60 Teses de Defesa Penal PDF

Title 60 Teses de Defesa Penal
Author André Rodrigues Gonçalves
Course Direito Penal
Institution Faculdade Atenas
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Summary

Compilado de teses de defesa do Direito Penal....


Description

OAB – 2ª FASE – PRÁTICA PENAL 60 TESES DE DEFESA

RODRIGO DE OLIVEIRA ALMENDRA Janeiro de 2013

SUM ÁRIO SUMÁRIO INTRODUÇÃ INTRODUÇÃO O ................................................................................................................................................................................................................................... 4 01.

COAÇÃO FÍSICA .................................................................................................................................................................................................................. 5

02.

ATOS REFLE REFLEXOS XOS ................................................................................................................................................................................................................. 5

03.

ERRO DE TIP TIPO O ..................................................................................................................................................................................................................... 6

ERRO DE TIPO ESSENCIAL............................................................................................................................................................................................................... 7 ERRO DE TIPO ACIDENTAL .............................................................................................................................................................................................................. 8 04.

ATOS DE INCONS INCONSCIÊNC CIÊNC CIÊNCIA IA ............................................................................................................................................................................................ 11

05.

DO DOLO LO & CULPA CULPA.................................................................................................................................................................................................................. 11

06.

AUSÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDA CAUSALIDADE DE DE................................................................................................................................................................... 13

07.

ATIPICIDADE FORMAL ................................................................................................................................................................................................... 15

08.

PRINCÍPIO DA INS INSIGN IGN IGNIFICÂNCIA IFICÂNCIA ............................................................................................................................................................................... 16

09.

PRINCÍPIO DA A ADEQUAÇÃ DEQUAÇÃ DEQUAÇÃO O SOCIA SOCIAL L ......................................................................................................................................................................... 17

10.

CONSENTIMENT CONSENTIMENTO O DO OFENDI OFENDIDO DO .............................................................................................................................................................................. 17

11.

DESCRIMINAN DESCRIMINANTES TES PUTATIVA PUTATIVAS S ................................................................................................................................................................................... 18

12.

DESISTÊNC DESISTÊNCIA IA VOLUNTÁRIA & AR ARREPEN REPEN REPENDIME DIME DIMENTO NTO EFICA EFICAZ Z ............................................................................................................................. 19

13.

CRIME IMPOSS IMPOSSÍVEL ÍVEL ........................................................................................................................................................................................................ 22

14.

LEGÍTIMA DE DEFESA FESA .......................................................................................................................................................................................................... 22

15.

ESTADO DE NEC NECESS ESS ESSIDADE IDADE........................................................................................................................................................................................... 23

16.

EXERCÍCIO REG REGULAR ULAR DO DIREIT DIREITO O ............................................................................................................................................................................ 24

17.

ESTRITO CUM CUMPRIMENT PRIMENT PRIMENTO O DO DEVER LEGAL .......................................................................................................................................................... 24

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18.

XCLUSÃ XCLUSÃO O DA ILICITUDE ILICITUDE)) ........................................................................................................................ 25 CONSENTIMEN CONSENTIMENTO TO DO OFENDI OFENDIDO DO (COMO CAUSA DE EEXCLUSÃ

19.

ABORTO PRA PRATICAD TICAD TICADO O POR MÉDIC MÉDICO O ............................................................................................................................................................................ 25

20.

FURTO DE C COISA OISA CO COMUM MUM FUN FUNGÍVEL GÍVEL GÍVEL....................................................................................................................................................................... 26

21.

INIMPUTABILI INIMPUTABILIDADE DADE PE PEN NAL......................................................................................................................................................................................... 26

22.

ERRO DE PROIBIÇ PROIBIÇÃO ÃO INVE INVENCÍVE NCÍVE NCÍVEL L ............................................................................................................................................................................ 27

23.

COAÇÃO MORAL IRRE IRRESISTÍVE SISTÍVE SISTÍVEL L .................................................................................................................................................................................. 27

24.

OBEDIÊNCIA À ORDE ORDEM M DE SUPERI SUPERIOR OR HIERÁ HIERÁR RQUI QUICO CO ........................................................................................................................................ 28

25.

DESCRIMINAN DESCRIMINANTES TES PUTATIVA PUTATIVAS S ................................................................................................................................................................................... 29

26.

CAUSAS SUPRALEGA GAIIS D DE E IIN NEXI XIG GIBILIDADE DE CONDUTA DI DIV VERSA................................................................................................................... 29

27.

AUSÊNCIA DE PROVAS................................................................................................................................................................................................... 30

28.

INCOMPETÊNCIA ............................................................................................................................................................................................................. 31

29.

DESRESPE DESRESPEITO ITO AO CON CONTRADIT TRADIT TRADITÓRIO ÓRIO.......................................................................................................................................................................... 31

30.

REFORMATI REFORMATIO O IN PEJU PEJUS S ................................................................................................................................................................................................. 31

31.

AUSÊNCIA DE RÉU PRE PRESO SO NA AUDIÊN AUDIÊNCIA CIA ............................................................................................................................................................. 31

32.

DENÚNCIA INE INEPTA PTA PTA.......................................................................................................................................................................................................... 32

33.

AUSÊNCIA DE COMUNIC COMUNICAÇÕES AÇÕES NEC NECESS ESS ESSÁRIAS ÁRIAS .................................................................................................................................................... 32

34.

MO MORTE RTE DO A AGENTE GENTE ........................................................................................................................................................................................................ 32

35.

ANISTIA ............................................................................................................................................................................................................................... 33

36.

GRAÇA .................................................................................................................................................................................................................................. 33

37.

INDULTO ............................................................................................................................................................................................................................. 33

38.

PERDÃO JUDIC JUDICIAL IAL ........................................................................................................................................................................................................... 33

39.

PERDÃO D DO O OFENDI OFENDIDO DO ................................................................................................................................................................................................. 34

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40.

RENÚNCIA .......................................................................................................................................................................................................................... 35

41.

PEREMPÇÃO....................................................................................................................................................................................................................... 35

42.

PRESCR PRESCRIIÇÃO ...................................................................................................................................................................................................................... 36

43.

DECADÊNCIA ..................................................................................................................................................................................................................... 39

44.

RETRATAÇ RETRATAÇÃO ÃO ..................................................................................................................................................................................................................... 39

45.

ABOLITIO CRIMIN CRIMINIS IS ........................................................................................................................................................................................................ 40

46.

CAUSA ESPEC ESPECIAL IAL DO ART. 168-A, § 2º DO C CÓDIGO ÓDIGO PENA PENAL L.................................................................................................................................. 40

47.

CAUSA ESPEC ESPECIAL IAL DO ART. 312, § 3º DO C CÓDIGO ÓDIGO PE PENAL NAL...................................................................................................................................... 40

48.

ESCUSAS A ABSOLUTÓRIAS BSOLUTÓRIAS ............................................................................................................................................................................................. 41

49.

TENTATIVA (CP, ART. 14, II). ......................................................................................................................................................................................... 41

50.

ERRO DE PROIBIÇ PROIBIÇÃO ÃO V VENCÍVEL ENCÍVEL................................................................................................................................................................................. 43

51.

ARREPEN ARREPENDIMENTO DIMENTO P POSTERIOR OSTERIOR ................................................................................................................................................................................. 44

52.

CONCURSO F FORMAL ORMAL PERFEIT PERFEITO O .................................................................................................................................................................................. 44

53.

CRIME CONTIN CONTINUAD UAD UADO O ...................................................................................................................................................................................................... 45

54.

SEMI-IMPUTA SEMI-IMPUTABILIDA BILIDA BILIDADE DE PENAL .................................................................................................................................................................................. 46

55.

SUBSTITUIÇÃO DA PEN PENA A PRIVATIV PRIVATIVA A DE LIBE LIBER RDA DADE DE ........................................................................................................................................ 46

56.

SURSIS ................................................................................................................................................................................................................................. 47

57.

RETROATIVIDA RETROATIVIDADE DE DA LEI BENÉFICA ....................................................................................................................................................................... 48

58.

PRINCÍPIO DA C CONSU ONSU ONSUNÇ NÇ NÇÃO ÃO ......................................................................................................................................................................................... 50

59.

TESES RELATIV RELATIVAS AS AO CONCURS CURSO O DE PESSOA PESSOAS S ................................................................................................................................................... 50

60.

OM OMISSÃ ISSÃ ISSÃO O IRR IRRELEVAN ELEVAN ELEVANTE TE ............................................................................................................................................................................................... 51

3

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INTR INTRODUÇÃO ODUÇÃO

As teses de defesa que recaem sobre a Teoria do Crime são,

Embora seja comum apresentarmos teses de “defesa” como as adotadas pelos advogados dos acusados, não se pode duvidar que, por

basicamente, causas de exclusão dos elementos do delito e/ou de seus desdobramentos. Assim, a coação física exclui o crime porque afasta a

vezes, a atuação do criminalista é “acusar” (como ocorre nos crimes de ação penal privada ou nos casos de atuação como assistente do

voluntariedade e sem ela não pode existir conduta, e sem ação ou omissão não pode existir fato típico e, portanto, não há que se falar em

Ministério Público). A acusação, em regra, preocupa-se em provar os elementos do crime (fato típico, fato antijurídico e agente culpável), em

crime; a legítima defesa afasta a conduta injustificada e, por conseguinte, afasta o fato ilícito e, logicamente, o crime. Existe, pois,

zelar pela regularidade do rito processual (evitando-se assim alegações de nulidade) e em prevenir a extinção da punibilidade (acelerando o

uma lógica do tipo “efeito dominó” que deve ser observada.

andamento da ação e evitando o desaparecimento de provas, por exemplo). A defesa, por outro lado, deve ser exercida com a máxima técnica e, nesse sentido, deve observar se há qualquer causa de exclusão dos elementos do crime, nulidades processuais ou hipóteses de extinção da punibilidade e, não sendo possível afastar a responsabilidade penal, os esforços do defensor devem se concentrar na Teoria da Pena (substituição da pena privativa de liberdade, concessão do sursis, etc). O bom entendimento das teses de defesa, por seu lado, pressupõe uma visão ampla e geral da Teoria do Crime e da Teoria da Pena. Assim, para que exista o crime faz-se necessário a reunião de três elementos (Teoria Analítica Tripartida): (a) fato típico; (b) fato antijurídico (ou ilicitude); e (c) agente culpável (ou culpabilidade). A ausência de qualquer um dos elementos implica, necessariamente, na ausência de crime e consequentemente na exclusão da pena (“Não há crime sem lei anterior que o define e nem pena sem prévia cominação legal” – Princípio da Legalidade Legalidade, CP, art. 1º). Ocorre que cada um dos elementos do crime é composto por outros sub-elementos, estrutura que podemos organiza conforme ilustração ao lado. 4

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01.

Co Coação ação fís física ica Coação é a diminuição da liberdade de escolha por meio de

violência física ou moral. Quando o constrangimento é físico, fala-se em coação física; quando é psicológico, fala-se em coação moral. O tratamento dado à coação física é diverso do que foi conferido à coação moral. A coação física é causa de exclusão da voluntariedade (elemento da conduta) ao passo em que a coação moral (tese de nº 24) é causa de exclusão da exigibilidade de conduta diversa (elemento da culpabilidade, terceiro requisito do crime).

Detalhe: a coação física não tem previsão em Lei. Nem no Código Penal e nem na legislação extravagante existe qualquer dispositivo

Voluntariedade é o domínio da mente sobre o corpo. Se você está sentado, nesse instante, lendo esse manual, então é porque sua mente

sobre coação física. A coação moral, por outro lado, está prevista no art.

controla seu corpo (inclusive seus olhos) e é possível ficar assim, quieto,

22 do Código Penal com desdobramentos no art. 65, III, c do mesmo diploma. Assim, quando constar em uma prova de concurso público

simplesmente lendo... Isso se chama voluntariedade. Observe que voluntariedade não é sinônimo de vontade. É possível fazer algo mesmo

(inclusive o exame da ordem) a expressão...


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