Resenha - Precisamos Falar Sobre Kevin pdf PDF

Title Resenha - Precisamos Falar Sobre Kevin pdf
Author Felipe Criciúma
Course SIST.E TEOR.III :FENO -EXIST.E HUMANISTA
Institution Universidade Estadual do Ceará
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Summary

Interface entre a teoria humanista e o filme "Precisamos falar sobre Kevin"....


Description

Resenha Bibliografia Precisamos falar sobre o Kevin. DIREÇÃO: Lynne Ramsay, Produção: Jennifer Fox, Luc Roeg, Robert Whitehouse, Christopher Figg, Christine Langan,Steven Soderbergh, e Tilda Switon. BBC Films, 2012, 1 DVD. FRAZAO, Lilian Meyer. Psicol. USP, São Paulo , v. 6, n. 2, p. 144-149, 1995 . Disponível em . acessos em 06 jun. 2018.

Carlos Marx Ribeiro Silva Eliel Freitas Mendonça Estudantes de Psicologia da UECE, com objetivo neste trabalho apresentar uma resenha do filme “Precisamos falar sobre Kevin” para a disciplina de Sistemas e Teorias III – Fen. Exist. Humanista da Profºa Eveline Maria Perdigão Silveira.

Inicialmente, o que nos chama bastante atenção, é a rápida alteração temporal do filme, um processo, pelo menos inicialmente, confuso. Mas as lembranças que chegam constantemente à Eva, vêm por meio das outras pessoas, ou de acordo com os acontecimentos de sua vida. Essas lembranças, constantemente revisitadas, nos fazem lembrar que a consciência é sempre ativa, aqui e agora, entretanto, essa consciência, durante grande parte do filme, não colabora para uma “evolução” por parte de Eva, como a capacidade de libertar-se desses pensamentos que a atormentam. A constante visita desses pensamentos, podem caracterizar uma Gestalt aberta, que sempre vem se manifestando. Essa constante perturbação, diferentemente do caso citado na prova, onde a garota passava por um mecanismo normal, estava apenas preocupada com a discussão que teve com a mãe, Eva sempre realiza uma fuga diante dessas situações, pois se ela estabelecesse o contato “necessário”, essas lembranças seriam menos atormentadoras. Foi perceptível que há uma fixação, não somente pelo ocorrido do final do filme, mas por todos os momentos desde o nascimento de Kevin, onde ela, inicialmente, por ele chorar muito, chega a ir com o filho para próximo de uma construção e, desse modo, tentar amenizar a angústia que o seu choro traz, uma forma de ajustamento criativo. Esses momentos de tensão, e a passividade do pai diante desses acontecimentos, fazem com que Eva, provavelmente, entre em uma depressão pós-parto. Talvez, seja nesse momento que Eva passa a sentir-se angustiada e enxergar-se obrigada a relacionar-se com o filho e, além disso,

por causa dessa busca constante por uma relação boa, e a total omissão do pai, Kevin estabeleça uma relação Eu-tu com a mãe, mas de modo que apenas ele se beneficie, vendo o desespero de Eva. O pai de Kevin, ao ver a situação do filho com a mãe, busca realizar uma ação de fuga, e não os ajuda a resolver esse problema relacional, o que colabora para o desenvolvimento de sua personalidade. Essa ação de fuga é possível devido a motivação inexistente por parte do pai, visto que Kevin se relaciona muito bem com ele. No momento em que Kevin está doente, e aproxima-se da mãe, ou no momento quem que ele mente para o pai e não diz que foi ela que quebrou o seu braço, ele não está manifestando o seu Self de maneira correta, ele está o alterando para poder “iludir” a mãe e depois ataca-la. As tentativas de realizar o contato com Kevin, durante todo o filme, e a busca pelo estabelecimento de uma relação Eu-Tu, parecem ser um sintoma, uma fixação de Eva pela busca de uma relação saudável com o filho. Nesse mecanismo neurótico, ela passa a investir sempre na mesma forma em tentar o contato com Kevin. Percebemos, também, que Kevin permite um contato com Eva no momento em que sua irmã nasce. Entretanto, percebe-se que tal contato foi somente por conta dos ciúmes por sua irmã, e também para dar a Eva uma “ilusão” de que ele estava começando a gostar dela. Desta forma, a função Ego da mãe possui atitudes de rejeição quanto ao filho, mas possui atitudes de assimilação à filha. De acordo com Latner “O Self é a nossa maneira particular de estarmos envolvidos em qualquer processo, nosso modo de expressão individual em nosso contato com o meio [...]”. O autor também explicita que a característica fundamental do self é a formação e destruição de gestalt. Pode-se compreender que na vida da personagem, os termos de “gestalt aberta” e “destruição de gestalts” se aplicam constantemente durante suas memórias e seu presente retratados durante o filme. Por isso, Eva aparece evidentemente em “tensão” – organismo em desequilíbrio – buscando um reajuste de acordo com seus planejamentos e esperança, como por exemplo: a vontade de viajar demonstrada pelos mapas colados no seu quarto e também a esperança de que um “CD” no quarto de Kevin poderia expressar algum sentimento maternal por ela. A Gestalt aberta do contato e da fuga também permanece em questão quando ela está no ambiente de trabalho. Quando Kevin é preso, Eva fica sem reação. A não reação também persiste durante o tempo de prisão, visto que todas as visitas da mãe ao filho eram sempre monótonas e sem contato. Por fim, Eva é mal vista pela sociedade e muito perseguida por sua vizinhança, que, reprovou e condenou o ato criminoso de seu filho, fazendo decair sobre ela sentimentos de culpa e a incapacidade de manter equilíbrio entre ela e o mundo....


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