Análise: Vamos falar de sexo PDF

Title Análise: Vamos falar de sexo
Course Estudos Sócio Antropológicos
Institution Universidade do Estado da Bahia
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Análise do filme Vamos falar de sexo...


Description

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB COLEGIADO DE NUTRIÇÃO

ANÁLISE DO FILME “VAMOS FALAR DE SEXO”

Salvador 2016

KINSEY - VAMOS FALAR DE SEXO. Disponível em: Acesso em 07 de Maio de 2016

ANÁLISE DO FILME “KINSEY – VAMOS FALAR DE SEXO”

Lançado em 2005, o filme “Kinsey - Vamos falar de sexo” revela a história de um professor de Biologia, que durante a juventude foi reprimido pelo seu pai (religioso extremista), e que ao se casar teve alguns problemas sexuais com sua esposa. A partir daí ele percebeu que a sociedade raramente falava sobre sexo e que o seu problema poderia ser o mesmo de muitas pessoas. Surgiu então a ideia de fazer um estudo para esclarecer dúvidas existentes sobre o sexo, tanto entre os universitários como entre casais e os demais da sociedade. No decorrer do filme vários questionamentos são feitos sobre a manifestação da sexualidade individual e a necessidade biológica do sexo. A sexualidade humana envolve muito mais que o genital ou o biológico, ela é usada também como forma de impureza em religiões e culturas, dando-lhe um valor que tange à moralidade e ao respeito na construção de uma sociedade. Além disso, os homens eram tratados como seres sexuais incontroláveis em seus desejos e as mulheres eram consideradas acima de tais necessidades. Nessa perspectiva é possível entender um pouco do que estuda a Interseccionalidade. Conceito que enfatiza a pesquisa de gênero e o reconhecimento de que formas sexuais de injustiça são, por um lado, análogas e, por outro, empiricamente entrelaçadas com outras formas de injustiça, como as relacionadas à “raça”, etnia e religião. Grande parte da vida de Alfred Kinsey foi destinada a compreender o mecanismo do sexo. Sua pesquisa em sexualidade humana influenciou social e culturalmente os Estados Unidos, especialmente nos anos 60, quando suas ideias foram importantes na chamada "Sexual Revolution". Atraído pelo desejo científico de registrar, classificar e decodificar o comportamento sexual dos seres humanos, Kinsey conquistou atenção, o carinho e, acima de tudo, o ódio dos estadunidenses. O fato de falar sobre sexo, sexualidade e questões que envolvem gênero naquela época foi um abalo nos alicerces da moralidade. Ele desafiou todas as convenções, bateu de frente contra um pai castrador e repressor, viveu experiências homossexuais, entrevistou homens, mulheres, gays, lésbicas, pedófilos, zoófilos, sado masoquistas e toda sorte de orientações, taras e inclinações sexuais, chegando aos limites de

sua pesquisa, vivendo ele mesmo o objeto de seus estudos. Ele juntamente com os seus colaboradores pretendeu mudar os valores morais tradicionais. Seus estudos revelaram grandes surpresas, e justificaram a Educação Sexual de base científica para prevenir problemas sexuais (como DSTs) ao invés da abstinência de fundamentação moralista como estratégia única para lidar com a questão. A grande inovação de Kinsey foi dizer que o comportamento sexual era algo natural, tanto quanto falar, andar, comer, e como tudo na natureza está passível de variedade. Não há algo "normal" em se tratando de sexualidade, apenas algo de maior incidência estatística. Ela sempre foi uma fonte de inúmeros preconceitos, fantasias e muitas vezes os mitos e a repressão sexual criam grandes obstáculos para o exercício saudável do sexo. A discussão do filme mostra como é importante orientar e discutir sobre o assunto e não reprimir encarando e classificando o sexo como um pecado. Desse modo o filme deixa claro que conhecimento, orientação e educação para sexualidade são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do indivíduo. E nesse processo de transformação da intimidade, dos valores e das mentalidades, a tendência da sociedade é tornar-se cada vez mais flexível para acolher essas novas configurações das relações amorosas....


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