universia.com.br/tempo-livre/noticia/2012/03/28/920363/conhecaleiteira-johannes-vermeer.html

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