O filme Augustine - Resumo PDF

Title O filme Augustine - Resumo
Course História Antiga e Medieval
Institution Universidade Estadual da Paraíba
Pages 4
File Size 102.4 KB
File Type PDF
Total Downloads 17
Total Views 150

Summary

Resumo...


Description

Augustine: a queda do Império Romano. (Filme) (Invasões Bárbaras, a queda do império e a formação da cristandade).

O filme Augustine, a queda do Império Romano relata a história de Santo Agostinho, figura importante no qual transformou a história da cristandade diante o império “pagão” romano. No decorrer do filme, Agostinho conta a sua trajetória passando como Roma foi se esfacelando no decorrer dos anos e como ocorreu a sua conversão ao cristianismo junto com a expansão religiosa cristã. No período inicial da trama, Roma e o seu império nesse momento estavam em ruínas. A sua decadência teve como ponto de partida ás invasões dos povos Germânicos ou Bárbaros no final do século II adiante, que provocou pânico e medo aos cidadãos das cidades que faziam parte do grande império, o seu cenário de defesa contava com tropas militares e com muralhas que cercavam as suas fronteiras. Os povos bárbaros assim denominados pelos romanos, depois dos contatos armados que tiveram com a tropa militar de Roma nas fronteiras do rio Reno, passaram a entrar no próprio império romano tornando-se parte em alguns casos do poder militar e até mesmo a realizar trocas comerciais. Essa “infiltração” dos povos germânicos nas províncias imperiais, foi aspecto para a população como também um dos propósitos da decadência de Roma, visto que os outros povos pertencentes a essa denominação passaram a atacar e destruir cada vez mais o poder do império. Desse modo, as invasões impulsionaram as guerras internas e externas nas províncias romanas, pois a partir de então, ocorreu uma série de preocupações e de transtornos, já que se via uma circunstância de escassez em termos gerais, pelo bloqueio que foi feito diante as invasões. As invasões germânicas envolviam o interesse pela busca de riquezas, terras férteis e demais características do extenso império. As invasões bárbaras diante as perspectivas externas ou melhor, luta do “seu” povo visigodos, hunos, ostrógodos e os demais enfraqueciam cada vez mais a riqueza imperial de Roma, além do mais, o exército militar do próprio império encontrava-se cada vez mais esmiuçado e fraco, pois, as batalhas tornaram-se constantes e o seu exército não mais tinha forças e soldados suficientes para os conflitos que coexistiam. Diante esse momento, enxergava-se um império que aos poucos fragmentava-se apresentando, um declínio na sua base econômica voltada para a agricultura, uma recessão urbana juntamente com uma consequente diminuição demográfica e uma peste que assolava a população drasticamente.

A decadência de Roma, não se limitou apenas nas invasões dos povos Germânicos, pois, suas ruínas foram expandidas com a não anexação de novos territórios. Roma, dominava três continentes, obtinha inúmeros soldados e vivia dos saques que ocorriam no processo de invasões aos novos territórios, que nesse momento encontrava-se inexistente. A partir de então, o império tornou-se extenso e em termos políticos e demográficos no “limite”, desse modo com várias fronteiras para serem protegidas em decorrência das conquistas no decorrer do tempo, iniciou-se o problema do custeamento para sustentar o poder militar romano diante as “linhas” de defesas em cada província, esse custo perante a situação que se chegou passou a ser realizado através dos cofres públicos. Como resultado da necessidade do uso dos recursos públicos, Roma viu-se obrigada a aumentar o valor dos impostos e das arrecadações dos tributos, diante a população e passando a ter uma economia voltada para as trocas comerciais. Sendo assim, o Império despedia-se do seu esplendor, para passar por um momento atormentador designado como, a crise romana do século III. Existia duas visões para os destroços do império, uma romana no qual culpava a invasão dos bárbaros e a outra por cristãos, no qual afirmava que era um castigo de Deus, pelos seus pecados cometidos que diante esse cenário os pagãos encontravam-se com medo do que podia acontecer adiante. Os cristãos sempre consideraram a hipótese de que a catástrofe indicasse não apenas decadência, como o fim do mundo. Em 368-388, comentando a profecia de Jesus sobre a destruição do templo de Jerusalém e a consummatio saeculi, o bispo de Milão, Santo Ambrósio, traçou um balanço da tragédia. De um lado, sua perspicácia política acentuava a gravidade da insurrectio de hunos contra alanos, de alanos contra godos, enfim da migração dos povos; de outros, denunciava uma crise moral que em seu estilo adquiria tonalidades bíblicas. (MAZZARINO, 1991, p.57.)

A partir de então, o filme regride e passa a mostrar a história de Santo Agostinho, a diante do seu nascimento em Hippo na África. Percebe-se nos primeiros minutos do filme, que sua mãe Mônica, tinha sido convertida há um bom tempo ao cristianismo, onde na hora do parto iniciou a oração do Pai Nosso, temendo a sua morte e a de seu filho. Perante a religião cristã e uma religião pagã, assim cresceu Santo Agostinho, tendo como mãe uma mulher cristã e de muita fé na qual frequentava as Igrejas pertencentes aonde vivia e um pai no qual apenas converte-se com o batismo nos fins de seus dias. Aos 15 anos Agostinho, mudou-se para Cartago (norte da África) e pertencente ao Império Romano, no qual estudou Direito e tornou-se um dos maiores advogados daquela região. Agostinho, apesar de ter sido criado em um ambiente cristão ao lado da enorme fé da sua mãe converteu-se ao maniqueísmo, religião cujo consiste no dualismo do bem (luz) e do

mal (sombras). No então, muda-se para Roma para ser orador do tribunal como representante do imperador Valentiniano, “conflitando” com o bispo Ambrósio já que Agostinho ao que se sabe, odiava os cristãos, porém mais tarde Ambrósio torna-se o principal influenciador de Santo Agostinho para o cristianismo. A partir de então, Mônica (sua mãe) com palavras e gestos simbólicos sobre Deus aos poucos faz Agostinho, pensar sobre o cristianismo, no qual inicia a sua conversão e aceitação lentamente. Em certo ponto do filme, a mando da mãe do imperador trava-se uma batalha entre o poder militar e os cristões junto ao bispo Ambrósio, no qual o império queria a sua capela para expandir o arianismo, religião no qual confrontava-se com o cristianismo pelo fato de afirmar que Jesus e Deus não seriam a mesma pessoa. Daí em diante, nota-se que o cristianismo já obtinha um certo poder diante o império e a partir do momento que Santo Agostinho converteu-se, esse poder aumentou mais, pois o número de pagãos diminuiu, ou seja, a conversão de Agostinho foi um grande fator que influenciou a propagação do cristianismo e o levou a tornasse bispo. No decorrer da vida de Santo Agostinho, ele escreve duas das suas principais obras Cidade de Deus, no qual relata a fé cristã, e Confissões onde descreve seus pecados e exprime a prece de misericórdia que lhe seja dada por Deus. A formação de uma sociedade cristã, deu-se aos poucos já que anteriormente a população do império, era submetida a adorar o rei e não há Deus. No período no qual é denominado como o declínio de Roma, A igreja católica e os seus seguidores, foram extremamente perseguidos e torturados, pois, negavam-se a servir ao exército romano que nesse momento sofria uma grande crise militar. Além do mais, os cristãos pregavam que deveria existir a igualdade entre os homens, fator no qual o Império Romano queimava-os vivos, como forma de punição e temor da propagação do cristianismo. A adoção de uma nova religiosidade em termos gerais no século IV, foi um fator no qual apenas com o imperador Constantino I seria possível, pois, usou como forma estratégica para salvar o império romano que desse modo receberia um certo apoio da população e pusera fim as perseguições com o Edito de Milão, fortalecendo o seu poder e o combate contra a decadência de Roma. Ele então primeiramente converteu-se e tornou-se o primeiro imperador cristão, após isso declarou que seria de livre arbítrio cultuar qualquer Deus, logo foi fundamental para o convertimento aos poucos do império, que agora não se via mais obrigado a seguir como Deus, o rei. Porém, em 391 d.C. a religião católica ao se tornar a religião oficial ocasionou a perseguição nesse momento de todos cidadãos no qual, não fossem adeptos da religião que o império seguia.

No império de Constantino, ocorreu a transferência da capital do Império para a cidade de Bizâncio, no qual posteriormente passou a se chamar Constantinopla. Entretanto, com o advento dos reinos bárbaros que além de cultuarem uma religião ariana trouxeram consigo novas culturas e povos aos anteriores domínios romanos, o cristianismo junto com o império romano teve um papel no qual buscou conservar a religiosidade vigente no império, já que as invasões bárbaras e as formações dos seus reinos ameaçavam não só a nova religião como também os valores da sociedade romana. Ao modo que ocorria o convertimento dos povos bárbaros, acontecia em suma a modificação de estruturas sociais e culturais desses povos, passando assim a obter características romanas. Ainda no império de Constantino ocorreu o Concílio de Nicéia, no qual foi definido as crenças no qual os cristãos deveriam ser seguidores. Em 395 d.C., sob o governo de Teodósio foi dividido mais uma vez em, Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla e Império Romano do Ocidente com sede em Milão. Perante os processos da aceitação da Igreja Católica e sua difusão em termo religiosos e políticos, foi definido a Igreja Católica Apostólica Romana. Consequentemente, apenas no século V as invasões germânicas ou bárbaras no Império Romano do Ocidente tiveram seu fim, iniciando-se a Idade Média....


Similar Free PDFs