Efolio G PDF

Title Efolio G
Author Tiago Dias
Course Semiótica
Institution Universidade Aberta
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UNIDADE CURRICULAR: SemióticaCÓDIGO: 51118DOCENTE: Professora Doutora Hanna BatoreoA preencher pelo estudanteNOME: Tiago Esteves DiasN.º DE ESTUDANTE: 1700316CURSO: Estudos ArtísticosDATA DE ENTREGA: 9 de Junho de 20201 - Um signo linguístico contém um significante e um significado. A relação existe...


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UNIDADE CURRICULAR: Semiótica CÓDIGO: 51118 DOCENTE: Professora Doutora Hanna Batoreo A preencher pelo estudante NOME: Tiago Esteves Dias N.º DE ESTUDANTE: 1700316 CURSO: Estudos Artísticos DATA DE ENTREGA: 9 de Junho de 2020

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1 - Um signo linguístico contém um significante e um significado. A relação existente entre eles é marcada pela arbitrariedade porque esse signo está inserido num sistema (língua), que, por convenção, nos transmite um determinado significado associado ao significante. Se o sistema for diferente (outra língua) o significado desse signo linguístico não será o mesmo, pelo que a relação entre o significado e o significante se considera arbitrária. Ou seja, para o mesmo significado, terá de existir outro signo linguístico, foneticamente diferente, que esteja inserido nesse sistema (língua). Em Português dizemos “água”, quando em Inglês necessitamos de dizer “water”, para obtermos o mesmo significado.

2. 2.1 - A nível sintagmático (horizontal), a frase é constituída por vários signos linguísticos - “Todas”, “as”, “minhas”, “amigas”, “adoram”, “chocolate”. A mesma frase divide-se sintagmaticamente em dois grupos: o sintagma nominal (SN) - “Todas as minhas amigas” - e o sintagma verbal (SV) - “adoram chocolate”. O SV é constituído por um verbo (adoram) e pelo SN2 (chocolate).

2.2 - A nível paradigmático é necessário existir a substituição de um signo simples por outro diferente, no eixo vertical. O significado é influenciado por alterações a este nível. Exemplo: “Todas as minhas amigas detestam salada”. Com estas alterações paradigmáticas o significado é também totalmente diferente.

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2.3 - Eixo sintagmático: F:

Todas as minhas amigas

SN:

Todas as minhas amigas

SV:

SN:

Todas as minhas amigas

SV:

V:

adoram

chocolate

adoram

chocolate

adoram

SN2:

chocolate

Eixo Paradigmático: Todas as minhas amigas

adoram

chocolate

Todos os meus irmãos

estudam

engenharia

jogam

Playstation

Todos os meus sobrinhos

3. 3.1 - No exemplo 2, verificamos a existência de uma metáfora. O facto de a relação estar “num beco sem saída” indica que está muito mal, sem solução. No exemplo 3 existe uma metonímia. “Gosto muito de Beethoven” quer dizer que se gosta muito da música de Beethoven. O mesmo acontece quando se diz “...os meus amigos preferem Chopin”, pois continua a substituir-se a obra do autor pelo nome do autor. 3.2 - Segundo Roman Jakobson, a metonímia requer uma substituição no eixo sintagmático e horizontal (em presença). Existe contiguidade semântica.

Na

metáfora,

existe

uma

substituição

no

eixo

paradigmático e vertical (em ausência), existindo uma semelhança semântica.

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4. Segundo Roland Barthes, um mito cria-se a partir de um signo inicial que é usado como significante de um novo signo, sendo que o primeiro possui um significado denotativo (vemos literalmente aquilo que é), e o segundo adquire um significado conotativo, que não é visto directamente, mas que nos surge por associação com a nossa experiência cultural, política, social, religiosa, ideológica, etc. O mito barthesiano distingue-se do mito tradicional de crenças e histórias da antiguidade. Quando dizemos “os portugueses são mesmo assim” ou “isto é mesmo à portuguesa”, estamos a basear-nos na história dos portugueses e na sua maneira de actuar ao longo dos tempos para construirmos o mito de que os portugueses são sempre assim ou agem sempre de determinada maneira. Se, por exemplo, virmos um cartaz a apelar às pessoas para não deixarem para o último dia o pagamento das propinas, assumimos imediatamente que não é isso que vai acontecer, porque o povo português sempre deixa tudo para o último dia. Assim como uma linguagem, este mito é uma convenção global no nosso país. 5. 5.1 - Observamos um tanque de lavar roupa, as suas cores, cravos vermelhos, uma matrícula antiga de um carro, a calçada portuguesa. 5.2 - A relação sintagmática entre os signos observa-se na colocação de uma matrícula no tanque de lavar a roupa, assim como na inserção de um molho de cravos vermelhos num orifício do mesmo tanque, que está pintado com cores normalmente associadas à camuflagem de guerra.

O

tanque

está

numa

rua

com

calçada

portuguesa.

Semanticamente, podemos analisar estes signos dizendo que o tanque existente na fotografia (ícone) representa um tanque de guerra daqueles que foram na realidade utilizados no dia 25 de Abril de 1974, data que se observa na matrícula. O facto de ser utilizado um tanque de lavar a roupa poderá querer dizer, satiricamente, que o esforço

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realizado naquele dia poderá ir por “água abaixo” se os portugueses não lutarem diariamente por manter a liberdade que, a tanto custo, nos foi oferecida. O orifício do tanque, onde foram inseridos os cravos vermelhos, simboliza o orifício do canhão. Através da calçada portuguesa,

podemos

pensar

que

o

local

seja

Lisboa.

Pragmaticamente, é possível a um português associar esta imagem à revolução, porque está dentro do contexto desta, embora não consigamos saber qual o enquadramento desta situação em particular. Um cravo vermelho é para nós, portugueses, um símbolo de liberdade. Embora se trate de uma flor comum em Portugal, semanticamente é muito mais que isso, porque a relacionamos com a revolução. Ou seja, tem

um

significado

especial

que

contextualizamos,

ao

nível

pragmático, na Revolução do 25 de Abril de 1974.

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