A reinvenção das formas artísticas- Apontamentos de História PDF

Title A reinvenção das formas artísticas- Apontamentos de História
Author Bruna Couto
Course História A
Institution Escola Secundária de Paços de Ferreira
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Summary

A REINVENÇÃO DAS FORMASARTÍSTICASA inovação da pintura ocorreu pela mão de Cimabue, de Giotto e de Guido di Pietro, conhecido por Fra Angelico. Estes pintores florentinos realizaram a transição, na pintura, da Idade Média para o Renascimento e foram pioneiros da renovação pictórica. De facto, expres...


Description

A REINVENÇÃO DAS FORMAS ARTÍSTICAS A inovação da pintura ocorreu pela mão de Cimabue, de Giotto e de Guido di Pietro, conhecido por Fra Angelico. Estes pintores florentinos realizaram a transição, na pintura, da Idade Média para o Renascimento e foram pioneiros da renovação pictórica. De facto, expressaram nas suas obras marcas de realismo e de naturalismo. A arte do Renascimento consolidou, então, a rutura com as conceções e técnicas de representação da arte medieval. Para tal, beneficiou não só das experiências destes precursores, como também do renascer de novas fontes de inspiração, sobretudo assentes na Antiguidade Clássica. A reinvenção da arte pelos artistas do Renascimento manifestou-se, portanto, de diversas formas:  pela introdução e redescoberta de novos temas;  pela redefinição dos princípios estéticos;  pela procura de novas soluções plásticas e técnicas.

IMITAÇÃO E SUPERAÇÃO DOS MODELOS DA ANTIGUIDADE A reinvenção da arte pelos artistas do Renascimento manifestou-se de diversas formas:  novos temas e novas soluções plásticas;  redefinição dos princípios estéticos aliados a novas soluções técnicas. Em Itália: fatores propícios:  a presença de ruínas e de vestígios materiais das obras de arquitetura do Império Romano;  as peças de escultura grega difundidas e apreciadas pelos romanos;  a descoberta de obras escritas. A influência da Antiguidade Clássica manifestou-se em diversos aspetos:  na mestria e na técnica; na perfeição e elegância formal;  no rigor matemático e nas proporções; na clareza e harmonia racional da gramática decorativa greco-latina;  no emprego de colunas; entablamentos e uso das ordens clássicas, nomeadamente coríntia e compósita;  no uso do frontão triangular nas fachadas e janelas; no uso da cúpula nas igrejas renascentistas; no uso as abóbadas de berço; na decoração que valoriza o uso dos grotescos, ao gosto romano; Destacaram-se Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante e Miguel Ângelo como grandes mestres da arquitetura renascentista:  procuraram a matematização rigorosa do espaço arquitetónico;

 usaram a gramática decorativa greco-romana, sem cair em processos de pura imitação.

Na escultura, foram três as influências da Antiguidade Clássica:  a recuperação do nu; da estátua equestre e a monumentalidade. Na pintura:  encontram-se influências clássicas nos temas e no tratamento do corpo das figuras. A CENTRALIDADE DO OBSERVADOR NA ARQUITETURA E NA PINTURA: A PERSPETIVA MATEMÁTICA

 Deveu-se a Brunelleschi a invenção de um método racional e matemático de representação: a perspetiva.  A perspetiva linear foi aplicada na arquitetura através do uso de regras matemáticas.  A técnica da perspetiva linear foi aplicada no domínio da pintura conferindo a ilusão de profundidade.  A perspetiva aérea, aplicada na pintura, era obtida através da gradação de cores e de nuances de luminosidade.  Aos contornos indefinidos e à atmosfera nebulosa deu-se o nome de sfumato, tendo sido Leonardo da Vinci o principal executor desta técnica.  O recurso a esquemas compositivos em pirâmide foi outra técnica que contribuiu para a centralidade do olhar do observador. RACIONALIDADE NO URBANISMO A procura incessante da racionalidade na representação do espaço marcou as propostas dos arquitetos do Renascimento para o espaço urbano:  as características urbanísticas do Renascimento desenvolveram-se e aplicaram-se, na maior parte dos casos, no interior da cidade medieval;

 os arquitetos e urbanistas consideravam necessário que a cidade acompanhasse e se adaptasse às novas ideias;

A nova cidade e os seus edifícios deviam apresentar:  regularidade; racionalidade e aplicação de princípios matemáticos;  valorizaram a linha reta, os arcos de volta perfeita, a repetição de elementos decorativos e de formas;

 o sentido prático, utilitário e a beleza;  os arquitetos das novas cidades optaram pelo esquema radial;  a conceção reticular ortogonal encontrou expressão nas cidades do Novo Mundo.

A expressão naturalista na pintura e na escultura: O Homem era o centro de todas as coisas (antropocentrismo) e a descoberta do mundo implicava um novo olhar sobre a natureza (naturalismo). O naturalismo manifestou-se através do interesse pelo mundo físico e pela integração de elementos da natureza real e idealizada (rios, árvores, flores, rochas) na composição do tema, fosse religioso, fosse profano. Também o deslumbramento pela representação naturalista do ser humano, com rigor do pormenor anatómico, na análise da expressividade do rosto, dos traços de personalidade, na verosimilhança das vestes e cenários foram evidências herdadas da Antiguidade Clássica.

Os espaços, a fauna, a flora, os ambientes onde a natureza estava presente em pano de fundo, ganharam também cada vez mais atenção de artistas desta época. Mesmo quando se retratam cenas de interior, frequentemente, uma janela ou um arco colocavam em perspetiva a paisagem. O tratamento técnico e o rigor quase científico permitiam, em muitos casos, identificar espécies de fauna e de flora, atestando o detalhe e a minúcia da representação da natureza.

A representação do Homem passou a ser mais rigorosa e detalhada, procurou-se a definição dos traços individuais, quer do rosto, quer do corpo, de forma a atingir um maior naturalismo das figuras que, assim, se tornaram mais humanas. Houve uma preocupação crescente com a expressão e a autenticidade dos movimentos do corpo.

Apesar do humanismo, da valorização do Homem e da objetividade com que se encara o mundo, o Homem do Renascimento não deixou de ser profundamente religioso e de manter preocupações com o espírito e com a alma. Prova desta atitude é a quantidade de pinturas e de esculturas de temática religiosa.

 O Homem era o centro de todas as coisas (antropocentrismo) e a descoberta do mundo implicava um novo olhar sobre a natureza (naturalismo).  A pintura, na Europa, revelava a distinção entre a pintura do Norte e do Sul;  A Norte, destacaram-se os Países Baixos, com especial enfoque para a Flandres e a Alemanha;  A Sul, na Itália, destacou-se em especial, Florença, Roma e Veneza como principais centros inspiradores e difusores da arte renascentista. A norte da Europa desenvolveu-se a pintura a óleo, sobretudo na obra de Jan Van Eyck. A pintura revelou o gosto pelo colorido vibrante (vermelhos, azuis, dourados), e pelo simbolismo religioso. A invenção da pintura a óleo permitiu:  o uso de tons luminosos;  o uso da perspetiva;

 o naturalismo e sentido do pormenor (natureza, vestes, penteados, móveis e objetos);  e, ainda, a técnica do retrato. A par das cenas religiosas, assistiu-se ao desenvolvimento, no norte da Europa, de uma pintura de género que representava as atividades quotidianas e as gentes, com especial destaque para Brughel.

CONCEITOS NATURALISMO: DESIGN A O GOSTO E A PREOCUPAÇÃO COM A REPRESENTAÇÃO DA NATUREZA E A PROCU RA DE UMA RE PROD UÇÃO MAIS FIDEDIGNA DA FIGU RA HUMANA.

PERSPETIVA: DESIGN A UM SISTEMA DE REP RESEN TAÇÃO TRID IMEN SIONAL N UMA SUPERIFÍCIE BIDIMENSIONAL, DE MOD O A QU E A IMAGEM REPRESENTADA CORRESPONDA À VISÃO DOS OBJE TOS NO ESPAÇO, PE RMITINDO ALCAN ÇAR A NOÇÃO DE PROFUND IDADE .

CLASSICISMO: DESIGN A A INSPIRAÇÃO E O VALOR ATRIBUÍD O À ARTE E À CULTURA GR ECOROMAN AS, ONDE O EQUIL ÍBR IO, A H AR MONIA E A PROPORÇÃO SÃO EL EMENTOS FUN DAMEN TAIS. ASSENTA N UMA VALORIZAÇÃO D O HOMEM E DA NATUREZA POSTA EM PRÁTICA PE LOS ARTISTAS DO REN ASCIMENTO....


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