FRI Resumos - Resumo Fundamentos de Relações Internacionais PDF

Title FRI Resumos - Resumo Fundamentos de Relações Internacionais
Course Fundamentos de Relações Internacionais
Institution Universidade do Minho
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Resumos de Fundamentos das Relações Internacionais-Livro ''Understanding International Relations''...


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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO: DEFINIR RELAÇÕES INTERNACIONAIS Há três perspetivas sobre as relações internacionais: 1. A primeira envolve-a dentro das organizações internacionais, das relações económicas, políticas e sociais com diferentes países; 2. A segunda fala apenas das relações internacionais como assunto entre guerra e paz; 3. A terceira, mais atual, envolve-as na globalização. Nas R.I. há uma interação entre o mundo atual e o mundo do conhecimento. - Problema do consenso nas definições das ciências sociais: Os autores dão o exemplo de que a comunidade científica concorda com a ideia de chamar “formiga” à formiga. No entanto nas ciências sociais (excetuando provavelmente a economia) é pouco provável encontrarmos uma definição coerente. Se encontrarmos uma definição para R.I., esta será apenas uma convenção. R.I., segundo a definição convencional, é o estudo das relações entre estados a nível diplomático, militar e estratégico. O objeto de estudo das R.I. está constantemente a mudar por isso não haver uma definição concreta. O conceito convencional de R.I. sublinha a relação de anarquia entre os Estados. As R.I são basicamente construídas pelos Estados: definição estadocêntrica. Os Estados tentam controlar as fronteiras, no entanto, nem sempre conseguem fazer tudo a que se propõem, e é aí que surgem as organizações internacionais e se envolvem nas fronteiras. Geralmente, o Estado é o ator principal em quase todas as perspetivas nas R.I. No entanto há uma que não põe o Estado no centro, mas sim a globalização. Esta é uma análise radical das RI, que põe no centro os avanços tecnológicos. Não há portanto uma definição correta e completa.

- Teorias e perspetivas Explicação custo-benefício: No século XIX as Guerras eram apenas algo que acontecia porque um estado se queria defender de outro, sem procurarem teorizar as reais causas da guerra. Pressupõe-se que se reduzirem os benefícios da guerra e aumentarem os custos haverá menos guerra. Há outros tipos de teorias: Teorias explicativas: Explicam as razões pelas quais as guerras surgem. Teorias normativas ou prescritivas: tentam dizer qual deve ser a nossa atitude em relação à guerra. Teorias interpretativas: interpretam os acontecimentos, tentando dar-lhes significado. Há muitas teorias porque não há uma concreta que englobe tudo.

Se tentarmos definir R.I. com apenas uma definição esta não incluirá todas as vertentes da disciplina. Há pluralismo de teorias em R.I.

CAPÍTULO 2 – O DESENVOLVIMENTO DA TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO SÉCULO XX

- Introdução O estudo académico das R.I. só surgiu em embrião antes da Primeira Guerra Mundial. Antes aquilo que conhecemos hoje como Relações Internacionais era visto como uma mera junção de várias disciplinas (Direito Internacional, Economia, Teoria Política…).

- Internacionalismo liberal e as origens da disciplina Após a Primeira Guerra Mundial, as culpas da Guerra foram atribuídas, e mesmo durante o conflito, pensadores, teóricos e filantropos analisaram maneiras de mudar o sistema das relações internacionais. As ideias destes foram aplicadas imperfeitamente na Conferência de Versalhes. «Internacionalismo liberal» - adaptação de princípios políticos largamente liberais à gestão do sistema internacional. Este internacionalismo liberal foi perfilhado pelo presidente Wilson, e foi apresentado no discurso dos 14 pontos. “Se todos os regimes fossem nacionais e democratas-liberais, não haveria guerra.” Foi assente nas ideias do internacionalismo liberal que se formou a Sociedade das Nações, um novo acordo de relações internacionais entre os Estados para evitar conflitos. No entanto esta Sociedade fracassou. Os internacionalistas liberais foram incapazes de lidar com os acontecimentos que surgiram na década de 1930: ascensão de ditadores, colapso económico (crash de 1929), agressão na Ásia, Europa e África…

- A crítica «realista» ao internacionalismo liberal O grande problema do internacionalismo liberal foi a vaga de movimentos autoritários/totalitários que atingiu todo o Mundo, principalmente a Europa. Regimes como o de Hitler tinham grande apoio popular. Niehbur critica os internacionalistas liberais dizendo: 1. Exageravam demasiado na capacidade de coletividades de seres humanos se comportarem de maneiras verdadeiramente morais; 2. Afirmava que os Homens tinham a capacidade de ser bons, no entanto esta capacidade está sempre em conflito com os impulsos pecaminosos, gananciosos e agressivos que também compõem o ser humano. Carr (realista) também critica os internacionalistas liberais: 1. O internacionalismo liberal é utópico; 2. Mostra o verdadeiro conflito que há nas relações internacionais e que decorre entre ricos e pobres.

A posição de Carr mostra também as suas origens quase marxistas. Aspetos que merecem ser sublinhados sobre a teoria do internacionalismo liberal: 1. Explicação liberal das origens da Guerra errada; 2. A Alemanha não era em 1914 aquilo que os liberais diziam que era; O internacionalismo liberal é, sem dúvida, uma teoria incoerente e imperfeita.

- A síntese do pós-guerra Após 1945, o realismo tornou-se a teoria dominante nas Relações Internacionais. O mais importante realista desta época foi o judeu alemão Morgenthau. Diferenças entre o realismo de Morgenthau e Carr: 1. Morgenthau julgava que o fundamento do realismo residia não na escassez, um produto da condição humana, mas sim no pecado, um produto da natureza humana. 2. Morgenthau tinha um realismo sistematizado. Carr tem um realismo complexo e diversificado, aberto a várias interpretações. Os realistas acreditam na teoria estadocêntrica: o Estado não é o único ator, mas é o mais importante. Há uma necessidade de poder que surge do facto de o sistema internacional ser anárquico. Realismo de Morgenthau: 1. 2. 3. 4.

Descritivo e explicativo; Prescritivo; Propósito crítico; Para além de falar da realidade, dá o seu parecer de como as coisas deveriam ser.

- Relações internacionais e ciências do comportamento A obra de Morgenthau contém muitas “leis da política”. Como é óbvio, os Estados e estadistas não têm de obedecer a essas leis, fazem até uma própria interpretação destas. Na sua maioria, os “behavioristas” eram realistas, no entanto, o seu objetivo era mudar a «literatura sapiencial» e a utilização «episódica» da história representada por Morgenthau e pelos realistas tradicionais.

1. 2. 3.

O método podia envolver a criação de novas bases de dados e séries temporais histórias; Podia envolver a utilização de modelos matemáticos para o estudo de tomadas de decisões; Podia envolver a criação de novos conceitos que minaram por completo as Relações Internacionais estadocêntricas.

Tudo isto, em suma, se trata de uma tentativa dos realistas aspirarem a matéria das Relações Internacionais à ciência.

- Objeção à síntese realista

Realismo – críticas: mudanças na alta diplomacia; mudanças socioeconómicas. Estas críticas foram feitas por novas teorias que surgiram na altura: neorrealistas e institucionalistas neoliberais. O conceito das R.I. foi mudando ao longo do tempo e dos acontecimentos históricos. 1º Perspetiva: As relações internacionais têm importância capital quando o que está em causa são questões de vida ou de morte… 2º Perspetiva: As Relações Internacionais convencionais pressupõem que as relações internacionais são importantes quando ocorrem através das instituições dos Estados. Não só os Estados intervêm no sistema, mas também atores não estatais. RELAÇÕES INTERNACIONAIS → RELAÇÕES TRANSNACIONAIS

- Pluralismo e interdependência complexa Interdependência complexa: nova explicação das relações internacionais, para funcionar em simultâneo com o realismo, e estabelecem três principais diferenças: 1. A interdependência complexa pressupõe que há múltiplos canais de acesso entre as duas abordagens; 2. A interdependência complexa pressupõe que para maioria das relações internacionais a força tem pouca importância, por oposição àquilo que a força representa para os realistas; 3. Não há hierarquia de questões: qualquer questão pode estar, a qualquer momento, na primeira linha da agenda internacional. Os Estados sempre foram interdependentes. Pluralistas: 1. A definição de agenda é uma questão de muita importância. Ao contrário da interdependência complexa, pluralistas dizem que qualquer questão não pode estar na primeira linha da agenda internacional. 2. Pensam como os realistas, que é o poder é importante. Os «estruturalistas» criticavam o pluralismo.

CAPÍTULO 3 – A TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS HOJE

- Introdução: a teoria da escolha racional e os seus críticos 1960: Morgenthau e seus críticos (realistas e antirrealistas) formaram a teoria das R.I.; 1980, 1990 e 2000: o nome de Waltz substituiu o de Morgenthau. Teoria da escolha racional: comportamento dos indivíduos de modo a minimizarem os prejuízos em cada escolha que fazem. Esta perspetiva global, é inspirada na economia, sendo designada por «neo-utilitarista». NEORREALISMO DE WALTZ → Estrutural (estruturalismo). Waltz possibilitou a integração da teoria das R.I. nos EUA.

- Do realismo ao neorrealismo Teve de se designar um novo realismo porque realmente havia mudanças no realismo, em resposta ao desafio pluralista, e que o neorrealismo é símbolo dessa mudança. «TEORIA» → Para Morgenthau, é um termo muito vago; Para Waltz, é definido com grande rigor através de expressões retiradas do pensamento de Karl Popper sobre método científico. Waltz nega ser positivista, no entanto as suas crenças podem coloca-lo nesse campo. Ele defende ainda que só é possível compreender o sistema internacional através de teorias sistémicas – tentar compreender o sistema através de teorias que se concentram nos atributos das unidades que compõe o sistema é cometer o “pecado” do REDUCIONISMO. O reducionismo está errado, porque há padrões nos sistemas internacionais que se repetem ao longo do tempo. Exemplo de Waltz: Lenine teria de estar errado ao explicar o imperialismo em termos da dinâmica do capitalismo monopolista, porque o imperialismo sempre existiu e o capitalismo monopolista é algo recente. TIPOS DE SISTEMA → Hierárquico e Anárquico. O atual sistema é claramente anárquico. O sistema internacional é um sistema de autoajuda: Os Estados são obrigados a olhar para si próprios porque não há ninguém que olhe por eles. Para além de olhar pela sua própria segurança, têm que olhar para outros Estados como potenciais ameaças. → Estes movimentos levaram ao equilíbrio de poder. Para maior parte dos autores os sistemas bipolares são mais instáveis; Para Waltz são mais fáceis de gerir porque há menos partes envolvidas. Não há garantia que surja um equilíbrio entre Estados pois maior parte destes preferia eliminar estados potencialmente ameaçadores. • A diferença entre o realismo e o neorrealismo é a analogia económica. Há uma comparação entre estruturas de mercado (concorrência de 2 empresas) e Guerra Fria (concorrência entre 2 regimes diferentes). Waltz diz ainda que, os estados são egoístas e têm escolha racional. TEORIA DE WALTZ (NEORREALISMO) ≠ TEORIA DE MORGENTHAU (REALISMO)

Apesar de Waltz e Morgenthau terem teorias muito diferentes, ambos concordam no pressuposto de que a segurança dos Estados provém da estrutura anárquica do sistema internacional. Defendem também que os Estados atingem a segurança mantendo-se parte no sistema. REALISMO OFENSIVO → Afirmam que a segurança é tão fugaz num sistema de auto-ajuda que os Estados são levados a obter o máximo possível de poder. REALISMO DEFENSIVO → Mais poder pode levar a menos segurança.

- Do Neorrealismo ao institucionalismo liberal PLURALISTAS (1970) = INSTITUCIONALISTAS NEOLIBERAIS (1980/90)

NEORREALISTAS Anarquia internacional e Estados egoístas.

Os Estados preocupam-se com os seus benefícios e com os dos outros. Os Estados só cooperam quando esperam que os benefícios serão maiores ou iguais aos benefícios das outras partes envolvidas.

INSTITUCIONALISTAS NEOLIBERAIS Cooperação entre estados egoístas em anarquia internacional.

AMBOS Egoísmo racional dos Estados e Anarquia do Sistema Internacional.

Os Estados têm um comércio desigual. Os Estados cooperam uns com os outros porque é do seu interesse fazê-lo.

- Construtivismo e a «Escola Inglesa» O construtivismo é o movimento oposicionista com mais rápido crescimento na teoria das R.I. Textos de Alexander Wendt (1987,1992), Friedrich Kratochwil (1989) e Nicholas Onuf (1989) estabeleceram as ideias construtivistas como uma alternativa genuinamente radical às R.I. convencionais. • Defendem que «vivemos num mundo concebido por nós» e não por forças não humanas; • Naturalmente, atores específicos prosseguirão objetivos específicos para obter segurança; • Os interesses dos Estados são concetualizados como exógenos; • A identidade importa; • Num quadro anárquico pode haver regras. A Escola Inglesa tem essa designação porque, embora muitas das suas figuras não serem inglesas, as principais trabalhavam em Inglaterra. O trabalho centra-se na noção de «sociedade internacional», e esta exprime duas noções: 1. Mundo de Estados e não entidades subestatais; 2. Os Estados quando interagem não constituem apenas um sistema internacional, mas sim uma sociedade. Concluindo, o construtivismo crítica o facto de grande parte das teorias pressuporem que todos os Estados são egoístas racionais e que maximizam a sua segurança no âmbito da problemática anárquica.

- O pensamento internacional crítico, pós-estruturalista e «pósmoderno» • Novos pensadores contemporâneos; • Autores feministas; alguns genuínos «pós-modernistas»; • Contexto iluminista e pós-iluminista;

• Realismo científico. Estas novas abordagens pretendem explorar e elucidar a problemática da anarquia e não trata-la como um dado adquirido. «Teóricos críticos» - pensamento internacional de esquerda e progressista que vem da Revolução Francesa, incluindo o radicalismo liberal (Kant, Hegel e Marx). Marx, foi o mais influente. As ideias dele não tiveram os melhores efeitos na sociedade. Habernas inspirou-se em Kant sobre a obrigação ética e relacionou com a Guerra do Golfo. Held procura democratizar as relações internacionais. Linklater pretende mudar as noções de comunidade política. James Der Derian teve um contributo interessante sobre a «guerra virtual» que tem ligações com outras tentativas de descrever a evolução da natureza da guerra. Realismo científico: é a ideia de que a ciência pretende descrever a forma como as coisas são e que os objetos da ciência existem no mundo real.

CAPÍTULO 4 – AGÊNCIA, ESTRUTURA E ESTADO

- Introdução Qual é o fator mais determinante do nosso mundo social? →Agência (as ações dos atores ou a sua capacidade de atuar) ou a Estrutura (as várias restrições no âmbito das ações dos atores)?

- O problema agente-estrutura e os níveis de análise O problema agente-estrutura é um debate não resolvido das ciências sociais. Os agentes agem dependendo das estruturas. Durkheim defendeu que os fatores estruturais de longo prazo como o direito, as convicções religiosas… eram os mais importantes fatores que determinavam o comportamento individual. Teoria Realista Clássica Tendia a centrar-se no agente, com os Estados a funcionarem como agentes em questão.

Teoria Neo-realista (Waltz) Analisou a natureza do sistema internacional (anárquico) como uma variável estrutural, e que esta era a melhor explicação para a guerra.

Resolução deste problema através dos níveis de análise: • J. David Singer identificou o problema de explicação nas R.I. como um problema de «níveis de análise». Argumentou que os teóricos das R.I. se baseavam em duas fontes de explicação não conciliáveis: o Estado e o Sistema Internacional.

• Buzan, Waever e Wilde identificaram cinco níveis de análise das R.I.: sistemas internacionais; subsistemas internacionais ou grupos dentro dos sistemas internacionais como a ASEAN ou a OCDE; unidades, como Estados ou empresas transnacionais; subunidades, como grupos de pressão; e indíviduos. → A ideia de que podemos analisar a política internacional através de níveis e gerar várias teorias e conclusões é muito importante. • Waltz (neorrealista): os Estados não são forçados a obedecer a imperativos estruturais, portanto estes agentes têm alguma liberdade em relação à estrutura. → Construtivistas duvidam da teoria de Waltz que diz que os agentes (Estados) são autónomos, racionais e egoístas, e que o S.I. é anárquico. Wendt (construtivista) diz que não se deve identificar os agentes e a estrutura como as principais causas do que acontece nas R.I. Defendem que os sistemas de normas e crenças são estruturas sociais que funcionam como incentivos ou como restrições. • Wight (realista crítico): Afirma que a agência não é redutível à estrutura. A questão que ele faz é: “o que queremos dizer com agência e estrutura?” e não “será a politica internacional moldada por agentes e forças estruturais?”. → Os agentes e estruturas nunca são independentes. No entanto não é apenas o Estado que tem grande importância a nível de agência, mas também atores não estatais, como organizações intergovernamentais, organizações nãogovernamentais, empresas multinacionais… → É impossível compreender as R.I. sem fazer referência aos Estados, e apesar de uma aparente perda de poder por parte dos Estados após a paz de Vestefália, o Estado continua a ser o agente predominante da Política Internacional.

- O Estado e as Relações Internacionais O REALISMO oferece uma explicação estadocêntrica do mundo. Portanto, o realismo deveria ter uma teoria específica sobre o estado, no entanto isto não acontece.

A emergência de um sistema de Estados é o produto da queda deste mundo. Uns defendem que este começou a partir da Paz de Vestefália, em 1648, que acabou com a Guerra dos 30 anos. No entanto, este sistema surgiu também graças a novas técnicas e tecnologias militares, o verificado crescimento económico… O que é o Estado? → O Estado é pura e simplesmente uma concentração de poder, de força bruta, de poder básico (militar). (Treitschke) O que fazem, afinal, os Estados? Há três respostas. 1. Os Estados detêm o monopólio da violência legítimo, o que permite que alguns autores defendam a posição de que o Estado é essencialmente uma potência militar. 2. O Estado representa o seu povo e age em seu nome, tanto interna como externamente. Cria-se portanto a ideia de Estado-Nação.

3. Existe ainda a ideia de contrato social, que o Estado serve para promover o interesse dos indivíduos, permitindo assim uma cooperação entre o Estado e o povo. Há ainda a perceção dos marxistas, que defendem que os Estados não servem para nada mais nada menos que servir interesses particulares. Wendt (construtivista) defende que os Estados devem ser tratados não apenas como agentes da política internacional, mas como próprias «pessoas». Para Wight (realista crítico), o Estado não é um agente em si mesmo, mas sim um órgão que facilita o exercício do poder.

- Política Interna e Externa: Agência dentro do Estado O Estado, enquanto instituição social, existe em dois ambientes: interno, constituído por todas as outras instituições localizadas no território demarcado pelo Estado; externo, constituído por todos os outros Estados e pelas interações entre esses Estados. Este participa em ambos os ambientes, ou seja, na política externa e interna. Política externa: As decisões de política externa são vistas como respostas racionais a uma situação específica, formuladas por um único ator estatal unitário. As decisões podem ser analisadas dependendo da racionalidade de quem as tomou. Por exemplo, pensar no porquê da União Soviética ter instalado os mísseis no local e no momento em que os fez. Há teóricos que defendem que a intuição pode ser melhor para a tomada de decisões do que a racionalidade. Allison estuda a tomada de decisão em crises, e estas podem ser influenciadas pela falta de tempo e a pressão que as próprias crises trazem. É evidente então que os comportamentos mudam em situações de crise relativamente a uma tomada de dec...


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