Abordagem familiar na Atenção-Domiciliar PDF

Title Abordagem familiar na Atenção-Domiciliar
Course Vivência em Comunidade I
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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Curso de Especialização em Atenção Domiciliar

Módulo 4

Abordagem familiar na Atenção Domiciliar Leda Chaves Dias José Mauro Ceratti Lopes

Material instrucional resultado da transposição didática de conteúdo já publicado pelo Programa Multicêntrico de Qualificação Profissional em Atenção Domiciliar a Distância através da parceria entre o Ministério da Saúde (CGAD) e as Universidades integrantes da Rede Universidade Aberta do SUS (UFMA, UFC, UFSC, UFMG, UFCSPA, UFPE, UFPel, UERJ). CRÉDITOS DO MATERIAL INSTRUCIONAL ORIGINAL GOVERNO FEDERAL Presidente da República Ministro da Saúde Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) Secretária de Atenção à Saúde (SAS) Coordenadora Geral de Atenção Domiciliar (CGAD) Responsável Técnico pelo Projeto UNA-SUS

MÓDULO ORIGINAL PRODUZIDO POR: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE/UFCSPA AUTORES DO MÓDULO Leda Chaves Dias José Mauro Ceratti Lopes

Módulo 4

Abordagem familiar na Atenção Domiciliar Porto Alegre | RS UFCSPA 2015

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO DOMICILIAR/UFSC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Reitora | Roselane Neckel Vice-Reitora | Lúcia Helena Pacheco Pró-Reitora de Pós-graduação | Joana Maria Pedro Pró-Reitor de Pesquisa | Jamil Assereuy Filho Pró-Reitor de Extensão | Edison da Rosa CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Diretor | Sérgio Fernando Torres de Freitas Vice-Diretora | Isabela de Carlos Back Giuliano DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA Chefe do Departamento | Antônio Fernando Boing Subchefe do Departamento | Fabrício Menegon Coordenadora do Curso de Especialização | Marta Verdi REPRESENTANTES UNA-SUS/UFSC Antônio Fernando Boing, Elza Berger Salema Coelho EQUIPE DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO DOMICILIAR Coordenação Geral | Marta Verdi Coordenadora Executiva | Rosângela Leonor Goulart Coordenadora de Avaliação | Kenya Schmidt Reibnitz Coordenadora de AVEA | Alexandra Crispim Boing

Coordenadora de Tutoria | Deise Warmling Supervisora de Tutoria | Sabrina Faust Coordenação de Atividades de Aprendizagem | Melisse Eich Assessoria Pedagógica | Marcia Regina Luz Assessoria de Mídias | Marcelo Capillé Apoio de Atividades de Aprendizagem | Maria Esther Baibich Apoio Encontros Presenciais | Elisângela Miranda Apoio AVEA | Cecília Giuffra Palomino Apoio de secretaria | Eliane Ricardo Charneski Secretaria Acadêmica | Olivia Zomer dos Santos, Dalvan de Campos Validação Externa de Transposição Didática | Fernando Mendes Massignam

EQUIPE DE PRODUÇÃO DE TRANSPOSIÇÃO DE MÍDIAS Moodle Design | Maicon Hackenhaar de Araújo Aplicação de mídias ao Moodle | João Jair da Silva Romão, Kornelius Hermann Eidam Desenvolvimento de Tecnologia da Informação | Diogo Francisco Réus Carlos Design Instrucional e Revisão Textual | Adriano Sachweh Projeto Gráfico, Design de Capa e Diagramação | Laura Martins Rodrigues Criação da Marca do Curso | Pedro Paulo Delpino

Sumário Apresentação do módulo ____________________________________________________9 Unidade 1 Abordagem familiar no cuidado familiar ____________________________________13 1.1 Introdução da unidade __________________________________________________14 1.2 Definição de cuidado ____________________________________________________16 1.3 Autonomia ______________________________________________________________17 Unidade 2 Como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família __ 21 2.1 Introdução da unidade _________________________________________________ 22 2.2 Visita domiciliar ________________________________________________________24 2.3 Abordagem integral ____________________________________________________ 26 2.4 Combinando o encontro com a família _________________________________ 28 Unidade 3 Abordagem familiar: aspectos teóricos e conceituais ______________________ 33 3.1 Introdução da unidade _________________________________________________ 34 3.2 Conceitos______________________________________________________________ 35 3.3 Padrões e tipologia familiar ____________________________________________ 36

Unidade 4 Entrevista de família no cuidado domiciliar ________________________________ 39 4.1 Introdução da unidade _________________________________________________ 40 4.2 A entrevista com a família _____________________________________________ 40 4.3 Estratégia ______________________________________________________________41 4.4 Fases da entrevista ____________________________________________________ 42 Unidade 5 Genograma familiar _______________________________________________________ 47 5.1 Introdução da unidade _________________________________________________ 48 5.2 Genograma familiar ____________________________________________________ 48 5.3 A construção de um genograma _______________________________________ 51 5.4 Símbolos do genograma _______________________________________________ 51 5.5 Interação entre as pessoas ____________________________________________ 53 5.6 O que o genograma nos permite ver? __________________________________ 54 Unidade 6 Ecomapa __________________________________________________________________ 57 6.1 Introdução da unidade _________________________________________________ 58 6.2 Ecomapa ______________________________________________________________ 58 6.3 Áreas incluídas ________________________________________________________ 60

Unidade 7 Identificação de riscos no cuidado domiciliar ______________________________ 65 7.1 Introdução da unidade__________________________________________________ 66 7.2 O que é uma família disfuncional? ______________________________________ 67 7.3 O que caracteriza uma família disfuncional?____________________________ 68 7.4 O que torna uma família disfuncional? __________________________________ 70 7.5 Caracterização da família ______________________________________________ 71 7.6 Situações que devem ser consideradas como risco familiar para violência ou piora do problema ____________________________________ 73 Referências________________________________________________________________ 79 Autores ____________________________________________________________________ 80

Apresentação do módulo Seja bem-vindo ao módulo Abordagem Familiar na Atenção Domiciliar! A primeira unidade apresenta elementos importantes para a compreensão do cuidado e da assistência domiciliar, bem como alguns dos aspectos essenciais à organização e realização de uma abordagem familiar, a partir da história da abordagem familiar no caso Ariovaldo. Nessa perspectiva, são apresentados os conceitos e as definições de cuidado e de autonomia. A unidade 2 enfatiza a importância de uma boa relação com um cenário específico, destacando o acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família, para cada equipe de saúde desenvolver o seu fluxo organizado do cuidado domiciliar. O conteúdo aborda a visita domiciliar como um instrumento de ações sistematizadas, abordando de modo integral e individualizado a pessoa em seu contexto socioeconômico e cultural. A terceira unidade trata da abordagem familiar em seus aspectos teóricos e conceituais, bem como dos padrões e tipologia familiares importantes ao lidar com a diversidade de constituições das famílias contemporâneas. A unidade 4 aborda a entrevista de família no cuidado domiciliar, expondo aspectos da abordagem inicial para a formação de vínculo e confiança, fundamentais para a comunicação entre os familiares e entre a família e a equipe.

Nas unidades 5 e 6 são apresentadas ferramentas para o manejo do cuidado domiciliar, tais como o genograma familiar e o ecomapa que apresenta as relações do indivíduo com o seu meio social. Para finalizar, a unidade 7 discute o cuidado no ambiente familiar tomando por base observações da vida relacional, favorecendo a identificação de estratégias terapêuticas, bem como as situações que devem ser consideradas como risco familiar. Desejamos a você bons estudos!

Objetivo geral do módulo Capacitar médicos e enfermeiros a utilizarem a abordagem familiar para qualificar a assistência domiciliar.

Objetivos específicos do módulo • Conhecer como organizar e manter contato com a família durante o curso da assistência domiciliar. • Coordenar a gestão da doença em colaboração com a pessoa assistida e com a família. • Identificar o impacto da doença na família. • Identificar as necessidades da pessoa e da família. • Reconhecer situações disfuncionais ou de risco na família em função da doença. • Manejar a disfunção familiar que interfira na prestação da assistência domiciliar. • Conhecer as ferramentas de abordagem familiar (genograma, ecomapa, ciclo de vida, entrevista familiar).

Carga horária do módulo: 30h Unidades de conteúdo Unidade 1 – Abordagem familiar no cuidado familiar Unidade 2 – Como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família Unidade 3 – Abordagem familiar: aspectos teóricos e conceituais Unidade 4 – Entrevista de família no cuidado domiciliar Unidade 5 – Genograma familiar Unidade 6 – Ecomapa Unidade 7 – Identificação de riscos no cuidado domiciliar

Unidade 1

Abordagem familiar no cuidado familiar

1.1 Introdução da unidade Para iniciar os estudos nesta unidade, convidamos você a relembrar a situação vivenciada por Ariovaldo e a notícia de jornal que divulgou o seu acidente. Para isso, acesse o Caso Ariovaldo e Gazeta Santa Fé: • Caso Ariovaldo:

• Gazeta Santa Fé

Neste módulo, vamos demonstrar como se deu a intervenção familiar que levou à troca de cuidador e à maior participação dos filhos no cuidado de Ariovaldo. Para demonstrar como é organizada e realizada a abordagem familiar, utilizaremos a história de Ariovaldo como exemplo.

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Temos uma sequência de acontecimentos na vida de Ariovaldo a partir do tiro que levou trabalhando como segurança. Sua internação, sua volta para casa, a dificuldade da esposa em cuidar do marido e das tarefas do lar, a escolha da primeira cuidadora, os maus-tratos que esta causou, o envolvimento da equipe a a solução do problema. Vejamos como se desenrolou essa intervenção familiar, acessando Abordagem Familiar, no endereço: .

Saiba mais

Antes de dar continuidade às atividades deste módulo, recomendamos que você leia o texto sobre Atenção Domiciliar e a família, disponível por meio do link: .

Nesta unidade, vamos relembrar alguns aspectos do conceito de cuidado e autonomia, que são essenciais para o entendimento e a aplicação de uma abordagem familiar efetiva.

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1.2 Definição de cuidado Cuidado, segundo Leonardo Boff, tem a seguinte definição: “O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato, é uma atitude.” Outro aspecto importante ao cuidar de pessoas é representado pela figura adiante, na qual temos duas árvores, A e B. A árvore A está obviamente em melhor estado de saúde que a árvore B. Isto comumente se deve a sua habilidade de manter-se em equilíbrio com o meio ambiente. Se um galho da árvore A quebra, podemos nos sentir confortáveis em reparar o galho, pois ele provavelmente vai curar-se muito bem, ou até mesmo curar-se sozinho. Porém, se um galho da árvore B quebrar e procurarmos remendá-lo, nossa intuição nos diz que, mesmo que sejamos talentosos “cirurgiões de árvores”, aquele galho não vai se curar. O ponto aqui é que nosso foco em medicina tem sido consertar o galho, ao passo que deixamos de lado (muitas vezes por negligência) a saúde da árvore, ou seja, a saúde da pessoa dentro do seu contexto de vida. Se dermos mais atenção para ajudar a árvore B a encontrar saúde, também removendo barreiras que estão bloqueando sua própria habilidade para curar, ou melhorando áreas de deficiência, o galho vai curar-se sozinho. Não precisamos gastar, na mesma medida, tempo e energia consertando as partes. Esta metáfora traz o conceito de cuidado em sua essência, ou seja, para fazer as pessoas melhorarem, temos de vê-las dentro do seu contexto em vez de se preocupar apenas com os diagnósticos e com a doença essencialmente.

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A

B

1.3 Autonomia A incorporação da autonomia revelou-se indispensável no modelo de abordagem utilizado pelos profissionais de saúde na prestação do cuidado domiciliar. A seguir, adaptamos uma citação da Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire para ilustrar a sua importância:

A Autonomia, a identidade das pessoas têm que ser respeitada, senão, o Cuidado tornar-se-á “inautêntico”, palavreado vazio e inoperante.

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A autonomia é outro conceito importante que está intimamente relacionado com o conceito de cuidar. O grau de autonomia da pessoa caracteriza o modelo de abordagem utilizado pelos profissionais de saúde. A pessoa necessita ter o conhecimento, a capacidade de decidir, de processar e selecionar informações, a criatividade e a iniciativa na busca de seu cuidado.

Na saúde, o grau de autonomia da pessoa caracteriza o modelo de abordagem utilizado pelos profissionais de saúde.

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Encerramento da unidade

Ao concluir a primeira unidade, você teve a oportunidade de conhecer elementos importantes para a compreensão do cuidado e da assistência domiciliar, bem como alguns dos aspectos essenciais à organização e realização de uma abordagem familiar, a partir da história de vida de Ariovaldo.

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Unidade 2

Como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família

2.1 Introdução da unidade Nesta unidade, vamos trazer alguns aspectos sobre como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família. Cada equipe de saúde deve desenvolver o seu fluxo para a realização do cuidado domiciliar. Aqui, apresentamos uma maneira pela qual pode ser organizado o cuidado domiciliar. Temos a solicitação do cuidado domiciliar, uma avaliação da referida solicitação por alguns dos técnicos da equipe, é prestada orientação à família informando se está ou não indicado o cuidado domiciliar, com o respectivo encaminhamento para o cuidado mais adequado. Se estiver indicado o cuidado domiciliar, é realizada uma visita domiciliar para atendimento e entendimento do caso por meio de coleta de informações e exames do paciente. A partir daí pode-se definir se aquela pessoa necessita ser incluída no programa de cuidado domiciliar ou não necessita ser incluída no programa de cuidado domiciliar. Novamente, no caso de não precisar da inclusão, serão dadas as orientações à família e o encaminhamento mais adequado. Caso necessite da inclusão do cuidado domiciliar, deve ser realizada a discussão do caso e elaboração do plano de cuidado pela equipe, juntamente com a família, e então a pessoa será inserida no Programa de Cuidado Domiciliar, assinando o termo de compromisso, de concordância para o cuidado domiciliar.

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Solicitado Cuidado Domiciliar

Avaliação Solicitação

Orientação à família

Não indicado Cuidado Domiciliar Assinar TCL

Indicado Cuidado Domiciliar

VD para Atendimento

Programa de Cuidado Domiciliar Não necessita inclusão PCD Encerrar Atendimento

Discussão Caso e Elaboração do Plano de Cuidado

Necessita inclusão PCD

Como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família

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2.2 Visita domiciliar A visita domiciliar (VD) é um instrumento de realização do cuidado domiciliar. Constitui-se pelo conjunto de ações sistematizadas para viabilizar o cuidado das pessoas na sua casa, no seu domicílio.

É constituída pelo conjunto de ações sistematizadas para viabilizar o cuidado para pessoas com algum nível de alteração no estado de saúde (dependência física ou emocional) ou para realizar atividades vinculadas aos programas de saúde.

A prestação do cuidado no domicílio é dinâmica e deve acontecer de maneira integral. Os profissionais têm de estar muito atentos para conflitos, interações e disfunções que fazem parte do universo da família, intervindo diretamente nessas alterações, desagregações e disfunções, que atingem diretamente a saúde de seus membros. A doença, por seu lado, tem efeito direto sobre os diversos estágios do ciclo de vida familiar. Então, caracterizar esses estágios e saber as tarefas esperadas para cada um deles é muito importante para os profissionais da saúde.

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Os conflitos, as interações e as desagregações fazem parte do universo da família, intervindo diretamente na saúde de seus membros, bem como a doença tem efeito direto sobre os diversos estágios do ciclo de vida familiar.

Assistir no domicílio A prestação do cuidado no domicílio deve perceber a família em seu espaço social, abordando de modo integral e individualizado a pessoa em seu contexto socioeconômico e cultural. O profissional de saúde deve ter uma avaliação da dinâmica da vida familiar, com atitude de respeito e valorização das características peculiares a cada família e do convívio humano, devendo ser utilizados para este fim o genograma e a análise do ciclo vital, que veremos mais adiante.

Assistir no domicílio é cuidar da saúde da família com integralidade e dinamicidade.

Como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família

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2.3 Abordagem integral Um aspecto importante que devemos ter em conta ao cuidar de famílias e realizar abordagem familiar dentro do cuidado domiciliar é que, no primeiro momento, ao ter um familiar adoecido, a família costuma voltar-se para dentro de si e se organizar para cuidar desse familiar doente. À medida que a doença se prolonga num dos componentes da família, ela pode fazer com que os demais busquem recursos fora para suportar a situação e se afastem de um cuidado direto. Em geral, isso sobrecarrega um ou mais cuidadores. A abordagem integral faz parte do cuidado domiciliar por envolver diversos fatores no processo de saúde-doença da família. O profissional de saúde deve ter em conta, utilizando o conceito de cuidado que vimos anteriormente e de autonomia, que ele não serve apenas para curar doenças, mas para cuidar da saúde, considerando a pessoa doente em seu contexto vital.

A abordagem integral faz parte do cuidado domiciliar por envolver diversos fatores no processo de saúde-doença da família.

Também devemos levar em conta que os cuidados à saúde nunca foram exclusividades dos médicos e enfermeiros. Hoje, estima-se que cerca de 80% dos cuidados prestados no domicílio são realizados por cuidadores, pessoal técnico e auxiliar ou familiares.

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Cuidados à saúde nunca foram exclusividades dos médicos e enfermeiros.

Com isso, passa-se de uma prática profissional centrada na doença, de uma prática profissional centrada na pessoa, e a díade pessoa-médico avança para a tríade pessoa-família-equipe de saúde.

Como acolher a solicitação e organizar uma visita domiciliar com a família

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A prestação do cuidado em domicílio e a construção de ambientes mais saudáveis para a pessoa em tratamento envolvem, além da tecnologia em saúde, o reconhecimento das potencialidades terapêuticas presentes nas relações familiares. A família tanto pode ajudar a melhorar as condições de saúde como pode agravá-las.

2.4 Combinando o encontro com a família Ao iniciar o processo de abordagem familiar, combinar o encontro com a família é um aspecto essencial. A primeira condição para que ocorra o cuidado domiciliar é o consentimento da família e a definição dos cuidadores. O cuidado prestado do domicílio não pode ser imposto, sob risco de não atingir seus objetivos terapêuticos. A pessoa acamada, mesmo estando, muitas vez...


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