Conceitos Endodontia PDF

Title Conceitos Endodontia
Author Matheus Diniz
Course Endodontia Laboratorial
Institution Universidade Federal do Ceará
Pages 3
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Summary

resumo do conteúdo ministrado na disciplina de endodontia laboratorial...


Description

Conceitos Endodontia Patencia foraminal: é a manutenção do forame apical desobstruído, durante a instrumentação do canal radicular. É realizada com instrumento de pequeno calibre, utilizado durante a exploração do canal e reutilizado até o forame, durante a instrumentação, para evitar a sua obliteração pelo depósito de detritos resultantes do preparo do canal. Diâmetro anatômico: corresponde ao diâmetro do primeiro instrumento endodôntico que se ajusta no interior de todo o canal radicular. Diâmetro Cirúrgico: equivale ao diâmetro obtido após intrumentação do canal radicular. Comprimento Patente do canal (CPC): é a medida obtida desde um ponto de referência coronária até a abertura do forame apical na superfície externa radicular. Comprimento de Trabalho (CT): é obtido deduzindo-se 1mm do CPC. Instrumento Memória: equivale ao último instrumento utilizado em todo o comprimento de trabalho. Instrumento Patente: equivale ao instrumento utilizado em todo o comprimento do canal radicular (CPC). Batente Apical: conhecido também como ombro apical, parada apical de instrumentação ou degrau apical, é o ponto de parada da instrumentação, equivalente ao CT, determinado na Odontometria. Instrumentação – Resumo e Dicas Extirpa-nervos: Pouco utilizado atualmente. Instrumento de aço-carbono farpado, indicado para remoção de polpa irreversivelmente inflamada; Dinâmica de uso: Inseri-o no canal, dão-se duas voltas no sentido horário e puxa-o no sentido oclusal; Não é recomendado seu uso em canais atrésicos e em canais curvos, devido a um possível travamento nas paredes dos canais, podendo proporcionar fratura do instrumento. Gates Glidden: Utilizadas no preparo dos terços cervical e médio dos canais radiculares; Apresenta-se em dois comprimentos: 19mm e 21mm; Função na instrumentação: Complementa a eficácia da instrumentação alargando e limpando o canal radicular; São usadas sempre em canais retos, ou em suas porções mais retilíneas; Apresentam pontas inativas; Aumentam a embocaduras dos canais, melhorando a instrumentação apical; As Gates assemelham-se as pontas de Largo e Peeso. A diferença entre esses instrumentos está no fato de as pontas de Largo e Peeso possuírem uma parte ativa maior, sendo sua ponta ativa (são mais utilizadas em prótese fixa); A Gates 1 equivale a instrumento manual de calibre #50, a 2 de um #70, 3 de um #90, 4 de um #110, 5 de um #130 e 6 de um #150; Variam do calibre 1 até o 6: 1-utilizada em incisivos inferiores (não possui no Kit que vocês compraram – OBS: Facilmente quebrável); 2- utilizada em incisivos inferiores, canais mesiais de molares inferiores; 3- incisivos laterais superiores, pré-molares, caninos superiores e inferiores (depende do diâmetro do canal); 4- Molares superiores, caninos superiores; 5 e 6 – Basicamente os incisivos centrais superiores e raízes palatinas de molares superiores. Limas Endodônticas: Destinam-se a ampliação, modelagem e limpeza dos sistemas de canais radiculares; Há algum tempo eram confeccionadas com o material aço – carbono, porém sofriam bastante com o processo de oxidação; Atualmente, os instrumentos são confeccionados, em sua maioria, por ligas de níquel-titânio (material superelástico com memória de forma, ou seja, deforma, porém retorna ao formato inicial posteriormente) ou por aço inoxidável (materiais mais rígidos e seguros contra a oxidação); A usinagem é o processo de corte do metal base até o mesmo começar a tomar o formato de um instrumento manual. Posteriormente, o processo de torção é aplicado, o que gera as espiras nos instrumentos; Limas K e Flexofile possuem a propriedade da deformação elástica (depois de se deformarem, não voltam ao formato inicial); Quanto menor o calibre da lima, mais flexível ela será; Quanto mais espiras um instrumento possuir, mais flexível ele será; P.ex., uma lima #15 é mais flexível que uma #20, que por sua vez é mais flexível que uma #25 e assim por diante... Padronização das limas: As limas são compostas por cabo de empunhadura digital, parte intermediária, parte ativa e stop; A parte ativa sempre será de 16mm; As limas podem ser de tamanhos diferentes: 21mm, 25mm, 28mm e 31mm. (O kit que vocês adquiriram não possui as limas de tamanho 28mm e 31mm); Limas de aço são mais rígidas, mais baratas, menos flexibilidade que as tipo K e Flexofile; As limas são submetidas às normas de ESTANDARTIZAÇÂO que nada mais são do que padronizações de cor, tamanho, tipo e conicidade; O diâmetro da parte ativa junto ao intermediário é 320 micros maior que o diâmetro da base da guia de penetração; OBS: CONICIDADE: D16-D1/L= 320micro/16mm = 20micromilimetros; Isso quer dizer que em cada milímetro, do final da ponta ativa do instrumento ao seu intermediário, aumenta-se 20 micromilimetros no diâmetro do instrumento; Sendo assim, podemos transformar instrumentos em outros. Por exemplo, tendo um instrumento de calibre #15, cortando-se 2mm de sua ponta ativa teremos um instrumento de calibre #19 (já que a cada milímetro da ponta ativa em direção ao intermediário o diâmetro do instrumento aumenta de 20 micromilimetros). Limas Tipo K “Kerr”: Feitas de aço inox; Secção transversal quadrangular; Uso: exploração do canal, instrumentação de canais retos; Bom poder de corte; Boa resistência; Ponta ativa; Flexibilidade ruim; Possuidoras de série especial, 1ª, 2ª e 3ª séries. Limas Tipo Hedstroem: Secção transversal: circular (ou em forma de vírgula, depende do autor); Baixa flexibilidade; Uso: Retratamento (Desobturação) e Pulpectomias; OBS: Seccionando-se a ponta inativa desses instrumentos, eles podem ser utilizados da mesma forma que os extirpa-nervos; O instrumento assemelha-se a um conjunto de cones sobrepostos com sua base voltada para o cabo; Apresenta poder de corte muito bom; Sua resistência não é boa; Apresenta ponta inativa; Apresentam limas de primeira e segunda série. Limas Tipo Flexofile: Flexível; Parecidas com as limas K; Utilizada em canais retos e curvos; Apresenta bom corte; Resistência muito boa; Apresenta ponta inativa; Secção triangular; Limas de primeira e segunda série. Os instrumentos devem ser substituídos sempre que apresentarem: 1-Distorções das espirais; 2- Oxidação; 3- Corrosão e 4- Perda de corte.

Incisivos Superiores: Camara pulpar achatada no sentido vestt-lingual. Raiz > coroa. Maioria das raízes retas nos ICS e com curvatura para distal nos ILS; Para se obter uma boa instrumentação dos canais radiculares desses dentes, o ombro lingual da região cervical do canal deve ser removido com o uso de broca de Batt. Isso possibilita boa visibilidade do canal radicular e, ainda, proporciona a ação dos instrumentos em todas as paredes do canal, de modo a facilitar a sua limpeza e desinfecção. Caninos Superiores: Pela configuração anatômica, esses dentes apresentam canais com dimensões maiores no sentido vestíbulo-lingual do que no sentido mésiodistal. Eles podem apresentar comprimento muito longo; Os caninos apresentam ombro na região cervical do canal radicular, que deve ser removido para possibilitar uma boa instrumentação . Eles podem apresentar curvaturas de suas raízes para a distal, porem a maioria é reta. Primeiro Pré-Molar Superior: Normalmente, esses dentes são birradiculares, sendo uma raiz localizada na vestibular e outra na lingual; A cirurgia de acesso à câmara pulpar deve ter forma oval, sendo maior no sentido vestíbulo lingual do que no sentido mésio-distal; Número e formas radiculares e níveis de bifurcação: Segundo Pré-Molar Superior: Esses dentes apresentam-se com uma única raiz na maioria dos casos (90 %), mas deve verificar através da radiografia o numero de canais. Primeiro Molar Superior: Hoje, o primeiro molar superior deve ser encarado como um dente que apresenta, normalmente, quatro canais, que podem estar distribuídos do seguinte modo: um canal na raiz palatina, um canal na disto-vestibular e dois canais na raiz mesio-vestibular; Presença de rostrum canali, que é uma canaleta(caminho) que liga a embocadura dos canais. Presente em molares; Raiz MV : Curva distal: 78% - Reta: 21%; Raiz DV: Reta: 54% - Curva mes.: 19%; Raiz P: Curva vest: 55% - Reta: 40%; Para localizar o segundo canal da raiz vestíbulo-mesial mais facilmente, estenda a cavidade de acesso mais para a mesial e para a vestibular. Segundo Molar Superior: Maioria com 3 raizes. Anatomia parecida com o 1 molar. Incisivos Inferiores: Raiz achatada no sentido M-D. Maioria reta, mas pode apresentar curva pra distal. Há possibilidade de encontrar incisivos inferiores com dois canais. Ombro lingual. Canino Inferior: Esses dentes apresentam achatamento mésio-distal de suas raízes e, desse modo, o canal é mais largo no sentido vestíbulo-lingual do que no sentido mésio-distal. Maioria raiz reta. Ombro lingual. Primeiro Pré-Molar Inferior: Os primeiros pré-molares inferiores são, provavelmente, os mais difíceis de serem tratados endodonticamente, em virtude de apresentarem uma anatomia externa e interna bastante complexa; Eles podem se apresentar do seguinte modo: a) um canal e um forame(maioria); b) um canal que se bifurca no terço apical, terminando em dois forames independentes; c) um canal que se bifurca no terço médio da raiz terminando em dois forames independentes; d) dois canais separados desde o terço cervical da cavidade pulpar , terminando em dois forames independentes, e) dois canais separados desde o terço cervical, terminando em um único forame; f) dois canais que se bifurcam em quaisquer dos terços e terminam em um único forame. Segundo Pré-Molar Inferior: A anatomia desses dentes pode apresentar-se bastante complexa, de modo semelhante aos primeiros pré-molares inferiores. Primeiro Molar Inferior: Nos primeiros molares inferiores, apesar de sua grande maioria apresentar-se com duas raízes , o número de canais radiculares pode variar do seguinte modo: a) dois canais na raiz mesial e um canal na raiz distal; b) dois canais na raiz mesial e dois canais na raiz distal; c)três canais na raiz mesial e um na raiz distal; d) três canais na raiz mesial e dois canais na raiz distal; Raiz distal: Reta: 73,5% ; Curva distal: 18%; Canal distal: único: 73%; Raiz mesial: Reta: 16,5% ; Curva distal: 84%; C/Dois canais difer.: 40,3% ; Dois canais com forame único: 30,2% ; Um canal com bifurcação apical: 6,6%; Canal único: 12,8% Segundo Molar Inferior: Esses dentes podem apresentar anatomia interna e externa semelhantes aos primeiros molares inferiores. Preparo Biomecânico – Instrumentação: Objetivo - limpeza,modelagem e desinfecção. Executados por meios físicos(irrigação, inundação e aspiração), químicos(soluções irrigadoras) e mecânicos(instrumentos). Limpeza: eliminar o conteúdo irritante do canal(restos necróticos, raspas de dentina...) Desinfecção: do canal e suas ramificações . Modelagem:alargar e alisar as paredes ; afunilamento contínuo; retificar curvaturas; preparo do batente apical. Obs: a contaminação ocorre com maior intensidade nos terços médio e cervical, devido ao diâmetro dos túbulos dentinários ser maior, facilitando a penetração de bactérias. Movimentos: Cateterismo,Limagem,Alargamento Escalonada ou Telescópica Seleção da lima de diâmetro anatômico (DA), ou seja, aquela que trava no limite CDC, seguindo-se de comprovação radiográfica; Após a instrumentação com a lima DA, utiliza-se 3 limas subseqüentes a lima DA, em ordem crescente de diâmetro e com o mesmo comprimento de trabalho para a confecção do batente apical, para que na etapa de obturação haja o travamento do cone principal; A ultima lima a ser usada na confecção do batente apical é chamada de lima memória e será usada como referencia para a escolha do cone principal para obturação e alguns instrumentos de acordo com a técnica escolhida; Inicia os recuos progressivos programados, ou seja, a medida que aumenta o diamentro da lima, recua-se 1 mm do comprimento de trabalho e sempre no intervalo de um recuo para o outro deve-se usar a lima memória no comprimento de trabalho evitando o entulhamento do canal radicular com raspas de dentina. Obs: não esquecer que a cada troca de instrumento tem-se que irrigar e aspirar o canal radicular.

Christie-Peikof A diferença pra escalonada é que depois da confecção do batente e antes dos recuos; Tendo como referência a lima memória são escolhidas 2 brocas Gattes-Gliden que serão utilizadas no terço médio e cervical do canal. Para garantir a conicidade é adequado que a broca de menor diâmetro seja utilizada primeiro e em uma profundidade maior que a segunda. Oregon Modificada Radiografa-se o dente para realizar a odontometria provisória, que equivale a medida real do dente menos 4 mm ( 1mm do limite CDC mais 3 mm). Insere-se como exemplo uma lima de segunda série, iniciando com 12mm. Introduz outra lima de calibre imediatamente mais fino, que entra 13mm. Introduz mais limas até que atinja o comprimento de trabalho provisório. Radiografa para conferir se está no comprimento de trabalho provisório (há 4mm do ápice). Se sim, usa-se 2 gattesgliden nos terços já instrumentados. Continua a instrumentação com uma lima mais fina aumentando 1mm. A cada mm usa-se uma lima de calibre imediatamente menor. Pára quando chegar a 1mm do ápice. Radiografa pra verificar se a lima está no comprimento de trabalho correto. Segue-se instrumentando com limas mais calibrosas, sequencialmente, para realizar o batente apical, deixando o canal modelado para a etapa da obturação do canal radicular. Obs: NÃO ESQUECER DE POR NA PROVA QUE A CADA TROCA DE INSTRUMENTO, DEVE-SE IRRIGAR E ASPIRAR O CANAL RADICULAR. A Técnica Escalonada / Telescópica e a Christie-Peikoff são indicadas para biopulpectomia. A Christie-Peikoff é semelhante a Escalonada, o que diferencia é que antes dos recuos usamos a Gattes-Gliden. Já a Técnica de Oregon Modificada é indicada para dentes necrosados (necropulpectomia), pois essa técnica é no sentido coroa-ápice, o que reduz o máximo de contaminação do ápice. Permite a descontaminação inicial dos terços médio e cervical e diminui a extrusão de restos necróticos para o periápice. Numero de radiografias Oregon: 6 radiografias: diagnóstico, odontometria provisória, radiografia da D.A, prova do cone, condensação lateral, radiografia final(com coltosol) Escalonada: 5 radiografias: todas acima menos a odontometria provisória! Obs: lembrar que o canal cavo-interradicular não se instrumenta. Debridamento se faz em necro. Com uma lima fina. DEBRIDAMENTO COM 0,5 MM A MAIS DO QUE O COMP REAL DO DENTE...


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