Mieloma Múltiplo e Macroglobulinemia de Waldenstrom PDF

Title Mieloma Múltiplo e Macroglobulinemia de Waldenstrom
Author Jéssica de Sá
Course Medicina
Institution Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Pages 4
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Aula + Livro (zago)...


Description

Distúrbios dos plasmócitos DISTÚRBIOS DOS PLASMÓCITOS (GAMOPATIAS MONOCLONAIS): ● são distúrbios dos plasmócitos: Linfoma linfoplasmocítico Macroglobulinemia de Waldenstrom Doenças de cadeia leve Doenças de cadeia pesada Mieloma múltiplo (ou mieloma de células plasmáticas) Plasmocitoma solitário Plasmocitoma extra-ósseo.

APRESENTAÇÕES 1) MGUS (Gamopatia monoclonal de significado indeterminado) ▪ Somente um pico monoclonal de proteína sérica ou urinária < 3g/dL e com ▪ < 10% plasmócitos na Medula óssea ▪ Paciente é assintomático; Nenhum sinal de dano a órgãos ou tecidos ▪ não necessitam de tratamento e podem permanecer estáveis por muitos anos; pode evoluir para o mieloma múltiplo.

ambos os critérios: ▪ Proteína Monoclonal sérica ≥ 3g/dL ou urinária e/ou Plasmócitos entre 10-60% na medula óssea. ▪ Nenhuma lesão em órgão relacionada à atividade de doença; sem sintomas CRAB. ▪ Smoldering (assim como o MGUS) exige acompanhamento mas SEM tratamento.

▪ Tumor ósseo formado por plasmócitos (na verdade, podem existir plasmocitomas NÃO ósseos; mas é tipicamente ósseo) ▪ É uma doença EXPANSIVA. ▪ Diferença entre plasmocitoma solitário e MM → plasmocitoma NÃO é secretor, não invade medula óssea, NÃO gera picos monoclonais, e não causa CRAB. ▪ Pode evoluir para Mieloma múltiplo

▪ > 20% plasmócitos no sangue periférico com contagem absoluta dos plasmócitos de pelo menos 2000 μ/L. ▪ Pode ser primária ou secundária (ocorre durante a evolução do MM) ▪ Prognóstico ruim (tanto a primária quanto a secundária; não costuma ser responsiva a quimioterapia).

Polineuropatia, Organomegalia, Endocrinopatia, Proteína M, Pele (skin); NÃO tem CRAB. ▪ É pouco comum ▪ Eletroforese de proteínas modificada. ▪ Não é mieloma múltiplo porque não tem sintomas CRAB.

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Distúrbios dos plasmócitos

▪ Doença clonal de plasmócitos ; pode ser por hiperprodução de IgG ou IgA OBS: é raro MM por hiperprodução de IgM (no geral hiperprodução de IgM é a MW); manifestações clínicas distintas da MW. ▪ A presença de plasmocitoma secretor, tipicamente com vários plasmocitomas, é o que gera o Mieloma múltiplo; ● EPIDEMIO: ▪ São comuns: Compreende 1% das neoplasias gerais e 10% das neoplasias hematológicas. Pacientes mais velhos ( > 40 anos) ● CLÍNICA: → É uma doença predominantemente lítica e sistêmica. ▪ Sintomas que definem MM → CRAB :Hipercalcemia, Insuficiência renal, anemia e doença óssea (lesões líticas ou plasmocitoma). ▪ Sintomas NÃO definidores mas que podem estar presentes → dor óssea, vômitos, diarreia, febre, sincope, hiperviscosidade. ▪ Anemia de doença crônica/inflamação ▪ Outros: Hiperviscosidade sintomática, amiloidose, infecções bacterianas recorrentes (>2 episódios/ano). OBS: Hipercalcemia

● EXAMES: ▪ Imunoeletroforese de proteínas séricas e urinárias→ PICO MONOCLONAL OBS: pico monoclonal é diferente de pico policlonal visto em infecções como um platô no gráfico do exame. ≥ 3g/dl de proteína M sérica ou urinária ▪ Cálcio sérico ▪ LDH → avalia a destruição sistêmica de células ▪ Proteína total e frações ▪ Inventário ósseo → exames de imagem (Radiografia digital, tomografia computadorizada ou ressonância de corpo inteiro). Normalmente é feita TC de corpo inteiro com baixa radiação (lesões mínimas já valem o diagnóstico de MM). OBS: lesões líticas também são chamadas de lesões em SACA-BOCADO (não especificas de MM). ▪ Biopsia de medula óssea ▪ Aspirado ● DIAGNÓSTICO (Zago/hemorio) Mieloma Múltiplo (todos os três Critérios devem ser encontrados) ▪ Presença de proteína Monoclonal Sérica e/ou Urinária ▪ Presença de células plasmáticas clonais na Medula Óssea ou um plasmocitoma ▪ Presença de lesão em órgão relacionada a atividade de doença Cálcio Aumentado Renal Insuficiência Anemia Bone, Lesão lítica ● TRATAMENTO → Quimioterapia, inibidor de proteassoma e imunoterapias. O tto se consolida com transplante autólogo (caso o paciente consiga passar por este procedimento). Caso contrário, faz-se tratamento de manutenção (que geralmente controla a doença e é capaz de evitar o óbito).

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Distúrbios dos plasmócitos

● DEFINIÇÃO → Multiplicação monoclonal de células produtoras de IgM. Como IgM é um pentâmero, causando viscosidade extrema e apresentação clínica diferente do Mieloma múltiplo. Como IgM é pentâmero de alta densidade, pode se depositar em tecidos, causando doença de depósito (rins, coração, cérebro, intestino, e outros órgãos) inviabilizando os órgãos acometidos → AMILOIDOSE SECUNDÁRIA OBS: nem toda IgM é proteína de depósito, a doença de deposito ocorre apenas em alguns tipos de IgM !!! ◊ EPIDEMIO: a doença é muito rara (mais do que mieloma múltiplo). Outras formas apresentações relacionadas: ▪ Há gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) de IgM, com componente monoclonal apenas ▪ Há MW smoldering → Ou seja, assintomático (apenas o pico monoclonal de proteína M e 10%< [Plasmócitos na medula] < 60% ● DIAGNÓSTICO: Aumento monoclonal de IgM associado e Linfoma linfoplasmocítico na medula óssea e Medula óssea com mais de 10% de plasmócitos. Exames para o diagnóstico → ELETROFORESE DE PROTEÍNAS e exames de bioquímica. ● CONSEQUÊNCIAS → Síndrome de Hiperviscosidade , Síndrome consumptiva ; Amiloidose; CRIOGLOBULINEMIA (ataque Às hemácias por anticorpos frios); ● CLÍNICA: ▪ Organomegalia (causada pelo linfoma linfoplasmocítico nos órgãos; pode ser vista em biopsia); Visceromegalias ▪ Linfonodomegalias ▪ Neuropatia periférica ▪ Cefaleia, borramento visual ▪ Disfunção em órgão alvo (Rim, pulmão, fígado) ▪ Fenômeno de Raynaud ▪ Alterações de coagulação (interação Ptn/Ptn) ▪ Anemia hemolítica ● TRATAMENTO: ▪ PLASMAFÉRESE (para reduzir a quantidade de IgM no sangue) associado a QUIMIOTERAPIA (TCD20+ é o alvo; semelhante a alguns linfomas).

MIELOMAS MÚLTIPLOS DE IgM: ▪ Existem mas são muito raros (somente 1% dos mielomas múltiplos); difícil diagnóstico. ▪ CLÍNICA: lesões líticas; tem manifestações clínicas DIFERENTES DE MW! ▪ t(11,14) típica de MM Mieloma Múltiplo de IgM é CD38+ (o que também é típico de mielomas múltiplos). Macroglubulinemia de Waldenstrom (que é de IgM) é CD20+

CASO CLÍNICO 1 Paciente, 65 anos, feminina, comparece à emergência com dores em MSD. Rx de MSD indicando fratura de úmero. Paciente nega traumas locais prévios. ▪ Qual exame mais importante neste momento para esclarecimento diagnóstico? Eletroforese de proteínas (com imunofixação) → é o PRINCIPAL exame Imunoeletroforese ▪ O que esperar nesse exame para das diagnóstico de MM? Pico monoclonal.

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Distúrbios dos plasmócitos

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CASO CLÍNICO 2 Paciente, 80 anos, em consulta de rotina, apresenta eletroforese de proteínas com PICO MONOCLONAL. O exame havia sido pedido por outro médico (paciente não sabe por qual motivo). ▪ Este paciente tem Mieloma múltiplo? Não se sabe a princípio, fazer outros exames complementares. ▪ Como confirmar? Buscar sintomas CRAB ou Biopsia da medula óssea (mais correto) ou mielograma (>60% de plasmócitos). Ou Plasmócitos entre 10 a 60% na medula + CRAB ou proteína monoclonal>3g/dL. CASO CLÍNICO 3 Paciente, 55 anos, masculino, com ANEMIA CRÔNICA. Entre os diagnósticos possíveis está o mieloma múltiplo; foi solicitada eletroforese que confirmou pico monoclonal de proteínas. ▪ Quais sintomas diferenciam o Mieloma múltiplo sintomático do MM Assintomático? Sintomas CRAB (hipercalcemia, função renal reduzida, anemia e lesões líticas). ▪ Cite 3 exames fundamentais para o manejo deste paciente. Hemograma, biopsia da medula óssea, inventário ósseo, creatinina sérica, dosagem de cálcio sérico (pois a eletroforese já pediram). CASO CLÍNICO 4 Paciente, 45 anos, pico monoclonal de IgM ▪ Quais os critérios diagnósticos de Macroglobulinemia de Waldenstrom?

Plasmócitos > 10% na medula óssea + linfoma plasmocítico na M.O + pico monoclonal de IgM ▪ Quando tratar? Apenas quando o paciente for SINTOMÁTICO, com hiperviscosidade, linfoma linfoplasmocítico que comprima estruturas, acometimento pulmonar importante ou anemia expressiva, por exemplo. CASO CLÍNICO 5 Paciente feminina, 50 anos, pico monoclonal de IgM. Apresentando insuficiência cardíaca e renal. ▪ Qual o provável diagnóstico? AMILOIDOSE SECUNDÁRIA (pico de IgM está causando doença de depósito em órgãos nobres). ▪ Qual o exame solicitar para esclarecimento diagnóstico? Biopsia de gordura abdominal periumbilical E uso de corante vermelho-congo. Pois espera-se que a proteína amiloide tenha se depositado também na gordura abdominal, evitando assim, uma biopsia de um órgão nobre. CASO CLÍNICO EXTRA Paciente, masculino, 60 anos, fraturou o úmero enquanto dormia. Radiografia local evidencia, além da fratura patológica, algumas lesões líticas. Hemograma: anemia normo/normo. Bioquímica: creatinina e ureia elevadas; cálcio muito elevado. Paciente refere que tem queda no estado geral há 6 meses. ▪ Quais exames pedir? Eletroforese de proteínas Bioquímica Exame de imagem (TC, RX, RM: Ossos, linfonodos, vísceras). Hemograma Função renal e hepática Coagulograma....


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