EB - Efolio B PDF

Title EB - Efolio B
Author Tiago Dias
Course Introdução aos Estudos Literários
Institution Universidade Aberta
Pages 3
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Summary

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - 1 -Máximo: 4 valoresNome : Tiago Esteves DiasB. : 11703531Nº de Estudante : 1700316Curso : Estudos ArtísticosTurma : 1Unidade Curricular : Introdução aos Estudos LiteráriosCódigo : 51142ClassificaçãoPara a resolução deste e-fólio , aconselha-se q...


Description

Máximo: 4 valores Nome: Tiago Esteves Dias B.I.: 11703531 Nº de Estudante: 1700316 Curso: Estudos Artísticos Turma: 1 Classificação Unidade Curricular: Introdução aos Estudos Literários Código: 51142

Para a resolução deste e-fólio, aconselha-se que leia atentamente o seguinte: 1. No que diz respeito às respostas de desenvolvimento: esteja atento ao que se pede nas perguntas; tenha muito cuidado na estruturação da sua resposta; responda com rigor e correção; não ultrapasse o número de linhas. Note que, aí, são valorizados não só o conteúdo da sua resposta, mas também a forma como esta está estruturada, o cuidado (em termos lexicais, sintático-gramaticais, ortográficos, etc.) que apresentar no seu desenvolvimento, bem como a capacidade de síntese, a clareza na expressão escrita, a abordagem direta e coerente do tema e o caráter de individualidade da resposta; 2. não serão classificadas positivamente respostas que contenham, na sua totalidade, ou em parte, expressões ipsis verbis quer de sites da Internet, quer de Materiais de aprendizagem, quer de Textos de apoio, quer de respostas, já divulgadas, de exames ou testes, etc. etc.; quando recorrer a citações, faça-o com clareza e percetibilidade; 3. o e-fólio é um trabalho individual, pelo que se entende que o aluno, ao entregá-lo, o faz sob compromisso de honra em como foi integralmente resolvido por si, não tendo beneficiado da ajuda de ninguém, nem praticado nenhum tipo de fraude na sua resolução, pelo que a deteção de qualquer situação fraudulenta obriga, naturalmente, a que o Professor desta Unidade Curricular avalie com 0 (zero) valores esse mesmo e-fólio. 4. Respeite as fontes (letra Arial, tamanho 10), o espaço pré-definido (altura de tabela pré-definido) e o espaço entre linhas (1 espaço).

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Cotação 4 valores (Pergunta única)

Justifique por que motivo a denominação dos períodos literários deve ser encarada com alguns cuidados e por que razão se fala na utilidade relativa das designações periodológicas. (Comece no parágrafo abaixo; não ultrapasse o espaço de duas páginas; use a fonte Arial 10) Quando falamos em períodos literários, de imediato pensamos em designações como período medieval, renascimento, maneirismo, barroco, romantismo, realismo …cada qual com as suas especificidades, características próprias, que ajudam, por exemplo, os estudiosos da literatura a catalogar textos desconhecidos associando-os a determinado período, levando em linha de conta aspectos temáticos e formais para a realização desta tarefa. Claro que esta divisão não é abrupta, no sentido em que, de repente, sem mais, acaba um período, fechou-se essa fronteira, para abrir uma outra em que um novo período começa. Não é assim, efectivamente, uma vez que um período nunca acaba sem deixar as suas marcas no outro que começa e, por sua vez, este novo período é fruto de uma reacção contra algumas das características do anterior. Sobre este assunto VanTieghem (Le romantisme dans la littérature européene. Paris, A. Michel, 1948. p. 120.) opinou que,” em literatura, como em outros domínios, não há a simples substituição do velho pelo novo, mas uma adoção parcial das conquistas precedentes somada àquelas que se criam.” Isto não só na literatura, mas a nível mais amplo, o do sistema cultural de que, afinal, também a literatura faz parte, Qualquer época histórica traz consigo, intrinsecamente associadas, normas que influenciam as suas manifestações culturais. O estudo da literatura não pode ser feito de forma inteira sem que se tome em consideração o momento histórico em que surgiu. Assim, “período”, não é mais do que um termo que pretende ordenar fenómenos literários no tempo. ”Essa tentativa, porém, enfrenta dificuldades metodológicas. A principal delas é a questão da divisão em períodos, em que é preciso conciliar os critérios de tempo e os critérios estéticos. Sem essa relação, a divisão pode se tornar arbitrária. Uma periodologia pode obedecer a um procedimento meramente cronológico, referindo-se à literatura do século XVI, do séculoXVII, etc. Outra, prender-se a denominações políticas, referindo-se à literatura colonial,etc., designando o literário pelo facto político. Mas ambas deixam de distinguir as peculiaridades estéticas para englobar obras de características distintas sob uma mesma denominação.” Historiar um período é para René Wellek e Austin Warren, em Teoria da literatura, “mostrar a ascensão, a predominância e a decadência de um sistema de normas, tendo presente que isso não ocorre em datas precisas e passíveis de um rígido registro no calendário, o que, ao lado da noção de convivência de estilos num mesmo período, conduz à noção de imbricação de períodos, em lugar da concepção que os vê em sucessão, como se pudessem existir isoladamente.” Como já atrás dissemos, um período não acaba para outro começar…Há características próprias de um que resistem, que se mantêm, que “sobrevivem” noutro e, “se existe substituição delas, é possível identificarem-se zonas fronteiriças em que as características se interpenetram, dificultando a classificação”. O período é para Otto Maria Carpeaux (História da literatura ocidental. Rio de Janeiro,O Cruzeiro, 1954/1966), “como uma possibilidade expressiva que revela o tipo de homem de uma determinada época: o homem medieval, o homem renascentista, o homem barroco, o homem classicista, o homem romântico seriam mudos e, por consequência esquecidos, se certos entre eles não tivessem o dom individual da expressão artística, realizando-se em obras que ficam”. Faltam nesta enumeração outros homens, como o realista ou o maneirista. Vamos aproveitar o termo maneirismo para, de algum modo, tornar mais sólida, mais consistente a ideia da interpenetrabilidade dos períodos literários. Segundo Lígia Cademartori em Períodos Literários ”O maneirismo é a primeira orientação estilística que considera a relação entre o tradicional e o novo como um problema cultural que desafia a inteligência e dela demanda solução. Estilo com características específicas, dista tanto do Renascimento quanto do Barroco, constituindo-se numa tentativa de pôr em acordo a espiritualidade da Idade Média e o realismo do Renascimento. Nas artes plásticas, Tintoretto, El Greco, Bruegel são representativos dessa tendência de romper com a regularidade e com a harmonia da arte clássica, substituindo o caráter suprapessoal da obra clássica por traços subjetivos. Dissolvendo o objetivismo renascentista, o Maneirismo acentua o ponto de vista pessoal do artista e, ao mesmo tempo, a experiência pessoal daquele que fruirá a obra. A cisão interna do artista inicia-se no Maneirismo. Quando é levantada, por primeira vez, a questão do conhecimento na arte, discute-se o problema da relação desta com a natureza. Para o Renascimento, a natureza era a origem da forma artística; o Maneirismo afasta-se dessa concepção da arte como cópia, postulando que a arte cria, não segundo a natureza, mas como a natureza.

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Cotação

(Cont.…) Enquanto na Idade Média as obras de arte tinham uma única interpretação considerada procedente, as grandes criações artísticas passam a receber, a partir do Maneirismo, muitas interpretações possíveis.” Sintetizando, cada período literário tem características próprias a nível temático e formal, mas isso não significa que temas mais vincadamente marcantes num determinado período não possam ser objecto de tratamento noutros períodos, o mesmo se passando com aspectos formais, o que, de certa forma ajuda a compreender que a “denominação dos períodos literários deve ser encarada com alguns cuidados e por que razão se fala na utilidade relativa das designações”.

FIM Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

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