Técnicas Histológicas - Uma Abordagem Prática PDF

Title Técnicas Histológicas - Uma Abordagem Prática
Course Histologia
Institution Universidade Paulista
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Resumo do vídeo do youtube: Técnicas Histológicas - Uma Abordagem Prática...


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Faculdade Nossa Senhora de Fátima. Bacharelado em Fonoaudiologia. Histologia.

Técnicas Histológicas: Uma Abordagem Prática. Laboratório de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz- FIOCRUZ.

Acadêmica: Victória Lazzarotto Boff

Caxias do Sul 2019

O desenvolvimento de várias técnicas de coloração e ferramentas para a preparação de amostras tem fortalecido uma abordagem de diagnóstico em medicina clínica, o microscópio evoluiu de um simples conjunto de lentes de aumento para altamente sofisticadas ópticas de digitalização e de elétrons que podem usar o controle do computador para criar imagens digitais de alta resolução para pesquisadores, médicos e educadores. A Coleta da amostra histológica é um processo realizado com cuidado, evitando ao máximo danificações, ela consiste em remover amostras de tecido de um determinado organismo. Essa coleta pode ser feita quando o organismo ainda esta vivo, por meio de biópsia ou durante uma cirurgia, ou mesmo pós mortem, durante a realização de necropsia de animais ou seres humanos. A etapa seguinte é a Fixação, sendo ela realizada através de fixadores que dentre os quais o mais utilizado é o formaldeído 4% (formol). São finalidades da fixação: conferir estabilidade química ao tecido/ endurecer o tecido para manipulações posteriores/ diminuir a autólise (destruição de tecido vivo ou morto por enzimas e células do próprio organismo; autodigestão)/ diminuir a putrefação bacteriana/ aumentar a capacidade de coloração e(ou) reação. A etapa de clivagem consiste em reduzir as dimensões dos fragmentos dos tecidos coletados. Dependendo do tipo de fixador empregado, a clivagem pode ocorrer em até algumas horas após a fixação. Na clivagem ideal, os fragmentos devem atingir cerca de 3 mm de espessura; porém, dependendo do tipo de órgão, esse fragmento pode chegar a mais do que 5 mm. Em muitos tecidos, verifica-se a deposição de sais minerais, como cálcio e fosfato. Na microscopia de luz, existem dois procedimentos técnicos que auxiliam o estudo do tecido Ósseo: (1) a descalcificação, que remove a porção mineral e analisa somente os constituintes orgânicos do tecido Ósseo; e (2) o desgaste, que permite analisar os componentes inorgânicos do tecido. O princípio do processamento histológico consiste na difusão de reagentes para o interior dos tecidos e na remoção do líquido tecidual que, após a fixação do material, é o próprio fixador empregado. O processamento tecidual também torna os fragmentos rígidos capazes de proporcionar o seccionamento de fatias finas e delicadas para a observação ao microscópio. A etapa de inclusão se baseia em colocar, com o auxílio de uma pinça previamente aquecida, os tecidos que foram infiltrados em parafina no interior de um molde que contém parafina líquida com a superfície a ser seccionada (a ser cortada ao micrótomo) para baixo. No período de Desidratação inicia-se através de um processo realizado com a amostra onde essa é mergulhada por cerca de uma hora em frascos contendo etanol 70 volume, 80, 90, 95, 100, 100 e 100, respectivamente. Assim, ao final do processo, a amostra se encontra totalmente desidratada, porém o álcool ainda não se mistura com a parafina, tendo de ocorrer o processo a seguir. Um processo muito semelhante ao de desidratação é a Diafanização ou clareamento este, porém realizado com o intuito de garantir que a parafina adentre futuramente na amostra, essa é

mergulhada por cerca de uma hora em frascos contendo xilol 50 e 100 volume, respectivamente. Para a Impregnação da amostra, opta-se geralmente pela parafina, ela é aquecida em uma estufa até 56 graus; assim que ela atinge sua forma liquida a amostra é mergulhada nela, o calor causa a evaporação do solvente orgânico, e os espaços existentes dentro dos tecidos tornam-se preenchidos com parafina, esse processo também ocorre 3 vezes para garantir a total penetração da parafina. A Inclusão da parafina é realizada logo em seguida onde mais parafina é colocada em moldes metálicos, os quais são aquecidos na estufa; em seguida a amostra é mergulhada na solução onde passa cerca de um dia, garantindo que a parafina fique totalmente sólida. Na Microtomia, a amostra emblocada pela parafina é colocada no macrótomo, onde vira a ser cortada em fatias de 5 μm, garantindo assim que a espessura não seja mais um problema, após o corte a amostra é colocada em banhomaria em recipientes contendo água a 37 graus. Faz-se a Montagem do corte histológico, mergulhando uma lâmina de vidro cuidadosamente no recipiente onde o corte histológico se encontra em banho maria, e logo em seguida a retirando da água com o corte nela aderido. Antes do processo de coloração a lâmina histológica deve ser mergulhada em xilol e depois em etano+xilol, sendo por fim mergulhada em etanol 100 volume, 95, 90 e 70 (isso ocorre pois os corantes não se misturam com a parafina, e sim com a água). Após tudo isso a lâmina é mergulhada nos corantes, primeiro na hematoxilina (H), de caráter básico e cor roxa, e em seguida na eosina (E), que possui caráter ácido e cor rosa, logos depois de cada imersão no corante a lâmina é mergulhada em água para tirar o seu excesso. Após a coloração a lâmina é submetida aos produtos responsáveis pela desidratação. Para a proteção dos cortes histológicos, uma lâmina de proteção muito fina é colocada sobre a lâmina histológica, e fixada com uma cola. A Selagem ou montagem da lâmina propriamente dita é a etapa final da preparação da lâmina para análise ao microscópio de luz. As alterações das imagens de tecidos quando os preparados histológicos são observados ao microscópio podem ocorrer devido a manipulações físicas ou químicas durante as etapas da técnica histológica, podendo ser ocasionados por: dente na navalha de corte, causando fendas; talco na luva utilizada pelo técnico; precipitado de corantes ou mesmo pigmentos que se depositaram sobre o tecido; retração ou intumescimento tecidual provocado por algum componente químico do fixador; autólise associada a proliferação bacteriana devido a demora em se fixar o material; fragmentação e/ou rachadura do tecido provocada por elevação da temperatura da parafina durante o processamento, dobras no tecido formadas durante a microtomia e bolhas provocadas durante a selagem da lamínula sobre o preparado histológico. Referências Bibliográficas:

DVD -Técnicas Histológicas - Uma Abordagem Prática. (Laboratório de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz- FIOCRUZ), 2009. Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde: volume 2 / Organização de Etelcia Moraes Molinaro, Luzia Fátima Gonçalves Caputo e Maria Regina Reis Amendoeira. - Rio de Janeiro: EPSJV; IOC, 2010. https://www.olympus-lifescience.com/en/microscope-resource/ - Centro de Recursos de Microscopia: Olympus America, Inc., Dois Corporate Center Drive. Melville - Nova York (Acesso em 28 de julho de 201)....


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