Title | Apostila Endodontia |
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Author | Ravena Madalena Nascimento |
Course | Endodontia |
Institution | Faculdades Integradas do Norte de Minas |
Pages | 101 |
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Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Odontologia
REVISÃO
2013 Endodontia Pré-Clinica Endo-UFU (roteiro de aula)
EndoUFU
Apresentação O presente material didático tem por finalidade servir de guia como roteiro de aula aos alunos do 3º período da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia nas aulas teóricas e práticas junto à disciplina URIAE 3. Toda a parte escrita e as imagens fotográficas estão de acordo com o projeto pedagógico atual da Área de Endodontia. Esse material está sendo disponibilizado on line aos alunos, incentivando-os também a buscar na literatura subsídios que possam enriquecer os seus conhecimentos. Essa sistemática permitirá ao aluno criar uma análise crítica do conteúdo fornecido, permitindo estabelecer discussões sobre os temas abordados durante o período letivo. O Programa Institucional de Bolsas do Ensino de Graduaç ão (PIBEG) favoreceu a adequação do material didático tendo como finalidade criar um roteiro de aula e disponibilizar on-line a quem tiver interesse no tema. A equipe organizadora teve como orientador o Prof. Dr. João Carlos Gabrielli Biffi, como coordenadora a mestranda Maria Antonieta Veloso Carvalho de Oliveira e como bolsista do PIBEG a aluna de graduação Mariele dos Reis Sousa.
Prof. Dr. João Carlos Gabrielli Biffi
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EndoUFU
Sumário Semiologia Endodôntica
04
Instrumental e Material Endodôntico
10
Morfologia das Cavidades Pulpares
21
Irrigação do canal radicular
32
Neutralização Progressiva
42
Abertura Coronária
46
Preparo do Terço Cervical e Médio
57
Odontometria
62
Preparo do Terço Apical
68
Medicação Intracanal
77
Obturação do canal radicular
83
Retratamento do canal
91
Instrumentação Rotatória
95
Referências Bibliográficas
100
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EndoUFU
Semiologia Endodôntica I. Conceito Pesquisa os sinais e sintomas clínicos, sistematizando os dados com a finalidade de construir o diagnóstico, planejar o tratamento e deduzir o prognóstico.
II. Preenchimento da Ficha Clínica 1. Semiologia Subjetiva É a sensação relatada pelo paciente referente à dor, à origem, à sede, à duração, à frequência, à intensidade, ao tipo de dor e se é exacerbada; as suas características devem ser minuciosamente descritas pelo paciente e anotadas. 2. Semiologia Objetiva Consiste na manifestação clínica da patologia podendo ser observada pelo profissional. Os seguintes exames podem ser utilizados para a coleta clínica dos dados: 1. Estrutura dental: íntegra, cariada, restaurada, fratura, exposição pulpar, alteração da cor e mobilidade na palpação. 2. Tecidos moles: edema, alteração da cor, fístula e bolsa periodontal. 3. Teste de percussão: Vertical e Horizontal. 4. Testes de sensibilidade pulpar: frio, calor e elétrico. Verificar a resposta da polpa a esses testes em estado normal, exacerbada, aliviada e ausente. 5. Teste de cavidade: sensível e insensível.
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EndoUFU 3. Exame Radiográfico É um recurso indispensável para auxiliar no diagnóstico. A radiografia deve ser de boa qualidade para a sua adequada visualização e interpretação. Durante o exame radiográfico deve-se observar: 1. Câmara pulpar: normal, presença de cálculos, ampla, atresiada, calcificada, cariada, obturada, perfurada. 2. Canal radicular: normal, amplo, atresiado, calcificado, reabsorção interna ou externa, obturação total, parcial ou sobre obturação, rizogênese incompleta, fratura da raiz, perfuração, instrumento “lima endodôntica” fraturado no terço cervical, médio ou apical. 3. Região periapical: Normal, espessamento do ligamento, hipercementose, rarefação óssea, circunscrita ou difusa, condensação óssea. 4. Diagnóstico Clínico-Radiográfico
Trata-se de uma previsão da situação clínica do dente, baseada na interpretação de todos os dados colhidos. Algumas vezes, o diagnóstico somente é confirmado após o início do tratamento. As seguintes situações devem ser consideradas e podem levar ao tratamento endodôntico:
5|Pá gina
EndoUFU 5. Tratamento Indicado
O tratamento endodôntico pode ser
conservador ou radical. Em geral, o
tratamento conservador é caracterizado pela realização da Pulpotomia. O tratamento endodôntico radical é classificado com base na presença ou ausência de vitalidade pulpar. Há situações em que o tratamento endodôntico é necessário durante a realização de um tratamento protético (colocação de núcleo intra-radicular). Em outros casos, o tratamento endodôntico já existe, porém não é satisfatório. Portanto, o tratamento indicado pode ser: 1. Tratamento endodôntico com vitalidade pulpar 2. Tratamento endodôntico sem vitalidade pulpar 3. Tratamento endodôntico com finalidade protética Os detalhes do tratamento endodôntico devem ser todos descritos na ficha clínica. Os procedimentos realizados, em cada sessão, devem ser anotados e devidamente conferidos pelo docente. É importante registrar também anormalidade eventualmente verificada no pós-operatório ou observada na radiografia final. 6. Proservação Controle clínico e radiográfico realizado após o tratamento endodôntico para avaliar o seu sucesso ou insucesso. Em geral, o período mínimo de controle é de 6 meses para os casos de tratamento endodôntico com vitalidade pulpar e de 1 a 2 anos para os casos de tratamento endodôntico sem vitalidade, principalmente quando a reabsorção óssea é visível radiograficamente. Para facilitar o planejamento do tratamento endodôntico, utiliza-se uma ficha clínica com as informações necessárias para se obter o diagnóstico provável de cada caso.
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Instrumental e material endodôntico Para a realização dos tratamentos endodônticos, é essencial a utilização dos instrumentos de maneira adequada. Eles atuam como os meios mecânicos do preparo dos canais radiculares. Para uma melhor compreensão, eles podem ser classificados em: 1. Instrumental e material auxiliar. 2. Instrumental e material endodôntico 3. Instrumental e material complementar.
I. Objetivos Identificar o instrumental endodôntico, conhecendo suas características físicas e suas indicações para o uso. Reconhecer os princípios de padronização dos instrumentos. Organizar o instrumental na caixa endodôntica.
II. Instrumental e Material 1. Instrumental e Material Auxiliar 1.1. Clínico (1) Espelho, (2) Pinça clínica, (3) Sonda endodôntica, (4) Sonda clínica, (5) Escavador duplo, (6) Tesoura, (7) Placa de vidro, (8) Espátula.
Endo-UFU
Figura 1-
A: clínico; B: 1 (sonda clínica), 2 (sonda reta) 10 | P á g i n a
EndoUFU 1.2. Diagnóstico Aparelho Radiográfico, filme radiográfico, bastão de gelo ou gás refrigerante, bastão de guta-percha.
1.3. Anestesia Seringa Carpule, agulhas descartáveis, anestésico tópico e em tubete s.
Operatório 1.4. Isolamento do Campo Operató rio Perfurador de Ainsworth, pinça porta-grampos, porta dique de borracha (dobrável), lençol de borracha, grampos para isolamento. Endo-UFU
Figura 2 -
A
B
Endo-UFU
A: 1 (grampos para isolamento), 2 (pinça porta grampos) B: 1 (perfurador), 2 (porta dique de borracha), 3 (lençol de borracha)
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EndoUFU
Endo-UFU
Figura 3 – Grampos:
A (dentes anteriores) B (dentes posteriores) C (dentes posteriores) D (dentes posteriores)
1 (210), 2(212); 3(211) 1(00), 2(1A) 1(206), 2(208); 3(200); 4(205) 1(14), 2(14A)
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EndoUFU 2. Instrumental e Material Endodôntico 2.1. Abertura Coronária e Desgaste Compensatório Motores de Alta e Baixa Rotação, brocas esféricas para alta e baixa rotação, broca de Batt.
Endo-UFU 1
Figura 4 -
2
1(motor de alta rotação com broca esférica); 2(motor de baixa rotação com broca de Batt).
2.2. Preparo dos Canais Radiculares Broca Gates-Glidden, limas tipo Kerr, limas tipo Hedströen, limas Flexofile.
2.3. Irrigação e A spiração dos Canais Radiculares Conjunto suctor de Barash, Seringas 3,0 ml, Agulhas hipodérmicas 25x4. Endo-UFU
Figura 5 -
A: conjunto suctor de Barash; B: seringa e agulha hipodérmica
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EndoUFU 3. Instrumental e Material Complementar Caixa Endodôntica (página 20), régua milimetrada ou régua calibradora, frascos de vidro para soluções irrigadoras (Solução de Hipoclorito a 1% e soro fisiológico), lupa (para melhor visualização das radiografias), colgaduras (para revelação das radiografias), “Tamborel” (para as limas endodônticas).
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Figura 6 – A (Réguas), B (Colgaduras).
Endo-UFU
Figura 7 – A (Tamborel); B (Frascos de vidro); C (Lupa)
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EndoUFU Padronização dos instrumentais endodônticos Os instrumentos endodônticos são confeccionados seguindo medidas padronizadas em relação à cor do cabo, numeração, diâmetro e comprimento da parte ativa. As principais características dos instrumentos são: 1. A parte ativa do instrumento apresenta o diâmetro D 0 e o diâmetro D16, correspondendo à ponta e ao fim da parte ativa, respectivamente. 2. O número do instrumento corresponde ao diâmetro da ponta da parte ativa (D 0), expressa em centésimos de milímetro. 3. São construídos em aço inoxidável. 4. Apresentam cabo plástico colorido. 5. O comprimento da parte ativa é sempre 16 mm, independente do comprimento do instrumento. 6. Há um aumento de 0,32 mm no diâmetro de D0 para o diâmetro de D 16. 7. São fabricados nos comprimentos: 21, 25 e 31mm. 8. Há um aumento no diâmetro D 0 de 0,5mm até o instrumento número 60. Depois, o aumento do D0 é de 0,10mm, até o número 140. 9. Os instrumentos são divididos em séries: Especiais, 1ª Série, 2ª Série e 3ª Série.
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EndoUFU Esquema de Cores e Medidas dos Instrumentos
DIÂMETRO (mm) D0
COR
SÉRIE
D16
06
0,06
0,38
Rosa
08
0,08
0,40
Cinza
10
0,10
0,42
Roxo
15
0,15
0,47
Branco
20
0,20
0,52
Amarela
25
0,25
0,57
Vermelho
30
0,30
0,62
Azul
35
0,35
0,67
Verde
40
0,40
0,72
Preto
45
0,45
0,77
Branco
50
0,50
0,82
Amarelo
55
0,55
0,87
Vermelho
60
0,60
0,92
Azul
70
0,70
1,02
Verde
80
0,80
1,12
Preto
90
0,90
1,22
Branco
100
1,00
1,32
Amarelo
110
1,10
1,42
Vermelho
120
1,20
1,52
Azul
130
1,30
1,62
Verde
140
1,72
1,72
Preto
Especial
1º Série
2º Série
3º Série
16 | P á g i n a
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1. Broc Broca a de Batt
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Tronco-cônica picotada, com a ponta inativa. Baixa rotação. Utilizada para o desgaste compensatório.
2. Broc Broca a Gates-Gl Gates-Glidden idden
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Haste fina com a parte ativa terminando em forma de chama ou pêra. Apresenta-se com comprimentos de 28 mm ou 32 mm e com diâmetro variando de 1 a 6. Utilizada para o desgaste compensatório e preparo dos canais.
3. Broc Broca a 4083 e Endo Z Tronco-cônicas, diamantadas e pontas inativas. Utilizadas para o desgaste compensatório.
Endo-UFU
Endo-UFU
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EndoUFU
4. Broc Broca a Esférica de Alta Rotação
Endo-UFU
Broca esférica, com a ponta ativa. Utilizada para a trepanação, e no desgaste compensatório da
abertura
coronária. Apresenta-se com
comprimento de 19 mm e 25 mm e com diâmetro variando de 1/4 a 8.
5. Broc Broca a Esférica de Baixa Rotação
Endo-UFU
Broca esférica, com a ponta ativa. Utilizada para a trepanação, e no desgaste compensatório da abertura
coronária.
Apresenta -se
com
comprimento de 22,5 mm e 28 mm e com diâmetro variando de 0 a 17.
Endo-UFU
6. Espaç Espaçadores adores Digitais São hastes lisas de forma cilíndrica cônica, utilizadas para a condensação lateral, durante a fase da obturação dos canais radiculares
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EndoUFU
7. Li Limas mas Tipo Kerr Parte ativa em forma de espiral de passos curtos. Cinemática de movimento: Introdução (A), rotação de ¼ a ½ volta (B) e tração com pressão lateral (C). Função: Exploração, alargamento e limagem das paredes dos canais radiculares
8. Li Limas mas Tipo Hedströen Parte ativa em forma de cones superpostos. Cinemática de movimento: Introdução e tração com pressão lateral. Função: Regularização das paredes dos canais e remoção de resíduos. Obs.: Muito útil em retratamento endodôntico.
9. Li Limas mas Flexofile Apresentam as mesmas características das limas tipo Kerr. Cinemática de movimento: Introdução (A), rotação de ¼ a ½ volta (B) e tração com pressão lateral (C). Obs.: São ultraflexíveis. Muito utilizadas em canais curvos
19 | P á g i n a
EndoUFU Organização da caixa endodôntica (Limas endodônticas) Endo-UFU
Figura 8. Caixa endodôntica
1. Limas tipo Kerr .........................................
15-40
... 25mm
2. Limas tipo Kerr .........................................
45-80
... 25mm
3. Limas tipo Hedströen ................................
15-40
... 25mm
4. Limas tipo Hedströen ................................ 5. Limas tipo Kerr......................................... 6. Limas tipo Kerr .........................................
45-80
... 25mm
08
... 21 e 25 mm
10
... 21 e 25 mm
7. Limas tipo Kerr .........................................
15-40
... 31mm
8. Limas tipo Kerr .........................................
45-80
... 31mm
9. Limas Flexofile ......................................... 10. Limas Flexofile .........................................
15-40
... 25mm
15-40
... 21mm
11. Espaçadores Digitais Cônicos ...................
A-D
12. Limas rotatórias Protaper Universal ..........
SX, S1, S2, F1, F2 e F3
Outros materiais que devem estar na Caixa Endodôntica: Sonda clínica, sonda endodôntica, pinça, espelho clínico, seringas, régua milimetrada, conjunto suctor endodôntico. Grampos, agulhas hipodérmicas.
20 | P á g i n a
EndoUFU
Morfologia das Cavidades Pulpares É o estudo morfológico da cavidade pulpar. Por sua vez pode-se definir cavidade pulpar como sendo: O espaço no interior dos dentes, onde se aloja a polpa dental. Esse espaço é limitado em toda a sua extensão por dentina, menos na região de forame apical onde esse espaço é limitado pelo cemento. De uma maneira grosseira, a cavidade pulpar copia os aspectos externos do dente. A cavidade pulpar pode ser dividida em: porção coronária e porção radicular. A porção coronária é a parte da cavidade pulpar restrita na coroa dos dentes. É denominada câmara pulpar. A porção radicular é a parte da cavidade pulpar restrita nas raízes dos dentes, é denominado canal radicular. Didaticamente, o canal radicular pode ser dividido em terço apical, médio e cervical. A câmara pulpar é limitada pelas paredes: mesial, distal, vestibular, lingual, oclusal (teto) e cervical (assoalho). No teto da câmara pulpar, encontram-se reentrâncias e saliências denominadas de cornos pulpares, que são as projeções das cúspides, internamente. Endo-UFU
Teto Corno Pulpar
Assoalho
21 | P á g i n a
EndoUFU O assoalho apresenta-se convexo e liso na parte média, oferecendo, no nível de seus ângulos, depressões que correspondem às entradas dos canais radiculares. Nos dentes unirradiculares, não existe um limite preciso entre a câmara pulpar e o canal radicular, pois estas duas porções, nesses dentes, continuam sem limites. O canal radicular apresenta-se com duas conformações cônicas unidas entre elas pelo seu menor diâmetro. Podem-se dividir essas duas conformações cônicas em canal dentinário (a) e canal cementário (b). Endo-UFU
a
b
a
c b
O canal dentinário é o maior deles e é limitado em toda a extensão pela dentina. O canal cementário é menor, e é limitado em toda a extensão pelo cemento. O comprimento do canal cementário é determinado pela espessura do cemento, podendo variar de 0,5 a 0,75 mm. O ponto de união entre as duas configurações cônicas se dá numa região denominada união cemento dentina canal (União CDC) (c). OBS: O campo de ação do profissional, num tratamento endodôntico, deve se restringir ao canal dentinário. O canal dentinário é ocupado pela polpa dental e o cementário por tecido periodontal.
22 | P á g i n a
EndoUFU Os estudos, porém têm demonstrado que o canal radicular não é único e uniforme como muitas
vezes podemos
visualizar,
a
olho
nu,
em um dente
seccionado
longitudinalmente. Na verdade ele se apresenta com várias ramificações. Devido a isso atualmente, considera-se o canal radicular como um sistema de canais e não como um canal único. Dependendo da posição em que se encontram essas ramificações, elas recebem denominações específicas, como: 2 1 3
5
4 6 10 7
9 8
1. Principal: apresenta-se como a raiz de configuração cônica, iniciando-se no assoalho da câmara pulpar e terminando ao nível do forame apical. 2. Colateral: é um canal mais ou menos paralelo ao principal, podendo alcançar a região periapical de maneira independente. 3. Intercanal: é um canalículo, ligando um canal a outro. 4. Reticulares: é um emaranhado de canalículos, interligando um canal a outro. 5. Lateral: é uma ramificação que vai do canal principal ao periodonto, geralmente acima do terço apical. 6. Recorrente: parte do canal principal apresentando um trajeto dentinário mais ou menos longo, desembocando no canal principal, geralmente acima do terço apical. 7. Secundário: é o canal que se derivando do principal, ao nível do terço apical, alcança diretamente a região periapical. 8. Acessório: é o canal que se deriva do secundário em direção ao...