Balanço Funcional - Gestão Financeira PDF

Title Balanço Funcional - Gestão Financeira
Course Gestão Financeira
Institution Universidade da Beira Interior
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Gestão Financeira...


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Análise Financeira: Balanço Funcional

1.1 Introdução Para por em evidência a evolução da estrutura financeira de uma empresa e exibir agregados significativos é necessário elaborar balanços funcionais, a partir dos balanços contabilísticos e fiscais, através da transformação e agrupamento das rubricas segundo critérios económicos e financeiros. Os balanços funcionais sucessivos permitem descrever claramente a evolução da estrutura financeira da empresa. O balanço funcional engloba oito grandes blocos: quatro no activo e quatro no passivo. Coloca-se o problema da passagem do balanço contabilístico e fiscal para o balanço funcional. Este último é elaborado a partir da natureza das rubricas e das informações complementares extra-contabilisticas necessárias para uma boa análise financeira. Esta análise é feita em duas fases: 1ª Consiste na elaboração de um primeiro balanço funcional, a partir dos elementos contabilísticos e fiscais; os balanços funcionais assim elaborados permitem por em destaque certas anomalias não explicadas, que orientam o analista para a obtenção de informações complementares; 2ª Integra as correcções resultantes, permitindo então obter os balanços funcionais definitivos.

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Balanço Contabilístico e fiscal Activo

Passivo+C.Próprio

CAP IL

DF

ST

DCP CCD

IL = Imobilizações Liquidas (Activos não-correntes) ST = Stocks CCD = Créditos e disponibilidades CAP = Capitais próprios DF =Dividas financeiras (médio e longo prazo) DCP = Dividas de curto prazo

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Balanço Funcional Activo

Passivo + C.Próprio

AI CAP

AEX

PEX

AFEX

PFEX PT

AT AI = Activos Imobilizados AEX = Activo de Exploração AFEX = Activo fora de exploração AT = Activo de Tesouraria CAP= Capitais permanentes PEX= Passivo de Exploração PFEX= Passivo fora da Exploração PT= Passivo de tesouraria

1.2 Princípios de reclassificação das rúbricas AI – Classificamos no grupo dos activos imobilizados, tudo o que corresponde à infra-estrutura da empresa, ou seja, todos os seus activos não-correntes (termos contabilísticos) – activos corpóreos, não–corpóreos, biológicos, terrenos detidos para investimento, etc. Colocamos também neste agregado tudo o que representa imobilizações financeiras (posições de capital detidas noutras empresas e empréstimos de médio e longo prazo concedidos a outras empesas).

AT – no activo de tesouraria encontramos elementos de tesouraria em sentido estrito (valores em caixa, depósitos à ordem, depósitos a prazo) e elementos de tesouraria em sentido amplo, isto é, que se podem transformar nos elementos Gestão Financeira | DGE | UBI | João D. Monteiro | 3

anteriores sem o risco de afectar o bom funcionamento da empresa (exemplos: activos financeiros detidos para negociação (acções, obrigações, fundos de investimento). Assim, o activo de tesouraria é frequentemente denominado de disponibilidades. CAP – Os capitais permanentes englobam dois conjuntos: Capitais próprios e dívidas financeiras a médio e longo prazo. Consideram-se capitais próprios tudo o que pertence definitivamente, ou quase definitivamente, à empresa: o capital social, mas igualmente tudo que tem a natureza de reservas, livres e estatutárias, e ainda aumento/diminuição dos fundos próprios decorrentes dos resultados transitados, resultado líquido (lucro/prejuízo) e ainda o aumento do capital próprio resultante de revalorizações do activo imobilizado (valorização de edifícios, terrenos, marcas, etc.).

Nas dívidas financeiras de médio e longo prazo encontramos os empréstimos e subsídios a mais de um ano, qualquer que seja a respectiva origem. Podemos igualmente encontrar créditos longos dos fornecedores de equipamento, que têm a natureza de dívidas de médio e longo prazo.

PT – neste agregado encontramos todos os créditos bancários a curto prazo utilizados pela empresa. Alguns destes créditos podem ter uma natureza “revolving”, isto é, de renovação com o ciclo de exploração, como por exemplo as obrigações caucionadas e os créditos de desconto ou créditos à exportação. Estes créditos podem considerar-se como relativamente estáveis e acompanhando a actividade. Outros créditos são mais arriscados e não têm a natureza “revolving”: trata-se dos créditos a descoberto ou equiparados a descobertos. Assim, no passivo de tesouraria podemos identificar os créditos a “descoberto” e os que têm uma natureza “revolving”. Integramos também neste agregado as parcelas de empréstimos bancários, obrigacionistas ou outros empréstimos de financiamento de longo prazo que se vencem no curto prazo.

Nota: certos créditos, como o desconto comercial, não aparecem no activo do balanço. Eles figuram no anexo ao balanço e à demostração de resultados, na Gestão Financeira | DGE | UBI | João D. Monteiro | 4

rubrica: “letras descontadas e não vencidas”. O correspondente montante deve ser, na análise, reintegrado no agregado activos de exploração, na rubrica «letras a receber», e no passivo de tesouraria (crédito de desconto). AEX e PEX – inserem-se nestes agregados todas as rubricas do balanço ligadas à actividade de exploração da empresa, sendo eventualmente estes agregados reduzidos ao seu valor normal, isto é, correspondentes a uma nível de gestão correcta e traduzindo as relações normais com terceiros (clientes, fornecedores, organismos públicos, etc.). Chegamos assim a um conceito de activo e de passivo de exploração normativos, a que corresponde o que designaremos adiante como Necessidade de Fundo de Maneio Normativo (NFMN). AEX – PEX = NFM (Necessidade de Fundo de Maneio) NFM e NFMN

NFM

Rubricas do balanço contabilístico ligadas ao ciclo de exploração

Depois das correcções, reduzindo as rubricas ao seu valor de exploração considerado normal

Necessidade de Fundo de Maneio constatada

AEX PEX

NFM

Necessidade de Fundo de Maneio Normativo

AEX PEX

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A parte «anormal» dos valores de exploração será considerada no activo e no passivo fora de exploração. Por exemplo, a parte do stock de produtos acabados, em vias de fabrico e matérias-primas que excede o valor considerado normal seria incluída no activo fora de exploração. O crédito obtido dos fornecedores que excede o considerado normal seria considerado no passivo fora de exploração. Todavia, se a partir de determinado momento a empresa negociar e conseguir alargar de forma permanente o prazo de pagamento aos fornecedores este é considerado normal e integrado no passivo de exploração. Esta análise exige um bom conhecimento do meio envolvente industrial e comercial, para identificar se a empresa evidencia eventuais reservas de tesouraria.

Igualmente, para proceder a uma análise correcta e completa do equilíbrio e estrutura financeira da empresa é necessário que o analista disponha de todos os elementos contabilísticos e fiscais, extra-contabilísticos, informação sobre os padrões e normas existentes em termos comerciais e logísticos (condições e termos de venda e de aprovisionamento, …) e técnico-produtivos. Geralmente, e ao contrário do responsável financeiro da empresa, o analista externo à empresa não dispõe de todos os elementos necessários para proceder a uma análise correcta e completa do equilíbrio financeiro da empresa. Ao não ter acesso a todos os elementos necessários à análise financeira e que não aparecem no balanço e no anexo ao balanço e à demonstração de resultados, análise financeira pode não reflectir a verdadeira situação da empresa.

AFEX e PFEX – Podemos dizer que tudo o que não pode ser classificado nas outras rúbricas se encontra obrigatoriamente nestas duas. Exemplos de rubricas que caem nestes agregados: lucros/dividendos a distribuir pelos accionistas, imposto sobre lucros a pagar ao Estado, correcções fiscais a favor do Estado; excedente do stock de matérias-primas e produtos acabados, excesso de crédito (face ao considerado normal) concedido aos clientes e obtido dos fornecedores, que resultem do não cumprimento do prazo de pagamento pelos clientes e aos fornecedores.

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1.3 Exemplo Consideremos o seguinte balanço da empresa ABC, Lda. no final do ano 20xx: 31 XXXN

Rubricas

31 XXXN-1

Activo Activo não corrente Activos Fixos Tangíveis Propriedades de Investimento Goodwill Activos Intangíveis Activos Biológicos Participações Financeiras – Met. Equivalência Patrimonial Participações Financeiras – Outros Métodos Accionistas / Sócios Outros Activos Financeiros Activos por impostos diferidos

350000 250000 35000

Activo corrente Inventários Activos biológicos Clientes Adiantamento a fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas / Sócios Outras contas a receber Diferimentos Activos Financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros Activos não correntes detidos para venda Caixa e depósitos bancários Total do Activo

189000 84000

25000 40000

67000 12000 1500 2300 12000 1200 9000 539000

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31 XXXN

Rubricas Capital Próprio e Passivo Capital Próprio Capital realizado Acções (quotas) próprias Outros instrumentos de capital próprio Prémios de emissão Reservas Legais Outras reservas Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Excedentes de revalorização Outras variações no capital próprio Resultado Liquido do período Interesses Minoritários Total do Capital Próprio Passivo Passivo não corrente Provisões Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós-emprego Passivos por impostos diferidos Outras contas a pagar Passivo corrente Fornecedores Adiantamento de clientes Estado e outros entes públicos Accionistas / Sócios Financiamentos obtidos (instituições crédito) Outras contas a pagar Diferimentos Outros passivos financeiros detidos para negociação Outros passivos financeiros Passivos não correntes detidos para venda Total do Passivo Total Capital Próprio e do Passivo

31 XXXN-1

100000

35000 40000 10000 12000 12000 209000

120000 12000 15000 85000 10000 15000 7000 58000 3000 5000

330000 539000

Considere as seguintes informações complementares:  Na rubrica “Estado e outros entes públicos” do passivo, 80% do valor diz respeito à actividade de exploração, o restante é afecto à actividade fora de exploração;



Na rubrica “Financiamentos obtidos” do passivo, 70% do valor diz respeito a créditos (empréstimos) de curto prazo, nomeadamente descobertos bancários, 30% à parcela de reembolso de empréstimos de longo prazo. A empresa utiliza créditos de desconto e as letras postas a desconto e não-vencidas são de 5000€.



Na rubrica de Fornecedores, 20% do seu valor diz respeito a facturas cujo prazo de pagamento já expirou (já deveriam ter sido pagas).



A rubrica “Accionistas / Sócios” do passivo é relativa aos resultados (lucros) e empréstimos a pagar aos accionistas.

 

Na Rubrica “Inventários”, 10% do seu valor diz respeito a excesso de stocks; Na Rubrica “clientes”, 15% do seu valor é relativo a dívidas de clientes já vencidas mas ainda não passiveis de serem consideradas e aceites como créditos de cobrança duvidosa para efeitos fiscais; Gestão Financeira | DGE | UBI | João D. Monteiro | 8



Na Rubrica “Adiantamento a fornecedores”, 10% do seu valor corresponde a adiantamentos a fornecedores considerados anormais.



As Rubricas “Accionistas/Sócios” do activo e “Outras contas a receber” dizem respeito a valores a receber relativos à actividade da empresa não directamente relacionada com a sua exploração.

Considerando estas informações complementares ao balanço jurídico contabilístico, elabore o balanço funcional e analise a situação de equilíbrio financeiro da empresa.

31 XXXN

Rubricas

31 XXXN-1

Activo Activo não corrente (Activos Imobilizados) Activos Fixos Tangíveis Propriedades de Investimento Goodwill Activos Intangíveis Activos Biológicos Participações Financeiras – Met. Equivalência Patrimonial Participações Financeiras – Outros Métodos Accionistas / Sócios Outros Activos Financeiros Activos por impostos diferidos

350000 250000 35000

Activo Exploração Inventários Activos biológicos Clientes Clientes- letras descontadas Adiantamento a fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas / Sócios Outras contas a receber Diferimentos Activo fora de Exploração Inventários Clientes Adiantamento a fornecedores Accionistas / Sócios Outras contas a receber Activo de Tesouraria Activos Financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros Activos não correntes detidos para venda Caixa e depósitos bancários Total

150650 75600

25000 40000

56950 5000 10800

2300 21150 8400 10050 1200 1500 22200 12000 1200 9000 544000

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31 XXXN

Rubricas Capital Próprio e Passivo Capital Próprio Capital realizado Acções (quotas) próprias Outros instrumentos de capital próprio Prémios de emissão Reservas Legais Outras reservas Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Excedentes de revalorização Outras variações no capital próprio Resultado Liquido do período Interesses Minoritários Total do Capital Próprio

31 XXXN-1

100000

35000 40000 10000 12000 12000 209000 147000

Passivo não corrente Provisões Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós-emprego Passivos por impostos diferidos Outras contas a pagar Capital Permanente

120000 12000 15000 356000

Passivo de exploração Fornecedores Adiantamento de clientes Estado e outros entes públicos Accionistas / Sócios Outras contas a pagar Passivo fora de exploração Fornecedores Adiantamento de clientes Estado e outros entes públicos Accionistas / Sócios

93000 68000 10000 12000

Passivo de Tesouraria Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos – letras descontadas Outros passivos financeiros detidos para negociação Total do Passivo Total

68000 58000 5000 5000

3000 27000 17000 3000 7000

544000

Fundo de Maneio = CAP – AI = 356000 – 350000 = 6000 NFMEX = AEX – PEX = 150650 – 93000 = 57650 NFMFEX = AFEX – PFEX = 21150 – 27000= -5850 Tesouraria = AT – PT = 22200 – 68000 = - 45800 Tesouraria = NFM – NFMEX – NFMFEX = 6000 – (57650) - (-5850) = - 45800

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Nota: a empresa evidencia um desequilíbrio financeiro, considerando que o fundo de maneio evidenciado pela empresa é insuficiente para financiar as suas necessidades de fundo de maneio global. Para restabelecer o equilíbrio financeiro a empresa deverá actuar ao nível dos seus activos e passivos de exploração, procurando reduzir o nível do activo e aumentar o nível do passivo normal de exploração e simultaneamente reforçar os capitais próprios, aumentar o endividamento a longo prazo ou proceder a desinvestimentos em activos nãocorrentes e não estratégicos para a empresa.

1.4 A equação de Tesouraria A partir da equação fundamental do balanço, que é o equilíbrio, esta permite afirmar: Activo = Passivo + Situação Liquida (Capitais Próprios) Esta igualdade, aplicada ao balanço funcional, vem: AI + AEX + AFEX + AT = CAP + PEX + PFEX + PT ou agrupando os termos dois a dois: AT – PT = (CAP – AI) – (AEX – PEX) – (AFEX – PFEX) Por definição: CAP – AI = FM (Fundo de Maneio) AEX – PEX = NFMEX (Necessidade de fundo de Maneio de Exploração) AFEX – PFEX = NFMFEX (Necessidade de fundo de Maneio fora da Exploração) AT – PT = T (Tesouraria) Dispomos assim da equação fundamental de Tesouraria:

T = FM – NFMEX – NFMFEX

ou

T = FM – NFMG (global)

Neste esquema, a tesouraria pode ser calculada de duas formas distintas: Gestão Financeira | DGE | UBI | João D. Monteiro | 11

T = AT – PT

(1)

(pela parte de baixo do balanço)

T = FM – NFMG

(2)

(pela parte de cima do balanço)

Só a relação (2) permite dar um significado à posição de tesouraria. A relação (1) permite uma verificação útil, após reclassificação das rubricas do balanço. Designaremos esta tesouraria de tesouraria funcional.

1.5 Interpretações da equação de Tesouraria Nesta equação, a situação de tesouraria à data de análise do balanço surge como resultado de três factores:   

O fundo de maneio (FM); A necessidade de fundo de maneio de exploração (NFMEX) A necessidade de fundo de maneio fora de exploração (NFMFEX)

1.5.1 Significado do fundo de maneio Consideramos que o fundo de maneio e as respectivas variações só se explicam através das rubricas da parte superior do balanço. Com efeito, o fundo de maneio é, num determinado momento, o reflexo:  

 

Da política de investimento da empresa (nível dos activos imobilizados); Da política de depreciações e provisões (aqui constrangida pelos normativos legais - nível de depreciações/amortizações e provisões constantes na demostração de resultados que afectam os capitais próprios); Da política de distribuição de resultados/dividendos (nível dos fundos que permanecem na empresa sob a forma de reservas); Da política financeira de empréstimos a médio e longo prazo (nível das dividas a médio e longo prazo)

Podemos assim dizer que o fundo de maneio é, em larga medida, o reflexo das decisões estratégicas da empresa.

1.5.2 Significado da necessidade de fundo de maneio de exploração No seguimento do analisado anteriormente, identificamos dois grandes componentes:

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 

O activo de exploração (AEX), englobando os stocks de matérias-primas, produtos em vias de fabrico, produtos acabados e o crédito a clientes, entre os mais significativos. O passivo de exploração (PEX), englobando os créditos de fornecedores de matériasprimas, fornecedores de outros gastos de exploração e serviços e outros credores de exploração (Estado e Segurança Social, por exemplo).

Exemplo: Suponha-se uma empresa que apresenta um Fundo de Maneiro de 8000€, um activo de exploração (normativo) de 23000€, um passivo de exploração (normativo) de 13000€, uma necessidade de fundo de maneio de 10000€ e uma tesouraria funcional (negativa) de 2000€. Neste caso, interessa à empresa, para melhorar o seu equilíbrio financeiro, ter, para um determinado nível de actividade, uma necessidade de fundo de maneio de exploração reduzida ao mínimo, compatível com o bom funcionamento do ciclo de exploração e das relações com os clientes e fornecedores. Toda a racionalização da gestão ao nível dos aprovisionamentos, da produção e da venda, permite atingir este objectivo.

Podemos assim dizer que a necessidade de fundo de maneio de exploração é, num determinado momento, o reflexo do nível de gestão e das decisões da exploração corrente da empresa. No caso em que os níveis do activo e passivo de exploração correspondam às condições normais de funcionamento, a diferença é designada de necessidades de fundo de maneio normativo. A necessidade de fundo de maneio fora de exploração é, por seu turno, o reflexo de operações e de decisões excepcionais (não ligadas directamente ao ciclo de exploração).

Podemos assim interpretar a equação anterior da seguinte forma: T

=

FM

A situação de tesou...


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