Arquitectura DO Barroco PDF

Title Arquitectura DO Barroco
Course Teoria da Arquitetura I e História da Arquitetura I
Institution Universidade do Minho
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arquitectura do barroco...


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Arquitectura do Barroco A arquitectura barroca é o estilo arquitectónico praticado durante o período barroco, inicia-se a partir do século XVII e decorre até a primeira metade do século XVIII. Define-se barroco pela libertação espacial e libertação mental das regras das convenções e da geometria elementar. É libertação da simetria e da antítese entre espaço interior e exterior. O barroco assume o significado do estado psicológico de liberdade e de uma atitude criativa liberta de preconceitos intelectuais e formais. É a separação da realidade artística do maneirismo. Em termos artísticos, o barroco vai utilizar a escala como valor artístico de primeira grandeza assim como os efeitos volumétricos que se definem como elementos essenciais na arquitectura Barroca. O Barroco define-se então por duas palavras: Dinamismo e Tensão e tem com principais características a utilização de: Cúpulas centrais muito grandes. Paredes de linha ondulante (dinamismo), linha geométrica mais dinâmica através e linha ondulante recta, para a qual se utilizam colunas em sítios estratégicos com o objectivo de disfarçar os ângulos rectos. Paredes rectas com grupos de colunas ou elementos decorativos colocadas para conferir dinamismo. Plantas centralizadas (eixos todos iguais) e longitudinais (eixo principal e eixo secundário) no mesmo edifício. (biaxialidade) Regra, se a parede não transparecer movimento coloca-se mais decoração e se a parede transparecer movimento coloca-se menos decoração. Esta regra forma dois grupos, os que apostam na decoração e os que apostam na geometria, variando de zona para zona e assim surgem rivalidades entre arquitectos que passam a fazer apenas arquitectura tal como o escultor só faz escultura.

Exemplos da Arquitectura Barroca: Igreja de Sto. André (Carlo Maderna, Itália): Planta em cruz latina com uma nave central e capelas laterais, cúpula central muito grande (característica do Barroco – a cúpula deve-se ver de muito longe), as capelas laterais não são rectas introduzindo algum dinamismo colocando abobadas e formas centralizadas, carácter cénico e teatral do edifício, aposta na luz e no entablamento, o movimento e dado através da pilastra que salta o entablamento. A cúpula mostra o caminho para o céu (simbologia), daí a preocupação com a luz. Esta forma de mostrar movimento é eficaz porque as pessoas olham para cima e vêem o “edifício em movimento”. Igreja de Sto. Inácio (Pozzo): O movimento e dado através da pintura no tecto – excesso de materialidade, apela aos sentidos através das cores, do movimento e da consolidação da arquitectura através da pintura - técnica de Tromp L’oeil – engano do olho. Igreja Pietro Cortona – edifício cénico, cúpula vista de toda a cidade, fachada muito importante porque a parece e formada por curva e contracurva – sinuosa. Igreja Sta. Maria Carpitelli (Carlo Rainaldi): Planta longitudinal com eixo principal (forma do edifício não definida), na entrada há uma confusão geométrica, há duas formas centralizadas, mas divididas por uma parede “que salta muito para fora” não permitindo ter um entendimento geral do edifício, colocação de colunas em todos os ângulos possíveis para conferir continuidade, utilização de pouca decoração. Igreja de Sto. André Quirinal (Bernini): Forma elipsoidal invertendo os eixos, o mais pequeno é o principal (pequeno acrescento no fim), o eixo maior passa a ser simbolicamente o menos importante, a ideia de parecer circular quando vivido o seu interior, decoração solta no tecto que dá a sensação de que esta a flutuar fazendo esquecer a geometria circular da cúpula, também joga com a luz, muro da entrada curvo, biaxialidade, pouco uso de decoração. Oratório dos Filipes: capela rectangular no começo, entrada lateral, “transformação” que sugere um edifício de forma centralizada arredondado nos ângulos, continuidade nunca quebrada, cúpula elíptica, pormenores que permitem a transformação. Igreja de S. Carlo das Quatro Fontes: cúpula em perspectiva, qualidade pobre dos materiais, biaxialdade secundaria, pois a importância é dada à dissolução da forma geométrica, utilização do espaço sem limites, impossibilidade de definir o inicio e o fim de cada espaço, pois existe intercepções entre eles (fluidez), fachada muito movimentada (curva e contracurva), parede feita também em curva e bem salientada (frontão dobrado e semiesfera com perspectiva acelerada, o arquitecto define tudo no edifício cores das pinturas e formas dos órgãos.

Igreja da Divina Providencia: planta em cruz latina só com paredes curvas e contracurvas, edifício formado por dez abobadas. Igrja de Sta. Conceição (Turim): planta longitudinal mas com uma tensão provocada por dois corpos, paredes extremamente dinâmicas. S. Lourenço (Turim): biaxialidade pouco importante, interpretação espacial muito importante, capela-mor e nave com espaço limitado, cúpula de grandes dimensões sem decoração onde se mostra apenas a estrutura que basta para emocionar o espectador, pouca decoração. Igreja do Sto. Sudário (Turim): construída no sec. XVII para guardar o sudário, planta em circulo, cúpula construída apenas pelos arcos estruturais e vidro (os mesmos dentro e fora) que simbolizam a escadaria para o infinito....


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