Entrevista com Fonoaudiologa PDF

Title Entrevista com Fonoaudiologa
Author Ariele Teixeira
Course Psicologia Educacional: Desenvolvito
Institution Universidade Federal de Santa Catarina
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Summary

Entrevista com fonoaudióloga em relação à psicologia e o trabalho interdisciplinar...


Description

GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA – UFSC (FON7102) GRADUANDAS: ARIELE TEIXEIRA ZEFERINO LILIAN DOS SANTOS DA SILVA

Entrevista feita com a Fonoaudióloga Karina Fogaça (CRFa 3-5899-SC), em seu consultório. Durante a conversa, foram relatados pela Karina variados casos clínicos em que havia envolvimento tanto da fonoaudiologia quanto da psicologia. Por meio das histórias contadas por ela, relataremos aqui, baseado em nossa compreensão, um pouco destas histórias, juntamente de nossa opinião acerca da importância do envolvimento de múltiplas áreas em casos que demandem uma junção de especialistas para auxílio num tratamento. A entrevistada relatou que, durante toda sua experiência, ocorreram vários casos em que a demanda não era somente de fono, ou, às vezes, nem era de fonoaudiologia . Houve casos de gagueira em que ela teve que encaminhar o paciente à um psicólogo, e casos em que o ideal para o paciente seria somente um psicólogo, sem a necessidade da fono. Durante a conversa, Karina comentou que é muito comum chegar em seu consultório crianças com fala/voz infantilizada em que o que pode ter ocasionado tal fato, foi a sua dinâmica familiar e, por isso, tanto o paciente quanto sua família precisavam ser melhor avaliados. A família chegava queixando-se de que o filho estava com voz infantilizada ou com troca de voz, mas, após uma conversa durante a consulta com esta criança e após saber um pouco mais sobre a família e sua convivência, Karina percebeu que o caso não se tratava de fonoaudiológico, mas sim, psicológico e os orientava para que procurassem tal profissional. Casos conjuntos são tão rotineiros que, em seu consultório já há parcerias com psicólogos, neuropsicólogos ou pedagogos para que mantenham um contato direto, pois ela acredita que as áreas se complementam, inconscientemente. Um precisa do outro. UM CASO EM ESPECÍFICO: Paciente menina, de dois anos de idade chegou ao consultório com a queixa de atraso de linguagem, ou seja, ela não falava. Com a terapia ela começou a se desenvolver, porém, algumas coisas não conseguiam ser melhoradas por completo. Descobriu-se então que a família tratava a criança de modo muito infantilizado e que isso atrasava seu processo de melhora. Pediu-se então que esta família iniciasse uma terapia psicológica para que aprendesse a lidar melhor com sua filha e seu distúrbio, tratando-a de modo menos mimado e mais firme. Contudo, houve certa resistência por parte da família, que acabou parando de ir às consultas. Mediante isso, a criança mesmo continuando evoluindo na linguagem, começou a ter um comportamento considerado atrasado (ainda trocava palavras mesmo depois de anos de terapia, etc). A família foi convidada a voltar ao psicólogo, mas acabaram adiaram a consulta e não indo. Um tempo após o ocorrido, a criança começou a ter problemas na escola e parou de comer. Ficou mais de um mês sem comer, só ingerindo líquidos e sopas. Diante da situação, a criança foi encaminhada a um psicólogo,

junto a um tratamento medicamentoso. Hoje, ela ainda segue indo ao psicólogo, concomitantemente a uma fonoaudióloga, somados a medicamentos. De modo geral, a fonoaudióloga Karina relatou perceber muita resistência dos pais em casos de psicólogo junto ao fonoaudiólogo, pois os mesmos têm medo de que seu filho seja taxado de louco. Eles não entendem que o processo não é assim, então, cabe então ao fono tentar explicar e convencer os pais de que o laudo de um psicólogo é super importante para dar apoio ao paciente e base para o tratamento fonoaudiológico. Ela comentou também que, às vezes, o que a criança precisa é de um certo entendimento e de limites. Isto, quando têm-se cadeira de psicologia na faculdade auxilia muito no processo deste entendimento do paciente, além de auxiliar também na vida pessoal do profissional, porém, o correto é que o paciente seja encaminhado a um psicólogo logo que haja a percepção de que é aquilo que ele precisa. Além disso, Karina também relatou de que, em sua opinião, toda pessoa, principalmente recém - formada em fonoaudiologia, deveria passar por um tratamento psicológico....


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