Anotações da disciplina “Psicologia das Emergências e Desastres\" PDF

Title Anotações da disciplina “Psicologia das Emergências e Desastres\"
Author Júlia R.
Course Psicologia das Emergências e Desastres
Institution Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
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Anotações da disciplina “Psicologia das Emergências e Desastres”. → Não há especialização na área → Área nova no Brasil → Ementa → Qual o trabalho da Psicologia em cada “parte”? (Isto é, na prevenção, na preparação, resposta e reconstrução) → Psicologia Social, Psicologia Comunitária. → ASPECTOS ÉTICOS. ⇒ Temos 2 notas técnicas para emergências e desastres. → Os municípios já deveriam ter um plano de contingência organizado. → As notas técnicas destacam que a prática profissional da Psicologia não tem como objetivo promover a vitimização ou patologização das pessoas. → Devemos assegurar a autonomia das pessoas. → O olhar humanitário não é um olhar de caridade. As pessoas precisam gerenciar suas próprias vidas. → Atender primeiro o que é mais básico. → Fazer como as equipes resolveram fazer → Dificuldade nessas situações: trabalhar em equipe. → Questão do registro documental → Saber orientar (orientação) → Não haverá espaço físico para atendimento.

→ TRABALHO VOLUNTÁRIO ⇒ Não pode ser assumido motivado pelo sentimento

de

“querer

ajudar”

(AJUDAR

PROFISSIONALMENTE

NÃO

CARIDOSAMENTE) 09/02/19. 1991 → A cruz vermelha cria o Centro de Apoio Psicológico. Brasil, 1974 - Promulgada a 1ª lei que regula a atuação e ajuda em desastres, prevendo a atuação dos psicólogos juntos aos afetados. Sua determinação é que toda pessoa que passa por um evento de emergência e desastre tenha acompanhamento psicológico por tempo indeterminado. → O primeiro registro da psicologia no estudo, pesquisa e intervenção nessa área é de 1987, com o acidente do Césio-137 acontecido em Goiânia. → Estatísticas apontam que 90% dos desastres acontecem no terceiro mundo em decorrência da falta de prevenção. O cenário da Emergência e do Desastre - Contextualização Histórica. ⇒ Os primeiros estudos psicológicos sobre os desastres iniciaram no ano de 1909 quando um médico psiquiatra trabalhou com os acidentes de minas de trem e marítimas, na costa leste dos EUA, com o objetivo de entender às emoções das pessoas envolvidas em desastres. ⇒ Em 1917, após um desastre no Canadá causado pelo choque entre navios, pesquisadores iniciaram seus estudos sobre as variáveis psicológicas, desenvolvido com as vítimas sobreviventes por meio de observação dos afetados e acompanhamentos psicológicos. ⇒ Nos primeiros 50 anos, a partir de 1900, existem apenas pesquisas esporádicas na área da emergência e do desastre. Nesse período os trabalhos sofriam influência da psiquiatria e estavam vinculados às guerras mundiais, sobretudo ao fenômeno do estresse pós-traumático, conhecido também como fadiga de batalha ou neurose de guerra. A Psicologia naquela época tinha o objetivo somente de diagnosticar os sintomas pós desastre;

⇒ O primeiro estudo de fato na área de intervenção pós-desastre foi em 1944, onde Lindermann avaliou as respostas psicológicas dos sobreviventes e de seus familiares no incêndio do Clube Noturno Coconut Grove, em Boston - EUA, onde morreram 400 pessoas. ⇒ Entre 1960 e 1970, a psicologia passou a pesquisar as reações individuais no pós-desastre de forma mais sistemática. ⇒ No ano de 1970, foi publicado pela Associação Americana de Psiquiatria o manual “Primeiros Auxílios Psicológicos em Casas de Catástrofes”, onde diversos tipos de reações e os princípios básicos para identificação das pessoas perturbados emocionalmente. ⇒ Em 1974, surge a primeira lei de atuação e ajuda em desastre por meio do “Instituto de Saúde Mental do Departamento de Saúde dos Estados Unidos”, na qual se inclui uma seção sobre orientação psicológica aos atingidos. ⇒ Em 1985, dois episódios marcaram a história da Psicologia das Emergências e dos Desastres: um terremoto na cidade do México e a erupção do vulcão Nevado Del Ruiz, na Colômbia. Nesse caso, foi elaborado um programa de intervenção em crise, oferecendo apoio psicológico aos afetados pela tragédia. Já na Colômbia, em Agosto de 1986, foi estabelecido um programa de atenção primária em saúde mental para vítimas de desastres. ⇒ Em 1991, foi criado pela Cruz Vermelha Internacional o Centro de Copenhague de Apoio Psicológico para vítimas em situação de emergência e desastre, com o objetivo de possibilitar a intervenção psicológica com os afetados em diversos países. ⇒ Em 2001, em Cuba, foi criado o Centro Latino-Americano de Medicina de Desastres. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------⇒ Estima-se que, na população, de 60 a 90% dos indivíduos serão expostos a pelo menos um evento estressor potencialmente traumático ao longo da vida. Essa perspectiva mostra a importância do trabalho do psicólogo nessas situações. ⇒ Os indivíduos afetados por desastres vivenciam um processo de luto, decorrente de perdas humanas, materiais e ambientais.

⇒ As reações típicas ao trauma se apresentam como: intensa angústia diante de situações que lembrem o momento traumático, ou algum aspecto referente a ele; ansiedade, sensações físicas, pânico, estranhamento diante das outras pessoas, retraimento e isolamento; diminuição do interesse e participação nas atividades rotineiras; medo de morrer. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Filme: Reina Sobre Mim. - Alguns pontos. → Tocar na banda punk: “volta ao passado” → Desastre: “virou minha vida do avesso” (sogra) → Perdeu esposa e 3 filhas → Síndrome de estresse pós-traumático. → Reforma da cozinha → Ao ouvir sobre a morte do pai de Adan, Charlie “sugere” coisas que ele mesmo faz/fez para “lidar com a morte”. → Adan fala para a filha “não julgar” → Aprender a confiar (amizade) → Surto diante da pergunta ⇒ Problema não resolvido → Charlie “achou que ele não ia perguntar ou o incomodar” (A figura do psicólogo como alguém que escuta, não pergunta, “não força”) → “Eu preciso de ajuda” ⇒ A partir disso ele vai “em busca de tratamento” ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------⇒ PSICOLOGIA DE EMERGÊNCIA: Ramo da Psicologia geral que estuda as diferentes mudanças e fenômenos pessoas presentes numa situação de perigo, seja esta natural ou provocada pelo homem de forma casual ou intencional.

→ Levar em conta pessoas que já se encontravam em estado de vulnerabilidade antes do ocorrido. → Esta área nasce já sob um enfoque interdisciplinar → 3 ETAPAS: O antes, o durante (até 72h depois da emergência) e o depois. → ETAPAS DE EMERGÊNCIA: Pré-emergência, durante e pós-emergência. → Segundo o CFP: “Os desastres são produtos de uma combinação entre riscos, ameaças e vulnerabilidades da sociedade, paulatinamente construídas nas relações das pessoas como o meio em que vivem”. ⇒ Um desastre pode ser classificado quanto sua evolução, sua origem  e sua intensidade. → Evolução: pode ser dividida entre súbita, crônica e efeitos parciais. -

Na de tipo súbita, ocorre uma evolução aguda ⇒ Rapidez com que o desastre evolui.

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Na de tipo crônica, ocorre uma evolução lenta ⇒ É progressiva ao longo do tempo

-

Efeitos parciais: é o acúmulo de situações semelhantes. → Origem: pode ser classificada por natural, humana ou mista.

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Naturais: produzidos por desequilíbrio de fenômenos ambientais.

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Humanas: se caracteriza pelas omissões e ações humanas.

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Mistos: omissões humanas que acabam contribuindo para a intensificação de desastres naturais. → Intensidade: classificada em 4 níveis.

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Nível I - caracterizados por serem de pequeno porte, sendo superáveis e suportáveis pela própria comunidade.

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Nível II - médio porte. Podem ser resolvidos com recursos da própria comunidade desde que haja mobilização para tal.

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Nível III - grande porte. Necessita de amparo externo para a superação dos danos e prejuízos.

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Nível IV - muito grande porte. Nesses casos até as comunidades mais informadas e preparadas necessitam de ajuda de fora da área afetada. ⇒ ETAPAS DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL: prevenção, preparação, resposta e

reconstrução. ⇒ PLANO DE CONTINGÊNCIA: é resultado da análise dos riscos (...) um planejamento operacional. É ele que norteia todo o processo pelo o qual o profissional de psicologia deve se basear → “ATUAR EM SITUAÇÕES EXTREMAS É UM CONVITE PARA QUE O PROFISSIONAL REPENSE SUAS PRÁTICAS”. ___________________________________________________________________________ ↣ 5 Elementos significativos que emergiram da experiência vivida → Conviver com o risco torna-se parte inerente a esse tipo de prática. → Pertencer a uma organização humanitária é vital para a atuação. → A atenção psicológica desenvolve-se a partir de atitudes de empatia e demandas da situação, constituindo-se em sintonia com as especificidades e aceitação em relação às pessoas vitimadas, assim, como de autenticidade em relação ao próprio psicólogo. → A prática em situações extremas constitui campo fértil e peculiar de aprendizagem. → Os psicólogos revelaram sentimentos de autorealização e gratificação em decorrência de sua participação e o desejo por continuar atuando naqueles contextos. ___________________________________________________________________________ → Dado “interessante” = 90% dos desastres acontecem no 3º mundo em decorrência da falta de prevenção. → As reações a um desastre são variáveis e não é possível prever o tempo de recuperação.

CONCEITOS ⇒ A Psicologia das Emergências e Desastres estuda o comportamento das pessoas nos incidentes críticos, acidentes e desastres, desde uma ação preventiva até o pós-trauma e, se for o caso, subsidia intervenções de compreensão, apoio e superação do trauma psicológico às vítimas e aos profissionais. ⇒ DESASTRES: podem ser conceituados como episódios que afetam a população, ocasionando prejuízos, avarias e paralisações transitórias. Resultado de um evento natural ou provocado, causando danos humanos, materiais e ambientais. Esses danos ocorrem em dois planos: o simbólico, onde atuam as diferentes interpretações do fenômeno e o concreto, que envolve as dimensões socioambientais, sociopolíticas e econômicas. ⇒ Vulnerabilidade: Diz respeito a baixa capacidade material, simbólica e comportamental de famílias e pessoas para enfrentar e superar os desafios com que se defrontam. Na vulnerabilidade estão presentes 3 fatores: exposição ao risco, incapacidade de reação e dificuldade de adaptação diante do risco....


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