Abordagem Humanista-Existencial na Psicologia PDF

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A história e os conceitos básicos da abordagem Humanista-existencial na
Psicologia...

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A história e conceitos básicos da abordagem Humanista-existencial na Psicologia A abordagem Humanista-existencial da psicologia surgiu na década de 1950, como crítica ao behaviorismo e a psicanálise, as linhas teóricas mais vigentes da época. Ela foi denominada como “a Terceira Força da Psicologia” e teve como pioneiro o psicólogo americano Abraham Maslow, que teve como influência o taoísmo e a ciência organísmica, vindo a estudar sobre a normalidade e a saúde mental. Dentre as ideias de Maslow, a que mais se destaca é a Teoria da Hierarquia das Necessidades, que propõe que assim que o indivíduo realiza alguma necessidade, outra então surge, fazendo que sempre sejam buscados meios para satisfazer tais necessidades. As filosofias fenomenológica e existencial tiveram papel crucial como influência do Humanismo na Psicologia. Com o exemplo de Husserl, a respeito de fenômenos a serem revelados e Heidegger, com o importante conceito de “Dasein” (“ser-aí”) e a partir da sua compreensão do sujeito como um ser no mundo, sendo composto pela sua relação com as coisas e as pessoas à sua volta e o mundo em si. Sendo assim, a psicologia humanista-existencial se diferencia das outras abordagens principalmente por seu enfoque na profundidade e essência do ser, além de atribuir a responsabilidade ao sujeito, se apresentando capaz de fazer suas próprias escolhas, como um ser livre. Um outro importante autor da linha humanista-existencial foi Carl Rogers. Sua contribuição para psicologia foi trazer os fenômenos subjetivos para o local de investigação objetiva, tomando tais fenômenos como ciência. A sua teoria defende que o ser humano é dotado de uma natureza essencialmente positiva, buscando constantemente a autorrealização. Além disso, uma de suas principais ideias tem o enfoque no autoconceito, aquilo que pensamos e sentimos sobre nós mesmos. Nesse caso, a percepção tem um grande significado, consistindo na visão singular da pessoa sobre o seu eu, tendo como referência as percepções do organismo, suas experiências e o modo como essas percepções se relacionam com o mundo exterior. É de grande relevância citar outros dois importantes nomes dessa abordagem: Fritz Perls e Viktor Frankl. Perls foi o criador da Gestalt-terapia, que teve como uma de suas influências a Fenomenologia. Nessa abordagem, a terapia é focada no paciente, que é influenciado pelo ambiente e suas experiências, além disso, ela procura tornar o paciente mais consciente a partir de suas percepções, experiências e respostas de eventos do aqui e agora. Já Frankl, aborda o conceito de “sentido da vida” da logoterapia, onde o maior objetivo é a busca do significado da vida, sendo essa a força que move os seres humanos, a partir dos conceitos de autotranscendência e a liberdade da vontade. Ademais, é essencial mencionar outros conceitos fundamentais da abordagem, sendo eles: a intencionalidade (nossa consciência é sempre direcionada a algo); a singularidade (compreender o Homem em sua originalidade); a redução fenomenológica (purificar a nossa relação com os fenômenos); “Voltar às coisas mesmas” - observando o fenômeno tal como se mostra; a capacidade e responsabilidade do ser de realizar sua escolhas; a necessidade da auto realização, entre outros. Em suma, a partir da colaboração desses estudiosos e suas respectivas teorias, é notável a relevância da Psicologia Humanista-existencial nos estudos que procuram entender o Homem como humano, deixando de lado a visão objetivista e

determinista apresentada até então em outras abordagens. Sendo assim, um dos seus principais aspectos é o tratamento dado a cada indivíduo como um ser único através de uma compreensão empática e livre de pré-julgamentos.

Referências ROGERS, Carl; ROSENBERG, Rachel. A pessoa como centro. São Paulo: Edusp, 1977. CERBONE, D. R. A fenomenologia. Petrópolis: Vozes, 2012. (Cap. 2) BEZERRA, Márcia Elena Soares; BEZERRA, Edson do nascimento. Aspectos humanistas, existenciais e fenomenológicos presentes na abordagem centrada na pessoa. Rev. NUFEN, São Paulo , v. 4, n. 2, p. 21-36, dez. 2012....