Entrevista do EJA PDF

Title Entrevista do EJA
Author Francisca Natalia Neres da Silva
Course Aspectos Teóricometodológicos Da Educação De Jovens E Adultos
Institution Universidade Federal do Piauí
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Entrevista...


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO – CMRV CURSO: LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DISCIPLINA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DOCENTE –

FRANCISCA NATÁLIA NERES DA SILVA

PARNAÍBA –PI 2016

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..............................................................................................................2 2.ENTREVISTA................................................................................................................3 3.CONCLUSÃO ................................................................................................................6

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1.INTRODUÇÃO

Sabe-se das dificuldades que enfrentamos no cotidiano escolar do ensino público brasileiro, e quase sempre, comenta-se sobre as problemáticas, pouco faz-se pra mudança dessa realidade. Não é apenas falar, relatar, mas agir e reagir diante desses percalços, é necessário, que de fato exista uma educação universalizada, com acesso e permanência efetiva aos alunos. Diante desse discurso, adentra-se na educação de jovens e adultos, uma modalidade de ensino de origem brasileira, que envolve jovens e adultos que não concluíram seus estudos no curso normal da escola e que buscam de certa forma um resgate na educação para a evolução não só como um estudante, mas como um sujeito transformador de sua própria realidade. Mas isso não é tudo, o objetivo deste trabalho de entrevista, é compreender de fato um pouco da visão do professor, sujeito mediador da ação pedagógica implementada na escola de EJA. É buscar uma compreensão a partir da ótica docente de como está ocorrendo a estrutura do ensino dessa modalidade, bem como em relação ao público que o professor está atendendo. Das dificuldades que os professores enfrentam diariamente nesse ensino, realmente parecem que estão arraigados à modalidade, visto que esse modo de ensinar e fazer educação parece ter sido esquecido. Nessa entrevista teremos um pouco do beber da fonte de um conhecimento diário do relato de uma professora e o seu cotidiano na sala de aula da educação de jovens e adultos, do ensino, da formação, das experiências, dos recursos didáticos e das dificuldades encontradas no seu fazer docente.

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2. ENTREVISTA

PROFESSORA DO ENSINO DA MODALIDADE EJA. (Prof. E.R.S)

ENTREVISTADORA - Qual a sua formação inicial? PROFESSORA- Licenciatura em Pedagogia.

ENTREVISTADORA- Você possui formação continuada na modalidade de educação de jovens e adultos. PROFESSORA - Sim, São as formações continuadas de professores que são oferecidas.

ENTREVISTADORA- Mas que tipo de formação, Curso? PROFESSORA- São as capacitações voltadas para os alunos da EJA.

ENTREVISTADORA- Você sempre quis ser professora? PROFESSORA - Na verdade professora de EJA né ai, da EJA. Não, eu nunca quis é porque estava faltando a carga horária pra cumprir e eu tive que cumprir essa carga horária, mas assim eu senti que era uma honra assim muito grande, porque sempre é um grande aprendizado e sempre acontecia grandes trocas de conhecimentos.

ENTREVISTADORA- Para você o que é alfabetizar e letrar na educação de jovens e adultos? PROFESSORA - É, alfabetizar né, é ensinar a ler e escrever e o letrar é ir além das habilidades de leitura, conseguir fazer com que eles façam as produções dos gêneros textuais tipo criar um bilhete, uma carta. Então assim, é, a alfabetização e letramento trata-se de dois processos distintos que podem ocorrer de forma simultânea, pois ambos possuem elementos que integrados contribuirão não só para aquisição e domínio da língua escrita mas também para que o individuo seja capaz de ler o mundo bem como adquirir capacidade de refletir, criticar e construir

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ENTREVISTADORA- Durante esse trabalho com a EJA qual foi o seu maior desafio com esse público diferenciado. PROFESSORA- Foi conseguir fazer com que a gente segurasse esse aluno, é muito difícil, tem muita evasão, pelo fato deles passaram o dia todinho trabalhando e até pelo fato deles não acreditarem em si mesmo, eles ficam naquela de que não sabem ler, não vão aprender, o desafio é tentar levantar a autoestima desse aluno.

ENTREVISTADORA- Quais os recursos e materiais utilizados no ensino da EJA, e sobre esse material você acrescentaria mais alguma coisa, o que vc propõe, o que você acha que deveria modificar? PROFESSORA - É o Livro didático, São as aulas teóricas, tipos as mídias que a gente leva, um filme, é jornais, revistas. Os livros que são enviados pra gente são resumidos, então a gente tem que ficar procurando em outras fontes, porque o livro que o governo manda é resumidíssimo, a sugestão é que eles coloquem mais disciplinas e procurar aumentar mais o conteúdo dos livros da educação de jovens e adultos.

ENTREVISTADORA- Cite uma experiência marcante vivenciada no ensino da EJA? PROFESSORA - como eu havia falado que é muito difícil segurar um aluno, então uma experiência marcante foi, quando eu conseguir levantar a autoestima de uma aluna que ela sempre dizia que não ia conseguir, quando a gente se deu conta ela já estava lendo, e, até ela mesma ficou encantada e sem acreditar que ela já estava lendo, que ela sempre dizia que não ia conseguir e de repente ela conseguiu, e isso foi muito gratificante.

ENTREVISTADORA- O que a escola oferece de infraestrutura para a EJA? PROFESSORA - Infelizmente, no momento a escola que eu trabalho não oferece nenhuma estrutura própria para a educação de jovens e adultos.

ENTREVISTADORA – E isso de certa forma desmotiva o profissional? PROFESSORA - com certeza porque ao invés da gente chegar na escola ter aquela autoestima, ter uma estrutura própria para os aluno, a gente na verdade não têm, tem que se virar nos trinta.

ENTREVISTADORA- Quais são as suas críticas e sugestões sobre a modalidade EJA?

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PROFESSORA- Que os governo, né, os municípios se preocupem mais com essa educação e que seja assim mais voltada pra eles mesmos, porque eles se preocupam mais com a educação das crianças, lá nos turnos normais, fundamental I e II, e a educação de jovens e adultos ficam assim meio que esquecidas.

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3. CONCLUSÃO

Diante do exposto, percebe-se no discurso da professora que ainda há muito pra ser feito na educação de jovens e adultos, recursos didáticos insuficientes para o ensino, a precariedade da estrutura, a evasão escolar devido as dificuldades dos alunos de aprendizagem e de permanência, enfim, são inúmeras problemáticas relatadas na fala da professora, mas não cabe o desânimo nem do aluno, tampouco do professor, cabe sim, um esforço maior de ambas as partes e buscar a resolução desses entraves do cotidiano da EJA. Sabe-se que essas problemáticas estão presentes não só na EJA, mas na educação infantil, na merenda escolar, no acesso às creches e na política educacional como um todo, não apenas uma parte, são dificuldades de presença constante em nossa educação pública. A proposta dessa entrevista teve por objetivo compreender mais acerca de uma realidade pouco conhecida, uma modalidade pouco comentada, mas muito presente em nosso cenário educacional e que uma boa parte populacional de jovens e adultos estão presentes. Perceber as dificuldades que permeiam esse universo, é necessário que o professor em formação entenda as problemáticas existentes nessa modalidade de ensino, de uma certa forma resolver na sua docência, engajar nessa área de ensino, entender que fazer a mudança é a chave de tudo, pois a mudança vem em primeira mão, do professor mediador e suas práticas, para que possa-se obter uma turma motivada ao progresso, e, dessa forma diminuir a gritante evasão e desmotivação que assolam esta forma de ensino....


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