Radiologia e ultrassom PDF

Title Radiologia e ultrassom
Author MARIA CAROLINA NARVAL DE ARAÚJO
Course Radiologia Veterinária
Institution Universidade Federal de Pelotas
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Summary

Anotações de aula sobre radiologia....


Description

21/03/16, Radiologia – Luiz Carapeto Radiologia e ultrassom dois exames que se usa imagem, mas são coisas bem diferentes, inclusive os conceitos da radiologia são completamente diferentes do ultrassom. No ultrassom é bom o líquido, para a radiologia não é, bom pra radiologia o bom é ar, conteúdo gasoso, que é horrível para o ultrassom. Os dois têm imagens brancas, pretas e cinzas. Uma coisa que é branca na radiologia é preta no ultrassom. A radiologia é nada mais que meio auxiliar de diagnóstico, é uma parte da semiologia mais especializada, tem muitas informações que se consegue através dos dois exames, radiologia e ultrassom se complementam. Toda vez que encontrarem essa figura, uma luz vermelha acesa, não entrem por que ali dentro são radiações ionizantes que tem alguma e muita interferência sobre o organismo e são várias as radiações ionizantes que nos causam problemas e as que não causam. Aqui dentro desse momento nós temos com radiação ionizante que é a luz, essa luz é uma radiação ionizante que não traz problema e se não tivesse essa luz, qualquer luz, não tem imagem, então as radiações ionizantes são radiações que temos que ter cuidado e aí não pode entrar numa sala que está fazendo radiação desse tipo. A luz pode sensibilizar a revelação das chapas de raio-x, podendo levar a perda das revelações. Os raios-X foram descobertos em 1895 por Wilhem C. Roengten, a descoberta do raio x foi uma grande descoberta e marco na Medicina. Recebeu o 1º prêmio Nobel de física em 1901. Com a descoberta da radiologia conseguimos enxergar por dentro, antes era só por fora e para ter noção fazia-se palpação, hoje já tem outra ferramenta que nos dá a possibilidade de estudar por dentro e quem descobriu, descobriu por acaso. Logo em seguida teve um uso muito grande e depois ela caiu em desuso porque as pessoas começaram a usar o raio x indiscriminadamente e aí quem trabalhava com raio x começou a ter enfermidades, tipo catarata, câncer, pelo uso indiscriminado e aí viram que tinha que ter proteção, as coisas evoluíram e voltou com tudo. Hoje existe a radiologia digital, é o mesmo princípio, mas não tem revelação. Josef Eder em 1896 radiografou um gato e Richar Eberlein no ano seguinte um canino em atlas de radiografia canina. Radiologia é imagem, imagem é sugestão e essa sugestão vem da anamnese. Então apesar de nós veterinários, clínicos, fazerem o atendimento, eles fazem a anamnese, nós veterinários que trabalhamos com radiologia devemos fazer o diagnóstico veterinário, a anamnese voltada para radiologia. Uma imagem pode ser uma coisa ou outra, se tiver um rim normal eu vou ver toda a estrutura renal, se eu tiver um rim com deposito vão faltar estruturas, estarão comprometidas, se eu não tiver a base muito boa na anamnese meu diagnóstico radiológico estará errado, mas o pior é o diagnóstico final errado. Se eu tiver um cão que chegou com fratura exposta na clínica, nessa fratura eu preciso ver não só a fratura precisa-se ver as condições desse osso, e isso tudo vai me dizer pela anamnese também, para eu, inclusive, classificar e tomar procedimentos na radiografia.

Radiografia de cobra

Não se deve fazer radiografia por fazer, se faz quando temos alguma suspeita, uma dúvida, aí se usa a radiologia. Fizeram a radiografia da cobra para ver os ovos, ela vai parir, é uma cobra que tinha passado um tempo e os ovos ficaram muito grandes e aí fizeram intervenção cirúrgica na cobra.

Radiografia de um lagarto O lagarto tinha no “lado debaixo” uma zona com vários pontos e linhas brancas, chamadas radiopacas, isso nos sugere que esse lagarto comeu um rato e esse rato está no estômago, óbvio. Esse lagarto tem dentro do estômago imagens brancas (radiopacas) e as pretas (radiolucentes), o rato está no lado esquerdo. A técnica recomenda que marquemos os lados, esquerdo e direito. Mas tem algumas estruturas anatômicas que sabemos onde vão estar localizados, o fundo gástrico está sempre do lado esquerdo, por exemplo. Nunca estará do lado direito.

Definição:

Raio x é a parte da ciência médica que utiliza-se das radiações x para avaliar a forma e a funcionalidade das estruturas. A funcionalidade está mais ligada ao ultrassom, o ultrassom funciona bem melhor, já a morfologia funciona muito melhor no raio x para diagnóstico e tratamento, terapia. Radioterapia é feita com raio x, mas é outro capítulo da radiologia, são procedimentos bem diferenciados.

Radiações x:

São eletromagnéticas, ou seja, tem magnetismos, eletricidade, e são resultantes da transferência de elétrons que estão dentro de uma ampola e se batem de frente com um obstáculo. Tem energia e andam por aqui sem carregar massa, essa luz que vocês estão sentindo, a luz branca, ninguém consegue agarrar. O raio x também ninguém consegue agarrar, porque ele não tem massa, não dá para pegar.

Produção dos raios x:

É muito alta essa energia magnética que consegue ultrapassar todas as barreiras, o raio x não se detém em nada, passa, mas pode ser amenizado, o chumbo barra PARTE da radiação. Sai um feixe de raio x, embaixo tem o animal, um filtro e se vem essa radiação toda, isso é no momento que não pode ter ninguém na sala, a não ser o paciente disposto às radiações.

Radiações eletromagnéticas:

Têm várias, raios x, rádio, radiação ultravioleta, micro-ondas, eletricidade, ondas de TV, radiações infravermelho, apenas se diferenciam pelo comprimento de onda, frequência e energia. Raio x ultrapassa moléculas, no corpo humano tem poucas moléculas no pulmão, por exemplo, contém ar, então fica fácil a visualização. O espectro do raio x, que vamos daqui a pouco ver, tem variação de comprimento de onda, que é a distância que uma partícula leva para formar uma onda, todas as partículas se movimentam em onda, quando o comprimento de onda for menor aumenta a frequência, se a frequência aumentar muito aumenta a energia, tudo isso é a radiação eletromagnética para fazer radiação. Isso não é para o cara que vai fazer radiologia, na hora que ele for fazer radiografia precisa ter uma ideia pouco melhor do que está fazendo.

Propriedades básicas dos raios x:

- Propagação em linha reta, não se desvia, continua; - Propagação com a velocidade da luz; - Ioniza os meios por onde passa, tira o meio dentro de uma célula que está em equilíbrio e causa desequilíbrio; - Penetra em todos os materiais, com maior ou menos dificuldade, no pulmão ele ultrapassa com muita facilidade, em um osso nem tanto. E isso aparece na radiografia e assim se faz

o diagnóstico. - Produzem alterações genéticas (DNA) e somáticas, genéticas porque tem que ser radiação constante e de alta dose, na mulher usa avental de chumbo para proteger os ovários, se ocorrer alteração poderá ter ocorrência de nascimentos de animais deformados, por exemplo. E as somáticas são alterações comuns, tem umas mais complicadas e outras menos, por exemplo, degeneração do folículo piloso.

O objeto de interesse radiológico

O interesse na radiologia são as estruturas orgânicas, e um organismo tem várias estruturas com composição variada. A composição de um osso é Ca e P, no tecido mole não. Já num tecido mole se está calcificado pode ser indício de neoplasia, por exemplo. Se tu tem estrutura que não tem Ca e tu vê na radiografia que tem, que está branca, é por que tem algum alteração. Se um osso estiver acinzentado ele está com alteração, Ca diminuído, pode ser por neoplasia, infecção, enfim, vários. Dependendo do agente, da etiologia, vão ter alterações diferentes. O tecido hepático, célula hepático, não tem cálcio, se tiver alguma hepatopatia que tenha neoplasia, por exemplo, estará com algumas partes brancas. A composição é variada e a absorção radiológica também é diferenciada, os que são, que tem uma composição mineral, por exemplo, osso, vai absorver muito mais a radiação, ou seja, não vai deixar a radiação ultrapassar e para pegar a chapa radiológica que vemos depois o raio tem que ultrapassar a estrutura para sensibilizar aquilo. Foto (slide): Foi radiografado todo o crânio, toda a cabeça de um cão. Vemos o maxilar e a mandíbula sobrepostos um ao outro e não dá para separar, por que aquele maxilar e a mandíbula são brancos? Porque são ossos. Tem radio-opacidade, nos cornetos têm ar, no cérebro tem massa mais densa, então o que for osso, tenha Ca, tenha mineral na sua estrutura, vai numa coloração branca até cinza (quando tiver pouco mineral). Se não tem mineral é preto. A pessoa que está segurando o paciente tá usando uma luva de chumbo, por isso a mão está bem branca.

Radiodensidade

Dada pela absorção das radiações pelo objeto radiografado. Quanto maior o peso atômico, maior a dificuldade do raio x ultrapassar, mas ele ultrapassa. O chumbo com 82 de peso atômico, que é o que se usa para proteção, e o O2 é a melhor radiografia radiolucênte. Quanto maior o peso atômico melhor a radiopacidade, quanto menor melhor a radiolucência. Outra coisa que interfere na radio-densidade é isso, o mesmo objeto, com mesmo peso atômico, mas de tamanhos e espessuras diferentes, quanto mais espesso aumenta a dificuldade de ultrapassar, quanto menos espesso vai deixar ultrapassar com maior tranquilidade. Na bexiga, a parede da bexiga, tem que ter cuidado, pois tem algumas composições que se não tiver bem distendida, pode parecer mais densa. Foto: Dentro do tórax encontra-se pulmão, vemos dorsalmente a traqueia. Na base do coração tem um tubo preto, que está mais preto que o resto, ali está a carina, a bifurcação da traqueia, ali no preto tem maior concentração de gás, ar. O coração tem uma absorção diferente, é cinza, é uma massa muscular bem espessa e nós estamos vendo que ele fica cinza. As veias algumas se enxerga e outras não, dependendo do calibre podemos enxergar, a artéria pulmonar se enxerga muito fácil por que são muito calibrosas. O esôfago está ventral e a não ser que tenha dilatação ou algo do tipo, ele está colabado, sempre fechado,

o esôfago não é visualizado radiograficamente.

Contraste e Detalhe

Contraste radiológico: diferença entre o negro, cinza e branco nas radiografias. O pulmão tem ar, então deve ser preto. Se estiver cinza significa que está com comprometimento, se for mais preto do que normalmente é também é alteração. Como o ar está no pulmão? Dentro dos alvéolos, tem estrutura homogênea e se houver rompimento de alvéolo, por exemplo, ele perde densidade radiológica, enfisema pulmonar é isso, são zonas mais radiolucentes no pulmão. Pulmão não se usa raio x. Radiologia está restrita a osso e ar, ou seja, pulmão, o resto tudo é ultrassom, pois é mais fácil, as informações são muito melhores. Um complementa o outro. O ultrassom é usado para tecidos moles onde tem líquido e usa radiografia para ossos e pulmão.

Projeções Radiológicas Objeto → tridemensional Radiografia → bidimensional Mínimo: DUAS radiografas perpendiculares entre si. *PROVA* A radiologia vai mostrar apenas duas dimensões, o comprimento e a largura, então para eu saber como um todo, preciso fazer no mínimo duas radiografias. Essas radiografias serão feitas da seguinte maneira, sempre em qualquer estudo radiográfico o mínimo são duas radiografias perpendiculares entre si. Vocês estão vendo que lá tem um cilindro, aqui tem um cone, lá um cilindro vazado, aqui um cone vazado e um cilindro inteiro, aqui são as fontes de emissão de raio x. Sempre nós vamos precisar de duas radiografias e as duas perpendiculares entre si. Foto: Duas radiografias de um tórax canino. É obrigatórios marca os lados do raio-x, direita (R) e esquerda (L) Foto: Caso de que há necessidade de duas radiografias: Fratura de úmero. A radiografia no caso de fratura é importante para ver o local, tipo e para saber a situação da estrutura que está comprometida para fazer o tratamento, isso vai dizer ao cirurgião o que ele tem que fazer, essa é a função da radiologia, isso é só interpretando essa radiografia e então preciso interpretar de todas as maneiras. Na imagem há dois pedacinhos de osso soltos, um fragmento ósseo dentro de uma estrutura, isso é algo que o cirurgião deve pensar se isso vai prejudicar a vida do paciente ou não. Nesse caso, esse osso precisa ser imobilizado para que esses fragmentos sejam absorvidos. Porém, existem casos em que não ocorre absorção, então é preciso analisar quais as opções para tratamento. (ele disse pra não esquecer isso por que pode perguntar sobre isso na prova) Foto: Radiografia de uma tartaruga. Suspeita de pneumonia, coleção aquosa dentro do pulmão, esse líquido se traduz radiopaco. Não se deve radiografar uma tartaruga dorso-ventralmente, por quê? Casco.

Nomenclatura

As radiografias têm dominação. A 1ª letra ou palavra é por onde o raio x penetra e a 2ª letra ou palavra por onde o raio x emerge. Quanto mais longe o objeto a ser radiografado estiver do campo (não da pra ouvir direito, a palavra mais parecida era essa) ele vai abrir e ao abrir se mostra numa dimensão diferente. Um fígado tem sua dimensão normal, se ele estiver aumentado pode ter uma hepatomegalia, mas essa hepatomegalia pode estar sendo provocada por uma projeção. Uma ventro-dorsal os órgãos que interessa radiogravar sãos os mais dorsais, por que o dorso está colocado no filme. Uma radiografia de rim a projeção é ventro-dorsal, o animal precisa estar num decúbito dorsal. No caso do rim não é preciso marcar para saber qual rim é o direito e o esquerdo, por quê? Pela anatomia. O polo cranial do rim direito está nível da segunda vertebra lombar. (mais cranial que o esquerdo). PROVA

Projeções de rotina - VentroDorsal – VD - DorsoVentral – DV - AnteroPosterior – AP (pode ser chamada também de crânio-caudal) - PosteroAnterior – PA (pode ser chamada também de caudo-cranial) - Lateral Esquerda Direita: lateral esquerda significa que o decúbito é direito, o raio está entrando pelo lado esquerdo e saindo pelo direito. - Medial O cavalo tem várias projeções com angulações específicas para diagnóstico de algumas estruturas. Tem as que fazemos que não são rotina, que são projeções que fazemos dependendo do caso. Flexionada: por exemplo, cotovelo. Frog legg: o paciente (cachorro, por exemplo) é colocado para fazer radiografia de pelve, na articulação coxo-femoral. Sky Line: para patela. Stress: Quando fazemos intervenção para fazer com que a região que estamos com suspeita mostre-se claramente. Por exemplo, casos de fratura ou lesões na região carpeana (cavalo), a tendência é sempre fazer assim, estressar a articulação para abrir bem. Oblíquas: Estudo radiográfico da região carpiana de um equino, tem que fazer (ele fica um bom tempo explicando sobre essa parte do obliquio, porém 90% das palavras são “vem pra lá, vem pra cá, assim, assim, assim, pra cá, pra lá”, ou seja, ele estava demonstrando como se faz, não da pra descrever. Hahaha)

Técnica Radiológica

Quilovoltagem (Kv): é a força de penetração; Miliamperagem (mA): é a quantidade de raios x a ser usada;

Tempo (s) Se usar uma Kv maior pode-se diminuir a mA e também o tempo Usamos para fazer as radiografias. Kv = E x 2 + cf E → Espessura da Região Cf → Constante do Filme (20) Serve para radiografia analógica e para radiografia digital. A digital é fácil. Radiações moles (40 a 60 Kv) e intermediárias (60 a 80 Kv): o organismo absorve. Radiações duras: Kv maior (80 a 100 Kv) tem um Kv maior, ultrapassam o objeto, marcam o filme e vão embora. Ultraduras: ultrapassam tudo e não marca nada (acho que é isso) No meio do feixe de raio-x tem um raio chamado de raio central. A estrutura a ser radiografada deve estar localizada exatamente onde este raio vai atingir. Imagem: radiografia de tampas de cerveja. Todas as tampas possuem o mesmo tamanho, as do centro são a imagem exata da tampinha, as tampinhas das laterais estão distorcidas. Essa distorção, clinicamente, tem valor....


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