Classificacao do relevo brasileiro PDF

Title Classificacao do relevo brasileiro
Course Geologia
Institution Universidade Federal de Itajubá
Pages 4
File Size 363.4 KB
File Type PDF
Total Downloads 19
Total Views 163

Summary

Iremos falar sobre os relevos brasileiros, todos os tipos que existem no Brasil...


Description

1 Classificação do relevo brasileiro Existem várias classificações do relevo brasileiro, destacando-se as dos professores Aroldo de Azevedo, Aziz Nacib Ab'Saber e Jurandyr Ross, que é a mais recente. Nível altimétrico A classificação de Aroldo de Azevedo é a mais tradicional. Leva em conta, principalmente, o nível altimétrico como fator de determinação do que seja um planalto ou uma planície.

Processo geomorfológico O professor Ab'Saber despreza o nível altimétrico e dá ênfase aos processos geomorfológicos, isto é, aos processos de erosão e sedimentação. Assim, para ele, planalto é uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, e planície é uma área de sedimentação.

2 Classificação recente Jurandyr Ross, a exemplo de Ab'Saber, também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação. Destaca três formas principais de relevo: planaltos, planícies e depressões. Define planalto como sendo uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão; planície, como uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos; e depressão, como superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A nova classificação, com 28 unidades de relevo, considerou, além das características morfoestruturais (estruturas geológicas) e morfoclimáticas, as características morfoesculturais do relevo, ou seja, a ação dos agentes externos. E introduz o conceito de depressão, inexistente nas classificações anteriores. As depressões são formas de relevo que apresentam altitudes mais baixas do que as existentes ao redor, já que elas circundam planaltos. Nas áreas de contato entre os planaltos e as depressões, costumam surgir escarpas quase verticais, demonstrando o efeito da erosão diferencial. Os sedimentos erodidos constituem a estrutura aplanada das depressões enquanto as rochas resistentes à erosão constituem os planaltos. No Brasil, existem 11 depressões e elas são divididas nos três grupos a seguir: Depressão Periférica: estabelecidas nas regiões de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas. Depressão Interplanáltica: estabelecidas em áreas mais baixas em relação aos planaltos que as circundam. Depressão Marginal: margeiam as bordas de bacias sedimentares, esculpidas em estruturas cristalinas. Os planaltos, segundo a classificação de Jurandyr Ross, correspondem às estruturas que cobrem a maior parte do território e são consideradas formas residuais, ou seja, constituídas por rochas que resistiram ao trabalho de erosão. No Brasil existem 11 planaltos divididos nos quatro grupos a seguir: Planaltos em Bacias Sedimentares: constituídos por rochas sedimentares e circundados por depressões periféricas ou marginais. Planaltos dos Cinturões Orogênicos: originados pela erosão sobre os antigos dobramentos sofridos na Era Pré-Cambriana pelo território brasileiro. Planaltos em Núcleos Cristalinos Arqueados: estruturas que, embora isoladas e distantes umas das outras, possuem a mesma forma, ligeiramente arredondada. Planaltos em intrusões e coberturas residuais da plataforma (escudos): formações antigas da era Pré-Cambriana que possuem grande parte de sua extensão recoberta por terrenos sedimentares. Nas planícies, onde predomina o trabalho de acumulação de sedimentos, as constituições das rochas se diferenciam dos planaltos e das depressões por serem formadas por sedimentação recente, com origem no Quaternário. No Brasil existem 6 planícies divididas em dois grupos:

3 Planícies Costeiras: encontradas no litoral como as Planícies e Tabuleiros Litorâneos. Planícies Continentais: situadas no interior do país, são consideradas planícies as terras situadas junto aos rios.

4 Cada um desses critérios criou um "grupo" diferente de formas de relevo, ou três níveis, que foram chamados de táxons e obedecem a uma hierarquia. 1º táxon : Considera a forma de relevo que se destaca em determinada área — planalto, planície e depressão. 2º táxon : Leva em consideração a estrutura geológica onde os planaltos foram modelados — bacias sedimentares, núcleos cristalinos arqueados, cinturões orogênicos e coberturas sedimentares sobre o embasamento cristalino. 3º táxon: Considera as unidades morfoesculturais, formada tanto por planícies como por planaltos e depressões, usando nomes locais e regionais. PLANALTOS: 1. Amazônia Oriental 2. Planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba 3. Planaltos e chapadas da Bacia do Paraná 4. Planalto e chapada dos Parecis 5. Planaltos residuais norte-amazônicos 6. Planaltos residuais sul-amazônicos 7. Planaltos e serras de leste-sudeste 8. Planaltos e serras de Goiás-Minas 9. Planaltos e serras residuais do alto Paraguai 10. Borborema 11. Sul-Rio-Grandense. DEPRESSÕES: 12. Amazônia Ocidental 13. Norte-Amazônica 14. Sul-Amazônica 15. Araguaia-Tocantins 16. Cuiabana 17. Alto Paraguai-Guaporé 18. Miranda 19. Sertaneja-São Francisco 20. Tocantins 21. Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná 22. Periférica Sul-Rio-Grandense. PLANÍCIES: 23. Rio Amazonas 24. Rio Araguaia 25. Pantanal do Rio Guaporé 26. Pantanal Mato-Grossense 27. Lagoas dos Patos e Mirim 28. Planícies e tabuleiros litorâneos....


Similar Free PDFs