Introdução ao Narcisismo PDF

Title Introdução ao Narcisismo
Author Gustavo Muniz
Course Sistemas Psicológicos Freud e os Pósfreudianos
Institution Universidade do Estado da Bahia
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Resumo de Psicanálise...


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Universidade do Estado da Bahia Departamento de Educação, Campus I Curso de Psicologia, 4º Semestre Disciplina: Sistemas Psicológicos - Freud e os pós-freudianos Docente: Alba Riva Discente: Gustavo de Barros Araújo Muniz Fichamento Nº 4

Introdução ao narcisismo (1914) FREUD, S. Edição Standard Brasileira. A história do movimento psicanalítico, artigos sobre metapsicologia e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1975. v. XIV. p. 44-64.

I. Freud traz primeiramente o conceito de narcisismo como o complemento libidinal do egoísmo do instinto de autoconservação. Postula que haveria um narcisismo primário e normal, que seria parte do processo de desenvolvimento da criança e portanto, autoerotizado. Compara o narcisismo com a esquizofrenia, pois possuem o caráter em comum da megalomania e o abandono pelo mundo externo. Caberia neste caso o termo “introversão” de Jung. A recondução da libido sexual ao objeto caracterizaria um narcisismo secundário, com a retirada da energia do mundo externo. Essa energia seria conduzida ao Eu, que contrastaria com libido de objeto. Portanto, quanto maior a energia investida de uma, menor será a outra, sendo a diferenciação realizada apenas através do investimento do objeto. O autor prossegue dissertando sobre os valores de libido do Eu e libido de objeto, que estariam intimamente ligadas aos processos neuróticos e psicóticos, assim como é realizado uma conexão com as neuroses de transferência e a esquizofrenia. A libido poderia ser considerada como o produto da diferenciação da

energia que normalmente atua na psique. Jung vai de encontro às ideias de Freud quando aborda sobre

a introversão da libido sexual e, portanto, um

investimento maior ao Eu, promovendo uma perda da realidade. Traz o exemplo de um anacoreta ascético (monges cristãos celibatários) que se distanciaria das atividades sexuais. II. É discutido sobre as possíveis vias para estudo do narcisismo. Uma delas seria o estudo através das manifestações patológicas, enquanto que as outras estariam ligadas às hipocondrias e a vida amorosa dos sexos. A importância das necessidades orgânicas geralmente se sobrepõem ao investimento libidinal nos objetos, fazendo com que seu direcionamento seja voltado ao Eu. Como exemplo, tem-se a dor como elemento determinante para o caminho dessa energia, assim como o estado do sono que induz a uma retração da libido de volta para a própria pessoa, até que o desejo possa ser saciado. Da mesma forma, o hipocondríaco irá retirar seu interesse do ambiente externo e o redicionará a seu corpo, na forma de sensações penosas localizadas. Freud também conjectura que a hipocondria tenha com a parafrenia uma relação semelhante a da histeria com a neurose, e que a parafrenia tenha uma relação direta com a libido do Eu, assim como a neurose obsessiva e a libido de objeto. Sendo a angústia hipocondríaca a contrapartida da angústia neurótica. A diferença entre as afecções da parafrenia e as neuroses de transferência se dá em que no primeiro a libido liberada pelo fracasso não fica em objetos na fantasia, mas sim retorna ao Eu. Nas neuroses de transferência, a angústia se revela através da conversão, formação reativa e formação protetiva (fobia). Nas parafrenias isso é demarcado pelas tentativas de restauração, acarretando um desligamento parcial da libido em relação a seus objetos. Através disto, são categorizados três grupos de manifestações: manifestações residuais da libido no objeto; o processo patológico ligado ao desligamento mais prolongado, como a megalomania, a hipocondria, o distúrbio

afetivo e as regressões; as de restauração, em que a libido se apega novamente aos objetos. Quanto a vida amorosa dos seres humanos, Freud postula que as crianças, ao escolherem seus objetos sexuais na infância, têm o que conceituou como tipo de apoio. E nas pessoas em que o desenvolvimento libidinal sofreu perturbações, como seriam os pervertidos e homossexuais, a escolha do objeto sexual se basearia na própria pessoa, caracterizando uma escolha de objeto narcísica. O autor explora então que a atitude terna de muitos pais com seus filhos teria uma ligação direta com a revivência e reprodução do seu próprio narcisismo abandonado. A superestimação é algo destacado, a atribuição de perfeições às crianças, e a omissão e esquecimento de todos os defeitos. Sendo assim, as coisas devem ser melhores para as crianças do que foram para seus pais, não devendo estar sujeitas às doenças, morte, e outras necessidades dominantes da vida. Ela deve assim concretizar os sonhos dos pais, que refugiam suas necessidades na criança. III. Nesse trecho Freud explica sobre o complexo de castração, que se refletiria na angústia relativa ao pênis no menino, e a inveja do pênis, na garota. É relacionado ao efeito da intimidação sexual exercida sobre a criança. Adler defende esse processo como o “protesto masculino”, que teria sua origem numa valoração social ao invés da tendência narcísica. É discutido também o “fenômeno funcional”, caracterizado por Silberer como a observação da transposição de pensamentos em imagens visuais entre o sono e a vigília. Foi inferido então o papel da auto-observação na formação do conteúdo do sonho. Em

sua

abordagem

sobre o amor-próprio, é admitido uma

dependência íntima da libido narcísica. Nas parafrenias o amor-próprio seria aumentado, enquanto que nas neuroses de transferências seria diminuído. Na vida amorosa não ser amado, rebaixaria o amor-próprio, e ser amado o elevaria. A dependência de um objeto amado teria, portanto, efeito rebaixador....


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