Resenha do Filme Em Boa Companhia PDF

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O filme retrata o ambiente organizacional atual com suas fusões, compras, vendas e demissões, onde os principais objetivos são os lucros e bons resultados....

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RESENHA DO FILME EM BOA COMPANHIA

A película em Boa Companhia dirigido por Paul Weitz lançado em 2004, é classificado como uma “dramédia”, ou seja, uma comédia com um pano de fundo dramático, gênero esse muito utilizado na indústria cinematográfica de Hollywood. O filme retrata o ambiente organizacional atual com suas fusões, compras, vendas e demissões, onde os principais objetivos são os lucros e bons resultados. Do mesmo modo, mostra o choque de gerações, no qual um executivo dos velhos tempos apaixonado e crendo naquilo que faz, é substituído por um jovem executivo inexperiente na área, mas ansioso por resultados e métodos de trabalho inovadores. O mundo corporativo, como vem se tornando em toda parte, é demonstrado neste filme, onde Dan Foreman um pai de 51 anos, com duas filhas e mais uma a caminho, casa hipotecada e esposa compreensiva, inteligente e carinhosa, uma família nada disfuncional e bastante conservadora, já do outro lado, Carter Duryea um rapaz de 26 anos, que não tem filhos, mas queria tê-los, precocemente bem sucedido e com uma esposa indiferente, desinteressada e fria, com um casamento fadado à destruição, completamente disfuncional e desequilibrado. Os dois ambos são vendedores, apesar de Duryea não ter a paixão pela atividade, ele possui atitude e conhecimento das boas técnicas do ramo, entretanto, Foreman possui todo o conhecimento arrecadado de anos de serviço e ama cada passo do caminho. O desenrolar do filme se inicia quando a empresa Globecom onde Duryea trabalha, compra a empresa que Foreman ocupa, convocando Duryea em substituição e assim iniciando um processo de demissões em massa na organização. Com o objetivo da empresa em aumentar as páginas de publicidade em 20%, Duryea se empenha em alcançar os seus números, mesmo tendo inexperiência na venda de espaços publicitários de uma revista, com esse propósito, convida Foreman para que seja o seu braço direito, com o intuito de observar de perto e absorver seus conhecimentos e interpretar em números e gráficos o crescimento financeiro da corporação. Onde na história a grande vilã é a Globecom, por não ter compaixão em ordenar continuamente os “cortes de custos”, em outras palavras “demissões” e demais

interesses que foquem no aumento das receitas. No qual esse comportamento não se adequa a Foreman, fazendo com que se sinta perdido a cada demissão de seus companheiros do grupo. Algo que se mostra bem evidente no filme é os efeitos da globalização, onde Tedd K, o dono da empresa que compra, sucateia com ideias incoerentes, utilizando discursos retóricos e destituindo os direitos morais do colaborador da empresa. Não é à toa que Foreman foi chamado de “dinossauro”, pois em um mundo globalizado onde decisões rápidas que não possuem reflexões e tem o seu foco em lucros, acabam não tendo tempo a princípios e ética. Ao final, Duryea percebe a desumanidade das ações corporativas, através do convívio com Foreman (buscando se espelhar no velho executivo) onde começa a enxergar o colaborador atrás de cada cargo e não somente números, custos e resultados da empresa. Já Foreman descobre que precisa se atualizar com a nova geração, não deixando de lado os seus valores e buscando com mais afinco o dinamismo na organização em que atua....