Anatomia Interna Dos Canais Radiculares PDF

Title Anatomia Interna Dos Canais Radiculares
Course Endodontia
Institution Universidade Estadual da Paraíba
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Endodontia Pré Clínica Anatomia Interna Dos Canais Radiculares: Aula já começou.... poucos segundos depois a gravação. A câmara pulpar é em continuação com o canal radicular diferente do conduto radicular, vários canais e varias raízes que vamos ver mais na frente. Aqui vejam a questão de assoalho para vocês não confundirem mais na frente na hora do acesso, muita gente erra no acesso pensando que ao remover dentina e esmalte vai se depara com esses orifícios dos canais radiculares, mas de fato temos que remover todo o teto para que o acesso seja direto. Se atentem para o que é o corno pulpar, vou mostrar a diferença entre este e o assoalho. Já nos canais radiculares nos temos a câmara pulpar com as paredes, dentes unirradiculares. Entrando aqui no canal não conseguimos ver muita cois, vamos então usar a sensibilidade tátil, basicamente os canais vão tem a forma cônico piramidal, é como se fosse um padrão. Dentro da endodontia o ideal é sempre manter a forma original do canal radicular. Durante o tratamento endodôntico, isso aqui (mostra imagem) vai ser removido e alargado com limas na hora do preparo endodôntico, mas sempre mantendo a conicidade. Todo canal radicular tem um orifício de entrada e outro de saída. O de entrada é com relação ao assoalho, em dentes multirradiculares, lembrando que em dentes unirradiculares a câmara não tem um limite, pois a entrada do canal se confunde com a câmara pulpar. A saída é sempre no terço apical, no forame apical, ou seja, a comunicação da polpa com os tecidos perirradiculares. Na verdade e um orifício por onde vão passar, vasos, nervos. Ainda nos canais radiculares vamos poder identificar o canal dentinario e o canal cementário, radiograficamente a gente não vai conseguir identificar essas duas entidades, pois são basicamente didáticas. Na verdade são um ponte histológico, a união dos dois vértices é chamada de junção cemento dentino canal, CDC. O canal dentinário é o campo de ação do endodontista, é aqui que abrimos e instrumentamos. O canal cementário, na maioria das vezes não é identificável radiograficamente, é mais um ponto histológico de extrema importância, pois é o ponto até onde a obturação deve ir. Observem que na caixa de vocês vão existir limas de tamanhos diferentes, justamente para não ultrapassar esse limite CDC. Sendo assim o CDC é o limite de instrumentação. Dentro do CDC vão estar alojados outrso tecidos chamado de coto pulpar, o coto pertence a região perirradicular, por isso não introduzimos a sonda no mesmo, pois já é região periapical. Do CDC até a saída do canal temos 1 mm. Nas próximas aulas vocês vão ver que no canal cementário vamos fazer uma limpeza, com nossos materiais químicos, porem a obturação não deve ultrapassar o limite CDC. (mostra imagem) OBS: não conseguimos identificar o canal dentinário ou cementário durante a instrumentação, estes são uma divisão histológica. Radiograficamente também não são identificáveis. Os canais radiculares são divididos em terços:  

Terço cervical Terço médio

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Pré Clínica Terço apical (isto é importante para sabermos a Endodontia questão do diâmetro, vejam que vem do maior pra menor, cervical – médio – apical).

É importante saber que dentro do canal existem vários micro canais, que são importantes. Canal principal é o que identificamos na radiografia, ampliando a imagem vamos ver os canais laterais, observem que estes vão ser sempre no terço cervical, nunca vamos encontrar um canal lateral no terço cervical, ele vai correr paralelamente ao periodonto, no terço cervical. É importante saber isso porque quando formos fazer o PQM, em alguns dentes foi feito o tratamento endodôntico e o paciente voltou um mês depois, talvez tenha sido por causa de algum canal o qual não se conseguiu ter acesso, ou sera que usamos a solução correta para limpar?! Então é importante conhecermos a anatomia correta. Outra entidade é o canal secundário, que esta na região de terço apical, ele vai derivar sempre do canal principal, lá no terço apical, ele também vai em direção a região periapical. Outro canal é o acessório que vai derivar do canal secundário e vai em direção à região periapical ou de peridonto. A maioria desses canais não permite que sejam limados, por isso a importância do uso de substâncias químicas. O canal colateral é paralelo ao canal principal, ele sempre vai para região apical, vem paralelo acompanhando o terço cervical e médio e termina na região apical independente do canal principal (ele é paralelo ao principal). Outro canal na região apical é o delta apical, são múltiplas ramificações, ele se bifurca em vários canalículos. O canal principal na região de terço apical se bifurca em varias ramificações, inúmeros canalículos do canal principal. Lembrem que forame só existe um, nas foraminas, forames de 0,2 a 3 mm. Caso exista mais de um canal principal, vamos ter mais de um forame. Em dentes multirradiculares existe esse canal chamado cavo interrradicular, este só existe em região de assoalho, ele deriva da câmara pulpar e vaiem direção à região de furca. Vai ser uma ramificação sempre no assoalho. Radiograficamente não conseguimos ver esses canalículos e muitas vezes dependendo técnica pode ate conseguir, mas nem sempre eu consigo na radiografia a não ser que seja uma radiografia de qualidade, digital e ai eu consigo diferenciar, mas na convencional eu não consigo. Dependendo da técnica de obturação do canal e da qualidade do material, eles conseguem se difundir bem pelos canais e ai conseguimos identificar essas áreas obturadas. Então, entrando na região apical e periapical (comenta imagem) já vimos câmara pulpar, vimos em que compartimento ela é dividida, paredes, vimos em relação aos canais radiculares em quantos terços o dente é dividido e a conformação dos canais, já estudamos a parte do endodonto, e agora vamos para o periapice. Para endodontia, essa região de terço apical que é a região do periápice se configura como uma zona critica devido a uma probabilidade de ocorres as foraminas apicais e ai mais dificuldade devido a uma patologia ou uma infecção que torna mais difícil de remover mecanicamente e dai a importância de usarmos as etapas corretas e substancias corretas para poder sanar essa região critica e como falei , e a região do campo de ação do endodontista ( o canal dentinario) e que ponto é este ? (imagem) - limite CDC

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Endodontia Pré Clínica

Que vai dividir que estrutura ? - canal dentinario do canal cementario . E o que estará dentro desse canal cementario? Coto pulpar, esta se configura como um entidade da região periapical então o ideal seria permanecermos mas em algumas situações temos que adentrar nesse limite . O forame apical constitui uma comunicação da polpa com o canal e os tecidos periradiculares. Então, do limite CDC para o forame representa 0,7 milímetros do forame ara região de ápice teoricamente essa medida pode muda, pois nem sempre a saída dos canais ou forame vai coincidir com vértice anatômico e esse pode sair em lugares diferente . Esse forame pode ser lateral, ou coincidir com vértice, essa medida é variável e esse vértice apical pode se dar de 2 milimetros ate 3 milimetros , radiograficamente eu consigo identificar isso em algumas situações e em outra não . Temos um dente com um tratamento endodôntico completo e às vezes percebemos que a obturação do canal ficou um pouco distante em relação ao vértice radiográfico, quer dizer que esse tratamento esta incorreto? - Esta correto, no entanto a saída do forame não coincide com vértice ou o ápice ficando assim lateralmente . Pergunta: Professora, o vértice sempre vai ser no meio, sempre segue esse caminho reto? -- Depende, pois cada dente tem um conformação, a exemplo o ICS sua raiz é reta na maioria dos casos, então não iremos observar essa curvatura do ápice ou do vértice, já o ILS o seu terço apical é um pouco distalizado e isso é variável , existe molares que dobram suas raízes . Agora vamos observar o que difere em cada grupo de dentes, vamos ver os superiores, inferiores e o que difere cada um. 

Incisivo central superior:

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Endodontia Pré Clínica

O que vocês conseguem ver em relação a câmara pulpar ? 

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Ampla,achatada e sua anatomia externa leva ao que tem dentro na interna e quando passam a língua na coroa sentimos o seu achatamento de vestibular para palatina e alargado de mesial para distal e quando entramos na parte de canal radicular vemos o seu cana único com uma raiz reta e única e na posição mediana com o canal no meio do dente . Único, reto e em posição mediana. Apesar de que pode existir um a curvatura em ápice, existe as variações anatômicas,que podem ter mais de uma raiz, mas o padrão seria o relatado acima . Não é normal ter o ICS com duas raízes e dois canais. Canal volumoso, amplo , cônico e mais largo no sentido vestíbulo-palatino diferente da coroa que é achatado no sentido vestíbulo-palatino e quando vai entrando ne sentido vestíbulo palatino ele vai se invertendo , ficando alargado no sentido vestíbulo-palatino. Comprimentos das raízes encontrada na literatura: 22 milímetros ( não precisa decorar)

É importante saber pela questão do tratamento endodôntico, mas o que se torna mais importante é você saber quando esse ápice estará totalmente formado em casos de tratamento em crianças, o grau de risogenese dos dentes para podemos instituir o tratamento correto. Na clinica de Endo vocês iram ver que tratamento endodôntico em crianças se da a partir dos 12 anos de idade. A partir dos 12 as limas são as mesmas, não existe lima infantil. Os inferiores, basicamente a mesma coisa o que muda são as proporções. Nesses grupos de dente o que é normal tanto inferior como superior é a saliência dentinaria que fica localizada no terço cervical e também chamada de ombro palatino, quando inferior chamado de ombro lingual é importante saber pela questão da etapa de acesso e o ideal é remover essa saliência pela questão mecânica da lima que torna um pouco dificultoso. Esse se configura como ponto anatômico normal, mas para nós da endodontia o ideal é retirar.

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Endodontia Pré Clínica Lembra que falei da anatomia radicular do incisivo central superior que possuem raiz cônica, reta, alargado no sentido vestíbulo-palatino. Ela fala de uma radiografia do 11 e 12 em que o paciente foi submetido a um tratamento endodôntico e diz que não foi favorável pela questão de trepanar a raiz pois este não se atentou quanto a variação anatômica . 

Incisivo lateral superior

Ele possui suas particularidades, porém não é muito diferente dos outros incisivos centrais superiores, porém pode ocorrer uma diferença anatômica, porém em 97% dos casos ele possui um canal radicular único (conduto único), mas pode ocorrer bifurcação (composto por uma raiz única que se divide em duas no terço mais apical ).    



Possui seu canal volumoso, porém um pouco menor que o ICS; A raiz no terço apical vai ser voltada para distal, importante saber para a instrumentação com as limas ( projetando seu ápice para distal – 80% dos casos); O ILS é mais vestibularizado, em torno de 20% a mais que o ICS, isso pode influenciar diretamente em fraturas (traumatismo) e levar a ter mais calcificação no canal radicular – devemos ter cuidado; No ILS não é necessário remover a saliência dentinária do ombro palatino, por ele ser lateral, diferente do ICS;

Canino

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Particularidades:      



Endodontia Pré Clínica

Em relação aos incisivos, possui a câmara pulpar mais volumosa e ampla. Tem maior diâmetro vestíbulo-palatino em relação aos incisivos; Tem um canal radicular único, longo, grande e reto (semelhante aos outros no caso ICS ), porém é o maior podendo ter sua raiz em 33mm de tamanho ); Ele é também passível de calcificação, que pode influenciar diretamente em fraturas (traumatismo) – devemos ter cuidado; Possui a saliência dentinária no ombro palatino; Possui um ápice mais afinado, no terço apical – sendo menor – com uma projeção distal ou vestibular.

Pré-molares - superiores

Particularidades:  

Possui suas coroas praticamente do mesmo tamanho; A raiz vai possuir suas diferenças: 1º Pré-molar superior: apresenta mais de 1 raiz na maioria das vezes ( que pode está fusionada levando a um achatamento mesio-distal) e possui no caso assoalho. 2º Pré-molar superior: apresenta em sua maioria das vezes uma única raiz, possui maior dimensão e por não possuir duas raízes não possui assoalho. 

1º pré-molar superior

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Endodontia Pré Clínica



2º pré-molar superior



Molares

Particularidades:   

Vai possuir câmara pulpar sempre vai ser cúbica, achatada, mesiodistalmente em todos os molares; Vai ter uma conformação triangular; Já o canal radicular: eles vão possuir algumas diferenças tanto o superior como o inferior.

1º e 2º molar superior: na maioria das vezes vai apresentar 3 raízes e 3 condutos radiculares – 70% dos casos... A mesio-vestibular ela é achatada, devido a isso, possui uma probabilidade maior de se bifurcar originando um quarto canal em 30% dos casos, a raiz disto-vestibular é reta e a raiz palatina pode ser reta, porém com uma leve curvatura pra vestibular. Lembrar de que por se tratar de molar superior pode haver comunicação com o seio maxilar.

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Segundo molar superior

Endodontia Pré Clínica

É bastante semelhante ao primeiro (nº de raízes, canais radiculares), porém com maior probabilidade de ter as raízes fusionadas, além disso, o tamanho dessa raiz vai ser menor. 

Incisivos inferiores

Igual ao superior, só que em menores proporções. 

Caninos inferiores

Basicamente igual também, só que a porcentagem de ocorrer (? 01:06:25) diminui um pouco. Quase 100% possuem canal único. 

Pré-Molares Inferiores

Tem diferença com os superiores com relação a raiz. Eu falei que o primeiro pré-molar superior possui duas raízes. Porém esses dentes são uma caixa de surpresa, porque pode acontecer em alguns casos do dente possuir raiz única e geralmente no terço apical o canal se bifurca. 

Primeiro molar inferior

Em relação a câmara pulpar é semelhante aos superiores, só que o vértice dele vai ser voltado pra distal (a ponta do triângulo). Basicamente ele apresenta duas raízes, uma mesial e outra vestibular, dentro da raiz mesial ele se bifurca em dois canais. Canal distal seria esse mais amplo e os canais mesio-vestibular e mesio-lingual. 

Segundo molar inferior

Não possui alteração com relação a câmara pulpar, porém com relação aos canais radiculares são bem diferentes. Suas raízes podem ser mais curvas que o superior e basicamente terá 2 raízes e 3 canais. Devido ao achatamento excessivo das raízes elas praticamente ficam em formato de “C” (5% dos casos). Ter atenção durante o tratamento endodôntico por se tratar de um dente anatomicamente próximo ao canal mandibular, então ter cuidado com a instrumental, a pressão dos irrigadores, ou qualquer outro motivo que possa vir a prejudicar o periápice. 

Variações morfológicas

Essas alterações podem ser influenciadas principalmente pela idade, alguns fatores irritantes e alguma lesão no germe dentário. Em relação a idade, a gente sabe que um dente de um paciente jovem vai possuir a câmara pulpar bem maior do que um paciente idoso. Em região do periápice no dente jovem o forame apical ainda é pequeno e o CDC, bem como o vértice radiográfico é curto.

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Endodontia Pré Clínica Outros fatores que podem levar a essa alteração e comprometer a câmara pulpar seriam: Calcificações pulpares, obturação de canal radicular por trauma, reabsorções internas, restaurações inadequadas. Lembrar-se das alterações morfológicas: fusão, geminação, que vão proporcionar anatomias diferenciadas. Uma coisa interessante é um dens in dente que é a invaginação de tecido calcificado na câmara pulpar, é uma alteração bastante comum em ILS....


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