Introdução ao Behaviorismo-Radical PDF

Title Introdução ao Behaviorismo-Radical
Author OLIVER SILVA
Course Introdução ao Behaviorismo Radical
Institution Universidade Federal do Paraná
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Introdução ao Behaviorismo Behaviorismo clássico e radical: evolução histórica, pressupostos filosóficos e metodológicos. A noção de comportamento. Princípios básicos do comportamento. Pressupostos básicos da filosofia behaviorista radical. Modelo de seleção por consequências. Concepção sobre eventos privados. Professor: Alexandre Dittrich Possui graduação em Psicologia pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (1999) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2004). Atualmente é professor e pesquisador na Universidade Federal do Paraná. Tem experiência nas áreas de Psicologia e Filosofia, dedicando-se especialmente aos seguintes temas de pesquisa: relações entre behaviorismo radical e análise do comportamento; história da psicologia; epistemologia da psicologia; relações comportamentais sociais e culturais; ética, política e psicologia. E-mail: [email protected] A única forma de behaviorismo praticada hoje é o behaviorismo radical. Vamos tratar do behaviorismo que veio antes do radical, o pavloviano e watsoniano. O que é behaviorismo? Behavior = comportamento. É o estudo do comportamento. Comportamento é uma palavra muito abrangente, muito mais do que podemos imaginar. Em princípio, há comportamento desde quando existe a vida, desde organismos unicelulares até o ser humano, que tem comportamentos muito mais complexos. O comportamento é um processo muito complexo e possui uma longa história, desde os primeiros organismos. É possível estudar esse objeto tão complexo? Os primeiros comportamentos estudados cientificamente foram os reflexos, que são os mais simples. Na análise do comportamento, os reflexos também são chamados de Comportamentos Respondentes. Reflexo vem do latim “reflexus”, que significa voltar, retornar, rebater. Inicialmente, esta palavra foi utilizada na física para estudar alguns processos, como a reflexão da luz. Os reflexos foram estudados, inicialmente, pela fisiologia, que é o estudo das funções dos organismos vivos. Dois elementos identificam um reflexo: um ESTÍMULO que causa uma RESPOSTA. S – R ou E – R. Exemplos de reflexos: ao ser espetado por uma agulha, afastar o ponto afetado. Ao encostar em um fogão, afastar a mão. Quando o seio (ou um dedo) encosta na boca do bebê, ele suga (um reflexo primitivo, pois dá uma idéia de ser um reflexo que não dura a vida inteira). Quando ouvimos um barulho alto repentino, ou quando um objeto vem subitamente em nossa direção, nos “assustamos” (uma reação que coloca o corpo em alerta, preparado para agir). Definição de Reflexo: Uma relação comportamental na qual um ESTÍMULO particular causa uma RESPOSTA particular (involuntária e imediata) em um organismo, dadas as características inatas desse organismo. Não precisamos aprender isso, são inatos. Diferentes espécies têm diferentes repertórios de reflexos, embora certos reflexos sejam comuns.

Qual a origem dos reflexos? Todos os reflexos são inatos – isto é, são herdados geneticamente. Possivelmente, eles existem por causa de seu valor de sobrevivência em termos filogenéticos (evolutivos): ajudam os organismos a lidar com seu ambiente de forma adequada (preservando o organismo, evitando ameaças do ambiente ou preparando o organismo para ações posteriores). Em uma linguagem darwiniana, diríamos que eles têm “valor de sobrevivência”. Embora todas as respostas reflexas sejam inatas, um organismo pode “aprender” a reagir de modo reflexo diante de novos estímulos ambientais, em relação aos quais não estava geneticamente predisposto a agir. É aí que entra um primeiro personagem importante na história do behaviorismo: Ivan Pavlov (1849-1936) Pavlov foi um fisiólogo russo. Seu período mais produtivo foi entre 1900 e 1920. Em 1904, seu trabalho lhe rendeu o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina. Tratado como heroi científico pelo governo russo que assumiu o comando após a revolução de 1917, era um forte crítico do regime comunista, tendo escrito diversas cartas de protesto diretamente dirigias a Joseph Stalin. Pavlov fez pesquisas sobre comportamentos respondentes. Pavlov trabalhava exclusivamente com animais, utilizando o método experimental – isto é, verificando o efeito da manipulação de variáveis independentes (VI) (variáveis ambientais) sobre variáveis dependentes (VD) (variáveis comportamentais). Sua principal descoberta foi a possibilidade de condicionar a ocorrência de respostas reflexas a novos estímulos ambientais – daí o nome do processo que Pavlov estudou, chamado Condicionamento Respondente. Como muitas outras descobertas da ciência, a descoberta do condicionamento respondente foi acidental... Mas depois disso, Pavlov passou a estudar esse processo sistematicamente em seu laboratório. Ele estava mensurando saliva dos cães com os quais ele trabalhava, e Pavlov começou a notar que eventos que antecediam a alimentação dos cães (visuais, sonoros), começaram a provocar a salivação dos cães. Houve aprendizado, portanto. Um experimento pavloviano típico: Condicionar a resposta reflexa de salivar em um cão, mediante a apresentação de um ESTÍMULO INCONDICIONADO (comida) junto a um ESTÍMULO NEUTRO (som, luz, estímulo tátil). Após algumas repetições dessa apresentação conjunta, o cão passava a salivar apenas na presença do ESTÍMULO NEUTRO, que agora passamos a chamar de ESTÍMULO CONDICIONADO. A salivação, inicialmente uma RESPOSTA INCONDICIONADA, passa a ser chamada de RESPOSTA CONDICIONADA. Situação “natural”: EI -> RI Processo de condicionamento: (EN + EI) -> RI Resultado do processo: EM (agora, EC) -> RC Comida -> salivação Diapasão -> nenhuma resposta Diapasão + comida -> salivação

Diapasão -> salivação Algumas observações importantes: Nem todos os reflexos são igualmente condicionáveis. Alguns são mais fáceis de condicionar, outros mais difíceis. Mas alguns reflexos que inicialmente pareciam “não-condicionáveis” foram condicionados depois de muitas repetições de emparelhamentos (Ex.: reflexo pupilar após 400 apresentações conjuntas de uma campainha e um facho de luz! – Cason, 1922) O condicionamento respondente apenas torna novos estímulos capazes de ELICIAR reflexos já existentes. Contudo, os reflexos em si não são modificados (eles podem apenas ser mais ou menos intensos). O condicionamento respondente não muda a forma do reflexo. Pavlov media a intensidade do reflexo salivar apenas. Reflexos condicionados podem ser EXTINTOS: basta apresentar o estímulo condicionado (som, p. ex.) sem a apresentação conjunta do estímulo incondicionado. Gradualmente, o estímulo condicionado volta a ser neutro. A partir do modelo experimental de Pavlov, outros pesquisadores começaram a estudar o condicionamento (e a extinção), como o John Watson (1878-1958), fundador do Behaviorismo. Watson foi um psicólogo estadunidense, aluno de James Angell, o psicólogo funcionalista da Universidade de Chicago. Inicialmente, ele fazia pesquisa com animais, por influência da escola funcionalista. Eles foram um dos primeiros a fazer experimentos com animais. Seu experimento mais famoso envolveu o condicionamento de respostas reflexas de medo/ansiedade em um bebê. O experimento recebeu um nome que entrou para a história da psicologia: O Experimento do “Pequeno Albert” (1920) Albert era um bebê de 11 meses. Diante da apresentação de um ESTÍMULO INCONDICIONADO (um som alto, produzido pelo golpe de um martelo em uma barra de metal), Albert apresentava RESPOSTAS REFLEXAS INCONDICIONADAS de medo/ansiedade (“susto”, agitação, choro). O experimento envolvia apresentar conjuntamente um ESTIMULO NEUTRO (um ratinho branco) e o ESTÍMULO INCONDICIONADO (o som alto). Após algumas repetições desse procedimento, a simples apresentação do ratinho passou a causar respostas reflexas semelhantes àquelas originalmente causadas pelo ESTÍMULO INCONDICIONADO. As respostas agora causadas pelo ratinho se chamam RESPOSTAS CONDICIONADAS, e o que era originalmente um ESTÍMULO NEUTRO (o ratinho) passa a se chamar ESTÍMULO CONDICIONADO. Esse procedimento é chamado CONDICIONAMENTO RESPONDENTE. Note que o que acabamos de fazer foi descrever uma relação comportamental estabelecida entre aspectos do comportamento do bebê (respostas) do bebê e aspectos de seu ambiente (estímulos). Na análise do comportamento, sempre descrevemos relações comportamentais com o auxílio dos conceitos de estímulo e resposta. Contudo, veremos posteriormente que essas relações podem ser muito mais complexas do que aquelas descritas no

condicionamento respondente. Conforme essas relações vão ficando mais complexas, estímulos e respostas também adquirem propriedades mais complexas. Temos aqui cinco abreviações para estímulos e respostas numa relação respondente. EI significa Estímulo Incondicionado Nos experimentos de Pavlov e Watson, EI designa Comida e Som alto RI significa Resposta Incondicionada Nos experimentos de Pavlov e Watson, RI designa Salivação e Medo/Ansiedade EN significa Estímulo Neutro Nos experimentos de Pavlov e Watson, EN designa Campainha e Rato branco EC significa Estímulo Condicionado Nos experimentos de Pavlov e Watson, EC designa Campainha e Rato Branco RC significa Resposta Condicionada Nos experimentos de Pavlov e Watson, RC designa Salivação e Medo/Ansiedade *Matéria de prova* Em seu experimento, Watson notou que Albert também apresentava reações de medo (embora em menor intensidade) diante de estímulos meramente semelhantes ao rato branco (um coelho, uma bola de algodão branca, uma barba de Papai Noel, etc.) Esse processo tornou-se conhecido como Generalização Respondente A generalização aponta para o fato de que estímulos que partilham certas propriedades com o estímulo originalmente condicionado também podem adquirir a capacidade de eliciar a resposta condicionada. Essa generalização é importante para entender as várias fobias de pacientes clínicos. Uma pessoa não tem medo de uma certa cobra especificamente, e sim de várias cobras diferentes ou coisas parecidas com cobras vistas de longe, por exemplo. (rere) Qual a importância das pesquisas de Watson? Watson demonstrou que era possível condicionar respostas reflexas em seres humanos. Esse condicionamento pode ocorrer também em ambientes naturais, fora do laboratório. Portanto, todos nós estamos sujeitos ao condicionamento respondente. Isso ajuda a explicar fááááários problemas psicológicos, como as fobias e os chamados “transtornos de ansiedade”. O condicionamento respondente em nosso cotidiano. O condicionamento respondente ajuda a explicar por que: Podemos salivar quando vemos comida, ou mesmo quando alguém fala em comida, ou quando nos aproximamos de um restaurante. Podemos ficar ansiosos quando vemos uma pessoa que nos fez mal (um pai que bate numa criança, um patrão que pune seus empregados, um professor que castiga seus alunos)

Podemos ficar “arrepiados” só de ouvir o som da broca de um dentista (algumas pessoas ficam muito ansiosas na sala de espera, e cada vez mais ansiosas conforme vai chegando a hora da consulta) Podemos ficar ansiosos ao nos aproximar de um local no qual passamos por uma experiência ruim (pessoas que tiveram ataques de pânico em certos locais tendem a evitar esses locais – mas “evitar um local”, como veremos em breve, é um exemplo de comportamento operante...) Como vimos, depois de condicionar respostas de salivação em seus cães, Pavlov EXTINGUIU essas respostas, simplesmente apresentando o estímulo CONDICIONADO (som) sem a apresentação simultânea (ou posterior) do estímulo INCONDICIONADO (comida). Seria possível fazer o mesmo com seres humanos? Sim. DESCONDICIONAMENTO “Psychclassics”

A evolução de Peter, registrada por Mary cover Jones (1924) A. coelho na gaiola em qualquer lugar da sala causa reações de medo B. Coelho na gaiola a 12 pés (3,6 m ) tolerado C. Coelho na gaiola a 4 pés (1,2m) tolerado D. Coelho na gaiola a 3 pés (90 centímetros) tolerado E. Coelho na gaiola bem perto tolerado F. Coelho solto na sala tolerado G. Encosta no coelho com o experimentador segurando (...) M. Segura o coelho no colo (...) P. Afaga o coelho carinhosamente Q. Deixa o coelho lamber seus dedos Dessensibilização Sistemática ou Terapia de Exposição Gradual: O contracondicionamento respondente na clínica. Essa técnica, baseada nos princípios do condicionamento respondente, é utilizada com sucesso para tratar fobias (medo de animais, de altura, de espaços fechados, etc). Foi desenvolvida a partir da década de 1950. Passo 1: Construir junto ao cliente uma hierarquia de situações fóbicas Hierarquia de eventos ansiogênicos para uma cliente com fobia de elevador (Zamignani, 2004): A 6 metros do elevador, pensando em entrar nele A 3 metros do elevador Ao pé do elevador Apertando o botão para chamar o elevador Abrem-se as portas do elevador e prepara-se para entrar nele Subindo no elevador vazio Subindo no elevador cheio (...)

11. Em um elevador qualquer que pára entre dois andares Passo 2: Ensinar ao cliente técnicas de relaxamento Passo 3: Introduzir gradualmente os estímulos fóbicos (dos menos intensos para os mais intensos), mantendo o estado de relaxamento. A técnica pode envolver estímulos reais, imaginados ou ambos. (Textos complementares: 3211 (ao vivo) e 32-12 (por imagens). Como funciona um “detector de mentiras”? O aparelho se baseia na suposição de que o ato de mentir pode ser um estímulo que antecede uma punição física ou verbal por parte de outras pessoas. Essa punição geraria respostas reflexas (medo, ansiedade), que poderiam ser novamente evocadas pelo mero ato de mentir. O aparelho não detecta “mentiras”, mas respostas corporais supostamente evocadas pelo ato de mentir (p. ex., aumento da frequência cardíaca e respiratória, pequenas alterações na sudorese). Situação “natural” EI (Punição) -> RI (Medo/Ansiedade) Processo de condicionamento: EN (Mentir) + EI (Punição) -> RI (Medo/Ansiedade) Resultado do processo: EN (Mentir), agora EC -> RC (Medo/Ansiedade) O “detector de mentiras” é confiável? As pesquisas têm demonstrado resultados controversos: o aparelho parece funcionar em parte dos testes, mas não em todos – a confiança nunca é absoluta. Em resumo, “detectar mentiras” ainda não é algo que se possa fazer com inteira confiança. Possível explicação: Diferentes pessoas vivem diferentes experiências quando mentem. A frequência e a intensidade da punição podem variar muito, levando a diferentes reações emocionais quando as pessoas mentem. A própria situação que envolve o “teste de mentira” pode influenciar essas reações emocionais. Ou seja, os dois casos, tanto quando a pessoa está mentindo quanto quando ela está falando a verdade (mas o detector diz que ela está mentindo) são influenciados pelo comportamento respondente. A influência de Watson na História da Psicologia. O marco inicial do surgimento do behaviorismo foi um artigo publicado na revista Psychological Review em 1913: Psicologia como o behaviorista a vê. Às vezes também chamado “manifesto behaviorista”. A psicologia da época, dominada pelos métodos introspectivos, encontrava grandes dificuldades para estabelecer um vocabulário consensual para tratar dos eventos privados (normalmente chamados “mentais”: pensamentos, sentimentos, imaginação, etc.) Em ser artigo, Watson propôs: O abandono da introspecção enquanto método de estudo O estudo do comportamento observável – pelo menos provisoriamente, até que a psicologia produzisse métodos mais confiáveis para o estudo de comportamentos privados.

Eventos privados, para o behaviorismo, são o que, para as outras psicologias, é chamado de eventos mentais. É importante destacar, portanto, que nenhum behaviorista (incluindo Watson): 1. Afirma que eventos privados (mentais) não existem 2. Afirma que eventos privados (mentais) não devem ser estudados pela psicologia 3. Afirma que eventos privados (mentais) não são importantes. Como veremos em breve, um dos diferenciais do behaviorismo radical é exatamente propor uma nova forma de compreensão dos eventos privados. A publicação do artigo de 1913, de Watson, não causou uma revolução imediata. Sua importância só foi reconhecida nos anos seguintes. Apenas a partir da década de 1920 o behaviorismo começou a se tornar popular na psicologia, paralelamente ao declínio do estruturalismo e do funcionalismo. Contudo, o mais influente dos behavioristas começou a publicar seus trabalhos apenas a partir de 1930, transformando o behaviorismo e a própria psicologia. B. F. Skinner (1904-1990) Skinner foi um psicólogo estadunidense – certamente, um dos mais influentes da história. Ele propôs uma filosofia denominada behaviorista radical, e um programa de pesquisas denominado análise do comportamento. Skinner publicou seus trabalhos entre 1930 e 1990. Costuma-se apontar o texto “A análise operacional de termos psicológicos” (1945) como o marco histórico de surgimento do behaviorismo radical. Hoje, pode-se afirmar que o behaviorismo radical é a única forma de behaviorismo ainda vigente. Assunto: A organização da análise do comportamento enquanto forma de produção de conhecimento psicológico (próxima aula). Assunto: A organização da análise do comportamento enquanto forma de produção de conhecimento psicológico. Estrutura de um projeto científico (Escola, corrente, tradição): Fundamentos filosóficos -> método científico -> dados, fatos, leis -> teoria científica -> tecnologia. As diferenças entre as correntes/linhas começam a surgir no fato de que, nos termos de fundamentação filosófica, é preciso definir o objeto de estudo. Não há uma verdade absoluta em torno destas linhas. Elas estudam os respectivos objetos de certos pontos de vista. É preciso um método para inferir leis gerais sobre os objetos. Essas leis se estruturam de tal forma que surge uma teoria científica coerente. Se a teoria tiver conflitos, será preciso mais pesquisas em torno dos objetos de estudo. Uma teoria científica pode ou não dar margem ao surgimento de uma tecnologia. No caso da psicologia, geralmente é bem possível essa tecnologia, e esta é uma aplicação da teoria científica. A palavra tecnologia normalmente é usada para dizer de máquinas, computadores, etc., mas também é utilizada como uma extensão da teoria científica, uma aplicação. Projeto científico: Análise do Comportamento.

Fundamentos filosóficos (Behaviorismo Radical) -> Método científico (Análise experimental do comportamento + análise aplicada do comportamento) -> Dados, fatos, leis (“Leis” do comportamento) -> Teoria científica (Análise do comportamento, que são as “Leis” do comportamento + Interpretação) -> Tecnologia (Prestação de Serviços, que é a clínica, organizações, escolas, comunidades, etc.) A principal tarefa desta disciplina é descrever quais as principais propostas da FILOSOFIA Behaviorista Radical. Esta filosofia é a que define o objeto de estudo e a que propõe certos métodos de estudo para este objeto. Em toda linha psicológica há um fundamento filosófico por trás. A partir do fundamento do behaviorismo radical, adotamos dois métodos científicos, que serão descritos melhor posteriormente. As leis são tiradas destes dois métodos de estudo; Métodos de Pesquisa na Análise do Comportamento. Dentro da teoria denominada Análise do Comportamento (AC) existem várias formas de produzir conhecimento e de analisá-lo criticamente (métodos). Método: forma de fazer algo Primeiramente, é importante apontar que a análise do comportamento se apoia firmemente em métodos empíricos – isto é, métodos de pesquisa direta com as relações comportamentais. Empírico no sentido de algo que pode ser observado. O método empírico básico da AC é a Análise experimental do comportamento (AEC). Ela é realizada geralmente em laboratório envolvendo seres humanos, mas também outras espécies. A tarefa básica da AEC é descrever relações comportamentais – isto é, relações regulares entre comportamento e ambiente (“leis” do comportamento). A essência do método experimental, como vimos anteriormente, é verificar o efeito da manipulação de variáveis independentes (na AC, variáveis ambientais) sobre variáveis dependentes (na AC, variáveis comportamentais). Outro método empírico da AC é a Análise aplicada do comportamento (AAC). Ela é realizada em ambientes “naturais” (fora do laboratório), e busca verificar empiricamente a aplicabilidade dos princípios descobertos pela AEC em situações humanas do cotidiano (clínicas, organizações, escolas, comunidades, etc.). Embora ela seja muito importante para fundament...


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