Relatório DE Pesquisa DE Mercado - SUCO DE Laranja PDF

Title Relatório DE Pesquisa DE Mercado - SUCO DE Laranja
Author Júlia Girio
Course Comércio Exterior
Institution Centro Universitário de Brasília
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Relatório DE Pesquisa DE Mercado - SUCO DE Laranja...


Description

Centro Universitário de Brasília - UniCEUB Faculdade de Ciências Jurídicas e Ciências Sociais – FAJS Curso de Relações Internacionais

GABRIEL IZÍDIO RUFINO - 21600944 JÚLIA CHRISTINA GIRIO GONÇALVES - 21601489

RELATÓRIO DE PESQUISA DE MERCADO/PRODUTO -NCM

Brasília, 2018 Relatório de Pesquisa de Mercado/Produto – NCM

Produto e NCM O produto escolhido para estudo foi o suco de laranja, cuja Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é 2009.12.00, o qual está dentro da categoria “PRODUTOS DAS

INDÚSTRIAS ALIMENTARES; BEBIDAS, LÍQUIDOS ALCOÓLICOS E VINAGRES; TABACO E SEUS SUCEDÂNEOS MANUFATURADOS”. Os primeiros dois dígitos, 20, incluem “PREPARAÇÕES DE PRODUTOS HORTÍCOLAS, FRUTA OU DE OUTRAS PARTES DE PLANTAS”, enquanto os dois próximos, 09, identificam a categoria “Sucos (sumos) de frutas (incluindo os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes”. Por fim, os últimos quatro dígitos, 12.00, que compreendem “Não congelado, com valor Brix não superior

a

20”,

categoria

final

na

qual

o

produto

está

classificado.

Informações Gerais Sobre o Produto A cadeia produtiva da laranja inicia-se no campo, onde o plantio é feito em diversos modos, partindo desde os pequenos agricultores independentes, que plantam e vendem sua produção para comerciantes de frutas, ou para cooperativas (algo que acontece também com o leite, onde o galão é vendido por poucos centavos), indo até médios e grandes agricultores, que fornecem grandes quantidades de suprimento, sem entremeios, às indústrias de processamento. Para os processadores, é essencial ter fornecimento ininterrupto de laranjas. Esse mercado passa por mudanças constantes, de acordo com as condições comerciais e políticas no mundo. Durante os anos 90, os processadores estabeleceram parcerias de longo prazo com os produtores para garantir fornecimento contínuo. No Brasil. cerca de 20% do fornecimento de frutas para os grandes produtores de suco vem de suas próprias plantações, ao passo que o restante é obtido por meio de contratos de longo prazo com produtores de médio e grande portes. Uma parte significativa da produção é contratada na própria safra vendida no “spot”. As frutas são geralmente vendidas a granel, mas utiliza-se a caixa equivalente a 40,8 kg. De laranjas (ou 90 pounds) como sistema de peso e medida, já que os preços do suco de laranja são balizados no mercado internacional, na Bolsa de Nova Iorque – NYBOT, sendo a unidade de medida a libra peso (453,6 gramas). No entanto, Por ser um setor altamente competitivo e também organizado, a citricultura é uma das mais destacadas agroindústrias do Brasil. Sendo responsável por 60% da produção mundial de suco de laranja, o Brasil é líder de exportações do produto, por ter clima e terras férteis que favorecem e muito sua produção, sobretudo no estado de São Paulo, com terrenos favoráveis e safra durante todo o ano, o Estado sozinho, corresponde por 28,8% do total produzido no globo, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também há grande produção no Triângulo mineiro, formando o chamado “Cinturão Citrícola. De acordo com o site COMEX STAT, a exportação

e importação do suco de laranja com dados de 2018, com detalhação do mês de janeiro a dezembro

se

deu

da

seguinte

maneira:

2018 - Valor FOB (US$): $709.834.726 2018 - Quilograma Liquido: 381.039.096 2018 - Quantidade Estatística: 379.623.089 Principais importadores O Brasil foi o primeiro país a produzir e exportar suco de laranja, desde os anos 90, vem crescendo rapidamente no comércio internacional, sendo este o principal produto exportado. Atualmente, no consumo mundial de suco de laranja, cerca de 50% é de produção brasileira. Segundo a CitrusBR, os principais importadores de sucos cítricos brasileiros são a União Europeia, com 70% do produto exportado, e Estados Unidos, com 18%, seguidos de China e Japão, com 3% do exportado cada um. Em nível mundial, percebe-se que a União Europeia é líder absoluta no quesito de importação do suco de laranja brasileiro. Porém, observa-se que a partir de 2013, ano de maior importação, houve um grande decaimento desta importação, até o ano de 2015. Os Estados Unidos da América, segundo colocado na importação deste produto, teve grande aumento no ano de 2013, porém estagnou-se em 2014 e diminuiu a importação de suco de laranja em 2015, mostrando uma instabilidade no montante total que o Brasil exporta para os EUA. Analisando de forma separada os países europeus que mais importam são os reinos da Bélgica e da Holanda. Analisando os países europeus unicamente como “União Europeia”, podemos colocar na terceira e na quarta colocação, os países asiáticos Japão e China, que tem um volume de importação de FCOJ bastante próximos. No caso do Japão, desde o ano de 2011 há um leve decaimento no volume importado de suco de laranja, havendo uma certa estagnação no ano de 2013 e 2014 e novamente uma diminuição na importação. Porém, na última década, importantes mudanças foram observadas na demanda por suco de laranja no mundo. O consumo em mercados já desenvolvidos vem diminuindo gradativamente, impulsionado pela oferta de novos produtos substitutos ao suco, como chás gelados e águas com sabores, e por mudanças no perfil de consumo destas regiões que, cada vez mais, tem se orientado para a busca por produtos de menor valor calórico. De acordo com dados da CitrusBR, enquanto o consumo nos principais mercados para suco de laranja – como EUA, Alemanha e Reino Unido – apresentou respectivamente redução média de 29%, 34% e 10% no período de 2003 a 2012, em mercados emergentes como a China, foi possível

observar acentuado crescimento da ordem de 130%. Tal grau de variação da demanda posiciona a China como um novo e importante mercado de suco de laranja. No entanto, os níveis de consumo no país asiático ainda não são comparáveis aos patamares observados em mercados desenvolvidos como EUA e países europeus. Em 2012, o consumo no mercado chinês atingiu 101 mil toneladas, enquanto nos EUA chegou a 708 mil tons e o conjunto dos três principais consumidores europeus somou 454 mil tons. As importações chinesas de sucos de laranja se distribuem em três códigos SH65, mas a quase totalidade se concentra em suco de laranja congelado, com US$ 141,4 milhões importados no ano de 2012. Entre 2007 e 2012, as importações totais de suco de laranja da China cresceram 3,8% ao ano, em média, como pode ser observado na Tabela 1. Vale ressaltar, ainda, que o valor importado de suco de laranja é praticamente metade do total de sucos que a China compra do exterior. A China comprou do Brasil US$ 106,7 milhões de suco de laranja congelado em 2012, e a taxa média de crescimento das exportações brasileiras do item, no período de 2007 a 2012, foi de 6,3% ao ano. O Brasil é, portanto, o principal fornecedor de suco de laranja para a China e sustenta essa posição desde 2007, conforme o Gráfico 22. Ao longo do período, aumentou sua participação no mercado, passando de 65,6% em 2007 para 74% em 2012. Já Israel, principal concorrente brasileiro no mercado chinês desse produto, perdeu participação, passando de 26% em 2007 para 16,7% em 2012. A situação brasileira no fornecimento deste produto, portanto, encontra-se consolidada no mercado chinês. A segurança alimentar preocupa os consumidores chineses e é observada, de acordo com o Euromonitor International 6, como uma ameaça ao crescimento da venda de sucos de frutas no país. Por outro lado, os produtos importados têm uma imagem mais confiável quanto à sua qualidade na concepção dos consumidores, principalmente devido às altas exigências dos órgãos reguladores chineses. Assim, os sucos importados devem manter sua tendência de crescimento no país, apesar de muitas vezes serem mais caros que os produtos nacionais. Em termos globais, a Índia foi o 37º maior comprador mundial de suco de laranja congelado, com importações de US$ 5,1 milhões, ou 0,29% do total. Embora as importações totais indianas de suco de laranja, com origem no mundo, tenham registrado variação média anual negativa de 6,78%, entre 2011 e 2014, caindo de US$ 6,36 milhões para US$ 5,15 milhões, as compras com origem no Brasil cresceram à média anual de 35,42%, no mesmo período, saltando de US$ 954,9 mil para US$ 2,37 milhões, ao passo que a participação brasileira nas importações indianas evoluiu de 15% para 46%. Com as compras indianas concentradas no Brasil, observa-se a redução da participação dos principais concorrentes, Paquistão e Israel, cujas participações caíram de, respectivamente, 27,07% e 15,59%, em

2011, para, na mesma sequência, 14,76% e 11,99%, em 2014. O decréscimo médio anual do conjunto dos concorrentes do Brasil, no mercado em análise, foi de 19,88%. Contudo, outros competidores obtiveram variação positiva, a exemplo da África do Sul e da Espanha, que aumentaram suas participações nas importações indianas. Embora ainda pequeno, o mercado de suco de laranja, na Índia, é importante para o Brasil pelo seu potencial de crescimento. De acordo com o India Retailing, o mercado indiano de sucos deve quase quadruplicar até 2020. A Índia se inclui entre os países com maior potencial para os sucos de frutas, uma vez que, por um lado, registra alto crescimento das vendas e, por outro, apresenta baixo consumo per capita do produto. A inclusão dos sucos de frutas, das bebidas à base de frutas e dos néctares na dieta do indiano ganha força à medida que a urbanização e a mudança no estilo de vida fazem a população optar por uma alimentação mais saudável. Como reflexo desse fato, a participação dos sucos envasados no total de bebidas não alcoólicas vendidas ao consumidor da Índia aumentou de 16,67%, em 2011, para 18,80%, em 2015, e deve chegar a 23,3%, em 2020. Feiras Nacionais e Internacionais e Eventos Existem feiras no mundo todo de produtos naturais e cítricos, citarei duas para a servir de exemplo, uma mercadológica e tradicional, e outra com viés de sustentabilidade e

de

reformulação da indústria. A Expointer, A 40ª Expointer, exposição reconhecida como um dos maiores eventos do mundo no gênero, sendo considerada a maior feira a céu aberto da América Latina, ocorrerá entre 26 de agosto e 3 de setembro de 2017 e reunirá as últimas novidades da tecnologia agropecuária e agroindustrial. Estarão expostas as mais modernas máquinas, o melhor da genética e as raças de maior destaque criadas no Estado. A feira teve origem em 1901, quando ainda era um evento de âmbito estadual. Em 1972, com a participação de 13 países, nasceu a Expointer, realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, na cidade de Esteio. A Expointer - Exposição Internacional de Animais, é um dos mais importantes eventos agropecuários e de maquinário do País. Neste palco, o Rio Grande se reconhece, vivenciando a essência de suas tradições em plenitude, em uma verdadeira celebração da cultura e dos costumes gaúchos. A importância da Expointer se dá, além da exposição da excelência da produção primária, também pela diversidade de atrações que proporciona, seja na realização de seminários, workshops voltados ao manejo no campo, palestras, audiências públicas de interesse do setor agropecuário, dinâmicas de maquinário agrícola, shows, áreas de lazer, alimentação e uma variedade de atrações que levam centenas de milhares de pessoas ao parque no período da feira,que torna-se centro de atenções em

âmbito estadual e nacional. A Expointer assume a condição de elo entre o meio rural e o urbano. Outro exemplo é o Congresso Internacional de Citricultura, O 13º Congresso Internacional de Citros, evento promovido pela Sociedade Internacional de Citricultura em Foz do Iguaçu, e considerado o maior evento de citricultura do mundo, encerrou nesta sextafeira (23). O congresso acontece a cada quatro anos e contou com mais de 1.000 inscritos de 35 países, sendo que 70% dos participantes são estrangeiros. Foi organizado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Entre as mais de 18 sessões plenárias que estão acontecendo desde a segunda-feira (19), a sustentabilidade da citricultura é a principal tendência apontada para o setor para os próximos anos. Os temas envolveram o que há de novidade no mundo em ciência para o cultivo, controle de pragas, adubação e nutrição das plantas e inovação tecnológica para a indústria de processamento das frutas. Entre as novidades apontadas por Eduardo Fermino Carlos, pesquisador do Iapar e membro da comissão organizadora do congresso, foram discutidas de forma científica a introdução de plantas resistentes geneticamente à incidência do Greening, uma doença que assusta os produtores de citros e toda a cadeia produtiva, pelo seu potencial de prejuízos econômicos. “As mais de 18 sessões plenárias que estão sendo realizadas têm o objetivo de gerar conhecimento para ampliar a sustentabilidade econômica, ambiental e social do agronegócio dos citros”, explicou. De acordo com Firmino, a pesquisa vem obtendo grande avanço em melhoramento genético, proteção de plantas e técnicas de manejo de pomares, mas é certo que não faltarão desafios para os próximos anos, ressaltou. O pesquisador salienta que na produção o desafio é obter novas cultivares de citros que possibilitem sustentabilidade na produção. Já a indústria de processamento exige aprimoramento constante, explica. “O importante também é trabalhar para que as informações cheguem ao produtor através da extensão rural”, acrescentou. O Brasil é o maior produtor mundial de laranja e sucos cítricos, com uma produção anual de 20 mil toneladas de frutas por ano. Favorece o cultivo de citros o solo, o clima, a pesquisa agronômica em busca de cultivares produtivas resistentes e também à indústria processadora e logística de distribuição. No Paraná, a laranja é a principal fruta cultivada no Estado e corresponde a uma movimentação de R$ 315 milhões anuais brutos. O parque industrial e os pomares estão com estrutura consolidada principalmente na região Noroeste, onde se concentra a produção da fruta.

No Noroeste estão instaladas duas fábricas de suco que absorvem a oferta disponível na região, com cerca de 600 produtores vinculados aos projetos agroindustriais. Recentemente está se formando outro pólo produtor no município de Uraí, no Norte Pioneiro, onde está instalada a terceira fábrica de suco concentrado de laranja no Estado. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a produção de suco de laranja no Estado supera 50 mil toneladas por ano e é praticamente todo destinada ao mercado externo, para os países da Europa, Estados Unidos e uma pequena parte Oriente Médio. Para o coordenador da área de Sanidade da Citricultura, da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), José Grossi, o 13º Congresso Mundial de Citricultura vai ao encontro da demanda da sociedade que quer um produto com menos agroquímicos no processo de produção da fruta. “A tendência é reduzir o uso de agroquímicos nos pomares, atendendo à exigência ambiental e de consumo”, frisou. “Por isso, o que está sendo discutido aqui é muito importante para o produtor, que sozinho não consegue sair do que ele faz diariamente. Cabe à ciência, à pesquisa e à extensão rural ajudálo a buscar a eficiência sob o aspecto de saúde humana, ambiental e financeira também”, acrescentou. A Adapar é uma empresa vinculada à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento responsável pela fiscalização sobre o uso racional de agroquímicos nas propriedades

rurais.

Classificação da exportação A regularização do suco de laranja se encontra no capítulo IV da Portaria de n.23, entra na categoria de exportação com tratamento administrativo. Pois sendo produto alimentício, é condicionante a aprovação da ANVISA para o recebimento da autorização de licenciamento para exportação. Estudo de Caso A Tial é uma indústria Mineira, com sua fábrica localizada na cidade de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata Mineira. Foi fundada em 1986 e foi a pioneira em sucos prontos para beber sem aditivos químicos, implantando no mercado um novo conceito de alimentação. Ela investe, constantemente, em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, visando sempre a qualidade de sua linha de produtos. A tecnologia de fabricação permite manter o produto com todos os valores nutricionais e características naturais da fruta. Atua na produção de sucos 100%, néctares e bebidas especiais à base de frutas, com uma capacidade de 86 milhões de litros por ano. Seus produtos são elaborados a partir de frutas frescas e selecionadas, vindas dos melhores produtores do Brasil e do mundo. Além da

preocupação com a matéria prima, Sua Planta Industrial conta com instalações e equipamentos modernos, que garantem a qualidade e confiabilidade do produto. A empresa conta com 62 produtos em seu mix, divididos entre néctar, sucos e bebidas de frutas especiais. Além de comercializar seus produtos no mercado interno, exporta para países como: Estados Unidos, Guiana Francesa, Japão e Portugal. Referências DUARTE, Lucca Piccirillo; ANJOS, Thiago Moreira dos; LIMA, Eduardo Silva. PROCESSO LOGÍSTICO DA EXPORTAÇÃO DE SUCO DE LARANJA NO BRASIL. ENCIGESP. FATEC, Baixada Santista, Rubens Lara. 2017. Disponível em: ; Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Índia, Alimentos, Bebidas e Couro 2017. Brasília: 2016; Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. OPORTUNIDADES DE COMÉRCIO E INVESTIMENTO NA CHINA PARA SETORES SELECIONADOS. Brasília: 2015; Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Comex Stat. Brasília, DF. Disponível em: ; Orange Mania. Disponível em: ; Folha Agrícola. Disponível em: ....


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