Obturação dos canais - Resumo Endodontia PDF

Title Obturação dos canais - Resumo Endodontia
Course Endodontia
Institution Universidade Estadual da Paraíba
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Endodontia Pré Clínica 2017.1

OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES: Essa aula se configura como a ultima etapa do tratamento endodôntico , mas não necessariamente é menos importante , na verdade a fase da modelação do canal radicular é a fase que fecha o sucesso do tratamento endodôntico . O sucesso do tratamento esta intimamente ligado a qualidade da obturação , pois é o que vemos no canal e é de suma importância assim como todas as outras etapas . Todas as fases endodôntico são importantes , não existe fase de tratamento se você so faz um PQM bom mas peca nas outras fases , para fechar o o tratamento precisasse cumprir tudo de forma correta . Só passamos para a fase de obturação se tivermos sucesso durante o PQM . Quais os objetivos da obturação do canal radicular ?  Ter um canal ampliado e modelado no PQM para impedir a infecção ou RE infecção do mesmo .  Favorecer o processo de reparação apical nos casos de necrose periradicular . Portanto, só iremos passar para a etapa de obturação se tivermos uma modelagem completa ( canal com formato cônico , que conseguimos encaixar um cone obturador se foi bem instrumentado e modelado) . O canal precisa estar seco e livre de exsudatos devido a lesões que possuem secreção purulenta e e ai temos ação das medicações . Se fazemos o selamento e o paciente ainda continua eliminando , não podemos fechar . OBS : NUNCA VAMOS OBTURAR UM CANAL QUE TENHA EXSUDATOS PURULENTOS OU SANGUE , OU QUE AO PASSARMOS O INSTRUMENTO DE MEMORIA NO CRT AINDA SANGRA OU QUE AINDA TEM RESTOS DE DENTINA .

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CASO : Paciente tem uma modelagem de canal , mas ainda ta drenando o canal e tem sangramento , o que iremos fazer ? Resp : uma nova introdução de medicação , irriga bem o meio , em caso de canal bem instrumentado e esvaziado se faz necessário o uso de Hidróxido de cálcio como medicação padrão ouro . Não é uma medicação perfeita pois em uma resistência microbiana mas é a melhor . Esses acontecimentos podem ser por erro profissional , ou muito mais provável que seja por conta da lesão que ainda não regrediu , aquela medicação não foi suficiente para o período , por isso sempre lembramos da ASPIRAÇAO –IRRIGAÇAO-INUNDAÇAO , pois estas etapas ajudam muito a limpar esse meio . Cada caso tem seu tempo , alguns que requerem 30 dias , uma segunda sessão que ainda precisa de troca de medicação , nunca obturar canal que possuam exsudatos. Antibioticoterapia apenas em casos de envolvimento sistêmico , mas os anti-inflamatórios . É preciso que tenhamos cuidado , a endo sempre foi associada a antibiótico e analgésico . Em casos de exsudação persistente podemos lançar mao de um anti-inflamatório pra ajuda , em casos de envolvimento sistêmico, passamos para o antibiótico associado a analgésico .

Então , se temos um tratamento bem executado , paciente chega livre de exsudatos bem seco o canal , ao remover o calen da sessão anterior observamos que o sai ali é apenas a solução de hipoclorito , seca com o cone absorvente e ver que esse cone esta limpo  passamos para etapa seguinte  observar a sintomatologia do paciente e se o paciente relata dor , NÃO OBTURAR O CANAL  troca a medicação e prescreve um analgésico  próxima sessão volta sem dor e obtura o canal . OBS: Muitas pessoas ainda pensam que deixamos aberto o canal ,a geração antiga de endodontistas ainda preferem deixar aberto . NÃO SE DEIXA DENTE ABERTO EM SESSAO NENHUMA , ESTAREMOS FAVORECENDO UMA NOVA COLONIZAÇAO BACTERIANA COM BACTERIAS QUE NEM SÃO DO

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SISTEMA DE CANAIS . Se esta drenando ainda com secreção , coloca a medicação HC , coloca a bolinha de algodão e faz o selamento provisório .

Condição do selamento provisório Ao abordar o paciente é preciso ver esta condição , muitas vezes temos um canal em perfeitas instrumentação, mas se a restauração estiver deficiente não irá obturar por contaminação do meio .



E o que podemos fazer para evitar ? Fazer um selamento Duplo : coloca-se uma camada de cotosol e depois sela com ionômero . Se for uma sessão de apenas 15 dias , um bom ionômero tem suas excelente propriedades . Seria muito bom que em uma etapa de finalização não colocar apenas o cotosol , o ideal seria cotosol+ ionômero ou resina .



Caso : paciente chega e esta com o curativo quebrado e preciso obturar , devo ? Resp : Não vai obturar , vamos fazer um bom selamento e esperar uma

resposta daquele meio . Se conseguimos uma modelagem perfeita , o canal ta seco e limpo , paciente não tem dor e o selamento esta bom , podemos então passar para a fase de obturação. Paciente com secreção purulenta , continua

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irrigando , aspirando, inundando e colocando medicamento até sessar a condição inflamatório , mesmo sabendo que já é a segunda sessão com falha de obturação , reforçar ainda mais a irrigação do meio + algum dispositivo que possa agitar essa irrigação com uso de ultrassom , limas que jogam a solução no canal a exemplo  XP FINISHER .

Nossa medicação padrão ouro na endo , tanto para Biopulpectomia como Necropulpectomia usamos o Hidróxido de cálcio , o que muda é o veiculo . Mesmo que tenha sido uma necropulpectomia , mas que esta com selamento bom e o paciente não tem sintomatologia , paciente não possuem exsudatos pode obturar sim e em casos de sessão única vai depender muito do tipo de instrumental e da habilidade do profissional se tem habilidade e obedeceu os critérios de obturação pode obturar com sucesso . MATERIAL NECESSÁRIO Devemos saber que é necessário o uso de materiais específicos, cuja quais são: 

Cones (os principais e os que mais utilizamos são os de guta-percha – padrão ouro, porém existem os de resinas e os cimentos que são necessários para a obturação desses canais, tipo 1 principal e 2 auxiliares, são melhores na fase mas eles se derivam da fase Alfa);

Beta

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Cones acessórios



Calcadores ( que são os de Paiva, tem em sua numeração de 1 ~ 4)



Espátula Nº 24

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Placa de vidro - Usamos para manipular o produto



Pinça



Espaçadores

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Cimento – (cimentos a base de oxido de zinco e eugenol – ‘ENDOFIIL ele deve ser esfregado na placa com bastante força’, de resina contendo hidróxido de cálcio e resinosos com CIV)

CIMENTOS E SUA IMPORTÂNCIA – PROPRIEDADES AGENTE DE UNIÃO “USAR O POUCO” Vantagens: 

Não pode ter agentes putrefativos (não causar injúria);



Atividades anti-séptica (preservar o local limpo);

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Atividades antimicrobiana (evitar a proliferação do microorganismo que resistiram ao PQM);



Ser de fácil remoção em caso de retratamento.

1.1 PROPRIEDADES BIOLÓGICAS



Boa tolerância tecidual (matéria que irá ficar permanentemente no canal radicular);



Capacidade de ser reabsorvido no periápice (caso ocorra extravasamento do material);



Permear a reprodução do tecido (tecido fibroso de reparação radicular);



Possuir ação microbiana (por mais que tenha sido sucesso o tratamento, sempre ocorre à presença de alguns microorganismos e justamente essa ação microbiana vai perpetuar e evitar o desenvolvimento dessa nova colônia no canal radicular).



Não desenvolva ação de reparação tecidual



Não seja mutagênico e carcinogênico

1.2 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS 

Possuir facilidade de inserção;



Ser plástico na hora de inserção (nosso cimento possui essa propriedade “ENDOFILL” no permite trabalhar por pelo menos 4 ~ 5 horas na placa);



Que permita um selamento mais hermético possível (evitando possível contaminação);



Não deve sofrer contração (nosso produto não tem uma contração considerável);



Não pode ser permeável (evita a infiltração);



Ter bom Escoamento (ajuda a penetração no canal radicular);

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Não ser solúvel (evita sua degradação);



Ter PH próximo do neutro;



Ser radiopaco (para melhor visualização na radiografia utilizando radiopacificador a base de óxido de zinco ou óxido de bismuto);



Não manchar as estruturas dentárias (usando muita solução irrigadora, junto com material de boa qualidade não escurece);



Passível de esterilização (com hipoclorito de sódio, com todas as substâncias – cones).

GUTA-PERCHA _ Mais utilizado Vantagens: 

Ela se adéqua as todas as técnicas de obturação



Tolerada pelos tecidos perirradiculares



Se adequada a irregularidades dos canais



É radiopaca devido ao radiopacificador



Tem suas propriedades Físico_Químicas – ela se plastifica



Possui certa estabilidade dimensional

Desvantagem: 

Tem uma pequena resistência mecânica dificultando a penetração em canais atrésicos – podemos utilizar outras técnicas;



Tem pouca adesividade (usa muito material, no caso o cimento)



Pode ser deslocado (e pode causar uma sobre-obturação)

SISTEMAS Sistema TERMOFIL – Ele solidifica no canal por termoplastificação

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Ele vai tem um núcleo plástico revestido com uma guta-percha na fase alfa nele;



Possui numeração de 20 ~ 100;



Não utiliza cone acessório;



Ele é aquecido em um dispositivo próprio e quando coloca no canal ele se adapta.

Sistema CONES DE RESINA 

Possui a mesma numeração dos cones principais e acessórios;



Precisa de um kit (sai mais caro por precisar de primer, cimento específico entre outros).

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Ser de fácil remoção (em alguns casos é necessário fazer um retratamento);



Obturar hermeticamente os canalículos dentinários, pois se não existe obliteração da entrada dos canalículos pode ocorrer uma infecção e insucesso do tratamento;



Ser radiopaco;



Apresentar boa adesividade, alguns cimentos apresentam propriedades de adesão melhores que outros e isso depende de marca e preço. No entanto todos apresentam certa adesividade;



Ter consistência satisfatória para realização de trabalho.

QUAIS OS PRINCIPAIS CIMENTOS:

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Grupo 1: é o grupo mais utilizado, o que não quer dizer que é o melhor. São cimentos a base de OZE, também chamados de cimentos Grossman. São os mais utilizados, pois são os mais baratos e também apresentam boas propriedades. A relação custo benefício é muito boa por isso usamos na clinica. Tem tempo de presa longo de 4 à 5 hrs na placa. Apresenta certa contração, o que é uma pequena desvantagem. Também apresenta atividade antimicrobiana.

OBS: o material não é compatível com resina, por esta razão podemos usar amalgama e em casos onde a restauração de resina é a escolha, pode-se realizar um forramento/base com CIV. Grupo 2: é um dos grupos mais utilizados, pois o mesmo tem em sua composição o hidróxido de cálcio. É um cimento um pouco mais caro e que apresenta ótimas propriedades. Apresentam a finalidade terapêutica que vem do HC, atividade antimicrobiana e anti-inflamatória. Promovem selamento biológico periapical. Não causam alterações no ligamento periodontal. Tem maior índice de preservação do tecido conjuntivo nas regiões apicais, pois é biocompativel. Esses cimentos ainda apresentam uma base resinosa (não todos, apenas alguns, ela aponta, mas não menciona). (Cialopex, cialo 26, atoseal).

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Grupo 3: um outro grupo menos utilizado e quase nunca vistos são os cimentos a base de ionômero de vidro é diferente de CIV. O cimento a base de ionômero de vidro foi criado para trazer as propriedades do ionômero, mas ele não é tão bom como o CIV utilizado na dentística. Tem pouca atividade antimicrobiana e é de difícil remoção. É necessário todo um aparato para utilizar um cimento desse grupo, ficando assim mais caro para sua utilização. Grupo 4: é o grupo de cimentos resinosos, estes apresentam uma excelente adesão a dentina, boa resistência, bom escoamento, são radipacos, também apresentam estabilidade dimensional , e são bem tolerados pelos tecidos dentários. São os melhores cimentos do mercado, porém com um custo bem mais alto. São o H26, H plus (não sei se escreve assim). É importante sabermos que sendo de resina alguns cimentos exigem um preparo prévio e fotopolimerização, mas no geral eles são ativados quimicamente, varia de acordo com as marcar.

Grupo 5: uma outra classe de cimentos obturadores é o Guta flow (guta alguma coisa, não dá pra entender) que é uma combinação de uma guta com cimento em uma única capsula, assim se economiza etapas de

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trabalho, permitindo melhor escoamento e adesão. Tem em sua composição óleo de silicona, óleo de parafina, dióxido de zircônia e nanoparticula de prata e o corante. Ele vem com um sistema onde é colocada a cápsula para unir a guta com o cimento, então se aplica como se fosse uma seringa de irrigação. Com custo bem elevado.

MTA- é um material obturador, pois ele pode ser usado para retratamento, para evitar infiltrações, em cirurgias para endodonticas. Relembrando sua composição, apresenta silicato de cálcio, aluminato, ferro aluminato, sulfato de cálcio, oxido de bismuto (radipacificador). Deve-se ter atenção para esse material, pois é um material caro que usamos em determinadas situações, esse é quimicamente semelhante ao cimento Portland usado em construção civil. A única diferença entre estes é o radiopacificador. Além disso, o cimento passa por processos químicos muito intensos, fazendo com que

os

microrganismos

não

resistam,

sendo

assim

não



contaminação. Pode-se então usar esse cimento em uma emergência. O MTA ainda apresenta atividade antimicrobiana, bom selamento, previne micro infiltrações, é biocompativel. São um material útil para selar perfurações, reabsorções internas e externas, para retratamento e para

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tampões periapicais. Usa-se MTA para apicificação e apicegênese (Não sei se estão corretos). (Ela mostra uma imagem com a diferença de radiopacidade de um MTA para o Portland, então não é possível visualizar radiograficamente)....


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