Fichamento do texto Apontamentos para pensar o ensino de História hoje reformas curriculares, Ensino Médio e formação do professor. Marcelo Magalhães PDF

Title Fichamento do texto Apontamentos para pensar o ensino de História hoje reformas curriculares, Ensino Médio e formação do professor. Marcelo Magalhães
Course Laboratório de Ensino de História II
Institution Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Nesse documento encontra-se um fichamento do artigo “Apontamentos para pensar o ensino de História hoje: reformas curriculares, Ensino Médio e formação do professor". Escrito por Marcelo Magalhães e encontrado na Revista Tempo, v. 11, n. 21, pp. 49-64, 2007. ...


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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES Laboratório de Ensino de História I Referência: MAGALHÃES, Marcelo. “Apontamentos para pensar o ensino de História hoje: reformas curriculares, Ensino Médio e formação do professor”. Revista Tempo, v. 11, n. 21, pp. 49-64, 2007.

Fichamento - O texto aborda a questão dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Médio frente a um conjunto de políticas públicas de educação implementadas nos anos 1990. Ao longo do texto o autor fala sobre a história do Ensino Médio e Fundamental e sobre os limites da nova proposta dos PCNs refletindo sobre o ensino de História e a formação do professor. (p.49). - Na página 50 o autor fala sobre as décadas de 1980 e 1990, onde ele explica que essas décadas foram marcadas por reformulações curriculares e essas reformulações têm ligação com a transição da ditadura civil-militar para a democracia. Magalhães também mostra que em 1982 os governos estaduais tiveram que rediscutir o que era ensinado na escola, pois muitos professores eram contra os currículos mínimos estabelecidos a partir da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), eles apontavam que essas propostas estavam distantes da realidade escolar, já que eram feitas por um órgão do governo que não tinha relação direta com a escola. Com isso as reformulações de 1980 e 1990 tentaram romper com essa distância incluindo os professores nos diálogos junto com a Secretaria de Educação para construir novas propostas. (p.50 e 51). - Magalhães fala que em 1990 as reformulações curriculares tiveram seus currículos revistos pela União, com isso as propostas desenvolvidas sofreram críticas e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino Médio foram rejeitados pelos docentes. Ainda na página 51, o autor relata que em 1999 os PCNs buscavam organizar o Ensino Médio em três áreas: Linguagens, códigos e suas tecnologias, Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias e Ciências Humanas e suas tecnologias; esses PCNs foram publicados no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso contendo um volume para cada área de conhecimento e em 2004 no governo de Luis Inácio Lula da Silva estes PCNs voltaram a ser discutidos. (p.51).

- Com a retomada da discussão sobre os PCNs foram realizados três movimentos para compreender a sua restrita recepção, os três movimentos são: “1. situar os PCNs em meio a um conjunto de políticas públicas de educação, implementadas a partir de meados dos anos 1990; 2. recuperar aspectos da história do Ensino Médio, para compreender o projeto de reforma deste nível contido nos PCNs; 3. apontar alguns limites desta proposta, a partir de uma reflexão sobre o ensino da História e a formação do professor.” (p.52). - Durante a gestão de Paulo Renato Souza não havia um consenso sobre as políticas públicas de educação implementada pelo MEC, sendo assim as questões relacionadas à educação eram alvos de disputas em que vários grupos concorriam entre si. (p.52) - Durante a gestão do ministro Paulo Renato Souza o MEC e o Conselho Nacional de Educação se dedicaram a uma produção de propostas curriculares que foi denominada como diretrizes. As diretrizes e os PCNs foram organizados com base na definição de competências e habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos, em disciplinas como Português e Matemática é mais fácil a organização em competências do que em disciplinas como História e Geografia. (p.53) - Foi durante a gestão de Paulo Renato Souza que foram criados o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Exame Nacional de Cursos (ENC). (p.54) - Na página 55 o autor fala sobre a presença dos PCNs na produção de matérias didáticos e com isso passou a ser comum a presença de selos nas capas dos livros didáticos mostrando suas adequações aos Parâmetros. Sendo assim as editoras começaram a fazer uma revisão dos materiais didáticos para poder se adequar à proposta curricular e para se adaptar aos critérios de avaliação do PNLD. (p.55). -Magalhães na página 56 e 57 relata sobre a história do Ensino Médio no Brasil e como ela foi marcada pela existência de uma dualidade referente aos tipos de formação, ela era dividida em profissionalizante, para os trabalhadores, e a propedêutica, para as elites. A profissionalizante era vista como uma maneira de ensinar um ofício aos pobres, eles tinham a opção de escolher entre o curso rural ou profissional e para ingressar nesses cursos só havia opções de ensino referente ao mundo do trabalho. Já as escolas das elites tinham formações gerais, começando no ensino primário, passando pelo propedêutico e terminando no superior. (p.56 e 57).

- Marcelo Magalhães, no final da página 57 e início da página 58, fala que em 1975 foi eliminada a obrigatoriedade referente ao ensino profissionalizante e que em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabeleceu o Ensino Médio a etapa final da Educação Básica. Para ele o Ensino Médio é um lugar onde é possível conseguir um diploma mais valorizado no mercado de trabalho do que o do Ensino Fundamental e de acordo com o que ele presenciou como professor em colégios públicos, o Ensino Médio parece não contribuir muito na formação dos alunos. (p.57 e 58). - Marcelo Magalhães mostra que em 1997 a disciplina Estudo Sociais foi substituída por História e Geografia e que os PCNs organizam os conteúdos de História por eixos temáticos: “... História local e do cotidiano (1° ciclo) e História das organizações populacionais (2° ciclo).” (p.59). - Na página 60 o autor fala sobre a construção dos PCNs para o Ensino Fundamental, onde ele acredita que de alguma maneira esses PCNs foram construídos “... no diálogo com a produção curricular dos estados e municípios das décadas de 1980 e 1990...” (p.60). - Na página 61 Marcelo Magalhães fala sobre uma educação fundada na capacidade de lidar com a grande quantidade de informações que é uma consequência do mundo no século XXI que está em acelerada transformação e com isso vem à formação baseada em competências e habilidades, na qual é estruturada em 3 eixos sendo o 1° referente a comunicação e representação, o 2° investigação e compreensão, o 3° contextualização sociocultural. (p.61). -Os PCNs tratam de forma superficial a contribuição dos conhecimentos de História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Política e Filosofia para a área de Ciências Humanas. (p.62). -Nas páginas 63 e 64 o autor diz que o MEC demonstra que acreditada que a formação que o professor tem não está adequada às competências e habilidades e isso gera dificuldades para a implementação da reforma no Ensino Médio. Com isso, Magalhães conclui seu texto dizendo que: “O caminho trilhado neste artigo demonstra que as críticas aos PCNs, sobretudo os do Ensino Médio, e as dificuldades surgidas na sua utilização não podem ser unicamente compreendidas a partir do problema da formação dos professores, que, inegavelmente, existem. É preciso considerar que a construção de uma proposta que se quer fundadora de um novo Ensino Médio não pode estar dissociada das práticas docentes desenvolvidas neste nível de ensino, das experiências formativas existentes até então e da história deste ensino no Brasil.”...


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