Title | Resumo endodontia 1 |
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Author | Karine Aquino |
Course | Endodontia 1 |
Institution | Universidade Nove de Julho |
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Afecções da polpa dental Morfologia e acesso cavitário A polpa dentária apresenta diversas conformações e formatos em toda dentição - Bom conhecimento da morfologia dentária, cuidadosa interpretação radiográfica, acesso adequado e a exploração da cavidade pulpar são prérequisitos para todos os procedimentos endodônticos. Componentes do sistema de canais radiculares O espaço ocupado pela polpa é denominado sistema de canais radiculares.. O formato dessa sistema geralmente corresponde ao contorno externo do dente - Fatores como o envelhecimento, patologias, traumas e oclusão podem modificar suas dimensões através da produção de dentina terciária. - O sistema de canais é dividido em duas porções: a câmara pulpar, localizada na coroa anatômica do dente, e a polpa ou canal radicular, encontrada na raiz anatômica. - Outras características: corno pulpares, canais acessórios, laterais e cavo-interradiculares, os orifícios de entrado do canal, delta periapicais e o forame apical.
- Nos dentes unirradiculares, não existe um limite preciso entre a câmara pulpar e o canal radicular
- A câmara pulpar é limitada pelas paredes: mesial, distal, vestibular, lingual, oclusal (teto) e cervical (assoalho) O canal radicular inicia-se com formato de um funil, geralmente na linha cervical, e termina no forame apical, que se abre na raiz em até 3mm do centro do ápice radicular. - Quase todos os canais são curvos no sentido vestíbulo-lingual (podem causar problemas durante o preparo do canal radicular, já que não são evidentes nas radiografias ortorradiais). -Os canais acessórios são pequenos canais que se estendem em direção horizontal, vertical ou lateral do espaço pulpar ao periodonto. -Os canais acessórios são significativos do ponto de vista patológico uma vez que servem como via para a passagem de substâncias irritantes, principalmente da polpa para o periodonto Os canais acessórios presentes na bifurcação ou trifurcação de dentes
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Afecções da polpa dental
multirradiculares são chamados canais cavo-inter-radiculares Anatomia do canal radicular
- A importância da anatomia do canal radicular é de tal relevância que estudos demonstraram uma maior influência das variações anatômicas no preparo do canal radicular do que as técnicas de instrumentação utilizadas para se atingir esse objetivo. - Os canais percorrem vários caminhos na sua trajetória até o ápice. Pode se ramificar, se dividir e fusionar novamente. Denominações específicas do sistema de canais 1- Principal: apresenta-se como a raiz de configuração cônica, iniciando-se no assoalho da câmara pulpar e terminando ao nível do forame apical 2- Colateral: é um canal mais ou
5- Lateral: é uma ramificação que
vai do canal principal ao periodonto, geralmente acima do terço apical 6- Recorrente: parte do canal principal apresentando um trajeto dentinário mais ou menos longo, desembocando no canal principal, geralmente acima do terço apical 7- Secundário: é o canal que se derivando do principal, ao nível do terço apical, alcança diretamente a região periapical 8- Acessório: é o canal que se deriva do secundário em direção ao periodonto 9- Delta apical: são as múltiplas terminações do canal radicular principal, determinando o aparecimento de foraminas, em substituição ao forame único 10- Inter-radicular: ramificação observada ao nível ao forame único
menos paralelo ao principal, podendo alcançar a região periapical de maneira independente 3- Intercanal: é um canalículo,
Determinação clínica da conformação do
ligando um canal ao outro 4- Reticulares: é um emaranhado
O Exame do assoalho da câmara pulpar pode indicar a localização de orifícios e do tipo de sistema de canais presente. É importante notar que, quando apenas um canal está presente, este geralmente está localizado no centro do acesso.
de canalículos, interligando um canal ao outro
canal radicular - Considerações sobre o terço cervical
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Afecções da polpa dental
- Se um único orifício for encontrado e não estiver no centro da raiz, é provável que exista outro orifício e o clínico deve procurá-lo no lado aposto.
tecido pulpar termina periodontal começa.
Considerações sobre o terço médio
O forame apical varia em tamanho e configuração com a maturidade do dente. Antes da maturação, o forame apical está aberto. Com o tempo e a deposição de dentina e cemento, ele se torna menor e afunilado. Significativamente, o forame geralmente não sai no ápice radicular verdadeiro anatômico, mas está deslocado cerca de 0,5 mm e desvia-se raramente mais do que 1,0 mm do ápice verdadeiro
Conforme o canal deixa o terço cervical e se inicia no terço médio, muitas alterações podem ocorrer, como apêndices e istmos - Outra alterações que geralmente ocorrem na porção medial da raiz é a divisão de um único canal em dois ou mais canais, bem como a ampla variação na morfologia do canal. - Canais que se iniciam separadamente no terço cervical podem se unir nessa região Considerações apicais O conceito clássico de anatomia do ápice radicular é baseado em três divisões anatômicas e fisiológicas dessa região: 1- Constrição apical (CA) 2- Junção cemento-dentinária (JCD) 3- Forame apical O ápice é o término da raiz. Ele é relativamente reto nos dentes jovens maduros, mas tende a curvar-se distalmente com o passar do tempo. - A JCD é o ponto do canal em que o cemento encontra a dentina; é onde o
e
o
tecido
Forame Apical
O preparo do canal radicular e a obturação terminam próximos ao ápice radicular anatômico. Dilaceração:
por
definição,
a
dilaceração é uma curvatura radicular severa ou complexa Cirurgia de acesso Abertura coronária é o ato de se estabelecer uma comunicação da cavidade pulpar com o meio externo, para possibilitar o tratamento endodôntico. Objetivos: - Remover cárie, se presente - Preservar estrutura sadia do dente
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Afecções da polpa dental
- Remover completamente o teto da câmara pulpar
- Remover todo o tecido da polpa coronal (necrótico ou vital) - Localizar a entrada dos canais - Obter acesso direto ao forame apical O Acesso à cavidade pulpar dever ser realizado na face lingual ou palatina nos dentes anteriores, e na face oclusal nos pré-molares e molares. Etapas da cirurgia de acesso - Ponto de eleição
Pré-molares: face oclusal, centro sulco principal No primeiro pré molar inferior, devido à presença de uma ponte de esmalte, evitamos o desgaste desta estrutura de reforço e iniciamos o acesso na fosseta mesial da face oclusal. Além disso, nos pré molares inferiores, os canais estão localizados um pouco mais para a mesial. Molares superiores: O ponto de eleição situa-se na face oclusal, no centro da fosseta mesial no primeiro molar e na fosseta central no segundo molar. Molares inferiores: centro
do sulco
- Direção de trepanação
principal
- Forma de contorno
Direção de trepanação
- Forma de conveniência
A direção de trepanação para dentes unirradiculares deve ser posicionando a broca no sentido do longo eixo do dente. Para dentes multirradiculares, em direção ao canal mais amplo
Ponto de eleição Local onde se inicia a abertura, visando alcançar de forma mais direta possível a câmara pulpar, utilizando pontas ou brocas indicadas
Incisivos e caninos: 45° graus em Dentes anteriores: face palatina/lingual, 2,0mm do cíngulo em direção à borda incisal
relação ao longo eixo do dente, tomando uma direção mais paralela em relação ao longo eixo à medida que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar. Pré molares superiores: Paralela em relação ao longo eixo do dente. No primeiro pré molar superior, à medida 4
Afecções da polpa dental
que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar, devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em direção à raiz palatina, devido a maior incidência de 2 canais e 2 raízes neste dente e, desta forma, ao inclinar a broca desviamos do assoalho da câmara pulpar e seguimos para o canal que geralmente é mais amplo, o canal palatino.
direção ligeiramente inclinada em direção à raiz distal, devido à presença do assoalho da câmara pulpar nos molares inferiores, desta forma, ao inclinar broca, desviamos do assoalho e seguimos para o canal que geralmente é mais amplo, o canal distal. Forma de contorno
Pré molares inferiores: Paralela em relação ao longo eixo do dente. No primeiro pré molar inferior, à medida que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar, devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em direção ao centro da coroa, devido a localização do ponto de eleição mais para a mesial. Molares
superiores:
Paralela
em
relação ao longo eixo do dente. À medida que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar devemos tomar uma direção ligeiramente inclinada em direção à raiz palatina, devido à presença do assoalho da câmara pulpar nos molares superiores, desta forma, ao inclinar broca, desviamos do assoalho e seguimos para o canal que geralmente é mais amplo, o canal palatino. Molares
inferiores:
Paralela
em
relação ao longo eixo do dente. À medida que a broca vai penetrando em direção à câmara pulpar devemos tomar uma
Incisivos: Triangular, com a base voltada para a incisal. Caninos: Losangular, lanceolada ou em chama de vela. Pré molares sup: Elíptica, no sentido vestíbulo-palatino. Pré molares inf: Circular no primeiro pré molar inferior e oval no segundo. Molares sup: Triangular, com base voltada para a face vestibular. Molares inf: Trapezoidal, com base maior voltada para a face mesial. Forma de conveniência Remoção adicional das projeções de dentina que possam dificultar o acesso aos canais radiculares. Para essa fase da abertura coronária, utilizam-se brocas com pontas especiais (Endo Z).
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Afecções da polpa dental Após a abertura coronária é necessário realizar o desgaste do cotovelo de dentina, também conhecido como concrescência, localizado na porção cervical da cavidade. (broca largo)
1.4. Isolamento do Campo Operatório Perfurador de Ainsworth, pinça portagrampos, porta dique de borracha (dobrável), lençol de borracha, grampos para isolamento
Arsenal endodôntico Para a realização dos tratamentos endodônticos, é essencial a utilização dos instrumentos de maneira adequada. Eles atuam como os meios mecânicos do preparo dos canais radiculares Para uma melhor compreensão, eles podem ser classificados em: 1. Instrumental e material auxiliar. 2. Instrumental e material endodôntico 3. Instrumental e material complementar 1. Instrumental e Material Auxiliar kit clínico, espelho, Pinça clínica, Sonda endodôntica, Sonda exploradora n5, Escavador duplo, 2. . Diagnóstico: aparelho radiográfico, filme radiográfico, bastão de gelo ou gás refrigerante, bastão de gutapercha. .3. Anestesia: seringa Carpule, agulhas descartáveis, anestésico tópico e em tubetes.
Os instrumentos manuais como as limas são fabricados a partir de uma haste metálica de formato circular e têm a sua forma modificada para tornarem-se instrumentos cônicos com lâminas cortantes Diversos formatos de limas com secção transversal estão disponíveis comercialmente Foram desenvolvidas duas técnicas de fabricação desses instrumentos. Usinagem: nesta técnica, as hastes são usinadas diretamente em um torno, como, por exemplo, as limas tipo Hedstrom Torção: esta técnica consiste inicialmente em usinar e, em seguida, realizar a torção. A haste base, em seu estado bruto, é usinada em três formas geométricas cônicas: quadrada, triangular e romboide. Essas hastes então são torcidas no sentido anti6
Afecções da polpa dental
horário, produzindo assim lâminas helicoidais de corte. Assim são obtidas as limas tipo K Padronização
dos
instrumentais
endodônticos 1. A parte ativa do instrumento apresenta o diâmetro D0 e o diâmetro D16, correspondendo à ponta e ao fim da parte ativa, respectivamente. 2. O número do instrumento corresponde ao diâmetro da ponta da parte ativa (D0), expressa em centésimos de milímetro. 3. São construídos em aço inoxidável. 4. Apresentam cabo plástico colorido 5. O comprimento da parte ativa é sempre 16 mm, independente do comprimento do instrumento. 6. Há um aumento de 0,32 mm no diâmetro de D0 para o diâmetro de D16. 7. São fabricados nos comprimentos: 21, 25 e 31mm. 8. Há um aumento no diâmetro D0 de 0,5mm até o instrumento número 60. Depois, o aumento do D0 é de 0,10mm, até o número 140. 9. Os instrumentos são divididos em séries: Especiais, 1ª Série, 2ª Série e 3ª Série
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