Endodontia I obturação PDF

Title Endodontia I obturação
Course Endodontia I
Institution Universidade de Marília
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Summary

resumo sobre obturação do sistema de canais radiculares...


Description

Endodontia I

 Técnica de obturação Técnica da condensação lateral ativa Lateral pois nós vamos inserir cones de guta percha lateralmente um ao outro, preenchendo todo o canal radicular e ativa porque nós vamos criar os espaços. O canal preparado ele fica mais amplo dá pra inserir cones de guta percha? Sim, só que se você inserir anatomicamente, eles não vão penetrar, não vão preencher adequadamente. Então vamos usar instrumentos manuais que vão criar espaço para podermos inserir os cones um lateralmente ao outro, por isso condensação lateral ativa.  O que nós vamos precisar? 

Cones de guta percha principais (seleciona de acordo com seu diâmetro cirúrgico)



Cones de guta percha secundários (ou seja, nós vamos colocar um cone de guta percha principal e tantos quantos forem necessários de cones de guta percha secundários para poder preencher totalmente o canal).



Espaçadores digitais: Como diz o nome da técnica: condensação lateral ativa, para criarmos o espaço nós vamos utilizar os espaçadores digitais, são aqueles instrumentos manuais, muito semelhantes as limas porem sem parte ativa. A única função dos espaçadores digitais é a criação do espaço, vamos inseri-los no interior do canal criando espaço para inserir os cones secundários tantos quantos forem necessários.



Cimento endodôntico: Sealer 26 (cimento à base de hidróxido de cálcio)

Esses cones de guta percha tanto principais como secundários eles são lacrados, tem que abrir as caixas utilizando uma sonda. Em posse de todos os nossos materiais necessários para fazer a obturação, nós vamos partir inicialmente para a seleção do cone principal.  Prova do cone (assentamento do cone principal): Cone principal vai apenas um em cada conduto, esse cone deve penetrar no seu comprimento real de trabalho e com o seu diâmetro cirúrgico. Se preparou adequadamente, ele vai penetrar adequadamente, é ai que reflete o preparo biomecânico. Lembrando que esse cones tem a ponta com a coloração correspondente ao instrumento. Esses cones de guta percha são rolados a mão, portanto pode ocorrer diferença de tamanho. Por exemplo, selecionamos um cone e ele não está chegando então pegamos um outro cone com o calibre mais fino e esse cone também não chega. Pego um mais fino? Não, é sinal que você não preparou direito, tem que refazer o batente apical. Nós aceitamos como assentamento do cone principal, um a menos.

Pontos a serem analisados: 1. Quando selecionamos o cone principal, a primeira coisa que temos que analisar é: penetração em todo a extensão do comprimento real de trabalho. 2. Segunda coisa: esse cone é de guta percha, a base de látex, não pode haver deformidades. Não pode colocar o cone com força pois pode ficar torto dentro do canal, e isso não é uma medida real. Tem que sair sem deformação, portanto, ele entra dentro do comprimento e quando você retira do interior do canal ele não tem deformidades (torcido, dobrado). Tem que ter a anatomia original 3. Terceiro ponto: muito importante, o cone de guta percha principal tem que apresentar um certo travamento apical. Que na medida que você pega com a pinça para tirar do interior do canal você sinta uma pequena resistência, quer dizer que ele esta completamente adaptado à aquele batente, diâmetro cirúrgico. São essas três características. Nós só vamos fazer a tomada radiográfica nessa três condições: penetrou em todo o comprimento, não se deformou e teve uma retentividade apical. Se eu coloco o cone principal e ele não tem a retentividade, posso colocar um cone mais calibroso? Não só pode, como DEVE. Mais calibroso pode ir mais além por exemplo: meu DC é #30 e este não tem retentividade, tento com o #35 e ainda não deu, com o #40 deu, ou seja mais calibroso pode, só não pode mais fino. Por que? porque quando fazemos o desgaste com o último instrumental ele acaba desgastando mais. É normal acontecer.  Como iniciamos o assentamento do cone principal? Vamos pegar o cone com o diâmetro cirúrgico correspondente. Agora uma dica, se você fez o DC calibre #30, 23mm, você pega o cone #30 e ele está entrando 21mm, esqueça a seleção não vai dar certo, isso é deficiência do preparo biomecânico é muita diferença. Se ele não alcança, não perde tempo, pois ele vai ficar aquém (ele pode estar além, aquém ou no limite que seria o preparo biomecânico correto). Portanto se ele estiver aquém quantos cones eu tenho que diminuir? Um, se mesmo assim não alcançou o preparo está incorreto. O ideal é você selecionar o cone de acordo com o calibre, se ele penetrou e não travou vai colocando até haver esse travamento e alcançar esses 3 pontos. Alcançou vamos fazer a tomada radiográfica e fazemos as possíveis correções: além a gente aumenta, aquém a gente diminui. Régua calibradora: exemplo: o cone #30 entrou todo o comprimento de trabalho mas não travou pode usar? Não, pegamos um mais calibroso, eu vou pegar o #35 e ele travou porém ficou aquém, nós temos um procedimento muito comum que é pegar uma lamina e cortar um pouco a ponta desse cone, por isso existe a régua calibradora. Aumentamos o calibre do cone. Com a lamina mantemos a conicidade do cone. Apoiamos sobre uma superfície rígida. Isso nós fazemos antes da tomada radiográfica.

Os cones não tem limitador de penetração, então como vamos referenciar. Com a ponta da pinça eu no cone selecionado e vou colocar a ponta da pinça exatamente ao comprimento de trabalho (mede na régua milimetrada). A pinça é o referencial de penetração. Vou introduzir no interior do canal suavemente. Primeira coisa que vou avaliar, penetrou em toda a extensão isso é o primeiro passo. Agora vou tira-lo, verifica se teve retentividade apical e não houve deformações, ótimo esse cone teoricamente está assentado. Dente birradicular: depois de assentar o cone no primeiro conduto deixa ele guardado em uma gaze, partimos para o outro por exemplo calibre #30, vou pegar o cone com a pinça acertarei o exato comprimento de trabalho e analisaremos os três pontos, os dois estão assentados. 

Quais são as três situações para eu poder radiografar? Penetrar em todo o comprimento real de trabalho, travamento apical e sem deformações ao ser retirado do interior do canal. Isso que vamos avaliar no assentamento dos cones principais.

É fundamental penetrar em TODO comprimento real de trabalho. Uma vez que você assentou esse cone, é ele e exclusivamente ele que vamos utilizar pois há diferenças. O canal preparado, mesmo com o assentamento, tem espaços ainda é onde vamos assentar os cones secundários.  Cimento endodôntico à base de hidróxido de cálcio Sealer 26 – pó (hidróxido de cálcio) + líquido (resina) Placa de vidro estéril para manipular o cimento e não contamina-lo. Esse cimento tem uma propriedade biológica efetiva, vai estar atuando no interior do canal após sua aplicabilidade. Vamos pegar uma placa de vidro estéril e limpa, uma espátula 24, colocamos porções semelhantes do pó e da resina (pó é o principal, é o que tem o hidróxido de cálcio) Vamos espatular esse cimento e será necessário fazer ajustes (muito mole ou muito duro), vamos ter que usar toda essa placa, se necessário acrescentamos o pó. São proporções iguais. O sealer 26 tem uma radiopacidade muito boa. A consistência é de fio, semelhante a pasta. Superfície lisa, brilhante e sem porosidade. Cimento se leva com lentulo? NÃO, pois se a pasta extravassa não tem problema pois ela é reabsorvida, agora o cimento não ele toma presa, por isso temos que ter controle ao coloca-lo no interior do canal radicular. Nós vamos “lambuzar” todo aquele cone principal previamente selecionado com o cimento obturador, com a pinça marcamos o comprimento e colocamos o cimento no cone principal. Essa é a única maneira de se levar o cimento obturador no interior do canal radicular. Penetra em toda a extensão. Cimento muito fluido não vai parar no cone, tem que ter viscosidade. Assentamos o cone com o cimento. Não precisa radiografar.

O cimento ocupa o espaço, mas temos que ter propriedades físicas, portanto vamos inserir os cones secundários.  Cones secundários Vamos colocar o suficiente para ocupar todo o espaço e como faremos isso? Condensação lateral ativa  nós vamos criar o espaço por isso ela é ativa, vamos usar o espaçador digital. Dica: cortar os remanescentes na coroa. Passa cimento no espaçador e ai vamos coloca-lo entre o cone principal e a parede do canal lateralmente, que movimento vamos fazer? Fazendo movimentos nos sentido horário. Não tem o limite certo de penetração. O cone ja ocupou o espaço do diâmetro cirúrgico. O espaçador não tem o 15 e 20 muito fino, 35 e 40 muito calibrosos então usaremos os intermediários vermelho ou azul 25 ou 30. Independente do diâmetro cirúrgico. Passa cimento no cone secundário e como tiraremos o espaçador? No sentido antihorário você vai “desrosqueando” e vai puxando suavemente quando descolar das paredes você tira e insere o cone secundário. Deixe o espaçador no interior do canal, pega o cone secundário, com a outra mão tira o espaçador no sentido antihorário e com a mão insere o cone secundário. Cone principal + cimento + cones secundários. Quantas vezes iremos fazer isso? Quantas forem necessários para ocupar todo o espaço. Cada vez que colocamos o espaçador entra menos, quando ele não entra mais, o canal ja está preenchido. Espaçador vermelho: cones B7, espaçador azul: cones B8. Canais amplos: começamos com o B7 no terço apical e termina com o B8 nos terços coronários e médio. Fazemos a tomada radiográfica e verificar se há falhas. É fundamental fazer essa radiografia. Agora vamos limpar essa cavidade (porção coronária) Vamos aquecer um instrumento, espátula de inserção nº 1, vamos seccionar. Pode usar o condensador de paiva. Aquecemos e com um movimento único tiramos a porção de material na parte coronária. O que dá o preenchimento são os cones de guta percha. Cortamos no nível da embocadura só vemos a embocadura e câmara pulpar isenta de material obturador. Uma vez cortados, pegamos o condensador de paiva a frio e vamos comprimir essa obturação dar um acabamento com a condensação vertical, ou seja você vai empurrar levemente no sentido vertical. A obturação está completa....


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