Complexo Dentina-Polpa PDF

Title Complexo Dentina-Polpa
Author Ahna P. M. Teixeira
Course Ciências Morfológicas II
Institution Universidade Federal do Pará
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Summary

Histologia Oral - anotações de aula + resumo de livro sobre o complexo dentino-pulpar. ...


Description

COMPLEXO DENTINA-POLPA São tecidos intimamente relacionados. - Dentina – tecido mineralizado de natureza conjuntiva, sendo a maior parte da estrutura do dente e é recoberta por esmalte (coroa) e por cemento (raiz) / avascular e não apresenta células em seu interior / dureza decorrente do conteúdo mineral (hidroxiapatita) / responsável pela cor do dente (cor branco-amarelada). OBS: A constituição orgânica da dentina é semelhante à do tecido ósseo. + a dureza da dentina é maior que a do osso e significativamente menor que a do esmalte. - Polpa Dentária – tecido conjuntivo não mineralizado alojado no interior da dentina, apresenta comunicação com o ligamento periodontal (tecido conjuntivo) pelo forame apical e pelas foraminas acessórias.  Desenvolvimento (dentinogênese) - A polpa e a dentina se originam da papila dentária; - As células ectomesenquimais da periferia da papila dentária (polpa primitiva) diferenciam-se em odontoblastos (primeiro evento da dentinogênese), células responsáveis pela formação da dentina, enquanto o restante constitui a polpa no dente formado; - Dentinogênese – formação da dentina coronária e formação da dentina radicular; - Início da dentinogênese – dentina do manto (primeira camada) / Restante da formação – dentina circumpulpar; 1. Diferenciação dos odontoblastos:  Células ectomesenquimais da periferia da papila dentária se diferenciam em odontoblastos; OBS: ectomesênquima – células provenientes das cristas neurais  A atividade mitótica das células do epitélio interno interrompe-se, e, então, ocorre a inversão da polaridade (núcleo alinha-se ao estrato intermediário) – pré-ameloblastos;  Após as modificações do epitélio interno, as células ectomesenquimais da periferia da papila também sofrem mudanças (aumento do tamanho / desenvolvimento de organelas) e passam a ser chamadas de pré-odontoblastos; OBS: A lamina basal da interface epitélio-ectomesênquima desempenha papel importante na mediação da indução da diferenciação dos odontoblastos – interação entre esses tipos células é essencial para a diferenciação citológica e funcional (odontoblastos e ameloblastos).  Fatores de crescimento, integrinas e matriz extracelular participam na iniciação da diferenciação dos odontoblastos;  Com a diferenciação e a polarização, os odontoblastos se tornam típicas células secretoras de proteínas. 2. Formação da matriz orgânica da dentina:  Os componentes da matriz orgânica da dentina são produzidos pelos odontoblastos;

 Componentes da matriz – fibrilar (fibras colágenas – tipo I e V) e substância fundamental interfibrilar;  A formação dos componentes da matriz pelos odontoblastos ocorre por mecanismos característicos de células produtoras de material para exportação. 3. Formação da dentina do manto:  Esse processo inicia-se com a secreção dos componentes da matriz orgânica da dentina;  Fibrilas colágenas e vesículas da matriz são os elementos mais conspícuos da matriz inicial da dentina;  Com o aparecimento desses componentes, os pré-ameloblastos completam sua diferenciação em ameloblastos;  O odontoblasto em diferenciação desenvolve vários processos curtos inicialmente e um prolongamento único posteriormente;  A mineralização da dentina inicia-se nas vesículas da matriz (finas agulhas/camadas), que tornam-se irregulares;  A continuação do processo de mineralização do componente fibrilar da matriz leva ao estabelecimento de uma banda contínua de dentina mineralizada, situada logo abaixo do esmalte (início de sua formação);  A dentina do manto é produzida pelos odontoblastos em diferenciação, quando essa formação termina, os odontoblastos alcançam sua completa diferenciação e polarização (odontoblastos maduros ou circumpulpares) > dentina circumpulpar. 4. Formação da dentina circimpulpar:  Inicia-se após o termino da formação da dentina do manto, quando os odontoblastos completam sua diferenciação e polarização;  Durante a formação da dentina por aposição centrípeta, sempre permanece uma camada não mineralizada de pré-dentina (adjacente a uma camada de dentina), que constituirá uma camada de dentina quando mineralizada;  Os túbulos resultam da permanência dos prolongamentos odontoblásticos durante a dentinogênese;  A mineralização da dentina circumpulpar segue basicamente um padrão globular – glóbulos de calcificação. 5. Formação da dentina radicular:  Início da dentinogênese radicular = início da fase de raiz da odontogênese;  As células epiteliais da bainha de Hertwig induzem a diferenciação dos odontoblastos; OBS: como não ocorre a formação de esmalte sobre a dentina radicular, as células epiteliais não se diferenciam em ameloblastos.  Diferenças em relação a dentinogênese coronária – fibrilas colágenas mais grossas da primeira camada radicular dispõem-se paralelas à lamina basal e os odontoblastos apresentam prolongamentos mais ramificados e corpos menos alongados. 6. Desenvolvimento da polpa:  A polpa origina-se da papila dentária (origem ectomesenquimal);  A transformação da papila em polpa dentária ocorre com a diminuição da concentração de células ectomesenquimais, o aparecimento de fibroblastos e o aumento gradual das fibrilas colágenas na matriz extracelular; e se completa nos estágios avançados da erupção dentária.



 Estrutura Dentina Primária – dentina formada até o fechamento do ápice radicular (dentina do manto e dentina circumpulpar)

- Dentina do manto – primeira camada de dentina formada por odontoblastos do manto (em diferenciação), o que determina algumas diferenças com o restante da dentina / mineralização inicia-se a partir das vesículas da matriz (não existem na dentinogênese circumpulpar) / fibrilas grossas e perpendiculares à lamina basal / grau de mineralização um pouco menor / não tem dentina peritubular; OBS: a dentina do manto estabelece, juntamente ao esmalte, a junção amelodentinária. - Dentina circumpulpar – constitui a maior parte da dentina e, apesar de compreender a dentina primária e a secundária, ambas possuem a mesma estrutura / é constituída pela dentina peritubular (paredes dos túbulos dentinários - hipermineralizada) e pela dentina intertubular (maior parte da dentina e ocupa o espaço entre os túbulos); OBS: túbulos dentinários são tuneis originados pela formação de dentina mineralizada em volta dos prolongamentos odontoblásticos que seguem um trajeto sinuoso e ramificado (canalículos); em conjunto, os túbulos abrem como um leque no sentido da junção amelodentinária. - Dentina interglobular - áreas de dentina hipomineralizada localizadas na porção mais externa da dentina coronária; - Linhas incrementais – formação da dentina segue um padrão incremental, longas fases de formação são seguidas por curtos períodos de repouso (linhas de von Ebner, que correspondem às linhas de Retzius do esmalte, ou seja, representa a deposição rítmica desses tecidos); - Camada granulosa de Tomes - formada pelas numerosas ramificações e alças terminais dos prolongamentos odontoblásticos. 

Dentina secundária e dentina terciária (reparativa)

- A deposição de dentina ocorre durante toda a vida, porém em ritmo bem mais lento; - Dentina secundária – camada formada após o fechamento do ápice da raiz, é similar à dentina primária (apenas mudança na direção dos túbulos) – ambas constituem a dentina circumpulpar; - Dentina terciária – camada reacional (agressões) que constitui uma tentativa dos odontoblastos em formar uma barreira, apresenta estrutura irregular (sem estrutura tubular) e pode ser reacional ou reparativa (formada por células indiferenciadas da polpa, origina um tecido semelhante ao osso primário); 

Pré-dentina

- É uma camada não mineralizada que permanece no dente adulto separando os odontoblastos da dentina mineralizada; - Formação da dentina por aposição > permanência de uma camada de matriz orgânica não mineralizada entre a dentina calcificada e os corpos celulares dos odontoblastos;

-Evita o contato da dentina mineralizada com a polpa que poderia reabsorve-la se esse contato ocorresse. 

Polpa dentária

- Odontoblastos – células de origem ectomesenquimal responsáveis pela formação da dentina / durante a dentinogênese, dispõem-se em paliçada, constituindo uma só camada de célula colada à pré-dentina / são mais numerosos na coroa (pseudoestratificação) do que na raiz (única camada) / no dente formado, podem estar sintetizado e secretando ou em estado de repouso / numerosos contatos pelas junções intercelulares / o prolongamento é a porção do odontoblasto que permanece dentro dos túbulos dentinários; - Região subodontoblástica – abaixo da camada de odontoblastos, apresenta duas zonas (periférica ou zona pobre em células e zona rica em células) / zona pobre em células é atravessada por numerosos prolongamentos de células subjacentes, vasos e fibras nervosas / zona rica em células é constituída principalmente por células indiferenciadas; - Região central da polpa – tecido conjuntivo frouxo, abundancia de fibroblastos e células indiferenciadas + células típicas do sistema imune (reconhecimento e processamento de antígenos).  Inervação do dente e sensibilidade dentinopulpar - Nervos que contêm fibras sensoriais provenientes do nervo trigêmeo penetram pelo forame apical e pelos forames acessórios como grossos feixes; - Esses feixes atravessam a polpa do canal radicular chegando, assim, até a câmara pulpar; - A intervenção em qualquer região da dentina é capaz de produzir dor que pode ser de intensidade variável e também depender da condição da polpa.  Suprimento vascular da polpa - Artérias de pequeno calibre provenientes das artérias alveolares superior e inferior que penetram na polpa pero forame apical e pelos forames acessórios, atravessam o canal radicular em direção a câmara pulpar > ramos colaterais > região subodontoblástica > plexo vascular....


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